Eu estava pensando nessa história e agora tive coragem de escrever, não sou especialista em sinopse, mas vou tentar:
Amanda Landucci Häsbach, uma jovem teuto-brasileira natural de Gramado-RS se muda da sua cidade natal para morar no Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa.
Ao chegar lá ela irá ter que aprender a conviver com pessoas de diferentes idéias, culturas e opiniões.
E saber os problemas e consequências do amor, sexo, sedução, manipulação, ganância, inveja, ambiciosidade e ódio.
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" Puta? Eu ficaria irritada e ofendida se me chamassem disso, mas agora...Eu gosto disso, adoro, meu clitóris emana prazer toda vez ao ouvir essa palavra, que para mimim agora é…o meu segundo nome"
Gramado-RS, 23 de Abril de 2018.
As flores rosas, vermelhas, amarelas, azuis e brancas se banhavam da água que caia do céu cinza em uma forte chuva.
As construções de arquitetura européia e colonial que eram tão admiradas por turistas de outros estados, se vistas de longe, eram quase todas encobertas por uma neblina acinzentada da mesma cor do céu…e mesmo assim, aquela pequena cidade da Serra Gaúcha não perdia seu encanto, esta é Gramado.
No lado norte da cidade, uma grande mansão abriga a família mais rica da cidade: Os Häsbach.
As três da construção eram brancas, já uma parte do segundo andar era espelhada por vidros da mais alta qualidade, lá ficava o quarto dela, Amanda Landucci Häsbach.
Seus olhos azuis estavam cansados, os cabelos loiros que passavam um pouco dos ombros estavam ajeitados em um coque bagunçado, alguns fios dourados caiam levemente sobre o delicado rosto de Amanda, seu nariz fino e seus pequenos lábios rosados se contorciam em desgosto e ansiedade
- Amanda - sua mãe Cléo Landucci a chamou
Os olhos azuis de Amanda encontraram os castanhos da sua mãe.
A mãe de Amanda era uma mulher bonita de 36 anos, tinha brilhantes olhos castanhos e cabelos escuros curtos, hoje ela usava um elegante vestido preto de mangas longas, o cabelo solto e saltos louboutin.
- Sim mãe? - Amanda perguntou
- Minha filha...deveria arrumar tuas malas
"Claro" Amanda pensou, ela estaria se mudando para o Rio de Janeiro, a dita cidade maravilhosa…Não Nova Iorque, Londres, Los Angeles ou Paris, suas cidades favoritas…mas sim Rio de Janeiro.
- Matilde não pode fazer isso? - Amanda perguntou à sua mãe irritada
Sua mãe a encarou por alguns segundos antes de a reeprender - Demitimos Matilde, já faz 1 semana desde que isso aconteceu!
- Ah - ela exclamou, sua voz tinha um tom de deboche e desdém, ela nunca reparava na antiga empregada da casa, uma mulher de uma pequena cidade de Rondônia chamada Jaru que veio para o Rio Grande do Sul em busca de "novas aventuras" como a própria sempre dizia para a família que trabalhava.
- Tudo bem, eu odiaria que alguém tocasse nas minhas coisas - ela deu um sorriso falso à mãe
- Amanda…
- Eu vou arrumar as malas mãe, não se preocupe
Cléo concordou balançando a cabeça, rapidamente saindo do quarto de sua filha.
Amanda olhava atentamente para seu quarto, as paredes brancas não eram mais enfeitadas pelos quadros com fotos de suas amigas, suas viagens e seus momentos especiais…estavam nuas, a maioria das coisas do seu quarto: móveis, poltronas, e diversos outros objetos, exceto sua cama e guarda-roupa, já haviam sido colocadas em caixas para a mudança…As 20:30 ela e seus pais iriam para Porto Alegre pegar um dos jatos particulares de seu pai para o Rio de Janeiro.
Seus pais já haviam comprado uma das melhores coberturas no Leblon e até mesmo a matriculado na escola mais cara da capital: O Colégio Avenues Lorway, uma rica escola com sede em Nova Iorque, uma das mais renomadas e importantes do Brasil, afinal ela, com seus recentes 15 que foram comemorados em 3 de fevereiro em um chique salão localizado em um bairro nobre de Paris, teria que começar logo o ensino médio, ela já estava atrasada, as aulas já tinham começado em todo o Brasil.
Após guardar cuidadosamente todas as suas roupas, ou pelo menos as que ia levar, muitas ela iria jogar fora, não se sentia confortável dando por caridade oy até mesmo para suas amigas.
Amanda se jogou na grande cama redonda, abraçando os lençóis vermelhos.
Ela ficou naquela posição por alguns minutos antes de se levantar e sair do quarto, parando lentamente para ver a roupa que usava: um curto vestido branco de renda sem alças, sua amiga Lorena provavelmente iria dizer que preto, vermelho ou qualquer outra cor ao invés de branco realçaria melhor sua pele pálida, Amanda sorriu com o pensamento, nos seus pequenos pés, sandálias igualmente brancas a mantinha confortável.
Ela olhou para a tela do seu recém comprado iPhone X prata e viu a data e hora, 23 de abril de:37, o sol começava a aparecer no céu novamente, porém a umidade e o cheiro agradável que a chuva causou continuava se espalhando.
Ela desceu rapidamente pelas escadas, indo em direção a grande porta da casa.
Ao abri-la admirou a beleza de Gramado: belas flores e arvores cresciam ao redor da cidade, e as construções lembravam muito as de Munique, na Alemanha, cidade natal de seu pai Mark.
Ela se virou e começou a andar para a direita, ganhando o olhar adimirado de homens e curiosos e até mesmo invejosos de algumas mulheres, o sol agora já brilhava no céu da cidade gaúcha e a brisa acariciava a pálida pele de Amanda, seus cabelos loiros dourados cada vez mais reluzentes, ela queria chegar logo ao Restaurante Fiorelli, onde elas e suas amigas haviam combinado de se encontrar.
Ao adentrar a porta de vidro ela imediatamente localizou suas amigas em uma das mesas ao fundo do restantaurante de comida italiana.
Luísa, Carla e Eloiza sorriram para ela, Amanda sorriu para suas amigas enquanto as observava:
Luísa era uma garota franzina, de pele pálida, olhos castanhos esverdeados e longos cabelos ruivos
Carla era linda, com cabelos e olhos castanhos e a pele levemente bronzeada.
Ambas tinham a mesma idade de Amanda
Eloiza era a mais velha do grupo, com 16 anos, seus olhos azuis claros eram acolhedores e gentis.
- Olá - Eloiza a cumprimentou enquanto Amanda se sentava em uma das cadeiras da mesa - Parece que não vai poder comparecer ao Festival de Cinema de Gramado esse ano amiga - ela disse com um sorriso triste.
Amanda concordou - Sim, eu gostava de assistir a alguns filmes, e principalmente subornar muitas pessoas para entrar em sessões restritas para minha idade - ela terminou rindo acompanhada das suas amigas
Luísa apertou sua mão e disse alegremente - Espero que seja feliz lá…mas não esqueça de nos visitar quando puder
- Nunca esquecerei - Amanda disse firmemente
- E - Carla interrompeu - Não vá trovar nenhum guri carioca ein
O sangue subiu as bochechas de Amanda fazendo a garota corar, os olhos azuis ficaram tão largos quanto os pratos de porcelana sobre a mesa - E-eu - ela gaguejou enquanto tentava falar algo, ela não teria namoraria e muito menos teria relações sexuais com alguém aos 15 anos, ela era virgem e sequer tinha dado o seu primeiro beijo
Carla riu e deu um tapinha no ombro da garota loira - Boba, eu estava só te irritando
Os lábios de Amanda se curvaram em um sorriso - Ah sim - ela murmurou sem graça
- Vamos pedir uma pizza de catupiry, a daqui é tri boa - Luísa anunciou enquanto Amanda e as outras duas garotas concordavam.
Enquanto elas comiam a pizza Amanda não podia deixar de pensar em como seria sua vida na nova cidade, ela não sabia se seria feliz sem estar com suas amigas e longe do seu estado.
Já haviam se passado algumas horas desde que elas estavam sentadas ali, o céu já havia escurecido, olhando no seu celular Amanda se assustou ao ver a hora: 20:14, "meus pais vão me matar" ela pensou.
- Eu tenho que ir, essa é nossa despedida - ela disse ganhando olhares atentos de suas amigas
As três garotas se levantaram com olhos lacrimejados, rapidamente quase sufocando Amanda em um grande abraço
- G-gurias, v-vocês vão m-me matar - ela tentava falar, apesar de tudo ela estava feliz naquele momento
Ao se separarem Amanda as olhou com carinho - Eu vou sentir tanta falta de vocês
As amigas sorriam para ela - Nós também
Após alguns minutos trocando palavras de amizade,
- Vamos tirar uma foto, quero guardar esse momento - Ela disse pegando seu iPhone e abrindo a câmera, rapidamente tirando uma foto abraçada com suas amigas, os mais de 4 mil seguidores dela certamente iriam gostar da foto, certamente era sua aparência era um atrativo para a quantidade de seguidores, Gramado era uma cidade pequena com pouco mais de 35 mil habitantes, e apesar da família Häsbach ser popular na cidade, ela certamente não teria tantos seguidores se todos fossem da sua cidade, os seus seguidores eram de lugares variados: Do Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste e até mesmo de outros países como Estados Unidos, França, Alemanha por causa da sua família paterna que era de lá, e até do Reino Unido.
Ao sair do restaurante ela correu para sua casa, ela tinha que chegar rapidamente, já podia imaginar a bronca que iria ganhar dos seus pais
Na frente da mansão, havia um Bugatti Chiron preto estacionado, ao ouvi-la chegando seus pais a olhavam com decepção
- Onde estava? - Seu pai perguntou com um forte sotaque baváro
- Sim, nós explique Amanda…e essa sua roupa?- sua mãe a olhava com raiva
Os cabelos dourados de Amanda esvoaçavam com o forte vento - Mãe…pai, eu estava me despedindo das minhas amigas - ela disse com a cabeça abaixada
Seus pais a olharam por mais alguns segundos
- Vamos, entre no carro - seu pai disse firmemente
- Ela não vai nem se trocar, Mark? - Cléo perguntou incrédula
- Dê um casaco para ela, estou com pressa - seu pai disse sem rodeios já entrando no carro.
Sua mãe puxou seu braço lentamente fazendo a entrar no carro importado, lhe oferecendo um casaco de pele marrom em seguida, que Amanda aceitou de bom grado.
O carro andava em alta velocidade, Amanda abriu a janela enquanto admirava aquele pequeno paraíso construído por alemães e italianos que vieram para a Serra Gaúcha, tudo ficava para trás, e os olhos de Amanda lacrimejavam a cada momento que lugares de sua infância e adolescência eram deixados para trás: O Dreamland, Museu do Perfume Fragram, Casa do Colono, o Parque de Neve Snowland e o Lago Negro.
Após cruzar cidades como Canela e Novo Hamburgo eles finalmente estavam em Porto Alegre, a grande capital gaúcha, aos olhos de Amanda a capital era a cidade "menos gaúcha" de todo o estado, talvez pelo fato do sotaque mais fraco ou diferente do interior, ou da arquitetura, Porto Alegre era uma cidade grande e não lembrava muito as cidades da Serra Gaúcha, apesar de muitos lugares ainda preservarem e demonstrarem a legítima cultura e raízes gaúchas.
Ao chegar à pista de pouso do Aeroporto de Jatos Particulares Amanda podia avistar um Bombardier Global 6000, seu pai tinha outros jatos ali, as vezes Amanda se perguntava como seu pai era tão rico…não, milionário, talvez...bilionário.
Seu pai era um grande empresário tanto na América do Sul quanto na América do Norte e Europa, ela sabia disso, mas ela ainda tinha dúvidas como seu pai conseguia fazer tanto dinheiro, ela não entendia nada do mundo de negócios, e também não se importava em perguntava, enquanto ela tivesse aquela vida "perfeita" aos olhos dela.
Ao saírem do carro Amanda ainda estava enrolada no grande casaco de pele que sua mãe lhe dera, porém suas pernas estavam expostas.
- Bom dia, Sr. Häsbach - um homem pardo e alto com expessos cabelos castanhos cacheados e olhos escuros cumprimentou seu pai rapidamente.
Mark Häsbach apenas deu um leve aceno de cabeça para o homem e lhe entregou as chaves do carro - Cuide do carro Gilmar - ele disse, os olhos azuis do pai de Amanda estavam escuros, sem brilho, e o cabelo loiro escuro estava elegantemente penteado para trás.
O homem cumprimentou Cléo com respeito, porém quando seus olhos avistaram Amanda um sorriso lascivo e arrogante dominou suas feições - Olá, senhorita Amanda.
A garota loira estremeceu com aquele olhar, porém conseguiu ignorar o homem, dando-lhe um leve olhar de nojo.
"Putinha mimada" Gilmar pensou, não se atrevendo a dizer aquelas palavras.
O piloto já estava se preparando para a decolagem, depois de subirem os degraus da escada do jato os três membros da família Häsbach estavam confortavelmente posicionamentos em assentos, seu pai falava no celular, sua mãe lia algum livro aleatório, e Amanda olhava as fotos do seu Instagram, a foto que havia postado com suas amigas há algumas horas já tinha atingido 686 curtidas e mais de 60 comentários, a maioria elogiando a aparência das garotas e desejando felicidades para Amanda na nova cidade.
O jato começou a decolar pegando Amanda de surpresa, ela olhou pela janela; o chão ficava cada vez mais longe e as nuvens mais perto, aquilo era divisor de águas na vida de Amanda, nova cidade, nova vida, nova escola, novas pessoas e amizades, novas…"aventuras".
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Palavras que talvez vocês não tenham entendido rsrs:
. Baváro: sotaque de Baviera, estado do sul da Alemanha.
. Tri: Gíria gaúcha que significa muito
. Trovar: Gíria gaúcha que significa paquerar.
. Teuto-brasileira: Brasileiros de ascendência alemã (parcial ou total)
P.S:Pretendo contar essa história principalmente sobre o ponto de vista (PDV) de Amanda, talvez escreva no ponto de vista de outros personagens.
O conteúdo sexual e erótico irá aparecer/se desenvolver em breve.
Desculpem por qualquer erro ortográfico, comentem o que acharam :), beijinhos.