Todos nos temos um inferno pessoal. As vezes sem dinheiro, é comida, gordura, baixa autoestima. No meu caso eles tinham nomes e sobrenomes.
Allan, era o inferno do desejo, aquele garoto marrento, que me pegava e beijava como se não houvesse amanha, suas mãos deslizavam pelo meu corpo em desespero. Ele era o pecado da luxuria, o pecado que despertava meu lado sadomasoquismo. O lado de querer esta naquela situação e enxergar que algum dia eu teria um futuro.
Gato era meu inferno e pecado da ira. Como eu estava detestando ele. Eu o queria estrangular, queria vê-lo sofrendo por eu tentar ajuda-lo e ele ser mais excluso e mais idiota.
Guilherme era meu inferno e pecado da avareza, onde meu irmão me trocou para pagar sua divida, com o magnata Gabriel. ESSE AI AINDA ESTA NA MINHA LISTA NEGRA.
Scotty era a inveja, como ele me dava esse sentimento, pela relação que ele construiu com seu dono de pai e filho. O dono de Scotty o adotou como filho, já que ele era órfão. E aquele sentimento dos dois me deixava com inveja, por eu não ter isso com meu pai e muito menos com Gato.
Marcos era a minha preguiça, o garoto era bonito até desarrumado, como isso me deixava irritado. Seus olhos verdes, e sua roupas desleixadas. Marcos era moreno, sua pele era desenhada, todo cheio de tatuagem. Sua cabeça com pouco cabelos e seu jeito marrento. Eu queria tanto ser bonito desse jeito.
Estava perdido em meus pensamentos, Allan entrava neles como um ladrão roubando minha concentração e aquilo me deixava irritado, mais ainda por eu ter que ve-lo apenas as três da manhã.
Sentir suas mãos me envolvendo e te-lo ali comigo nem que fosse por 1 hora, era a coisa mais preciosa do meu dia.
- Ei Dominik. O chefe está te chamando! – Breno chamou minha atenção jogando seus papeis na minha mesa.
- C-como assim? O que eu fiz? – Breno me olha com pena.
- Não sei, mas Gustavo e Felix estão te esperando agora. – Ele mostra o elevador. – Suba.
Bufo de raiva e pego meu celular colocando no bolso e rezando para todos os santos me ajudarem. O elevador eu já estava pensando em varias maneiras de conversa e o que ele poderia falar. Eu treinava cada palavra que eles poderiam falar e eu tentando rebater.
Conto até 7 e entro na sala de Felix e Gustavo.
Quando eu bato meus olhos na pessoa que estava sentada na cadeira de chefe, eu tateio a porta, mas parece que as fechaduras não estavam mais lá.
- Senhor Dominik, ainda bem que chegou. Senhor Gabriel estava contando sua historia. – Felix comentou tomando um gole de sua bebida.
A grande sala de Felix era enorme, uma mesa redonda com varias cadeiras estava posta no centro da sala. Gustavo usando uma camisa roxa, sentava ao lado direito e me olhou dando um sorriso de leve. Felix me olhou como se estivesse me analisando. Aquilo me deixou desconfortável.
Felix era um coreano, ele era bem alto, seus cabelos negros e grandes penteados com um tope, um sorriso faceiro no rosto, seus olhos quase fechados, seu corpo era bem malhado e ele usava roupas que marcavam bem seu corpo definido. Do lado direito de seu braço se via tatuagens que ele tinha fechando seu braço.
- Sente-se Dominik. – disse Felix apontando para uma cadeira vazia. A voz grossa e melodiosa de Felix, fez meu estomago se revirar.
- O senhor queria conversa comigo.? – Quase gaguejo ao ver Gabriel sorrindo para mim. Tentei pensar em tudo, em menos de Gabriel ter dito sobre a aposta, mas eu sabia que ele tinha dito.
- Somos muitos amigos de Gabriel. – começou Felix. – Ele ainda por cima é um dos sócios mais fluentes de nossa empresa. E ele comentou que queria um dos nossos funcionários para trabalhar para ele, como ponte nas duas empresas. Claro, o valor do pagamento aumentava.
Olhei para Gabriel, que sorria cinicamente, seus olhos me estreitaram, olhando para Felix e Gustavo.
- Quero você trabalhando para mim. – Gabriel soltou sem paciência.
- Eu ainda não tinha acabado! – retrucou Felix.
- Você demora demais. Irmão. – Gabriel revirou os olhos.
- O que Gabriel quer propor, é um acordo. – Gustavo tomou minha atenção enquanto eu processava a ideia de Felix e Gabriel serem irmãos. – Se for com ele, ganhara mais e poderá pagar sua divida, que aumentou de tamanho.
- O QUE? – Saltei da cadeira.
- Eu disse que iria aumentar. – Gabriel sorriu cínico para mim. – Eu não gosto de mascote meu tendo voz. Fara o que eu quero, ou vou ter que mexer meus pauzinhos e tiro tudo da sua família.
- Não teria coragem. – A raiva rugia em meus ouvidos. – Isso é inadmissível.
- Inadmissível é você sua praga. Se soubesse que você era desse jeito, tinha feito seu merda do seu irmão pagar, e não você! – Gabriel me encarou de uma forma demoníaca.
Peguei o copo que estava na minha frente e joguei nele. Por reflexo ele se vira e o copo se espatifa na parede.
- Da próxima vez que falar assim de meu irmão. Ira encontrar...
Não conseguir falar nada, pois vários guardas entraram na sala, como ninjas. Me pegaram e não tive tempo de falar nada.
- Levem ele daqui. Ele agora vai ser meu prisioneiro. Ele vai conhecer o que são os olhos azuis. – Ouço a voz de Gabriel latindo feito um cão bravo.
Saiu da empresa em volta de mais de 20 homens a minha volta, como se eu fosse um cara altamente perigoso. Sou jogado no carro e levado para sabe Deus onde.
O caminho era extenso, e bem longe da cidade. Estava saindo realmente da cidade e se bobiar indo para um matadouro. Caras de terno e óculos escuros não falavam nada.
Cheguei até o mais longe possível de tudo e entro numa casa. Ela era enorme, mais parecia um castelo, ou era um castelo. Sou tirado com tudo do carro e entrou na casa escoltado, não conseguia observar tudo devido a me jogarem um saco preto.
- Ei, o que.. não.. estão me levando para onde?
Ouvi um abri de uma porta e me jogou nele. Bato em alguma coisa e gemo de dor. Eu estava com medo, estava apavorado. Estava amarado com algemas que me arranhavam me ferindo, o saco ainda preso na minha cabeça. Aquilo em deixava estava me deixando sufocado.
- Me tira daqui! – eu estava amarado, a ferida me deixava agoniado. – Alguem. Gato, Gabriel, me tira daqui.
Eu batia na porta, eu chorava esbarrando na porta. Tentando me tira. Sou empurrado para longe.
- Ainda bem que chegou. – Gabriel tirou o capuz da minha cabeça. – Desculpa por tudo isso.
Gabriel me olhou triste.
- Eu vou te matar seu filho da...
- Não tenho tempo para você é seus pitis.- Gabriel tirou tudo que me prendia. – Só quero que me ouça. Esta seguro em minha casa com meus homens.
- Eu não estou seguro com VOCÊ!
Gabriel revira os olhos e abre a porta de sua casa.
- Vamos. Ou vai querer ficar ai deitado nesse chão?
Me levanto do chão com dificuldade e ando.
- Antes que você surte. – Ele me guia para um corredor cheio de retratos. – Felix é meu irmão mais novo, ainda bem que ele não me dar mais problemas.
- Porque ele daria? Nunca imaginei Senhor Felix como problemático. – Pelo que eu conhecia ele, não era assim.
- Você não conhece meu irmãozinho, como eu conheço. – Gato toca nos botões do elevador e ele se abre. Apenas eu e ele entramos dentro do cubículo de metal.
- Dá para me explicar do porque estou na sua casa, em pleno horário comercial.?
Ele não responde. Eu vejo os andares que descíamos.
Egua, não termina mais?
Descemos até o vigésimo andar.
Assim que abre, um grande galpão subterrâneo estava aberto a nós, com varias pessoas passando com pacotes fechados grandes para varias maquinas carregarem. O galpão era enorme, com lapadas em todo o teto de calcário.
- O que diabos é isso?
- Sou o CEO de uma grande empresa mundial chamada White Color. Minha empresa tem parceria com militares e outros grupos grandes do mercado. Ofereço quase tudo para qualquer tipo de empresa. E criamos uma aliança dos poderosos. Os chamados Olhos azuis. Aquele grupo que viu participando dos jogos de poker. São alguns de meus parceiros do Olhos azuis. E ultimamente Mascotes estão sendo mortos. – Ele parou numa sala e destravou ela com seus olhos. – E quero sua ajuda, para descobri quem é o traído!
- Você acha então que Daniel foi morto? Por esse pessoal? – A sala era enorme, mais parece uma mini casa dentro de um subterrâneo, me sentei no sofá perto da porta. – E eu sou um mascote então é sou um alvo?
- Não se preocupe, eu vou colocar meus homens para te vigiarem. Agora que todos sabem que você é meu mascote. Terá visibilidade, mas esta protegido. – Gato me olha com outros olhos, olha com ternura.
(Daniel estava sob sua proteção e morreu)
- E porque fez todo aquele show? Precisava mesmo? – Gato sorri cinicamente para mim.
- Eu precisava, desconfio que alguém dos olhos azuis está matando os mascote. E isso pode levar a nossa queda. Os olhos azuis são poderosos, somos influentes em tudo praticamente. Somos como os iluminatis. Se soube-se quem esta nesse grupo ficaria assustado. Eu sou um dos lideres mundiais! E um dos mais influentes.
- Nossa, sou um mascote de ouro. – o sacarmos na voz chegou aos ouvidos de Gato que levantou uma sobrancelha. – Claro, porque estou próximo de você. Provavelmente pegaram Daniel, mas o mataram devido a ele não ter falado nada.
- Eu espero. – seus olhos ficaram nublados. – eu realmente espero que seja isso. Mas como disse não confio em ninguém, e não quero que se machuque. Mas preciso que seja meu espião, seu seja meu aliado. Preciso contar com alguém nessa guerra.
- E os outros mascotes?
- Eles estão sendo vigiados. – Gato me passou confiança. – Os homens que eles contrataram vão ajudar.
Pensei em todos que conheci, pensei em como seria para aqueles que se apaixonaram pelos seus donos, como seria a perda. Estava entrando em um território perigoso e não poderia mais voltar. Olhei para Gato, algo me encorajava a querer participar a querer realmente ficar ali. Outra me dizia que poderia morrer na tentativa.
- Se eu fizer isso, me poupa de pagar minha conta com você?
- Sim! Eu te deveria uma!
- Uau o grande Gato devendo a um mero mortal? Como posso recusar.
- Tratado fechado!
Eu faria isso pelo Daniel, eu faria isso pelos outros e faria isso, porque prometi a um senhor de idade que ajudaria seu filho a evoluir.
E Dominik Develut Cumpri todas as suas promessas.