Uma semana se passou e eu e Allan se falamos mais. Mesmo minha sede de desejo apenas diminuía, por conhecer o verdadeiro brutamontes atras daquele rosto bonito.
Sinceramente eu já não sentia tanto tesão por ele. Mesmo que sua voz me chamasse atenção e mesmo que eu adorasse a forma como ele pronunciava meu nome.
Sua esposa trabalhava comigo. Mesmo não nos falando muito eu sabia como ela era. A garota era um demônio, brigava com todo mundo. Respondia ao chefe. Eu sinceramente já deveria ter dado dois tapas na cara dela.
O garota escrota.
Toda vez erra assim. Eles saiam juntos em cima da moto. Mas naquele dia não foi igual.
Tive que ficar mais tempo na empresa, resolvendo algumas coisa para meu chefe, o que me deixou mais puto, por eu não ter aula naquele dia. Os papeis estavam jogados na mesa. E como ficou apenas eu para resolver tudo, não me importei em deixar um site baixando meus filmes. E um longo texto descrevendo como um romance erótico.
- Porque ainda esta aqui?
A voz que se fez presente. Quase me faz pari um filho.
- Oh. Meu Deus, quer dizer, senhor Gustavo. É bem. Meu chefe pediu para eu resolver algumas coisas para ele e fiquei aqui.
Gustavo era o vice presidente das empresas que eu trabalhava. Ele tinha costume de sair tarde, devido a gostar do que fazia. Seus belos cabelos grisalhos, e rosto redondo o fazia ser um quarentão muito do seu gostoso. Ele malhava e mantinha sua forma, seu sorriso galanteador e aquele jeito de macho safado na cama. Seus olhos castanhos me observaram.
Meus um metro e setenta não chegavam aos pés daquele um metro e noventa de altura. Sempre era visto usando roupas sociais, apertadas para mostra o corpo em forma.
- Bem, não sabia que gostava de escrever.
Puta que pariu.
Eu quase digo um palavrão grande e extenso. Seu idiota. Porque deixou isso aberto.
Gustavo olhou para o que escrevia e se sentou na cadeira.
- Deixa eu ver isso....
- Não. Pelo amor de Deus não veja.
- Sou seu chefe também. Eu vou ler isso e ponto.
Não poderia dizer outra coisa a não deixar ele ver.
Gustavo se sentou e colocou o iphone dele ao lado do mouse e leu. E o que eu pensava em tudo isso? Quanto seria o valor de minha demissão. Sera que eu pegava uma bolada?
Os olhos de Gustavo percorriam atentamente a cada palavra. O romance era de dois garotos. O que me deixava ainda mais constrangido.
- Nossa. Você... tem uma imaginação bem fértil.
- Eu to demitindo?
Gustavo me olhou confuso. Depois de dois minutos de silêncio ele sorriu, dando uma gargalhada.
- Demitiria alguém por mostrar o que é? E ainda por cima ter talento?
- Nossa. Eu pensava que iria ser demitido. – Soltei uma breve risada mais logo me recomponho.
- Vai se não entregar isso para mim no final e eu ler.
Fiquei sem entender nada.
- Posso fazer uma pergunta para o senhor? – o encaro e ele levantado, consigo ver seu membro ereto.
Eu salivei com tudo o que vi, ele dobrado para a direita, não era grande, mas era bem grossinha. Minha imaginação foi longe só de pensar naquele coroa ali nu.
- Bem, eu queria saber se é gay. Por ler e não me discriminar.
- Não sou. Mais curto algumas coisas com caras. Mas esse vai ser nosso segredinho. Senhor Dominik.
Ele se retirou e saiu dali como se nada tivesse acontecido. Que Deus salve minha imaginação.
Arrumei tudo e sai da empresa. Até a parada de ônibus era pelo menos 5 minutos. Mas em cinco minutos para alguém como eu, que já foi assaltado muitas vezes, ficaria mais esperto que antes.
- Para onde a donzela ta indo?
Eu estava perdido em minha mente, quando sinto uma arma bem atrás de mim e não era a que eu gostava.
- Eu to indo para casa. – balbucie da forma mais tranquila que eu tinha.
Mais por dentro estava chamando cada palavrão, e espraguejando a mim mesmo e ao cara até a 5 geração.
- Então vamos dar uma volta. Não diga nada, ou mato você.
- Olha se você quer minha bolsa. Meu celular, serio cara, pode levar. So me deixa ir.
Ele estalou a língua e bufou no meu cangote.
- Não viadinho. Meu chefe quer você. Agora cala a boca e siga.
O cara era mais alto que eu e magro, vi o reflexo dele na janela do carro onde passava. Usava um moletom preto, com um chapeu verde, a arma estava apontada bem em minha espinha e a calça comprida jeans era meio rasgada. Ele era moreno de cabelos louros, os fiapos do cabelo saiam por debaixo do chapéu.
Olhei bem para ele, que tinha uma feição de cansando, os olhos estavam vermelhos e do lado direito o seu rosto era marcado.
Ele me levou não muito longe. Carros nem ao menos passavam e isso era nove da noite. Quase ninguém andava na rua. E toda vez que chegavam alguém perto, ele colocava o braço livre em volta do meu pescoço, se apoiando, fingindo estar bêbado.
Uma hilux preta estava estacionada perto de um beco. Ele me empurrava e logo em seguida saiu dois caras iguais armários.
- Por favor... eu não fiz nada... pode... pode levar tudo... só me... me deixa ir
Eu estava apavorado. Meu corpo tremia, meus olhos dilataram, eu suava que nem um porco e tudo isso porque eles estavam segurando um saco preto em suas mãos. Meu Deus, eu vou ser desovado.
- Entra no carro.
- Não. Eu não vou entrar...
Olhei bem os olhos do moreno que, ele pegou a arma e atirou bem entre as minhas pernas. O sulco no chão saia fumaça e quase me cago nas calças.
- Eu mandei entrar no carro.
Me viro e começo a andar. Minha mente estava projetando mil e umas coisas e nenhuma delas seria algo bom.
Não, eu não vou.
Cheguei perto de um deles e jogo minha bolsa na cara de um. E tento correr. Corro para dentro do beco. Apenas para ser acertado por um pedaço de pau na minha costa e eu cair no chão.
Um dos caras me pegou pelo braço e enfiou o saco em minha cabeça. E não consegui mais ver nada.
Acordei deitado numa cama. Apalpei o colchão procurando meu celular. Mas não achei. Abri meus olhos bem devagar, apenas para tomar um susto. Não era minha cama. Não era meu quarto. Não era minha casa.
Onde eu estou?
O quarto era 2 vezes maior que o meu, e bem organizado. Uma grande janela estava fechada, mas eu conseguia ouvir o barulho de carros e toda a cidade pela vista.
- Onde eu estou?
Dessa vez eu gritei. Pulei da cama e ainda estava vestido com minhas roupas, corri para a porta e estava trancada.
- Tem que ter algum jeito de sair daqui.
- Tem sim!
Uma voz percorreu o quarto e olhei para onde vinha. Sentando na poltrona estava o cara mais lindo e gato que eu já vi na minha vida.
Ele era alto. Tão alto que deveria ter 2 metros e dez. Seu corpo era troncudo e malhado, seus olhos negros iguais a noite eram penetrantes. Um corpo branco, levemente bronzeado, a barba e costeletas estavam feitas. Pernas grossas e mãos grande, usava tênis, calção cinza e camisa branca bem colada. Mostrando seus braços fortes, corpo modelado.
Se eu pudesse igualar ele a alguém. Seria o ator que interpreta o Lucifer. Só que mais alto e forte.
- Quem é voce?
- Sou seu novo dono. Pode me chamar de Gato.
Eu ri, um riso alto e debochado. Desculpas, quando estou nervoso eu começo a ri. E sinceramente eu estava quase pulando daquela janela.
Suas sobrancelhas grossas se mexeram, arqueando.
- Alguma graça nisso tudo? – A voz dele era melodiosa. Tudo combinava nele. O fazendo uma arma de pura sedução.
- Tudo. Deve ter sido alguém ou meu chefe me punindo por algo. Ou Gui, fazendo uma pegadinha.
- Não. Meu querido, isso aqui é a vida real, a sua vida real. Seu irmão perdeu em uma aposta e ele apostou você.
- Como assim? Ta brincado ne?
Ele estalou a língua no céu da boca. Um sorriso se fez em seus lábios.
- Sou seu novo dono. Já que seu irmão tem um vicio enorme em jogos e ele perdeu você numa aposta em meus cassinos. – Ele sorriu de uma forma bem diabolica.
- Ele não faria isso. Meu irmão jamais me venderia.
- Que triste. Mas sim.
Ele tirou o celular e mostrou o video. Era meu irmão, ele estava jogando poker em cima de uma mesa com mais alguns jogadores, ele se gabava de como era bom. Até que Gato aparece, usando um terno de risca giz negro.
Os dois trocam algumas palavras e todos da mesa cessam seus cartas. Ficando apenas os dois jogando.
A partida não demorou nem 5 minutos e meu irmão perde. Eu ouço bem as palavras que ele usou.
- Quero meu dinheiro. Agora. – Disse Gato sem nem ao menos oscila no tom de voz.
- Eu não tenho tudo isso. Vamos jogar novamente eu posso ganhar. Eu...
- Quero meu dinheiro. Ou vou ter que ficar contigo.
- Mais eu não tenho tudo isso. – Rebateu meu irmão frustrado e irritado.
- Então vai ser você. Guardas...
- Não... eu posso oferecer algo em troca de minha divida. Meu irmão. Ele, ele pode fazer serviços para você. Ele pode ser um faz tudo. Desde de sexo a...
Gato ergueu a mão aos guardas que estavam perto. E sileciou cada um deles.
- Então estar disposto em dar seu irmão para quitar sua divida? Você o ama, pelo menos?
Gui abriu bem os olhos. E engoliu em seco.
- Eu amo, ele.. ele não se importaria...
- Ele foi bem duro com você! Agora você é meu! Senhor Dominik, e será meu escravo pessoal. Receberá um celular e quando eu chamar, vira aqui na minha casa, fazer o que eu quiser. Ou você me devera mais do que ele me deve.
- E quanto ele me deve?
- mil reais.
Eu quase tive um ataque.
- Se eu não quiser, a divida vai ser minha não?
- Sim! – ele disse me encarando.
- Eu vou pagar. – sorri para ele. – Agora eu quero ir para casa!.
- Eu te levo. E antes que fale alguma coisa, é uma das regras! Aceitar tudo que eu falar, sem dizer nada.
Me arrumei e ele me deu um celular novo. Um iphone. Dizendo que seu numero estava adicionado. Ele morava num prédio grande e o percurso para casa era o mais silencioso de todos. Eu sentia raiva e ódio de Guilherme e se eu pegasse ele na minha frente, eu mesmo o mataria!
Desci do carro, e antes que eu fecha-se a porta. Gato pega minha mão.
- Desculpas fazer isso com você! Mas levo muito a serio meus jogos.
- Bom saber. – Resmungo. – Mas eu tenho que matar alguém...
E antes de completar a frase, ele me puxou e me beijou, coisa que não entendi, mas sentir aqueles lábios macios e aquele perfume que me deixou louco, me fez pensar em pagar essa divida com todo prazer. Ando dois passos para trás e fecho a porta do carro. Já era tarde da noite e quando me viro, vejo Allan na minha frente.
- Nossa, para quem disse que não tinha ninguém. Tem um bom partido. Eu estava te esperando para fumar, mas vejo que cheguei tarde!.
Ele se virou e saiu, me deixando olhando para a bunda dele bem redonda. E chorando por dentro.