Quando nossos lábios se tocaram eu pressionei minha boca com força contra a do Gabriel, queria o machucar.
Abrir um pouco minha boca e ataquei ele, minha língua o invadia como um louco, ele não reagia e nem se mexia.
Minhas mãos segurava os braços dele contra a parede, enquanto minha língua explorava cada parte da sua boca, estava tão violento que nossos dentes se tocaram algumas vezes.
Eu não respirava, já estava começando a perder o fôlego, quando que ele reagiu.
Sua boca fazia movimento acompanhado a minha, sua língua estava também descontrolada.
Ele se livrou das minhas mão com facilidade e me empurrou mais contra sua boca, me beijava com fúria, parecia dois lobos querendo acabar com a vida do outro.
A briga estava feia, ele me colocou contra a parede, mudando de posição comigo.
Eu tentava respirar, consegui um pouco ar, com isso foi diminuindo meu ataque, o beijo então ficou mais devagar, nossos corpos agora estava unidos, sentia sua ereção contra a minha barriga e eu estava começando a ficar excitado.
Merda, não era isso que eu queria, então mordi com muita força o lábio inferior dele, fazendo ele dar um gemido de dor, com isso conseguir me livrar das mãos dele.
-Aí caralho! -Ele colocou a mão na boca, tinha sangue em seus dedos.
-Vai tomar no cú, Gabriel. -Eu estava ofegante, tentava buscar ar.
-Não precisava me morder assim cara. -Ele ainda tinha a mão em sua boca.
-Vou dormir, passar bem. -Sair dali batendo os pés, quando cheguei no corredor, corri para meu quarto e tranquei a porta.
Se ele viesse atrás de mim com certeza ia rolar mais que um beijo.
Agora sabia, infelizmente eu soube que eu estava apaixonado por ele. Queria que o beijo fosse ruim, usei todas minhas forças para machucar ele, mas quem eu estava enganando.
Beijar Gabriel foi incrível. Principalmente no final do beijo, meu pau estava duro, agora chegava a doe.
Sentir muita vontade de voltar lá e terminar o que eu tinha começado, queria me entregar para ele, ter ele de todas as formas possível, mas não podia, não confiava nele, mentiu, me enganou e ainda queria prejudicar Alex.
Não acreditei que o Alex teria coragem de fazer isso, já mais calmo peguei meu celular, fui na agenda e liguei para ele.
Deu fora de área, não, meu amigo não seria capaz disso, não podia ser.
O que eu ia fazer com todas essas informações e acontecimento?
Somente fechei meus olhos e deixei o cansaço me dominar.
Mas nem no sono eu tinha paz, eu sonhei com aquele beco. O cara estava morto, seu sangue estava todo pelo chão, olhei para minhas mãos e elas estavam coberta pelo sangue dele, aliás eu estava todo cheio de sangue. Gritei, Gritei muito e acordei. Estava todo suado e ofegante, já era de dia.
Passei a mão na cabeça e fui no banheiro, tomei banho e fiz minha higiene matinal.
Saindo do banheiro fui para a sala, precisava de café, mas teria que ver a cara do Gabriel e isso me deixou animado e com raiva.
Não tinha ninguém ali, estava sozinho. Será que ele tinha indo embora? Eu respirei fundo por esse pensamento, podia em fim ter paz, só que me sentir triste.
Não ver mais o Gabriel parecia que doía, que merda eu estava sentindo por esse otário.
Fiz café e um lanchinho, quando a porta se abre e ele aparece, eu sem querer sorrir por dentro.
Ele estava de calça jeans surrada, regata branca e tênis. Seu cabelo estava bagunçado e achei fofo isso. Ele tinha tirado o gesso, irresponsável, era para ficar mais um mês com ele, bom que se foda, quem ia ficar com o braço torto não era eu.
Fiquei com raiva de mim por me preocupar tanto com esse cara.
-Bom dia Michel. -Ele não olhava na minha cara, estava com uma mochila nas costas.
-Bom dia. -Falei entre os dentes.
-Michel, toma seu café, vamos sair daqui a pouco. -Ele pegava alguma coisa na mochila e olhou para mim.
-Não, tá louco? Eu não vou mais em nenhum lugar com você.
Ele suspirou, tinha uma expressão bem seria no rosto.
-Chega de jogos, chega de mentiras, você já sabe de tudo não é? -Ele me olhava fixo. Antes que eu falasse algo ele me interrompeu.
-Quero te pedir desculpa por tudo que fiz com você até agora, quero que você me perdoe, mesmo eu não merecendo. -Ele agora tinha se levantando e indo até mim. Meu corpo de novo tremeu com aquela aproximação, sentir meu estômago apertar e meu coração disparou.
-Só que agora as coisas são mais complicadas que antes, você realmente está em perigo.
-Que ótimo saber disso, vou dormir um pouco melhor essa noite.
-Você tem que vim comigo, quero te mostrar uma coisa, um jeito de você se proteger caso um dia eu não tiver perto de você.
Ele ainda estava na minha frente, parecia sincero, mas como já disse, não existia mais confiança entre a gente.
-Quem disse que quero você perto de mim? Se eu realmente estou em perigo, manda outra pessoa ficar na porta do meu apartamento ou ficar me vigiando.
-Não é essa a questão Michel, para de ser uma criança teimosa cara. -Ele parecia frustado.
-Eu criança? -Serrei meu pulso, ele ia ver quem era criança.
Ele percebeu que tinha me deixando nervoso de novo e segurou minha mão.
-Cara, olha nos meus olhos! -Eu tentei olhar para eles, mas me queimava por dentro quando fazia isso. - Ontem eu não pude te proteger e eu tinha prometido a você que iria. Me sinto muito mal por isso, não eu ia me perdoar se algo acontecesse com você por minha culpa.
-Não foi somente sua culpa e sim dessa vida que você e seu pai me colocaram.
-Sim Michel, eu to arrependido por isso, se eu pudesse voltar no passado iria ter arrumado outro jeito de entrar no apartamento do Alex, não ia te envolver nisso. -Ele tinha os olhos triste, por um segundo achei que ele estava lacrimejando. Mas não ia cair nessa lábia dele.
-Mas agora não podemos fazer nada além de nos defender e você precisa tá pronto. -Eu lembrei de ontem à noite, me sentir um fraco por deixar outro homem me dominar tão fácil e ainda tentar me violentar.
-Não peço que confie em mim, já te pedi isso e quebrei essa confiança. Quero que você lembre do que dia que nós conhecemos, antes da cirurgia, quando você me olhou e pediu para eu confiar em ti, que tudo ia ficar bem. Então por favor. -Ele me olhava, me sentia perdido dentro daqueles azuis penetrante.
-Por favor, me dar mais uma chance, deixa eu te proteger.
Bom gente, não sei o que dizer a vocês, eu poderia muito bem não ter aceitado, ter expulsado ele de casa e mandar ele e o pai para o inferno, mas pergunte se fiz isso? Pelo contrário, fui com ele a onde quer que ele me levasse. Sentimento idiota, me odiava tanto por ser tão fraco assim.
Ele me levou em uma mata, um pouco longe da cidade, sentir medo, mas por dentro sabia que ele não pretendia fazer nada de errado comigo.
Estacionamos na encosta da mata, e ele me guiou por um caminho no meio daquele mato e árvores.
Até que chegamos nunca clareira.
-Por que você me trouxe aqui? Vai me matar e enterrar meu corpo? -Estava sendo sarcástico, mas me preocupei se isso realmente poderia ser verdade.
Ele nada disse, colocou a mochila no chão e à abriu, pegou umas garrafas e levou uns 5 metros longe e voltou, mas uma vez foi na sua mochila e tirou uma arma. Era uma pistola preta. Ótimo, agora ele me dar um tiro.
-Eu prefiro morrer com um tiro na cabeça, é mais rápido. -Eu já estava me afastando dele, pronto para fugir.
Ele deu uma gargalhada e se levantou indo perto de mim.
-Aí Michel, você é incrível cara. –Ele ainda continuava rindo enquanto tirava as balas da arma à desarmando.
-Olha, você vai aprender a usar uma arma, essa aqui vai ser sua e você vai está sempre com ela por perto.
Aquilo era demais, me envolvi com um bando de traficante, minha família, amigo e eu era ameaçados, quase fui estuprado, vi uma pessoa ser morta na minha frente de forma brutal, sou enganado e agora vou aprender a atirar.
Realmente estava sendo o mês mais insano de toda a minha vida.
-Não, obrigado, não quero aprender a matar pessoas. -Ele riu de novo, seu sorriso era lindo, mas estava me irritando já.
-Não quero ensinar a matar ninguém e sim ajudar você a se proteger. Aqui, segura ela.
Ele me deu a arma, a peguei com medo, nunca tinha colocado uma nas mãos.
-Aqui estão as balas, você coloca elas aqui. -Ele me explicava o que fazer, prestei atenção, achei interessante.
-Mas agora isso é importante, a trava só pode ser liberada quando você for atirar, não destrava antes, você pode se machucar por acidente.
Eu fiz o que ele pediu, carreguei a arma, destravei ela e olhei para ele.
Se eu tivesse sorte, como não tenho, iria tentar não me matar com essa coisa.
-Agora quero que você atire nas garrafas. -Ele apontou no sentido delas. -Você vai sentir uma pressão no seu braço, você tem que segurar ela com firmeza e...
Já era tarde, antes dele terminar de falar eu já tinha atirado, o barulho foi tão alto que meu ouvidos doeram, a pressão fez que meu ombro quase ser deslocado. Aí, aquilo doía.
Ele tinha levado um susto, gritou um NÃO bem alto, mas não tinha ouvido. O tiro passou muito longe da garrafa e acertou um tronco de uma árvore.
-Merda Michel, não era para atirar agora, meu Deus que perigo! – Ele tinha colocado uma mão na testa.
-Deixa eu te mostra como faz. -Ele chegou perto de mim, ficou por trás e me ajudou a segurar a arma.
-Primeiro você aponta a onde estar seu alvo, fecha um olho e com o outro olha nessa mira aqui. -Sua boca estava perto do meu ouvido, sentia o seu perfume, sua barba roçava levemente meu pescoço me fazendo cócegas, teu corpo estava grudado ao meu, sentia que seu pau estava perigosamente próximo da minha bunda. Tentei me concentrar na arma que estava na minha mão, se ele tentasse algo comigo ia atirar nele.
-Agora destrava a arma e aperta o gatilho. -Sua voz era suave no meu ouvido, parecia uma música. Me sentir em paz e relaxado.
-Atira Michel. -Ele ainda tinha a voz mansa. Eu apertei o gatilho e o barulho de novo foi alto, não sentir tanto impacto do tiro por que dessa vez o Gabriel me ajudava a segurá-la. O tiro foi certeiro na garrafa que quebrou em vários pedaços.
-Eba! Conseguir Gabriel, não acredito!. – Eu estava empolgado com um sorriso enorme, sentia a adrenalina pelo meu corpo, aquilo foi o máximo.
Me virei e o Gabriel ainda estava parado, seus olhos estavam feroz, ele não deixou eu sair dos seus braços, me segurou pela cintura, seu nariz estava tocando o meu, sua boca a centímetro da minha. Conseguia sentir seu hálito que era embriagante, teu pau estava muito duro contra o meu já também.
Eu fechei meus olhos, eu queria muito sentir de novo a sua boca, seu gosto ainda estava em minha memória, mas era viciante que eu tinha que provar outra vez.
Nós aproximamos ainda mais, soltei a arma no chão, segurei sua nuca.
Nossos lábios se juntaram mais uma vez, só que dessa vez com calma, sem pressa e nem urgência.
O beijo era controlado por ambos, foi maravilhoso, minha boca não queria nunca mais se soltar da dele, nossas línguas dançavam uma com a outra.
Ele me segurava mais forte, o beijo foi ficando mais quente até que ouvimos galhos se quebrado.
Ele rapidamente me empurrou para trás dele e pegou a arma que estava no chão, a destravou e só para ver quem era.
Oi pessoas lindas da minha vida, mas um capítulo, se quiserem ler o próximo já está disponível no Wattpad
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