MATHEUS
Você ai lendo, pode achar que a minha vida foi fácil. Não. Meu pai deixou eu e minha mãe quando eu tinha menos de seis anos. Eu me virei como pude. Sempre tive a missão de ser o "homem da casa", mas, sei lá... não me sentia com alguém que passa proteção. Isso me fez ser inseguro. Ser um adolescente inseguro, tímido, é uma merda. Eles te zombam. Mas digamos que o tempo deu uma reviravolta. A puberdade me fez muito bem. Mesmo eu já sabendo que curtia garotos, quando as menininhas me procuravam eu não deixava barato. Em fim, hoje eu sou um dragão, porém não um dragão livre. Estou preso. Preso em ser o "homem da casa". O dever de cuidar, não de ser cuidado. Acho que já te falei o bastante de mim. Não, não terminou por aqui. Agora quero que você veja.
Acordo com minha mãe batendo na porta e me chamando. Olho no celular e PUTZ 6:40!!! A AULA COMEÇA 7:00!!!
Visto correndo uma camiseta cinza e uma calça jeans qualquer. Puta que pariu. CADÊ MEU TÊNIS? Desço correndo as escadas e pergunto pra minha mãe:
- Mãnhêeeee! - Ela estava na sala me esperando já tomando café. - CADÊ O MEU TÊNIS? - Ela me olha assustada pelo escândalo que fiz. Rsrs.
- Ah Matheus, sei lá. Deve estar no seu quarto. Eu eihm. - Tomo um gole.
- Não, não está, dona Rose. E olha é o primeiro dia de aula. - Falo com voz de choro. - Tenho que ir bonito. - Faço cara de pedinte. - Sabe cadê?
- Para de drama, garoto. Ah, deve estar na lavanderia, sei lá.
- Certeza?
- Não!
- Já é alguma coisa.
Corro lá acho e calço.
- Mãe, estou pronto.
- Já era hora. - Ela se levante e vai a cozinha. Vou andando com minha mochila nas costas até o carro e a espero lá dentro. Derrepente ela vem com um bolo inteiro nas mãos. Abre o carro e me entrega.
- Meu lanche? - Pego.
- Engraçadinho. Não. É para dar aos novos vizinhos. - Ela sorri.
- Que isso, gente? Pra gente não faz nada, nem um brigadeiro. Mas pra vizinho... pra garantir o wi-fi ou as fofocas, faz até bolo? Eu eihm.
- Larga de ser chato, Matheus. Ora, é apenas um presente de boas-vindas, ainda mais eu sendo a presidente do concelho do bairro, - Faz cara de sínica.- devo bem recebe-los.
Minha mãe foi eleita presidente do concelho do bairro umas cinco vezes. Isso fez subir superioridade na cabeça dela. Digamos que para ela o perfeito é pouco.
Olho no relógio. 6:57. "Ai, ai."
Minha mãe desce do carro e toca a campainha com o bolo nas mãos. Olha para trás e me vê no carro. Ela fecha a cara e faz sinal com as mãos para eu ir lá. Bem, eu não queria, pois... você lembra que eu disse que vi o garoto lá pelado? Então, é a casa dele. Vai que ele me viu... e se ele abrir o portão. Mas mesmo assim fui lá. Ficamos lá e ninguém abriu.
- Devem ter saído.
- Devem ter ido à escola. OLHA A HORA! - Interrompo ela.
Música: https://www.youtube.com/watch?v=fiusxyygqGk (Marshmello - You & Me)
Nos apressamos e fomos para a escola.
Quando vamos nos aproximando, vimos que na escola, a frente de uma fila de carros com os estudantes desembarcando, havia três portões um uma placa sobre cada. "Fundamental I", "Fundamental II" e "Ensino Médio". Sobre todas havia uma grande placa com uma logomarca "COLÉGIO MAGNUM".
É vamos lá. Meu coração está forte. Estou ansioso. AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH. Quero gritar. Beijo minha mãe no rosto e desço. Me ajeito. Arrumo minha roupa. E vou.
7:00 o sinal toca. Procuro minha sala pelos corredores e entro.
FELIPE
Quando o sinal tocou, o professor entrou. Biologia. Até que gosto. Ok. Olho os grupinhos. Muita gente já se conhece. Legal. Talvez eu faça grandes amizade.
- Bom dia turma. Sejam bem-vindos ao começo do fim. Claro, pois estão no terceiro ano. Esse vai ser um ano com que vão lembrar para sempre. Vão ter amores, discussões. Todos sentirão sentimento únicos, mas no final todos um só: saudade. Em fim, aproveitem! - Empolgante. Já que não podem me ver, já digo que fui sarcástico. A ironia é linda, cara. - Vou passar uma lista de chamada para ver quem veio ou não. Assinem em frente o seu nome. - Quando o professor fala isso, a porta se abre. Um menino branco até que musculosinho... bonitinho, entra na sala e o professor para de falar. - E você é?
- Me chamo Matheus... Matheus Guimarães.
- Matheus é? Bem, sente-se. Vou passar uma lista e você assina em frente o seu nome. - Entendi... Matheus. Olha, ele pode ser um amigo kkk. Bem, ele parece ser novato. A escola até que é bonita. E organizada.
Matheus senta do meu lado. Olho para ele e sorrio. Ele não percebe. Merda. A lista chega a mim. Assino e passo para o lado. Os meninos no fundo estão rindo alto. Olho para eles e meus olhos param em um garoto moreno alto. Mais tarde venho a saber que ele se chama Jonathan. Ele estava mechando no celular. Bem bonito ele. Se espreguiça e olha pra frente. Nossos olhares se cruzam e olho pra outro lugar rapidamente.
A lista chega até Matheus que levanta a mão.
- Professor, meu nome não está aqui.
- Certeza?
- Sim. - O professor pega a lista dele e olha. Deixa sobre a mesa e pega a da outra sala e fala:
- Matheus Rodrigues Guimarães? Você não é dessa sala. É a do lado. - Todos riem. Coitado. Matheus pega suas coisas e muda de sala. Que pena. Pelo menos posso ver-lo no recreio.
- Menino estranho esse. - Assusto. - Opa, precisa assustar não. kk.
- Ah, desculpa kkk. É que não estava esperando.
- Tem nada não. Kkk. Me chamo Jonathan.
- Prazer Jonathan. Sou Felipe.
- Sim, vi na lista. Kkk. É novo aqui?
- Sim, me mudei pra cá.
- Era do interior?
- Sim. Cheguei ontem.
Não vou mentir, ele é muito bonito. Olhos verdes, moreno e hálito de mente. Pode isso?
- Quer um chiclete? - Diz ele.
- Ah... quero sim. Kkk. - Ele me dá. Ele sorri.
Como é o primeiro dia de aula, ficamos conversando a manhã toda. Até esqueci do Matheus. Descobri que ele era gay. Assumido. Falamos de tudo. Até sobre Alex. Bate o sinal de ir embora.
- Me segue.
Ele me leva para um banheiro.
- Felipe. Você é muito legal. O máximo. Acho que a gente podia, sei lá, brincar aqui... - Ele ma abraça e aperta minha bunda.
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EAE GALERA. VOLTEI. ENTÃO... HOJE JÁ COMEÇOU A ESQUENTAR. E O JONATHAN? VAI CONSEGUIR O QUE QUER? COMENTA AI O QUE ACHA. BJSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS