O dia passa muito rápido para perder tempo com sentimentos ruins. Ame as pessoas que te tratam bem. Ore pelas que não o fazem.
(Autor Desconhecido)
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Respostas aos comentários no final do capítulo.
Boa leitura e espero que gostem.
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Capítulo 03
- O que? – Me levantei de supetão ficando de pé em segundos.
Acredito que não era essa a reação que ele esperava de mim, ele fez uma cara de tristeza mais ainda. Até eu não sabia o que fazer, o que dizer. O Lucas sempre foi um pegador, ele não era o tipo de cara que você olharia e diria que ele não era hétero. Olha eu com o preconceito besta.
- Lucas como assim? – Perguntei ainda o fitando.
- Olha Santiago – ele deu um passo na minha direção e ficou a menos de 30 centímetros de mim. Ele se aproximou e tentou me beijar, mas eu recuei.
- Ficou maluco? – Perguntei.
Eu não sabia porquê que estava agindo daquele jeito, eu também era gay, não teria porque fazer isso, eu deveria aproveitar e contar a ele também, mas eu fiz o oposto.
Ele logo percebeu o que tentou fazer.
- Desculpa Santiago. – Ele tentou se aproximar, mas eu me afastei.
- Fica longe. Não sei o que pensou com isso Lucas. – Falei.
- Isso? – Ele deu um sorriso sem graça, meio irônico.
- Você sempre gostou de mulheres.
- Eu sempre gostei de homens Santiago, eu apenas ficava com garotas para disfarçar, acho que todo cara faz isso quando tem medo.
- Nossa! Realmente eu não esperava ouvir isso, não de você.
- Deixa de ser idiota Santiago. – Dessa vez ele falou elevando o tom da voz com raiva. – Eu só quis lhe contar porque eu estava precisando contar para alguém, e achei que a única pessoa que me entenderia era você, mas acho que me enganei, afinal o meu melhor amigo parece que não se relaciona bem com gays. Eu gosto de você seu idiota – Enquanto ele falava eu vi lágrimas rolarem em seu rosto.
Antes que eu pudesse falar algo os fogos começaram a clarear no céu e Melissa chegou gritando.
- FELIZ ANO NOVO BOYS! – Ela me abraçou e então vi o Lucas enxugar os olhos para disfarçar que tinha chorado.
Ela correu e pulou nos braços do Lucas, o restante do pessoal logo apareceram e todos se abraçando desejando feliz ano novo.
Lucas abraçou todos, mas quando chegou em mim se virou e saiu.
Eu queria ir lá e abraçar meu amigo, mas eu estava agindo como um tremendo babaca. Por que eu tinha o dom de estragar tudo?
Ficamos lá fora bebendo, comendo e brincando. Já era 03:00 quando metade do pessoal tinha ido embora, tinha restado apenas eu, a Melissa, o João, a Jack, o Stefan e o Lucas.
Eu estava conversando com o Stefan quando a Melissa chegou.
- Ei Sam? Eu e a Jack já vamos.
- Já?
- Já sim, meus pais vão viajar e vou com eles e a Jack vai para a casa dos avós com os dela.
- Ah Mel, demorem mais.
- Não posso, meu pai já me mandou mensagem, está aí na frente já.
- Tá então.
Elas se despediram de todos e foram embora.
Eu e o Stefan estávamos na calçada quando o João chegou e sentou ao lado do Stefan.
- Sabe o ano está começando e só restamos nós quatro. – Falou o João.
- Quatro? – Questionou o Stefan. – Só estou vendo três.
- O Lucas está lá dentro, tentando ligar para o pai dele vim buscar ele.
- Achei que íamos dormir todos aqui na casa do Sam. – Falou Stefan.
- Também achei, mas ele disse que tem que ir para casa, não sei o porquê ele não me falou.
Eu fiquei em silêncio. Eu sabia por que ele queria ir para casa. Por minha culpa. Eu não disse o que ele queria ouvir, ao contrário, fui um tremendo idiota com meu amigo.
Alguns minutos depois o Lucas chegou.
- Tô indo galera. – Falou ele.
- Seu pai vem lhe buscar? – Perguntou o João.
- Não. Meu primo Carlos vem me buscar, vou para a casa dele de lá vou para casa hoje cedinho.
- Por que tem que ir panaca? – Perguntou o Stefan.
O Lucas olhou para mim e depois voltou a olhar para os rapazes.
- Depois a gente conversa.
Um carro buzinou no portão.
- Ele chegou. Vou lá.
Ele pegou na mão do João e deu um abraço depois no Stefan e quando chegou em mim ele se limitou a falar.
- Valeu Santiago.
Ele nem olhou para mim, passou direto para o portão. Antes que eu pudesse pensar o João falou.
- Que porra tá acontecendo aqui?
Ele passou por mim e parou entre o portão e o Lucas bloqueando a passagem.
- O que? – Stefan perguntou sem entender nada.
- Não está acontecendo nada João, depois a gente conversa. – Ele tentou passar pelo João, mas ele não deixou. Puxou ele e sentou ele na calçada.
- Fica aqui. – Falou o João indicando para o Lucas não sair de onde ele estava.
O João foi até o portão, abriu só o espaço dele passar e fechou novamente. Depois de alguns instantes ele voltou e fechou o portão.
João olhou para mim, para o Lucas e o Stefan e falou:
- Vocês três para dentro agora, vamos conversar.
- E o Carlos? – Perguntou o Lucas se levantando da calçada.
- Eu falei que você tinha capotado e depois a gente levava você para casa, pedi desculpas e ele foi embora.
- Porra João, por que fez isso? – Questionou o Lucas.
Os quatro entramos e sentamos na sala.
- Podem começar. – Falou o João olhando para mim e depois para o Lucas.
- Começar o que? – Falou o Lucas.
- Não seja idiotar Lucas e não pense que sou. – Falou o João. – A gente é amigo há alguns meses, e nesses meses nunca vi você e o Santiago sequer olhar feio um para o outro, estão sempre juntos. E hoje vocês estavam normais até sumirem lá pra fora antes do ano novo e agora mal se olharam ao se despedir. Desembuchem.
O João podia ser o mais calado da turma, mas não era idiota ele observava tudo. Eu não ia falar nada até porque não tinha direito de falar, se o Lucas quisesse ele quem falasse.
- Não foi nada João. Vamos dormir que é melhor.
O João tentou persuadir-nos a falar, mas não falamos nada, ficamos ali sentados por uma meia hora e ele tentando saber o que aconteceu, até o Stefan se irritar e ir dormir.
- Eles não querem falar João, então pronto, quando eles quiserem eles falam. – Falou o Stefan se levantando do sofá. – Eu vou dormir. A divisão é a mesmo né?
- Eu e você no quarto e os dois Zé Mané no do Santiago? – Perguntou o João.
- Podemos mudar? – Perguntou o Lucas. – Eu durmo com o Stefan em um e você e o Santiago no outro.
O João olhou para mim depois para o Lucas.
- O.K. Tem cachorro nesse mato. – Falou o João.
Todos nos trocamos e fomos nos deitar. O Stefan no quarto ao lado com o Lucas e eu com o João no meu quarto.
Não consegui dormir, por mais cansado que eu estivesse fiquei bolando de um lado para o outro na cama.
- Amanhã vamos conversar senhor Santiago. – Falou o João, deitado no colchão ao lado da minha cama.
- Não enche João. Vai dormir.
O João caiu no sono rápido, pois logo começou a roncar. Eu não consegui dormir então levantei para ir beber água.
Quando virei a parede da sala que dá acesso a cozinha vi o Lucas sentado em uma cadeira na cozinha, as luzes estavam apagadas, porém o claro que entrava pela janela da pia clareava a cozinha, deixando a luz da lua clarear todo o cômodo. Ele estava sentado abraçando as pernas com os joelhos junto a barriga e olhava para a lua através da janela. Ele não me viu, mas eu o vi. Eu tinha sido um completo idiota em agir daquele jeito. O Lucas era meu melhor amigo e eu o dele por isso que ele me contou sem contar que ele disse que gostava de mim. Eu devia apoiá-lo não ficar com raiva, até porque nem eu sabia o motivo de eu ter ficado com raiva, acho que por ele ter tido a coragem que eu não tive.
Eu me aproximei dele, ele estava tão distraído olhando para a lua que não me viu chegar, só me viu quando eu abri a geladeira e a luz clareou a cozinha. Ele se pôs de pé tão rápido que quase derrubou a cadeira que ele estava sentado. Ele logo me reconheceu.
- Desculpa, eu não consegui dormir então vim para aqui ver se passava o tempo. – Falou ele colocando a cadeira embaixo da mesa.
- Tudo bem. – Falei pegando uma garrafa de água e um copo para beber água.
O silêncio reinou novamente, só ouvia um grilo cantar e uma música tocando ao longe, a música era da Ana Carolina “quem de nós dois”. Coloquei a garrafa na geladeira novamente e o copo na pia e fiquei em pé encostado na pia.
- Vou para o quarto dormir. – Falou ele passando por mim para ir para o quarto.
Quando ele passou eu segurei o braço dele. Ele olhou para minha mão que segurava seu braço e olhou para mim.
- Lucas... – Comecei a falar, mas ele me interrompeu.
- Eu já entendi Santiago. – Falou ele. – Tudo bem, não vai se repetir, vou esquecer e espero que você esqueça também.
Uma lágrima desceu de seus olhos. O que eu estava fazendo? Era o Lucas.
Eu olhei para ele e me aproximei, senti sua respiração e então nossos lábios estavam juntos, sua língua logo invadiu minha boca buscando pela minha. Ele se aproximou de mim me encostando ainda mais na pia. Senti o corpo dele encostar no meu. Mesmo com um frio na barriga eu queria aquilo, eu coloquei minha mão sobre sua nuca enquanto a outra segurava suas costas. Ele colocou as duas mãos na minha cintura e o beijo ficou mais voraz. Ficamos nos beijando por algum tempo até ele se afastar. Ficamos com as testas coladas uma na outra.
- Desculpa, Lucas. – Eu falei.
Ele se afastou de mim e colocou sua mão na lateral do meu pescoço e a outra permaneceu na minha cintura.
- Esquece. – Ele se limitou a falar isso.
Tornamos a nos beijar, com mais desejo. Ficamos nos beijado por um tempo. Nada existia naquele momento, só eu ele e aquela música maravilhosa ao fundo. Por mim aquele momento não acabaria, mas tivemos que ir nos deitar antes que o Stefan e o João acordassem e dessem falta da gente.
Fui para o meu quarto e o Lucas para o quarto ao lado. Deitei na minha cama e adormeci sorrindo lembrando do belo sorriso que o Lucas deu ao se despedir de mim, dando boa noite.
***
- Não seja idiota Lucas. – Falou o Stefan ao tempo que eu estava chegando na cozinha.
O Stefan estava vestido em um short de futebol branco e uma camisa regata vermelha que destacava seu corpo bem e o Lucas estava só vestido em uma bermuda de moletom preta, que deixava a mostra as pernas. Eu não tinha notado, mas a academia já estava dando resultado no corpo do Lucas. Ele estava todo definido, corpo não muito musculoso, mas estava definindo já e aquela bermuda o deixou bem sexy e eu gostei. Acho que ele notou pois deu uma piscadela para mim enquanto o Stefan abria a geladeira para pegar um pote de geleia.
- Bom dia Bela Adormecida. – Falou ele vindo em meu encontro e me abraçando.
- Tá gostosinho nessa calça moletom e tá cheiroso. – Ele sussurrou no meu ouvido enquanto me abraçava.
Eu já tinha me levantado, escovado os dentes e vesti a primeira calça que achei.
- O que eu perdi? – Perguntou o Stefan enquanto observava o Lucas voltar a passar manteiga nos pães para fazer torradas. – Vocês não tinham ido dormir brigados?
- Besteira Stef. – Falei puxando uma cadeira e sentando. – Nada que uma boa noite de sono não resolva. Não é verdade Lucas? – Olhei para ele e sorri.
- Verdade Sam. – Ele falou retribuindo o sorriso.
Quando o João chegou na mesa estávamos tomando café. Ele sentou com a gente para comer e logo percebeu que já estava tudo ok entre mim e o Lucas, não falou nada, mas sei que ele estava intrigado com a briga de ontem e essa história ainda ia render.
***
Era 12:30 quando terminamos de almoçar, fizemos panquecas para o almoço, depois fomos para a sala assistir um filme.
Assistimos Os Vingadores: The Avengers. Eu sou fã dos filmes da Marvel e da D. C. Assim como os meninos. Eu e o Lucas não falamos nada em relação ao acontecido da noite anterior devido aos meninos.
Era 16:30 quando o Stefan foi para casa, ficamos eu, o Lucas e o João. Assistimos mais um filme e o Lucas disse que tinha que ir para casa.
- Rapazes tenho que ir. – Falou ele.
- Tá cedo. – Falei.
Ele deu um sorriso sacana e falou.
- É, mas amanhã tenho que resolver umas pendências e meus pais não estão em casa, a casa está sozinha desde ontem, tenho que dá comida a Laila – era a cachorra dele, uma husky siberiano branca que ele ganhou do pai dele há seis meses.
- Beleza. – Falei.
- Vai agora João? – Perguntou ele.
- Não. Vou demorar mais um pouco.
- O.k.
O Lucas se despediu e foi embora. Passamos um tempo jogando vídeo game. Depois de um tempo o João então falou.
- Santiago – ele falou colocando pausa no jogo – o que aconteceu entre você e o Lucas? – Perguntou olhando para mim ao pausar o jogo.
- João, eu já falei que não foi nada. – Falei pegando o celular para olhar a hora, na verdade eu estava disfarçando para não olhar para ele e ele ver que eu estava mentindo.
Ele se levantou do sofá que estava sentado ao meu lado e sentou no puff que eu estava com os pés em cima na minha frente empurrando meus pés para deixar o acento livre.
Ele estava sentado na minha frente e eu estava mexendo no celular ignorando seu olhar. Não queria olhar para ele. Ele respirou profundo e então falou.
- Eu vi vocês de madrugada Sam. – Falou ele.
- O que? – Eu levantei a cabeça abruptamente e ele tinha certeza do que falou e eu que ele realmente sabia. – Olha... – Comecei a falar, mas ele me interrompeu.
- Por que não me falou Santiago? – Ele perguntou.
Eu o fitei sem palavras.
- Por medo. – Falei finalmente.
- Medo? – Ele parecia indignado. – Medo de que?
- Sei lá. – Eu baixei a cabeça. – De você me julgar.
Ele deu um sorriso irônico.
- Acha mesmo que alguém... que eu me importo se você gosta de homens ou de mulheres?
Ele se levantou e me puxou junto e me abraçou. Eu me senti acolhido e imaginei que era essa reação que o Lucas estava esperando de mim na noite anterior antes de eu estragar tudo, mas ainda bem que estávamos bem.
- Você é meu amigo, cara. – Falou ele. – Independente se gosta de pau ou de buceta.
Eu me afastei dele e dei um empurrão de leve nele.
- Vai se fuder João.
Então começamos a rir.
O João era um cara dez, sempre foi desde que nos conhecemos apesar de seu jeito calado, ele sempre foi centrado, cabeça no lugar.
- Eu te amo, mano, sempre. – Falou ele me abraçando novamente.
Conversamos um pouco, expliquei a ele o que tinha acontecido e que era uma coisa recente, que sempre achei que o Lucas era hétero, mas que eu sempre gostei de mulheres e de homens, mas que não falava nada por medo da reação deles e que fui um babaca quando o Lucas me falou, por isso o clima estranho e que na madrugada a gente tinha conversado e resolvido, eu tinha resolvido a confusão que eu tinha armado.
***
Era 22:30 quando eu tinha me deitado, meus pais já tinham voltado e a Vanessa, estava deitado, olhando para o teto, quando meu celular sinalizou o aviso de notificação. Peguei o celular na mesa de cabeceira da minha cama e era uma mensagem no WhatsApp, desbloqueie o celular e abri o aplicativo, era o Lucas.
LUCAS: Oi. Boa noite, Sam. Tudo bem?
SANTIAGO: Olá, tudo sim e você como está?
LUCAS: Deitado, estava pensando em você.
SANTIAGO: Hum, saudades é? rsrsrsrsrsrs
LUCAS: Se ache não, mas eu estava sim. 😊
SANTIAGO: E o pior é que me achei agora. 😉
LUCAS: Sabe San?!
SANTIAGO: O que?
LUCAS: Eu estava com medo da sua reação quando eu lhe contasse e no primeiro momento você agiu como um total idiota. Desculpa a palavra, mas me deu raiva depois da maneira que você agiu.
SANTIAGO: rsrsrs, eu sei. Eu mesmo me senti um idiota, por isso não consegui dormir. O que foi bom por sinal.
LUCAS: Agir como um idiota?
SANTIAGO: Não besta. Eu não ter conseguido dormir e ter ido beber água e lhe encontrado lá. 😉
LUCAS: Aaaah, tendi.
LUCAS: Ei o João falou com você não foi?
SANTIAGO: Eu contei a ele, ele nos viu na cozinha, já sabia aí resolvi contar tudo. Como você soube? Eu ia lhe falar amanhã no Senai.
LUCAS: Ele passou aqui em casa para falar comigo e disse que super de boa e super apoia a gente. :D
SANTIAGO: Ele me disse. Disse que independente de eu gostar de pau ou de buceta. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
LUCAS: kkkkkkkkkkkkkkkkkk
LUCAS: Ele me disse a mesma coisa aquele besta. Kkkkkkkkkkkkkkk
SANTIAGO: O João de besta não tem nada.
LUCAS: Verdade. Nem o nome.
LUCAS: Enfim, passei só para ver como estava e dar boa noite.
SANTIAGO: Tá certo. Boa noite Lucas, até amanhã.
LUCAS: Até amanhã. Beijo se cuida.
SANTIAGO: Outro, você também.
***
No dia seguinte, segundo dia do ano estávamos nós no Senai no curso, aquela coisa de colocar as conversas em dias, dizer como foi o feriado e tal. No intervalo falamos com a Mel, a Jack e com o Stefan e contamos o que tinha acontecido, o Lucas disse que não queria esconder deles o que tinha acontecido e eu concordei, afinal eles eram nossos amigos, porém o restante da sala se desconfiaram de algo ficaram apenas na desconfiança pois ninguém confirmou nada.
A manhã passou rápido e logo estávamos em casa, o Stefan tinha ido lá pra casa para fazermos um trabalho e depois íamos nos encontrar com o Lucas e o João para irmos no cinema assistir um filme e andar.
Terminamos o trabalho e fomos nos arrumar. O Stefan logo foi tomar banho e eu fiquei no quarto arrumando umas coisas. Ele saiu do banheiro e eu fui pegar minhas coisas para ir para o banho.
- Você não vai ficar de pau duro me vendo só de toalha né? – Falou o Stefan em pé na porta do banheiro.
- Deixa de ser besta. Você tem um corpo legal, mas é mais embalagem do que conteúdo.
- O que? – Falou ele fazendo cara de indignado. – Você me ofendeu assim.
- Não seja besta Stefan. – Falei passando por ele e entrando no banheiro. – Mas se lhe consola, já bati uma punheta pensando em você.
- Seu tarado. – Falou ele rindo ao tempo que bati a porta do banheiro.
O Stefan realmente era mais embalagem do que conteúdo, mas era uma cara legal, gente boa, amigo para todas as horas.
Quando sai do banheiro o Stefan já tinha se arrumado e estava sentado na minha cama.
Fui até o guarda-roupas e peguei uma calça jeans azul e fui tirando a toalha. O Stefan logo tapou os olhos e falou:
- Não faça isso seu tarado.
- Seu besta. Estou de cueca. – Rebati.
Eu tinha levado a cueca, uma box branca, para vestir no banheiro. Não que o Stefan não me desse tesão, mas eu estava vendo o que rolava com o Lucas, então eu não ficaria com o Stefan, nem se curtisse. Eu deixei a tolha cair no chã e fiquei só de box e logo vesti a calça, vesti uma camiseta polo branca e calcei uma sapatinha preta, coloquei perfume e fomos esperar os meninos.
- Falou com eles? – Perguntei ao Stefan quando estávamos saindo do quarto.
- Falei com o João, o pai do Lucas vai nos levar, estavam saindo da casa o João quando falei com ele há dez minutos.
Esperamos na sala uns cinco minutos até eles avisarem que estavam na frente da casa.
- Mãe? – Gritei da sala. – Já vamos.
- Tá, vão com Deus e não cheguem muito tarde.
- Tá certo tia. – Quem respondeu foi o Stefan.
- Está com sua chave? – Perguntou ela vindo em nosso encontro.
- Estou sim.
- Tchau. – Disse ela me dando um beijo no rosto e outro no Stefan.
- Tchau Rose.
- Tchau tia.
Entramos no carro, o Lucas vinha no banco do passageiro na frente e o João atrás, o Stefan foi no meio e eu no banco atrás do Lucas.
- Eai tio. – Falou o Stefan quando entramos no carro.
- Olá Stefan. – Respondeu ele olhando pelo retrovisor.
- Boa noite tio. – Falei ao entrar.
- Boa noite Santiago. – Respondeu ele.
Fui logo colocando o cinto de segurança, antes de eu encaixar o sinto o Stefan falou.
- E fala com o sogro antes do namorado é? Isso é puxando corda já. – Ele pareceu não perceber o que tinha acabado de falar e agiu como se fosse algo normal.
- Como é? – Foi o pai do Lucas quem falou dessa fez com a voz séria olhando para mim pelo retrovisor depois para o Lucas ao seu lado.
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Olá Geomateus tudo bom? Obrigado por está lendo e fico feliz que esteja gostando. Espero que tenha gostado do capítulo de hoje. Forte abraço.
Olá VALTERSÓ, rsrsrsrsrs, Obrigado. Na verdade, a nossa vida muda tão repentinamente que parece até incrível, e nós temos que nos adaptar. Quanto a escrita, vou tentar manter o nível. kkkkkkkkkk