Eu estava extremamente nervoso. Aquela era minha primeira viagem internacional e a primeira vez que viajava sozinho. O frio na barriga em antecipação a tudo o que estava para acontecer era constante. O piloto anunciou que estávamos prestes a pousar no Aeroporto Internacional de Victoria, capital da província de British Columbia, no Canadá e o frio na barriga virou uma espécie de dor. Minha ansiedade estava no mais alto nível. O casal de idosos que estavam ao meu lado sorriram pra mim e me disseram palavras tranquilizadoras. Eles afirmaram que eu iria adorar minha estadia naquele país e eu acreditei. Tínhamos conversado durante boa parte do vôo e eles me contaram as melhores histórias sobre suas viagens por todo o mundo.
Respondi as perguntas do oficial da imigração, minutos depois, e expliquei que ficaria no páis durante um ano, período previsto para o meu intercâmbio na University of Victoria (UVic). Quando saí em direção ao saguão do aeroporto procurei rapidamente as pessoas que deveriam estar me esperando.
Como é comum naquelas terras, eu ficaria numa "homestay", que é uma hospedagem na casa de uma família que tem um quarto sobrando e aluga para estudantes. Tudo havia sido acertado por intermédio da UVic, em seu programa de homestay para atender estudantes estrangeiros. A minha "hostfamily" era, segundo as informações que me haviam sido passadas, composta de pai (que depois eu soube ser viúvo, apesar de jovem) e dois filhos mais ou menos da minha idade, um rapaz e uma moça.
Não havia muita gente no saguão naquele horário e logo identifiquei uma moça de cabelos castanhos segurando uma placa com o meu nome. Respirei fundo e fui em sua direção e me apresentei.
— É um prazer conhecê-lo — disse ela em um inglês fácil de entender. Ela era extremamente simpática e sua voz era doce e amável. — Meu pai teve um compromisso de última hora no trabalho e por isso não pode vir. Meu irmão está preparando nosso jantar. Imagino que você esteja cansado…
— Estou sim, muito. A viagem do Brasil pra cá é muito longa — respondi confiante no meu inglês.
Conversamos bastante durante todo o trajeto. Emily me explicou muita coisa sobre a universidade, a vida no Canadá e como as coisas funcionavam na casa dela. Respondeu todas as minhas perguntas pacientemente enquanto nos afastávamos de Sidney, a pequena cidade onde ficava o aeroporto, e íamos em direção à Victoria. Ela também me contou sobre ela mesma, sobre seu namorado, sobre seu irmão, Mason, e como o admirava.
Quando entramos na McRae Avenue, entre a Shelbourne Street e a Richmond Road, Emily apontou a casa dela. Era linda, da maneira como eu sonhava. Tinha um pequeno jardim na frente e aquela estética típica de casas norte-americanas.
— O que é aquilo? — perguntei assim que descemos do carro, apontando para o outro lado da rua, onde havia uma área fechada enorme, de onde se via altas árvores e um grande campo de futebol.
— É uma escola privada. A St. Michael’s University School.
— Você estudou aí? — perguntei.
— Não — respondeu ela sorrindo. A porta de sua casa se abriu e um rapaz grande e forte, muito bonito, saiu de lá de shorts e sem camisa, abrindo um sorriso lindo na minha direção.
— Seja bem-vindo! — disse Mason antes de apertar a minha mão e meu coração acelerou. Teria aquela visão do paraíso o ano inteiro. Tudo tinha começado muito bem mesmo...
Abri o chuveiro e a água morna começou a cair sobre mim. Era tudo o que eu precisava após a viagem. O meu quarto era grande, tinha uma cama de casal, uma escrivaninha e um armário de bom tamanho. Saí do banheiro me enxugando, sem estar realmente enrolado na toalha, e abri minha mala sobre a cama, para procurar alguma roupa.
— Gilberto? — ouvi meu nome sendo chamado por uma voz grossa e olhei para a porta. Percebi então que a tinha deixado entreaberta e pude ver um homem alto e parrudo, muito parecido com o filho, me olhando. — Me desculpe, me desculpe — disse ele fechando a porta e eu me apressei a me vestir.
Fui para a cozinha, onde o homem estava, de costas para mim, bebendo água. Tinha o mesmo cabelo castanho dos filhos, era um tantinho mais alto que Mason e mais forte também. Suas mãos eram grandes e os seus braços peludos davam uma ideia de como seria o restante de seu corpo.
— Sr. Stevens? — chamei sua atenção.
— Gilberto — ele virou-se e veio na minha direção, com a mão grande estendida. — Por favor, me chame de Colin. É um prazer conhecer você, espero que tenha uma boa estadia na minha casa. Me desculpe pelo…
— Não, tudo bem, não se preocupe.
Colin tinha uma barba cheia. Seu peito e ombros largos faziam dele um homem extremamente imponente. Seu olhar era penetrante e firme, como o de um predador. Eu me senti quente enquanto conversávamos; nem parecia que acabara de sair do banho.
A última semana de agosto, minha primeira no Canadá, passou rápido e à medida que os dias se passavam eu me acostumava mais e mais aos hábitos e costumes daquele lugar. Falava com meus pais quase diariamente e demonstrava a minha felicidade e meu encantamento com tudo. Mason e Emily me levaram pra conhecer a cidade inteira nos primeiros dias (visitamos o parlamento, o Royal BC Musuem e o Empress, fomos até o Mount Douglas, o Beacon Hill Park; comemos “fish and chips” no Fisherman’s Wharf, visitamos a Willow’s Beach, entre outros diversos lugares) e íamos juntos à universidade, quando as aulas começaram, sempre que nossos horários coincidiam. À noite todos nós jantávamos juntos e nos divídiamos para lavar a louça. Eu já estava bem adaptado com eles, mas me sentia muito estranho na presença do pai deles.
Meu coração disparava sempre que eu ouvia a voz de Colin quando ele chegava em casa ou quando eu olhava pra ele ou quando ele falava diretamente comigo me olhando como se fosse me devorar inteiro. Havia algo nele que me deixava em chamas.
— Você está bem? — perguntou ele um dia, quando estávamos a sós na cozinha. Era quase meia noite de uma sexta-feira e eu havia levantado para beber água e me assustei quando ele chegou segundos depois vestindo uma camiseta fina e um calção que deixava à mostra suas pernas grossas e peludas e evidenciava o enorme volume na frente. — Você parece com medo…
— Eu? Medo? Não, não… — e foi aí que eu percebi que ele notava o quanto ele estava mexendo comigo. Não que fosse difícil me notar. Sempre foi muito perceptível que eu era gay e já tinha sofrido muito por causa disso na adolescência. O meu tipo físico, magrinho e baixinho, nunca ajudou também. Minha bunda era incomumente grande e arrebitada, meu cabelo era grande e minha voz fina.
— Se não é medo, então… — ele se aproximou de mim e eu praticamente me encolhi.
— Estou bem, sim, senhor.. estou bem, não se preocupe — eu gagueva um pouco enquanto falava e tratei logo de sair daquela situação. Quase corri até o meu quarto e me joguei na cama.
O dia seguinte amanheceu chuvoso. Fiquei até tarde na cama e quando me levantei já era quase hora do almoço. A casa estava silenciosa, não vi ninguém na sala de estar nem na cozinha, o que me fez achar que estava sozinho. Fiz um sanduíche e sentei à mesa, comecei a comer devagar, mexendo no celular. O barulho de carro me despertou e pouco tempo depois de ouvir a porta do automóvel bater Colin entrou na cozinha, todo molhado, carregando umas sacolas de supermercado.
— Deixa que eu te ajudo — eu disse me levantando e pegando algumas sacolas, pra guardar os itens.
— Obrigado. Peguei chuva na saída do supermercado. Me arrependi de ter deixado o carro estacionado tão longe — ele foi em direção ao quarto e voltou se enxugando, já sem camisa e apenas com um calção. Me tremi todo ao vê-lo daquela maneira e mais uma vez ele me olhou com aquele olhar penetrante. — Mason viajou com amigos e Emily está na casa do namorado. Somos só nós dois por hoje.
Eu apenas assenti. Não sabia o que dizer, o cheiro daquele macho me deixou enebriado. Ver seu peito peludo, seus braços fortes se movendo enquanto ele enxugava a cabeça… era tudo muito sexual, eu fazia um esforço enorme pra conter uma ereção que ficaria claramente visível sob meus shorts.
— Você já foi ao cinema desde que chegou aqui? — perguntou ele.
— Não, não — minha voz saiu meio miada, fraca.
— Então vai hoje, comigo!
— Claro! — como eu poderia recusar? Era uma ordem, não um pedido.
Na fila pra comprar pipoca, enquanto me falava sobre seu trabalho e eu estava entretido o admirando, Colin casualmente me puxou pela cintura, para mais perto de si, para que uma senhorinha pudesse passar atrás de mim. Ele deu um risinho quando percebeu minha inquietação com o acontecido. Meu coração disparara e eu comecei a sentir raiva de mim mesmo por ser tão besta e inexperiente. Como se fosse necessário mais confirmação de que eu estava caidinho por ele, Colin se encheu todo com a situação. Durante o filme ele me olhava sorrindo, de tempos em tempos, e eu retribuía.
No jantar Colin abriu uma garrafa de vinho, que ficamos tomando na sala, após terminarmos de comer. Ele me contou muito de sua vida, como amara a esposa que morrera de uma doença que a levou em poucos meses, de como foi desafiador criar os filhos sozinho e que ainda tinha dificuldades de se relacionar seriamente por causa da memória da esposa.
— Mas desde que ela se foi você nunca… — eu tentei formular a pergunta de maneira natural, mas fiquei vermelho e não pude terminar.
— Se eu nunca mais transei? Transei sim, claro. Eu não conseguiria ficar sem. — ele falou isso e deu uma ajeitada no pau por cima da bermuda e eu quase babei. Tomei um grande gole de vinho. — E você?
— Eu? Eu o quê?
— Tem algum rapaz no Brasil pra quem entregou seu — ele fez uma pausa nesse instante, levando a taça de vinho à boca e bebendo um pouco, antes de terminar a frase —, o seu coração?
— Não, nenhum.
— Mas você já…?
— Sim, sim, claro.
— E como aconteceu? Com quem foi a primeira vez? — fiquei surpreso com a curiosidade dele e mais uma vez corei. Mas o vinho me deixou um pouco mais desinibido.
— A primeira vez foi com um colega de classe da escola, mas não foi muito bom não, ele era bobo, inexperiente e… — comecei a rir.
— E? — ele incentivou, curioso.
— Ele gozou muito rápido.
— Garotos! — Colin sorriu, desdenhoso. — Ele te comeu mais vezes?
— Sim, algumas. Ele foi meu namoradinho por cerca de seis meses. Além dele, só estive com mais um e com ele foi maravilhoso!
— Quem era esse? Por que foi tão bom?
— Era um amigo do meu pai. Foi bom por que ele sabia de muitas coisas. Ele era calmo, tinha paciência, sabia onde e como me tocar, sabia o que dizer… com ele eu não sentia muita dor e ele sabia exatamente como… como... me fazer gozar… — eu falava passando os dedos de leve na minha taça vazia, quase que ilustrando o que eu dizia.
Colin apertou o pau com força. Percebi que ele estava excitado. Aquela era a minha chance.
— Acho que tomei muito vinho, mais do que deveria. Vou tomar um banho e dormir. Boa noite, Colin.
Ele me olhou com fogo nos olhos e respondeu meu boa noite quase com um grunhido. Eu era tímido, sempre fui, e Colin percebera isso. Eu não iria me insinuar pra ele, nem fazer nada. Mas eu sabia que aquela era a jogada certa.
Tomei meu banho com calma, botei uma cueca vermelha e fui pra cama. Deixei a porta do quarto entreaberta, como no primeiro dia. Percebi quando a luz que entrava por ela foi bloqueada: era ele, me observando. Eu estava deitado de bruços, abraçando o cobertor, com a minha bunda virada para a porta e vestindo um shorts curto e apertado. Não demorou para que eu percebesse sua aproximação e sentisse a mão grande dele alisando minhas costas.
— Garoto, você conseguiu me deixar louco — disse ele no meu ouvido. Beijou o meu pescoço, roçando sua barba em mim, e apertou minha bunda. Eu gemi, me entregando.
— Colin!
Ele me virou e tomou minha boca com ferocidade. Seu beijo era intenso, me explorava com a língua e com as mãos. Eu acaricei todas as partes que pude alcançar daquele homem. Ele era todo grande mesmo, eu me perdi em seus braços.
Colin encheu meu corpo de beijos, lambendo cada pedacinho de mim. Tirou meus shorts e minha cueca devagar e eu empinei bem minha bunda em sua direção. Senti sua língua tocar meu cu e sua barba arranhar minha bunda. Ele sabia como fazer aquilo. Eu gania de prazer, o que incentivava aquele macho, que estava disposto a me fazer gozar. Me surpreendi quando ele abocanhou a minha rola e a chupou com destreza. Ninguém nunca tinha feito aquilo comigo, nem mesmo o amigo do meu pai, que por mais delicioso que fosse se mantinha distante do meu pau.
— Eu quero sentir o seu gosto, Colin — pedi, quando senti que gozaria se ele continuasse.
Colin deitou na cama, encostou-se na cabeceira e abriu as pernas. Eu me coloquei entre elas, meio de quatro, e segurei com firmeza aquele cacetão. Era lindo: reto, com quase a mesma espessura da base até a cabeça rosa. Abocanhei-o devagar, passando a minha língua na glande e descendo por todo o corpo do pau. Colin gemeu e alisou o meu rosto, me incentivando. Olhavámos nos olhos enquanto eu trabalhava naquele cacete e aquele macho sorria pra mim.
— Você é um putinho devasso — disse ele dando uns tapinhas de leve na minha cara e começou a foder minha boca, elevando o quadril da cama ritimadamente. Batia com a rola por todo o meu rosto. Eu me apoiava em suas coxas grossas e peludas e ele segurava uma das minhas mãos, carinhosamente.
Com força e habilidade (como se eu não pesasse nada), Colin levantou meu corpo, sem deixar com que eu tirasse a boca de sua rola e me mudou de posição, de modo ao meu cu ficar à disposição de sua língua. Ele chupava o meu cu com maestria e dava leves tapinhas na minha bunda.
— Eu não sou uma garota, pode bater com força — eu disse, o fazendo sorrir.
— Garoto, você não sabe o que está dizendo… — Estremeci quando senti a próxima bofetada que levei na bunda. Eu adorava aquilo.
Além da língua, ele também passou a me dedar, primeiro um e em seguida dois dedos, me preparando para o que viria a seguir. Eu já tinha conseguido enfiar seu cacete inteiro na boca, o que o impressionou.
— Me fode, Colin, eu não aguento mais, me fode com força… — eu pedi, sentino seus dedos explorarem meu interior.
— Fuck, Gilberto, esse é o melhor pedido que um homem pode ouvir.
Eu saí de cima dele e me deitei de bruços na cama. Ele beijou meu pescoço e sussurrou no meu ouvido que já voltava. Não demorou e senti sua barba me roçar novamente, montou em mim, abriu minha bunda e sem cerimônia enfiou o seu pau encapado no meu cuzinho, sem violência, mas de uma vez só, com firmeza e força. O meu grito foi de alegria. Colin me envolveu com seus braços fortes e começou a bombar. Como aquele macho era maravilhoso! Ele me fodia gostoso, mordiscando minha orelha, apertando meu quadril… Seu membro poderoso alargava minhas pregas e ia fundo nas minhas entranhas, me preenchendo por completo.
— Você é gostoso demais, Gilberto!
— Você é o macho dos sonhos! — respondi.
Eu beijei suas mãos. Meu pau duro era pressionado na cama enquanto Colin estocava em mim com força, seu peito peludo tocando minhas costas. Ele retirou o pau de dentro de mim devagar, levantando-se da cama, me puxou pelas pernas, de modo a me posicionar na beiradinha da cama. Eu abri as minha pernas pra facilitar a entrada e Colin beijou minha boca enquanto rapidamente voltou a movimentar seu pauzão dentro de mim.
Me fodia com as nossas testas coladas, olho no olho, ambos sorríamos. Eu alisava suas costas, seus flancos e seu peito, sempre que ele afastava um pouco o seu corpo do meu. Colin sabia exatamente como comer um cu e eu estava adorando dar pra ele.
— Eu vou gozar — disse eu, depois de vários minutos, o que fez ele abrir um sorriso gigante e estocar com mais vontade. Esporrei entre nossas barrigas, meus gemidos abafados por seu beijo.
Colin ainda me botou meio de quatro, com uma perna em cima da cama e a outra apoiada no chão e segurava na minha cintura, me fodendo com muito vigor. Meu cu estava em brasa; já estava quase implorando pra que ele gozasse logo, quando senti uma metida mais profunda e seu urro. Colin me abraçou com carinho, deitando junto comigo na cama, exaustos. Retirou a camisinha com cuidado e nós adormecemos abraçados.
***
Nas semanas e meses que se seguiram Colin e eu iniciamos uma espécie de namoro às escondidas. Embora ele não visse motivo de não contar aos filhos, eu me sentiria meio constrangido se eles soubessem. Mas o motivo maior para o segredo se deveu ao fato de eu ser um estudante hospedado em sua casa por meio do sistema de homestay da Uvic, o que fazia com que o nosso relacionamento fosse no mínimo antiético.
— Há anos que não me sinto tão vivo! Parece que estou de volta à adolescência com essa história de namorar escondido — riu ele, falando baixinho numa madrugada em que eu estava deitado em seu peito, no meu quarto, após uma sessão de sexo quente. Nossos encontros furtivos aconteciam em sua maioria nas madrugadas, de preferência no meu quarto. Aproveitávamos momentos em que Mason e Emily não estavam em casa para vivermos como um verdadeiro casal. Costumávamos passear nas cidades vizinhas e pegamos o ferry para Vancouver em diversos finais de semana que os filhos dele viajavam.
Aproveitamos o Reading Break em novembro (habitual semana de descanso do calendário da universidade) para viajarmos juntos, apenas nós dois, para eu conhecer as Rocky Mountains, na província de Alberta. Fomos de carro e cada parada que fazíamos ele fazia questão de andar de mãos dadas ou abraçado comigo pelas ruas das pequenas cidades. Dentro do carro eu fazia cafuné em sua nuca ou o provocava alisando suas coxas.
— Se você mantiver essa mão aí eu vou ter de parar no primeiro hotel que avistar e te foder com muita força — disse ele sorrindo, quando minhas mãos apertaram seu pau duro.
— Duvido você fazer isso! — eu o desafiei, gargalhei e continuei com a mão lá, apertando e massageando aquele cacete grosso.
Foi só quando ele parou num hotelzinho na beira da estrada em Kamloops que percebi que ele falava sério. Como prometido, ele me fodeu com toda a força que pode. Eu segui viagem com um sorriso enorme e constante no rosto e o cu ardendo.
Nos hospedamos no Fairmont de Banff, uma charmosa cidadezinha aos pés das montanhas. Exploramos a cidade durante o dia, visitando lugares como o lake Louise ou subindo no topo de uma montanha. À noite passeavámos pela Banff Avenue, que era absolutamente linda e iluminada, cheia restaurantes e lojinhas charmosas. Voltámos ao quarto lá pelas 10h e nos amávamos por horas. Aquela foi sem dúvida a viagem mais maravilhosa de toda a minha vida.
***
Eu acordei cedo. Encontrei Emily terminando seu café da manhã. Quando ela me viu, se levantou da mesa e veio me abraçar.
— Nem acredito que é seu último dia aqui — choramingou ela.
— Nem eu, eu não quero ir embora!
— Então não vá! — a voz de Mason surgiu atrás de mim.
— Eu tenho que ir, minha família deve estar ansiosa me esperando…
Colin não apareceu para o café naquele dia e quando eu perguntei por ele nenhum dos seus filhos sabia informar onde ele estava. Mason voltou do quarto do pai dizendo que estava vazio e a cama já estava arrumada.
— Não será um dia facil pra ele — Emily sussurrou pra mim, me olhando nos olhos, voltou a me abraçar e foi para o banheiro.
Passei o meu último dia em Victoria visitando meus lugares favoritos e procurando lembranças de última hora pra levar de volta ao Brasil. Eram umas 15h quando recebi uma ligação de Colin.
— Fiz reserva no Red Robin pra nós quatro às seis da tarde, ok? — sua voz não estava normal, não saberia dizer se havia chorado, pois nunca tinha visto isso acontecer.
Suspirei.
— Vocês está bem? — questionei, ignorando pela primeira vez a notícia de que iria jantar no meu restaurante favorito de Victoria.
— Vou ficar.
O clima de despedida no jantar era patente, mas tentamos manter a alegria. Mason e Emily anunciaram que não dormiriam em casa, mas que estariam de volta ao amanhecer para me levar ao aeroporto.
Colin me levou ao seu quarto. Ele estava muito calado, desde o jantar. Tirou a roupa e deitou na cama, me puxando para que eu deitasse em seu peito.
— Gilberto, esse… — ele começou a falar devagar, com a mesma voz estranha de mais cedo. — esse ano foi incrível. Eu te agradeço por ter proporcionado pra mim…
— Eu que tenho que te agradecer, Colin, você foi a melhor coisa que já me aconteceu!
Colin me beijou. Nos amamos devagar, sem pressa, nos olhando nos olhos e derramando lágrimas que demonstravam o quanto aquele momento estava sendo doloroso para ambos e o quanto tínhamos sido importantes um para o outro.
Quando o avião decolou no dia seguinte, me levando de volta para a realidade, eu chorei e sorri ao mesmo tempo. Guardaria pra sempre no meu coração tudo o que tinha vivido naquele ano, com aquele macho, que era verdadeiramente maravilhoso.
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Obrigado por ter lido. Estou voltando a escrever, ainda tentando voltar a forma. O próximo conto será uma continuação ao "O PAI DO MEU ALUNO", se você não leu, pode encontrá-lo no link: https://www.casadoscontos.com.br/texto/Abraço