Coração de Gelo | 8 |

Um conto erótico de Isaac Cruz
Categoria: Homossexual
Contém 1565 palavras
Data: 17/10/2018 17:28:29
Última revisão: 17/10/2018 17:56:29

O jantar logo foi servido, mas estava totalmente sem apetite, se eu visse Frank na minha frente eu seria capaz de parti-lo em dois.

- Não vai comer senhor? - disse Erik me tirando dos pensamentos.

- Estou sem fome!

- Podemos voltar pra casa se você preferir.

- Não tem necessidade, se alimente!

Depois do episódio no restaurante fomos para casa, Erik estava visivelmente desconfortável pelo que ocorrera antes, entramos em casa e fui direto para meu quarto, precisava tomar um banho e sair para aliviar o stress.

- Estou saindo, se precisar de alguma coisa me liga ou peça algo! - disse estendendo meu número pessoal e meu cartão ilimitado.

- Ok senhor!

Acenei com a cabeça e sai, antes de fechar a porta me virei e meus olhos encontraram com os seus olhos cor de mel, dei mais um passo de costas e enfim puxei a porta encerrando aquele momento atípico.

Me dirigi até minha garagem e peguei as chaves da minha lamborghini e fui em direção Blue Room uma balada de um conhecido, chegando lá alguns oportunistas que já conheço de longa data vieram até mim, não fui muito receptivo e logo dei um jeito com que eles largassem do meu pé. De longe avistei uma ruiva dançando, me aproximei e comecei a encará-la que logo se aproximou, não demorou muito e seus lábios estavam em sintonia com os meus, paguei mais algumas bebidas para mim e para ela e resolvi levá-la para meu flat.

Após o momento intenso de sexo ela estava deitada sonolenta ao meu lado, eu observava em seus traços, seus cabelos ruivos encaracolados, as sardas espalhadas pelo seu rosto e seus olhos cor de mel, ela sorrio quando seus olhos encontraram os meus.

- Tome banho, em meia hora te levarei em casa!

- Pensei que teríamos a noite toda... - Ela disse insinuando querer sentar no meu quadril, mas eu a afastei..

- Meia hora!! - disse levantando e indo preparar um wisky.

Ao deixar em um ponto de metrô a ruiva que nem me dei ao trabalho de perguntar o nome já que ela insistira em deixá-la naquele ponto me dirigi pela madrugada até minha casa.

Ao chegar tudo estava quieto, fui até a cozinha tomei um copo de água e subi as escadas, ao chegar na porta do meu quarto olhei em direção à porta do quarto de Erik que estava semi-aberta, um desejo curioso fez com que meus pés se encaminhassem rapidamente até lá, olhei pela fresta, mas não me contive e empurrei ainda mais um pouco a porta para que me desse uma visão ampla, ele dormia calmamente, fiquei alguns segundos o observando e quando ele se moveu eu repentinamente puxei a porta e voltei para meu quarto.

Acordei duas horas depois por volta de 05h:30min com uma dor de cabeça excruciante, tomei um banho gelado e desci ainda com a toalha na cintura para preparar um café forte, mais uma vez o encontrei de costas preparando o café, ele estava ainda de pijama e com os cabelos ruivos molhados o que indicava que ele acabara de tomar banho.

- Bom dia!

- Bom dia senhor. - disse ele se virando e me encarando.

- Você costuma acordar cedo.

- Criei o hábito quando ainda estava na faculdade.

- Hum.

- Eu preparei o café, os pães de queijo estão no forno, só um momento e estão prontos. - ele disse me mostrando um sorriso tímido.

Me sentei na banqueta apoiando meus braços no balcão observando aquele garoto ruivo que de alguma forma estava fazendo minha cabeça girar de uma forma que eu não tinha controle e não gostava nem um pouco disso.

- Prontinho!! - disse ele colocando uma assadeira com vários pãezinhos amarelos na minha frente o cheiro era alucinanteIsso é muito bom!! - disse mordendo um pedaço do pão.

- Pão de queijo senhor, comida típica no Brasil, principalmente no meu estado.

- Nunca havia provado, está muito bom Erik, você cozinha muito bem por sinal.

- Muito obrigado senhor. - disse ele ficando corado e baixando a cabeça envergonhado me fazendo puxar o canto da boca em um sorriso pela sua atitude.

- Hoje você vai conhecer a dona dessa casa!

- Sua namorada senhor?

- Não tenho namorada e nem namorado garoto!

- Desculpe senhor.

- Ela é uma senhora, Emy é o nome dela e ela tem cuidado dessa casa por longos anos.

- Será um prazer conhecê-la.

- Foi por ela que viemos até aqui.

- Imagino que ela é muito especial para o senhor.

- A unica pessoal especial!

Ele baixou a cabeça no que pareceu ser um ponto de frustração, não entendi pelo o que, me levantei e subi novamente ao meu quarto, vesti uma roupa casual; pois iria buscar Emy no hospital. Ao sair do quarto ele estava entrando em seu quarto, sai de casa em direção ao hospital, após o médico dar alta à Emy, saímos de lá e a levei direto para casa. Ao entrar na sala fui surpreendido por Chloe sentada ao lado de Erik.

- Chloe?! - desviei meu olhar entre ela e Erik.

- Olá meu amigo, Emy disse que receberia alta hoje, resolvi dar uma passada aqui pra ver você e ela.

- Ótimo, mais tarde vou até a empresa, precisamos alinhar algumas coisas. - disse ajudando Emy sentar-se no sofá.

Emy o observava desde que entramos em casa, ela estava pensativa e aposto que sua cabeça estava em algum lugar que eu não queria que estivesse.

- Emy esse é o Erik, meu assistente!

- Olá senhora, muito prazer conhecê-la o senhor Allen me falou sobre você.

- Olá meu querido, o prazer é todo meu, você é um rapaz muito lindo!

- Muito obrigado senhora.

- Eu deixarei vocês enquanto vou no mercado fazer compras, preciso comprar verduras e frutas para Emy.

Eles acenaram com a cabeça e eu voltei para a garagem pegando meu carro e indo em direção ao mercado, não demorei muito peguei somente o necessário e voltei com as sacolas para o carro, ao chegar no carro percebi um dos vidros quebrado e o capô do carro arranhado com a frase "Nós te encontramos novamente" logo abaixo estava o simbolo daquela maldita família.

Eu cerrei meus punhos e soquei o capô com toda força, soltando um urro de ódio.

- DESGRAÇADOS!!!

Entrei no carro e sai cantando pneu, não demorei e entrei em casa como um foguete, Chloe já tinha ido embora e Emy provavelmente estava no quarto, entrei na cozinha e joguei as sacolas no balcão assustando Erik que preparava alguma coisa, dei a volta no balcão e peguei um copo enchendo-o de água, eu estava tão nervoso e possesso de raiva que joguei o copo contra a parede o fazendo virar pequenos farelos, me virei de costas e apoiei minhas mãos sobre o balcão ainda trêmulo.

- Senhor, está tudo bem? - falou ele tocando meus ombros pelas costas, uma onda de calor e eletricidade partiu do seu toque em mim.

Me virei para ele ainda com os olhos o fuzilando, segurei em seus braços e olhei nos seus olhos.

- NÃO!! NÃO ESTÁ TUDO BEM!! - falei sacudindo ele que me olhava com um misto de susto e raiva.

Em um movimento rápido ele espalmou suas mãos em meu peito e me empurrou com toda força me fazendo cambalear para trás. Ele se virou apagando o fogo da panela e saindo da cozinha sem me olhar.

- Droga! - soquei o balcão saindo em direção as escadas que davam acesso ao andar de cima e fui ate o quarto dele, ao chegar ele estava com a mala encima da cama e estava jogando suas roupas desornadamente dentro dela.

- O que você está fazendo?! - Ele me ignorou, me aproximei dele e segurei em seu braço de forma suave.

- Me responda, por favor! - falei em um sussurro.

- Eu estou indo embora!

- Como assim Erik? Nós estamos aqui a trabalho!

- Não mais, eu estou me demitindo senhor!

- Para de me chamar de senhor, PORRA!! - disse apertando o braço dele.

Ele se virou de uma vez e me surpreendeu com um soco na cara, eu dei um passo para trás e coloquei a mão no local onde ele desferiu o soco.

- Nunca... nun...ca! Nunca mais grite comigo! - ele me olhou com os olhos marejados.

- Me desculpe eu...

- Sabe qual o seu problema? O problema que você acha que por ter dinheiro pode comprar tudo e todos, você não passa de um arrogante e egoísta. Saiba de uma coisa Allen!! - ele enfatizou meu nome e pude ser a raiva dele ao pronunciar meu nome. - Seu dinheiro não pode comprar a dignidade de uma pessoa, eu aceitei esse emprego e aguentei toda a sua grosseria até aqui pelo irmão, somente por ele, mas isso acaba aqui!

Ele falou terminando de fechar a mala e se colocando de frente a mim, eu não tive reação, o ver daquela forma alterado me deixou sem reação e de alguma forma suas palavras me afetaram, eu sabia que era verdade, mas vindas dele me pegaram de uma forma que não sei explicar, ninguém geralmente tinha aquela coragem de me desafiar, mas ele fez isso e apesar de toda essa situação eu me senti estranhamente excitadox------

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Abraços e até qualquer hora!

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Comentários

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Estou curtindo muito o conto e força que Erik demonstra é fabulosa... Só achei que a descrição de Erik ficou muito básica, mas creio que isso ocorrerá mais a frente. Quem será essa família inimiga de Allen e qual a história dessa inimizade?

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Comecei ler ontem no wattpad terminei agora a pouco estou adorando muito o conto aguardo ansiosa o próximo capítulo

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