No outro dia, Marcelo foi para a faculdade pronto pra enfrentar novamente os dois caras. Porém, eles não apareceram. Ele relaxou. A negra lhe perguntou:
- Como foi a contenda de ontem?
- Favorável a mim. Depois te conto. Já voltou para o namorado?
- Ainda não. Por quê? Quer transar de novo comigo?
- Hoje, não. Tenho um compromisso.
- Imagino. Soube que Jane voltou pra casa hoje. Acredito que vai visita-la, não é?
- Vai querer ir comigo?
- Eu passo. Não gosto daquela catraia. Seria hipócrita se fosse visita-la. Quero mais é que ela se foda.
- Entendo. Mas tenho pena dela, depois que soube por que age como uma puta.
- Ela age como uma puta porque é uma puta, oras.
- Está enganada. Ela está morrendo e sabe disso. Iria morrer virgem. Por isso, tratou de dar seu cabaço e gozar a vida.
- Quem te disse isso?
- Não importa. Mas, estar em casa quando esteve internada e tão mal de saúde, prova isso.
- Quer dizer que a doença dela é mesmo grave?
- Muito grave. A coitada está morrendo.
- Puta que me pariu. Não sabia disso. Mesmo assim, não quero corja com ela.
- Está no seu direito. Eu vou lá. Prometi isso a ela.
Mas Marcelo não foi. Deixou para ir no outro dia, antes de ir para a faculdade. Teria uma enorme surpresa: Jane faleceria no meio da tarde, sem que ele tivesse fodido o seu cuzinho. Encontrou a irmã dela inconsolável. Esta soubera do último desejo da irmã e estava revoltada por ele não tê-la fodido, como Jane queria. Bem dizer expulsou o rapaz de sua casa. Proibiu-lhe de ir ao enterro da irmã. E não queria mais conversa com ele. O jovem foi-se embora cabisbaixo e parou no primeiro bar que encontrou. Não era nenhum dos que ele já tinha ido. Pediu uma cerveja e bebeu-a vagarosamente. Estava melancólico. Foi percebido por uma loira magra de rosto bonito. Ela veio pedir-lhe um cigarro. Ele disse:
- Não tenho, moça. Desculpe-me.
- Não precisa pedir desculpas. Percebi que está triste. Quer desabafar?
- Não, obrigado. Gostaria mesmo é de ficar sozinho, se não se importa.
- Importo-me, sim. Também estou triste. Pensei que você me pudesse fazer companhia.
- O que te deixou triste?
- Perdi uma pessoa muito querida hoje.
- Tua parente?
- Não. Minha melhor amiga. Faleceu hoje à tarde.
Marcelo espantou-se. Olhou bem para a magra e perguntou:
- Está se referindo a Jane?
- Ué, você conhecia Jane?
- Eu estava namorando com ela.
- Eu não acredito!!! Você é o tal que tem pauzão, que ela tanto me falou ontem, quando fui visita-la?
- O próprio. Mas não me peça para te mostrar meu cacete. Já fiz isso demais esta semana.
- Estava pensando justamente nisso. Você é famoso, rapaz. Aceita que eu me sente à tua mesa?
- Okay. Como é teu nome?
- Andrezza. Já sei que o teu é Marcelo. - Disse ela, sentando-se ao seu lado.
Ele disse, ainda triste:
- Prazer, Andrezza. Não sabia que Jane tinha amigas. Todo mundo a criticava...
- Está enganado. Só a criticava quem teve namorado roubado por ela. Não é o meu caso. Sou lésbica.
- Transava com Jane?
- Sim. Fizemos amor várias vezes. Ela queria descobrir como era o sexo com mulheres. Mas nunca me deu a chance de conquista-la.
- Não conhecia essa faceta dela. Você nunca transou com homem?
- Nunca. Mas tenho curiosidade de descobrir como é a relação sexual entre um homem e uma mulher.
- Por isso veio para a minha mesa?
- Talvez. No entanto, eu queria mesmo conversar com alguém. Eu me apaixonei por Jane. Queria muito tê-la feito feliz. Soube que a última transa dela foi contigo.
- É verdade. Mas não quero falar de Jane. Fui impedido, pela irmã, de ir ao sepultamento dela.
- Frescura de Janice. Tenho certeza de que Jane iria te querer no enterro dela.
- Bem, mudemos de assunto. Você disse que tem curiosidade de ter sexo com homens?
- Não com homens. Com um homem. No singular.
- Sim, eu entendi. Mas o que te leva a preferir mulheres?
- Não sei. Desde menina tenho essa tendência. Certa vez, fiquei repugnada quando fui beijada a pulso por um colega de escola. No entanto, acho que fui influenciada pela minha mãe. Ela virou sapatão depois que foi deixada por meu pai. Eu a via beijando a companheira dela e sentia vontade de beija-la também. A amante de minha mãe era muito bonita. Passei minha puberdade apaixonada por ela. Um dia, roubei-lhe um beijo achando que ela estivesse dormindo. Ela não gostou. Fez queixas à minha mãe, que me expulsou de casa. Fui para a casa de uma amiga lésbica, que me convidou a passar uns dias lá, enquanto eu não arranjasse emprego. Mas ela ficou afim de mim. Foi quando tive minha primeira relação sexual. Adorei. Mas ela era muito ciumenta. Acabamos nos separando.
- Entendo. Você vai querer continuar a tomar cervejas?
- Se for com você, tomo, sim. Mas, se eu ficar embriagada, me leva pra minha casa?
- Onde moras?
- No bairro de Casa Amarela. Conhece?
- Também já morei lá. Mas faz muito tempo. Eu ainda era uma criança. Está bem, te levo em casa. Mas o ideal seria se bebêssemos mais perto de lá.
- Tem uma bodega que permanece aberta a noite toda. Fica quase defronte à minha residência. Quer ir para lá?
Pouco depois, saltavam do táxi na frente da bodega. Só tinha machos bebendo lá. Quando viram a magra chegar com o negrão, ficaram de cochichos. Os dois se sentaram numa mesa mais afastada e a dona do estabelecimento veio atende-los com um sorriso zombeteiro no rosto. Olhou bem pra Marcelo, antes de perguntar a Andrezza:
- Ele é bicha? Pelo que sei, você gosta de mulher.
- Não é da tua conta se gosto de mulher ou não. E o cara não é bicha. - Disse a lésbica, antes que Marcelo se enfezasse.
- Okay. O que vão querer?
- Duas cervejas - disse ela pro espanto do jovem - e uma delas deve estar ao natural. A outra, bem gelada.
Quando a mulher se afastou, o negro perguntou:
- Pra que duas cervas?
- Sou devota de Pomba-Gira. Dou sempre uma oferenda para ela. Não se preocupe. Vou pagar a minha. E tomar da tua de graça, posso?
- Sem problemas. Você parece uma boa companhia.
- Me dá um beijo?
- Não entendi.
- Me dá um beijo. Aí esses imbecis que estão olhando pra gente vão pensar que somos namorados e me deixam em paz.
Marcelo a beijou de leve. Ela, no entanto, deu-lhe um beijo demorado e de língua. Disse, ao término do boca-a-boca:
- Adorei beijar-te. Não senti repulsa. Vou querer fazer isso outras vezes, posso?
- Não acho que deva. Vai me deixar com vontade de trepar.
Ouviu a mulher que estava servindo dizer, aproximando-se com as cervejas:
- Se ela não trepar contigo, eu trepo.
O negro olhou para a mulher. Devia ser um pouco mais velha que ele. Vestia-se mal, mas não era feia. Porém, parecia ter o nome "Brega" escrito na testa. Enquanto despejava o líquido gelado nos dois copos, encostou a boceta no cotovelo da rapaz. Ele sentiu claramente o volume da "testa" dela. Andrezza pareceu não perceber, entretida em derramar a cerveja quente no chão, num cantinho de parede. A atendente sorria de maneira safadinha. Piscou um olho pro rapaz. Este afastou o braço. A loira disse sem nem olhar para ela:
- Deixe meu macho em paz, senão te dou umas tapas, oferecida safada.
- Não vejo o porquê de ficar chateada. Você não gosta da fruta mesmo...
Andrezza pediu:
- Olha, amor. Compre umas cervejas e levemos lá para casa. Não quero ficar mais aqui, senão vou acabar brigando.
Pouco depois, estavam na casa dela. Era uma residência modesta, mas bem limpa e arrumada. Andrezza pediu que ele se sentasse no sofá da sala, enquanto ela guardava as cerveja na geladeira. Demorou a voltar. Quando o fez, estava totalmente nua. Seu corpo era de uma falsa magra pois os quadris eram largos e as coxas grossas. Marcelo ficou logo de pau duro. No entanto, perguntou:
- Esqueceu de trazer uma cerveja cá pra sala?
Ela ajoelhou-se entre as pernas dele. Retrucou:
- Iriam ficar quentes, enquanto alivio o teu tesão. Fiz bem?
- Não sei. Ainda nem fez...
Ela riu. abriu o fecho da sua calça e tirou de dentro o enorme cacete já duro. Ele se acomodou melhor no sofá. Ela esteve acariciando o membro por um tempo, examinando a sua textura, seu formato. Era como se nunca houvesse tido um pênis tão próximo. Cheirou e beijou o pedaço de carne. Só então o colocou dentro da boca. Chupou com carinho, como se agradecesse ao rapaz pela oportunidade. Fez-lhe uma massagem nos bagos e Marcelo sentiu se aproximar o gozo. Ela percebeu o caralho inchar e pediu que ele não gozasse ainda. Levantou-se de repente e foi em direção à cozinha. Voltou com uma cerveja geladíssima, já aberta. Despejou um pouco do líquido no pau dele. A sensação causada pela baixa temperatura amorteceu a vontade de esporrar. Ela passou a sugar o líquido da sua rola, mas não mais apalpou seus testículos. Quando o caralho estava pulsando, ela sentou-se no colo dele. A vulva muito apertadinha chiou pra receber a cabeçorra. Ela tinha cabaço ainda. Demorou para rompe-lo. Mas sua boceta estava tão molhada que o negro não teve dificuldade em invadir sua brecha. Ela lutava bravamente contra a dor que sentia. Quando começou a cavalga-lo, o sangue escorria pelo enorme pau dele. Então, ela teve seu primeiro orgasmo com um homem.
FIM DA OITAVA PARTE