Quando tentei acudir a mulata Alba, ela despertou do breve desmaio. Olhou para mim ainda confusa e depois sua expressão facial mudou. Agora, parecia estar com ódio. Vociferou:
- SAIA! SAIA JÁ DAQUI! PRA FORA DA MINHA CASA. XÔ! XÔ!
Não rebati. Vesti minhas roupas calmamente, sem nem olhar para ela, depois fui embora sem nem olhar para trás. Ela bateu a porta com força, às minhas costas. Fiquei sem entender aquele ataque de fúria dela. Mas eu queria mesmo ir embora para casa. Estava cansado das fodas dadas todos os dias. Pensei em ligar para Mariana, para que me desse uma carona, mas desisti. Ela iria querer o seu quinhão de esperma diário e eu não estava afim. Na verdade, não estava mais afim de trepar com ninguém naquele resto de dia. Descansaria bastante para estar em forma na manhã seguinte. Quem sabe a japonesinha não me convidava de novo à casa dela? Fui pensando nisso até em casa, andando a pé até lá. Foi uma caminhada e tanto, mas cheguei à minha residência antes das cinco da tarde. Estava suado do sol escaldante e corri direto para o banheiro. Não havia ninguém em casa. Achei melhor assim. Comi alguma coisa e caí na cama.
Dormi bastante, mas acordei antes das dez da noite. Ainda não tinha chegado ninguém. Achei que minha mãe havia ido para a casa de painho e minha irmã para a residência do namorado. Jantei duas rodelas de inhame com ovos fritos e tomei um café preparado na hora. Liguei a tevê, mas não estava passando nada que prestasse. Senti-me desconfortável em casa. Vesti uma roupa e fui pra rua. Estava pensando em ir para algum barzinho. Iria para o mais perto de casa, onde conhecia um dos garçons: o mesmo que havia estado com minha irmã no motel. Assim que ele me viu, fechou a cara. Fingi que não percebi e fui até ele. Eu aleguei estar procurando por minha irmã. Perguntei se ele a tinha visto. A resposta do cara me surpreendeu:
- Ainda bem que não vi mais aquela puta safada!
Eu me contive com esforço. Não tolerava ninguém esculhambando minha irmã, por mais safada que ela fosse. Mesmo assim, perguntei:
- O que houve, cara?
- Aquela porra me trocou por uma mulher, caralho. Trouxe-me de volta ao bar e foi com a mulata sapatão. Era visível que a lésbica estava afim dela.
- Sinto muito, cara. Minha irmã faz coisas que até Deus duvida. Desculpa aí. Mas vim afim de tomar umas cervejas. No entanto, estou liso. Te pago daqui pro final da semana.
O cara chiou. Disse que já tinha esgotado sua cota de vender fiado mas eu sabia que era porque ele estava chateado com a minha irmã e se vingava dela agindo contra mim. Não insisti. Ia voltar para casa quando o celular que tinha no bolso tocou. Era um número desconhecido, mesmo assim atendi. Uma voz masculina falou:
- O que houve entre você e minha irmã? Cheguei na casa dela e ela estava se acabando de chorar.
Claro que reconheci a voz do irmão de Alba. Perguntei se ele ainda estava de serviço. Negou. Então, eu o convidei para tomar umas, mas alertei-lhe que ele era quem ia pagar. Ele não fez questão. Perguntou onde eu estava e disse que chegaria num instante.
Dez ou quinze minutos depois, tomávamos umas cervejas no bar onde eu tive o pedido rejeitado pelo garçom. O cara reconheceu Adalberto e falou com ele de forma simpática, mas me ignorou. Não fiquei chateado. Comecei o papo com o negrão:
- Olha, eu não entendo as mulheres. Fiz um favor à tua irmã e ela se arretou. Depois de se fartar de sexo, me expulsou da casa dela.
- Vocês transaram?
- Sim, e foi muito bom. Depois, ela ficou um porre. Parece que se arrependeu de foder comigo.
- Ela gozou?
- Sim. Chegou a espirrar gozo no meu peito.
- Então, está explicada a reação dela. Minha irmã detesta gozar. Diz que os homens são egoístas e não a levam ao orgasmo, mas a verdade é que fica se prendendo, para não dar o gostinho da vitória a eles. Assim, pode chamá-los de incompetentes por não faze-la gozar.
- Já transasse com ela?
O cara demorou a me responder. Tomou vários goles de cerveja, antes de dizer:
- Sim, já cansei de fode-la. Mas ela nunca chegou ao orgasmo comigo. Então, desisti de ter relações com ela. Soube que você também já teve relações com dona Hozana, que é tua irmã...
- Porra, todo mundo já está sabendo? - Eu me espantei - Mas é verdade. Minha irmã é muito gostosa na cama.
- Eu tenho uma namorada, mas trepa muito mal. Melhor se nem trepasse. Só não a deixei ainda porque não tenho outra.
- Ultimamente, eu não tenho tido dificuldades em arranjar mulher. E as mais bonitas. Nunca tive tanta sorte.
- Já transou com Mariana, uma das motoristas de dona Hozana? Aquela é muito bonita e parece gostosa. Sou doido para fodê-la. Mas ela nunca me deu bola.
Nem bem Adalberto falou aquilo, ouvimos uma buzina insistente. Olhei na direção do som e vi um táxi parado. Por coincidência, Mariana estava ali. Fiz-lhe um sinal e ela desceu do táxi. Caminhou em nossa direção. O seu andar era muito sensual. O motorista do meu pai não tirava os olhos dela. Cumprimentou-a mas ela só deu atenção a mim. Perguntou:
- E então, amanhã está certo? Posso pegar minha encomenda diária logo cedo?
Eu titubeei. Não estava tão disposto a dar-lhe leitinho logo cedo. Isso me deixava indisposto para o trabalho. Ela percebeu minha indecisão. Perguntou:
- Fiz algo errado, amor? Ficou chateado por ontem?
- Não, não... ontem foi maravilhoso. O problema é que toda vez que te atendo, fico me queixando do cansaço, depois.
- A que encomenda ela se refere? Posso pegar com ela e levar onde você queira. Teu pai disse que eu ficasse à tua disposição também.
Mariana riu. Um riso estardalhaçoso. Se divertia por o cara não saber que tipo de encomenda a gente se referia. Adalberto ficou empulhado. Criou-se um situação desconfortável para nós três. Ele pediu licença e disse que ia ao banheiro. Quando ele saiu, eu disse para a morena:
- O cara acabou de me confessar que é afim de ti.
- Ele já me cantou diversas vezes. Eu nunca quis. Dizem que tem um caralho pequeno, apesar de grosso. E você sabe que prefiro os homens caralhudos como você. Ah, antes que ele volte, quero te dizer que adorei transar contigo e com a tua irmã. Ela é muito doida. Mas não é ciumenta e foi condescendente comigo: deixou-me te chupar até me fartar. Você está querendo me dizer que não tenho meu leitinho amanhã?
- Eu realmente estou exausto, Mariana. Gostaria de dar um tempo. Afinal, o desfile foi adiado.
- É vedade. Mas eu me viciei em tomar porra. Vou sentir tua falta.
Nisso, vimos o negrão sair do banheiro. A morena aproveitou para dizer, antes que ele se aproximasse:
- Você ficaria chateado se eu finalmente cedesse ao motorista? Depois, quando você estiver descansado, voltamos a nos encontrar...
- Quem sabe é você. Ele parece um cara legal. E disse que está há tempos sem foder.
- Ótimo. Terei uma porçao a mais de porra. Mas lembre-se que eu gosto mesmo é do teu cacetão.
Não era verdade. Dias depois eu soube que ela e Adalberto estavam namorando firme. Mariana desapareceu e nunca mais foi me buscar em casa. Também não a vi mais em seu táxi. Cancelou a sua inscrição no concurso. A japonesinha me apanhava em casa todos os dias mas não queria nada comigo. Mesmo quando a cantei para domirmos juntos, me disse que ainda não estava preparada. Senti que a estava perdendo também. Não mais insisti.
A índia tinha voltado para o namorado. Não transou mais comigo. Não procurei mais as irmãs do motel. Havia sido uma trepada sem compromisso. A mulata Alba, irmã de Adalberto, não quis mais saber de conversa comigo. Certa vez a vi com um policial fardado. Estavam aos beijos. Não atrapalhei o casal.
Minha mãe foi morar com meu pai e minha irmã com o professor. Eu tranquei a faculdade. Tinha faltado tanto que fatalmente seria reprovado. Fiquei sozinho em casa e me bateu uma depressão terrível. Para me livrar dela, visitava minha irmã todos os dias no hospital. Ela estava felicíssima, pois dentro de uma semana teria alta. É certo que ficaria a vida toda dependente de remédios para a pressão, mas o risco de enfarte estava afastado. O câncer no ânus também regredira e ela já não precisava mais da químio. Percebeu que eu andava triste e perguntou o motivo. Eu lhe confidenciei que já estava uns vinte dias sem trepar. Ela ficou penalizada. Perguntou por que eu não pegava uma das modelos da empresa e eu disse que era tímido demais para "cantar" alguma delas. Perguntou-me pela virgem que trabalhava na sala contígua à minha. Eu a achava um tanto insossa e tímida. Não tinha interesse de transar com ela. Perguntou se eu não me interessava por sua motorista japa e eu menti, dizendo-lhe que a achava feia. Então, ela me disse que não tinha nada mais o que fazer. Despedi-me de Hozana dizendo que iria encher a cara em algum bar. Eu já podia pagar minha própria cerveja, pois havia recebido meu primeiro salário. Veio com um bônus substancioso, por eu ter me virado sozinho na empresa.
Fui para o mesmo bar perto de casa, onde o garçom que havia saído com a minha irmã trabalhava. O cara, quando me viu, mandou outro garçom me servir. Vi quando ele cochichava ao ouvido do sujeito, olhando para mim. Fiquei chateado, mas não queria confusão. O bar estava cheio. Havia muitas mulheres bonitas, mas a maioria estava acompanhada. Então, sentada a uma mesa afastada do centro das atenções, vi uma coroa bonitona. Ela tinha as pernas cruzadas e olhava para mim. Devia ter a idade de minha mãe. Talvez um pouco menos. Estava elegantemente vestida e parecia uma modelo. Seus gestos eram finos. Continuava sem tirar os olhos de mim. Olhei em volta para ver se não estava enganado. Ela olhava mesmo em minha direção. Observei-a mais detidamente. Ela tomava Campari, enquanto todo mundo preferia cervejas. Quando o garçom que me atendia passou, pedi uma dose da bebida vermelha a ele. Ele a trouxe com bastante gelo. Não toquei na dose. Continuei tomando minha cerveja. Olhei para a coroa bonitona. Ela sorria para mim, divertida. Levantei o copo rubro, oferecendo-lhe a bebida.
Ela piscou-me um olho mas não veio para a minha mesa. Ao invés disso, chamou o garçom e pagou sua conta. Depois, levantou-se e andou elegantemente em direção ao banheiro das mulheres. O garçom limpou sua mesa e alguém sentou-se nela. Perdi o interesse pela coroa, já que tudo indicava que ela iria embora, e voltei minha atenção para outra mulheres. Não havia ninguém que despertasse o meu interesse. Voltei a ficar triste. Aí, senti uma presença ao meu lado. Para a minha surpresa, a coroa estava de pé junto a mim. Perguntou:
- A bebida foi para mim?
- Oh, sim, se me der o prazer de sentar-se à minha mesa.
- O prazer será todo meu. Queria mesmo me aproximar de você. - Disse ela, sentando-se ao meu lado.
- Pode me dizer o porquê?
- Talvez depois. Agora, gostaria de te conhecer melhor. Como é teu nome?
- Felipe, senhora.
- Se me chamar de novo de senhora, me levanto e vou-me embora.
- Desculpe. Acho que é a força do hábito.
- Tudo bem. Disse se chamar Felipe?
- Sim. Por quê?
- Nada. Acho que estava te confundindo com alguém. É muito parecido, mas a pessoa seria bem mais velha. E não se chama Felipe.
- Entendo. Isso significa que vou ficar sem a tua companhia?
- Ela seria importante para você?
- Muito. Estou solitário e gostaria bastante que ficasse comigo.
- Para quê?
- Para conversarmos um pouco, claro.
- E depois?
- Depois, seja o que você e Deus quiser.
Ela sorriu. Um sorriso maravilhoso. Fiquei encantado. Perguntei o seu nome. Ela respondeu:
- Dalva, como a estrela. Mas sem o mesmo brilho, claro. Acho-me uma estrela decadente.
- Cadente, quer dizer?
- Não. Decadente mesmo. Já fui muito bonita. Adoeci e perdi parte de minha beleza.
- Ainda está linda. Confesso que me senti atraído por ti. Por isso, te ofereci a bebida.
- Então, seja o que eu e Deus quisermos. Confesso que gosto de homens mais velhos, mais experientes. Mas sinto-me lisojeada de ter te chamado a atenção. Nunca estive com alguém tão jovem.
- Isso te seria um problema?
- Não sei. O que tem a me oferecer?
Fui pego de surpresa pela pergunta. Fiquei empulhado. Ela percebeu e me deu outro sorriso maravilhoso. Tomei coragem para dizer:
- Apenas algo grande e grosso, estrela. Não sou um rapaz de muitas posses.
Ela deu uma risada. Mais sonora do que escandalosa. Não ficou chateada por ter-lhe sido tão grosso. Falou:
- Muito espirituoso, exatamente como alguém que conheci. Continuo gostando de ter encontrado você. Mas aviso que estou há muito sem ter ninguém e não respondo por meus atos, se me tornar libidinosa.
- Eu irei adorar.
Cerca de duas horas depois, chamei-a para um motel. Ela disse:
- Sou uma senhora de respeito. Também sou conhecida pela Imprensa. Preferiro que a gente vá para a minha casa. Seríamos mais discretos e me sentirei mais segura lá.
- Nenhum problema. Se confia em estar a sós comigo, farei de tudo para que esteja à vontade.
Ela tinha urgência de ter meu corpo. Despiu-me assim que entramos na sua enorme casa, num bairro nobre do Recife. Levou-me a sua residência dirigindo um carro do ano. Estava muito à vontade comigo. Mas pareceu endoidar quando se viu a sós dentro de casa. Nem esperou que eu tomasse um banho, tarou-me logo na sala. Uma sala muito bem decorada, devo dizer. Depois de me tirar toda a roupa, pediu-me que eu a livrasse da dela. Descobri um corpo perfeito, muito mais bonito do que o da minha mãe. Quando viu meu falo enorme, levou-o à boca imediatamente. Mamou-me com uma urgência tal que eu desconfiei de que fosse maluca. Mas ela não me machucou. Deu-me um demorado banho de língua, sem pronunciar uma só palavra desde que chegamos. Depois, me puxou pela mão e quase corremos até o amplo quarto. Jogou-se sobre a cama e me chamou para vir por cima.
Beijei-a da cabeça aos pés. Mamei seus peitos pequeninos, subi para a boca, desci ao umbigo e acabei beijando sua vulva. Era cheirosa e tinha gosto de fruta madura. Porra, meu cacete doía de tão duro. Ela o manipulava enquanto eu a chupava. Empurrou minha cabeça entre as pernas , quando sentiu o primeiro orgasmo. Pediu-me:
- Não me martirize demais. Eu estou carente de sexo. Tenho ânsias de ter esse instrumento enorme dentro de mim.
Não me fiz de rogado. Nem precisava lubrificar a pica pois a coroa já estava encharcada. A peia entrou estrangulada na racha, de tão apertada que ela era. Ela começou a choramingar mas eu vi que era de prazer. Continuei metendo na sua xota, até que minha trolha entrou por inteiro. Ela me jogou de cima dela e assumiu o coito. Enfiou-se no meu cacete e fez os movimentos de cópula. Rebolava na minha pica que era uma beleza. Continuava em pranto. Quando aumentou a velocidade do galope, enfiei-lhe um dedo no cusinho. Ela gemeu demoradamente. Sorria quando sussurrou:
- Ai que saudade de algo assim no meu ânus.
- Gosta do coito anal?
- Gostava. Aliás, adorava. Mas faz tempo que não pratico.
- Quer tentar? Também adoro.
- Depois. Temos a noite toda. Eu quero gozar pela vulva primeiro.
Continuou me cavalgando até que gozou várias vezes na minha rola. Quando pensei que iria cair de lado, exausta, eis que saiu de cima de mim e se posicionou de quatro ao meu lado. Ajeitei-me atrás dela. Primeiro, fugiu da minha invasão em seu reto, temerosa. Pedi que tivesse calma. Eu iria procurar não machuca-la. Relaxou. Então, a nossa foda anal foi maravilhosa. Nunca demorei tanto enfiado num cu. Ela voltou a gozar várias vezes. Quando eu finalmente gozei, ela retirou-se do meu falo e o chupou até não sobrar nem um pingo de porra. Dessa vez, ambos deitamos lado a lado. Estávamos arfantes do esforço. Ela beijou-me demoradamente, como se estivesse me agradecendo pelo prazer.
Depois virou-se de lado, de costas para mim, e adormeceu.
Fiquei surpreso, quando a ouvi ressonando. Deu-me vontade de mijar e procurei por um banheiro. Não havia suíte onde estávamos. Percorri um longo corredor, até achar um W.C. no final. Fiz xixi e ia voltando, quando passei por um quarto com a porta aberta. Curioso, olhei para dentro. O quarto estava muito bem arrumado e limpo e tinha nele uma cama enorme. Numa parede, vi uma fotografia antiga de um casal. Me dei o direito de entrar no quarto e olhei a fotografia de perto. Não havia dúvida: nela estavam a bela coroa e um jovem, que reconheci como sendo meu pai. Eu era idêntico a ele quando era jovem. Eu acabara de foder a mulher que fora apaixonada por meu pai e que o deixou quando soube que ele vivia fodendo a própria irmã!
Agora eu sabia porque ela tinha me achado familiar. Era muita coincidência, encontrar justamente a antiga amante de meu pai. E eu parecia fadado a me apaixonar por ela. A coroa era linda e trepava muito bem. Voltei para perto de Dalva. Beijei-a no rosto, mas ela não acordou. Retornei ao banheiro, tomei um banho demorado e voltei para o quarto. Adormeci ao lado da bela coroa.
FIM DA DÉCIMA SEXTA PARTE