Amor, meu grande amor. Final pt. 1

Um conto erótico de Pioneira
Categoria: Homossexual
Contém 731 palavras
Data: 09/10/2018 22:00:37

Chegamos ao aeroporto pra pegar o avião e já vejo um cara secando Clara de cima em baixo. Me controlei, até porque agora ela era minha mulher. Ela percebeu meu incômodo e me deu um selinho logo, pra eu já ficar tranquila.

Dormi durante o voo inteiro, e ela tirou várias fotos minha dormindo.

Chegamos no nosso destino, e o lugar era lindo demais. Tinha um ambiente tão família e aconchegante... aquilo nos fazia ficar a vontade.

Ela me deu um beijo gostoso e me abraçou forte.

Pra falar a verdade pra vocês, a gente não se acabou de transar como eu imaginei, mas foi bem melhor que isso. Ficamos uma semana lá, e isso nos trouxe uma paz e plenitude muito grande. Longe se problemas, pessoas tóxicas. Era todo o sossego que a gente queria antes de ir pra casa. Óbvio que transamos muito, todos os dias. Mas o que eu quero passar pra vocês é que a gente foi feliz, a gente aproveitou muito. Rimos, nos divertimos. Aquilo foi tudo pra mim, era tudo que eu queria. Não era uma aventura sexual, era amor, casamento, família... Era uma vida compartilhada e isso me fascinava, me fazia morrer de alegria.

Eu sei que talvez vocês esperavam muito mais sexo nesse conto, mas sério gente. O amor existe. Sei que quem tem a mesma sexualidade que nós enfrenta coisas ruins todos os dias. Nós tivemos sorte em ter uma família compreensiva, acolhedora, boas condições de vida.

Passamos uma semana gostosa, de muito amor, de muito café na cama... são gestos lindos.

Voltamos pra casa de um jeito diferente. Mais maduro, mais compreensivo. Tudo era melhor. O sexo estava melhor. Tudo tinha melhorado.

Uma semana depois que voltamos, visitamos um orfanato. Quanta criança linda e esperta, se eu pudesse levaria todas.

Eu sentei numa cadeira e um menininho veio e me deu "oi"

Ele ficou se escondendo e rindo pra mim. Ele era moreno do cabelinho liso, bem liso e dos olhos verdes. Ele era brincalhão e amava brincar de bola. Perguntei a senhora como era o nome dele, era Felipe.

Clara se apaixonou por uma menina linda. Também era morena dos olhos claros. Cabelos cacheados e com um sorriso lindo, Lívia era o nome dela. Desde que chegamos essas duas crianças ficaram brincando com a gente, como se pedissem pra serem levadas. Chamei Clara num canto pra conversar.

Eu: amor... O que fazer? Será que podemos adotar os dois?

Ela: aí amor. Eu não sei. E se um dos dois tiverem irmãos?

Eu: isso é uma boa pergunta. Vamos conversar com a conselheira.

Explicamos a situação pra ela. A conselheira nos olhou rindo.

Ela: moças, os dois são irmãos.

Eu: sério? Não acredito.

Clara: nossa. Queremos eles, estamos apaixonadas.

Ela: só tem um problema...

Eu: qual?

Ela: tá vendo ali no final do corredor? Então... aquele menininho ali é irmão deles. Eles são trigêmeos.

Olhei pro final do corredor e vi aquele menininho de cabeça baixa, como se soubesse que a vida dele já tinha começado na crueldade. O nome dele era Esdras Vicente.

Era uma homenagem ao médico que fez o parto da mãe dele.

A história era triste. A mãe dele era uma stripper, acabou engravidando de um traficante qualquer. Eles nasceram pré maturos num hospital de uma cidade pequena. O pai foi morto em um confronto com a Polícia, a mãe morreu no parto. Ela acabava usando drogas na bordel que trabalhava, não aguentou a dor.

Eu olhei pra clara e vi lágrimas em seus olhos.

Fui em direção do menino e os irmãos dele vieram juntos, Clara me acompanhou. Me abaixei e perguntei como era o nome dele, ele não sabia nem pronunciar. Era uma criança linda. Um pouco mais claro que os irmãos, olhos claros e cabelos cacheados. Ele me olhava como se soubesse o que estava acontecendo. Detalhe, eles tinham cinco anos.

Olhei pra clara e ela entendeu. Nós queríamos adotar aquelas crianças. Assinamos todos os papéis, mas ainda tinha uma fase... A conselheira teria que visitar nossa casa. Ela chegou em um dia normal, de surpresa. Estávamos fazendo almoço. Ela supervisionou tudo e aprovou. Podíamos finalmente adotar.

No outro dia voltamos ao orfanato. Esdras, que a alguns dias atrás estava triste, deu um sorriso quando viu a gente chegar. Os três vieram em nossa direção, pareciam sentir o que ia acontecer...

Estava tudo certo.

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