Rei do tráfico - cap. 8 - segredos e mentiras

Um conto erótico de Michel Ress
Categoria: Homossexual
Contém 2880 palavras
Data: 24/10/2018 16:16:55
Assuntos: Gay, Homossexual

Só que ele parou quando ouvimos passos vindo pelo beco, colocou seu pau de volta na sua cueca, alguém estava chegando perto.

Meu medo era enorme, eu podia que ter matado esse desgraçado por ter tentado fazer isso comigo, mas eu travei.

Ele saiu de perto de mim e nesse momento um barulho muito alto invadiu o beco, era um tiro.

Agora ele estava no chão, o tiro acertou o seu peito, o sangue já escorria pelo chão, me sentir enjoado, não pelo sangue e sim por aquela cena.

Um segundo mais tarde o atirador apareceu, meu medo voltou com tudo quando vi que era o Marcos, o rei.

Junto dele estava dois caras, os mesmos que falaram com o Gabriel no dia que formos ao lago.

O rei chegou mais perto do corpo, agora já sem vida e conferiu a sua morte.

Mandou os caras levar o corpo e olhou para mim, sentir raiva no seu tom de voz.

-Agora me explica tudo isso. -Ele estava sério, ainda tinha a arma na mão, eu estava em choque e não conseguir juntar as palavras.

-Michel, me olha. -Ele parou na minha frente e segurou meu queixo.

-Que diabos está acontecendo?

Eu queria chorar, sumir, me sentir um inútil, fraco em está nessa situação.

-Os meninos disseram que vocês estavam aqui, vim conferir isso, mas me deparo com essa cena, o que aconteceu? Ele chegou a fazer algum mal à você? -Sua voz estava mais suave, já não segurava mais meu queixo.

Eu só fiz uma negativa com a cabeça.

-Como você chegou aqui com esse verme? Cadê meu filho? -Ele parecia bravo, nervoso com aquela situação.

-Eu...eu não sei cadê o Gabriel. -Gaguejei muito.

-Qual foi nosso acordo? Você tinha que ficar perto do meu filho. Vou te perguntar de novo, o que aconteceu aqui? -Nessa hora minha raiva tomou conta de mim, juntei todas forças que me restava e falei alto.

-Por sua culpa seu idiota, por sua culpa eu tive que passar por isso. Aquele filho da puta queria dar um recado para você e no final ele tentou me comer, isso que aconteceu, tá feliz? -Meus olhos ardia de fúria, o medo tinha indo embora. Eu tinha vontade de matar esse rei idiota.

-Que recado ele queria dar? -A feição dele não tinha mudado nada com meu ataque de fúria. Realmente ele tinha um autocontrole admirável.

-Ele falou...ele falou que mais um morrer, vai ser guerra, que um tal de Augusto, não está de brincadeira.

Tentei falar exatamente o que aquele bandido me disso. O rei se afastou de mim e chamou uns dos caras que trabalhava para ele.

-Wallace, leva o Michel para casa e Prego, vai buscar meu filho e o leva também. Depois vocês levam o corpo para o ossário.

Ossário? Que merda era essa, entrei em pânico de novo.

-Agora me faz um favor Doutor? Quando eu peço para você ficar perto do meu filho é para você ficar. Se você ouvisse e cumprisse parte do seu acordo, isso não estaria acontecesse você e não estaria nesse beco. Meu filho pode ser um idiota, mas ele iria saber te defender desses bandidinhos de merda que o Augusto contrata.

Queria discordar com ele, falar que eu era capaz de me defender, mas não fui, me sentir um inútil, nunca me vi em uma situação parecida, não sabia o que fazer.

Marcos saiu do beco e chegou o Wallace, ele era o mais bonito.

-Senhor Michel, vamos comigo. -Ele me estendeu a mão, eu estava travado não conseguia me mexer, me odiava por isso.

-Eu sei que você tá com medo, eu não quero te fazer mal, só vou te levar para casa. Você veio de carro não é? Me dar a chave.

Fiz que sim com a cabeça, ele tinha um vocabulário bem diferente dos outros, a voz dele me acalmou um pouco.

Entreguei à chave para ele e formos ao estacionamento. Ele abriu a porta do passageiro para mim e me ajudou a subir, sei que pode ser frescura, mas só quem já passou por isso sabe como é.

Ele entrou no lado do motorista, ligou o carro e formos para minha casa.

No caminho ele não falou nada, eu me enfiei no banco, não conseguia chorar ou falar.

-Tenho que te falar uma coisa. -faltava um quarteirão para chegar em casa e ele parou o carro.

Ele me olhou e fez eu olhar para ele também.

-Você não sabe a gravidade dessa situação, Michel.

-Como assim? -Eu estava confuso com essa frase, claro que eu sabia, quase fui estuprado ou talvez morto.

-Somos somente um peão no jogo de xadrez deles. Nossa vida não vale nada.

Eu estava quieto, só ouvia o que ele estava tentando me falar.

-Quero que você pense somente em uma coisa. Por que você?

-Não entendi.

-Michel, eles são podre de rico, o rei podia muito bem comprar uma clínica e internar o filho dele se o mesmo fosse um viciado.

-O que você tá tentando me falar...-Tinha esquecido o nome dele.

-Wallace, eu to tentando te falar que quero que você pense, você é inteligente, o rei não faz as coisa somente por fazer, tudo é pensado e planejado, Michel.

-Quer dizer que o Gabriel não está em casa para ele sair do vício em droga?

Nessa hora o Wallace deu risada.

-Você é médico Michel, você já conheceu um viciado e sabe como e difícil ele sair da abstinência?

Realmente sair do vício não era fácil, as peças estavam se encaixando devagar, Gabriel nunca mostrou ser um viciado, poderia sim ter usado, mas ele estaria com sintomas de abstinência que nunca apresentou na minha frente.

E ele somente era um irritante e chato por natureza.

-Eu to arriscando minha vida te falando isso, mas eu gostei de você, não merece está nessa situação.

Eu fechei meus olhos e agora as coisas faziam sentido, mas ao mesmo tempo não fazia.

-Por que você ainda trabalha para eles? –Ele não parecia ser um bandido, apesar do estilo, ele não tinha jeito.

-Eu já tentei uma vez sair, Michel, e isso que eu ganhei. – Ele levantou a camiseta, tinha um abdômen espetacular e várias cicatrizes, mas uma me chamou atenção, ainda estava vermelha, devia ter alguns meses só.

-Isso só foi um aviso, não temos como fugir deles. Eles não importam com você, com à sua família e amigos, matá-los para te prejudicar é simples.

Aquilo eu já sabia, mas o medo percorreu pelo meu corpo.

-Por que eu? Que eu tenho a oferecer a eles? -Olhava para frente, perdido em meus pensamentos.

-Talvez você não seja o interesse deles e sim o que você pode oferecer.

Eu ainda não entendia, muita coisa estava na minha cabeça, chegava a doe.

Ele pegou um pedaço de papel que estava no seu bolso e me deu.

-Esse é meu número de emergência, só me ligue se você tiver em uma situação de risco de vida.

Olhei para aqueles números e me perguntei se eu já não estava em risco.

Ele ligou o carro e me deixou na frente do meu prédio, me perguntou se eu queria que ele me levasse até meu apartamento, mas preferir ir sozinho.

Chegando em casa eu respirei tudo, queria cair fora disso, fui correndo até meu quarto e peguei uma mala que estava em cima do guarda roupa, coloquei as roupas nelas e fui na sala pegar meu celular para ligar para alguém, quando a porta se abre.

-Prego, caralho me solta. -Gabriel estava sendo segurado pelo Prego, ele lutava para se soltar.

-Só sigo ordem do meu chefe. -O Prego ainda segurava o Gabriel pelos braços.

-Eu também sou seu chefe, me larga agora porra.

Ele gritava com o outro e o Prego o jogou no chão e saiu do apartamento.

Eu assistia aquilo com muita raiva, ver a cara do Gabriel aumentou meu ódio.

-Que merda Michel, por que você sumiu caralho, te procurei por todos os lados até que o Prego me achou e me trouxe aqui.

Será que ele fingia ser idiota, ou era mesmo um.

-A onde você estava, por que veio para casa sem mim.

Não estava acredito que ele não sabia de nada.

Eu fiquei quieto, tinha vergonha de tudo que aconteceu comigo mas minha raiva era maior.

-Fala Michel, por que se fez isso caralho, eu vou me ferrar se o Prego contar para meu pai. -Ele estava na minha frente de pé.

-Teu pai já sabe de tudo. Aliás o Prego não te disse nada? -Controlei meu tom de voz, queria saber o quanto ele sabia ou se estava fingindo. Não confiava mais nele.

-Meu pai? Ele que te trouxe aqui? Por que? -Eu revirei os olhos, queria socar a cara dele.

Coloquei a mão na cabeça e me sentei no sofá, tinha que colocar minha cabeça para pensar antes de falar alguma coisa.

-Michel, o que foi? O que aconteceu? -Ele tinha chegando perto de mim, estava com de joelho na minha frente, se eu não o odiasse tanto ia achar bonitinho ele fazendo isso.

Não sabia por onde começar, mas eu respirei fundo e comecei a chorar tudo que eu não chorei, o choque por aquele momento tinha passado, precisava aliviar tudo agora.

-Meu Deus, você tá me deixando preocupado Michel, me conta por favor. -Ele segurava minha mão enquanto eu chorava, ele tinha que parar com isso.

Tirei a mão dele da minha e me levantei.

Comecei a conta para ele o que tinha acontecido, sobre beco, do cara ter me ameaçado e quase me violentado.

Ele me olhava sem expressão, na última parte ele ficou vermelho, ele serrou seus punhos.

-Merda, não acredito nisso. -Ele deu um soco no balcão na cozinha, me deixando um pouco com medo.

-Você tá bem cara? Ele chegou a... –Ele não conseguiu terminar a frase, estava tremendo e com voz de raiva.

-Não, ele não fez nada comigo, teu pai chegou na hora e o matou. -Eu engoli seco aquela parte, quando fechava meus olhos ainda podia ver aquela cena.

-Bem feito, desgraçado filho da puta.

-Ele mandou um recado para você e seu pai.

-Você informou meu pai sobre isso?

-Sim, eu repassei o recado, aí depois ele mandou o Wallace me trazer em casa e o Prego te buscar.

-Que merda, essa noite era para a gente se divertir, se você não tivesse fugido de mim, eu teria que protegido, aliás ele não ia tocar um dedo em você. -Será que isso era verdade? Não acreditei.

-Você estava bem ocupado, queria te dar espaço e depois ia voltar para te levar para casa. -Eu falei tentando mentir que na verdade não queria ver ele beijando outra pessoa.

Ele não falou nada, só ficou pensando e me mandou dar o celular para ele. Entreguei à ele e discou uns número e logo foi atendido.

-Pai sou eu... sim estou no apartamento.... sim, ele tá bem, só tá assustado.... não, isso não vai acontecer de novo... sim amanhã vou buscar ela... ok.

Ele desligou o telefone e me entregou.

-Nunca mais saia de perto de mim. -Ele falou apontando o dedo na minha cara. Quem ele pensava que era.

-Por que... por que você tá aqui Gabriel. -Eu estava com isso na cabeça ainda e queria respostas e dessa vez teria a verdade.

-Você sabe por que eu to aqui. -Ele tinha pegado um copo de água para me dar, me sentei de novo no sofá e ele sentou do meu lado.

-Pelo menos uma vez na sua vida seja verdadeiro Gabriel, você não é viciado, você não tem nenhum problemas com drogas ou bebida. -Eu olhava nos olhos dele, queria ver se ele estava mentindo ou não.

Ele não disse nada e eu continuei.

-Eu te deixei sozinho, se você fosse viciado iria pelo menos beber ou tentar usar alguma droga, faz só duas semana que você disse que parou de usar.

Ele tentou falar algo, mas não saia nada.

-Caralho Gabriel, me conta a verdade, me diz por que você está aqui, qual o motivo de você e seu pai querer esse acordo. Me conta porra.

Eu já estava irritado de novo, me levantei, peguei o copo que estava na minha mão e joguei na parede, esse desgraçado iria me contar a verdade agora.

Ele levou um susto com minha atitude e também se levantou.

Eu respirava fundo, estava ofegante e com muita raiva.

-Você quer saber a verdade? Tem certeza disso? -Ele olhava fixo para mim, à coragem que antes ele não tinha apareceu.

-CLARO QUE EU QUERO. -Gritei com ele.

-Se você se acalmar e sentar aqui eu te conto tudo com calma. -Ele ergueu a mão para mim e apontou para o sofá de novo.

Me sentei e ele sentou na mesinha de centro de frente para mim.

-Eu to aqui Michel por causa do Alexandre.

-Que Alexandre? O Alex meu amigo? -Não entendia o que o Alex tinha haver com isso.

-Vou te contar uma história, ouve com atenção e não diz nada até eu terminar ela, ok? -Eu estava confuso de novo e só fiz sim com a cabeça.

-A cidade existe duas áreas de tráfico de drogas, o lado sul e o lado norte onde fica é a área do nosso rival, o nome dele é Luiz Augusto, chamado também por Guto, e ele também é meu tio. -Aquilo me pegou de supresa, mas permaneci quieto e deixei ele continuar.

-O meu pai e o Tio Guto eram sócios, mas tiveram um mal entendidos e brigaram, então separam a cidade. Ficamos com o Sul e ele com o norte, e até aí tudo bem, cada um fazia suas negociações sem interferir com o negócio do outro. Só que surgiu um conflito interno. O Alex.

Nessa hora gelei, como assim.

-O Alex era um velho amigo da família, desconfiamos que ele era amante do meu tio, mas tudo bem, não tínhamos problema com isso.

Só que quando separamos, o Alex ficou no nosso lado e ele todo o auxílio e apoio necessário. Mas fomos ingênuos, ele era um infiltrado do meu tio Guto, passava para ele várias rotas e segredos nosso.

Foi aí que ele fez uma coisa pior. Ele pegou um cartão senha de um acervo de informações particulares do meu pai e por isso que eu to aqui, tenho que pegar esse cartão de volta.

Só que ele foi mais esperto e fugiu.

Espera, aquilo era muito informação para mim.

-Quer dizer que o acordo e tudo que seu pai falou e também o seu vício em drogas, eram tudo mentiras?

-Sabíamos que o Alex tinha um vizinho que era muito amigo dele e tivemos que usar você no nosso plano, a princípio eu só iria esbarrar com você na festa, tentar pegar algumas informações ou roubar a sua chave para poder entrar no prédio tranquilamente e recuperar o cartão.

Ele deu uma pausa, respirou e voltou a falar.

-Mas nada aconteceu como planejamos, tivemos a nossa briga e depois o acidente. Nisso meu pai viu uma forma de usar você, mas ele teria que te ameaçar e fazer eu ficar aqui. Mas o Alex desconfiou antes, foi mais esperto e fugiu.

-Não, ele foi visitar os parentes dele.

-Não Michel, ele fugiu e o cartão agora estar com meu tio. Felizmente ele não tem a senha, e se tiver as informações têm criptografias.

-Quer dizer que tudo isso não passava de mentiras Gabriel? -A fúria me cegou, eu estava muito nervoso de novo.

-Eu era somente um peão no jogo? E vocês iriam fazer o que depois conseguisse esse cartão com a Alex? matar ele? -Eu fazia careta, minhas mãos estavam fechadas, tremia.

-Não, se matasse o Alex isso iria encaminhar a uma guerra, só iríamos dar uma lição nele e pegar o cartão de volta.

-Inacreditável isso, não isso não pode ser verdade. -Eu me virei e fui para sacada, precisava de ar, estava sufocado.

Ele foi atrás de mim.

-Michel... – Eu estava de costa para ele na sacada e ele segurou meu braço e me puxou para olhar para ele.

-Olha para mim Michel, no começo você era sim uma peça nesse jogo, te usamos e te ameaçamos, mas eu não esperava que... -Ele não conseguia terminar a frase, eu só o olhava com ódio.

-Michel... -Ele respirou fundo, olhou para baixo e disse.

-Como é ser gay... quer dizer como é beijar um homem.

Não acreditava que estava ouvindo isso.

-Você é lunático? Tem alguma deficiência mental Gabriel?

Eu fui para dentro de casa, só me faltava essa.

Ele veio atrás, estava chateado.

-Eu só fiz uma pergunta...

-Você quer mesmo saber o que é beijar um homem?

Meus punhos estavam tão serrada que a qualquer momento minhas unhas iriam cortar a palma da minha mão, eu queria dar um soco na cara dele, mas fiz pior.

Empurrei ele contra a parede e coloquei com força minha boca na sua. Eu queria mostrar o que era beijar um homem, mas ele não ia gostar e nem eu, isso que eu pensei...

Oi meus anjos, eu não esqueço de vocês não tá? Mais um capítulo, espero que gostem. Adoro vocês bjs

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Comentários

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Eita, to continuando esse conto em 2020

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Enfim o beijo!!!!!! Será que eles vão avançar ou vão parar por aí? Gabriel já´se apaixonou por Michel e não imagino como ele vai lidar com isso, mas á percebo nele essa vontade de experimentar com o Gabriel porque a paixão está queimando em seu peito. Você realmente me surpreendeu com esta trama porque não imaginei nada nem perto do que você nos mostrou... kkk A única coisa que eu já estava desconfiado era que Gabriel não era viciado... kkkkkkk Continua que está bom demais!!!!!

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Capítulo maravilhoso. Esse final 😱😱😱

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