Nenhum dos dois jamais havia beijado , mas isso é uma coisa que a gente nasce sabendo. Ali , de pé dentro do lago , os dois irmãos nuzinhos da silva , entrelaçados , se beijavam. Suas línguas se encontraram naturalmente , explorando a boca um do outro , enquanto a lua , aos poucos , surgia no céu e parecia uma expectadora indiscreta daquela cena ..
Amaro agora parecia louco no seu desejo e passava as mãos por entre os cabelos do irmão , suas costas , sua bunda bem durinha.
- Ai que gostoso ... Ai , pára não , mano ...
- Gostoso demais da conta ... - respondeu José com o olhar turvo de excitação. - Mas cê jura , mano , pela nossa mãe mortinha ?
- Juro o que , rapaiz ?
- Que cê nunca vai contar isso pra ninguém ? Que vai ser o nosso segredo ... Pra sempre ?
Amaro se afastou um pouco e beijou os dedos em cruz.
- Está jurado , mano ... Por Deus e essa luz , pela nossa mãe mortinha !
Então José o agarrou e ficaram se beijando e se acariciando por um bom tempo. Foram se deitar na relva , sobre uma toalha estendida.
Amaro estava deitado de costas , sentindo dor de tão excitado. Quase enlouqueceu quando José o beijou no pescoço ; sentia o peso do outro sobre o seu corpo ... E mordia os lábios pra não gemer , olhando a lua prateada lá em cima ...
- Seu bicho cresceu , disse José , tomando o membro do irmão entre os dedos. Começou a acariciar , com movimentos de baixo pra cima , sentindo aquele membro rosado de menino crescer cada vez mais dentro da sua mão. - Cê já está um mocinho , mano ...
Amaro se contorcia , a respiração ofegante.
- Ai , mano , assim num me aguento ... - falou , e revirando os olhos teve seu primeiro gozo. José sentia o líquido quente , gosmento , molhar a palma de sua mão e escorrer por entre seus dedos ...
Lavou as mãos rapidamente na água do lago e voltou para junto de Amaro , pegou a cabeça dele , colocou perto de seu pau em riste. O menino entendeu o que seu irmão queria e começou a chupar o pau dele , da mesma forma que chupava mangas. José agora fazia um vai e vem na boca dele , gemia sem pudor , não havia ninguém em casa , ninguém podia ouvi- los ... De repente tirou o membro da boca do irmão e derramou jatos brancos na relva , e foram muitos ...
Ficaram alguns momentos imóveis , entregues ao encanto único daquele momento. Depois se vestiram e foram de mãos dadas pra casa.
A noite estava fresca , tinham fome , devoraram o jantar que a mãe deixara quente sobre o fogão a lenha. Depois foram para a cama e começaram nova sessão de prazer , José explorando devagar o corpo do irmão e mordiscando seus mamilos enquanto o masturbava de novo ... Amaro dessa vez não se conteve e gemeu alto , gozando outra vez na mão de José. Depois o recompensou com uma bela chupada , que arrancou do outro muitos suspiros e gemidos , e dessa vez engoliu tudo , achou um gosto bom , de algo selvagem e terrivelmente masculino. Então dormiram abraçados ...
Daquele dia em diante , José e Amaro passaram a ser amantes. Davam prazer um ao outro quase todo dia , durante o banho na cachoeira e à noite ... Mas nunca houve penetração , pois eles achavam que isso não era coisa de homem. Um dia , depois de uma sessão de amor , José fez um juramento a Amaro :
- Eu vou tirar você daqui , mano. A gente vai enricar e ser conhecido no Brasil inteiro !
Aos domingos a família fazia feira na cidade. Os domingos eram , na verdade , os dias maia divertidos para José e Amaro. Era dia de ir à cidade , ajudar os pais e irmãos a vender a produção , mas a melhor parte , era o dia em que eles cantavam para o povo.Haviam ganhado um violão usado de um tio , que os ensinara a tocar alguns sucessos sertanejos clássicos. José gostava de tocar , enquanto Amaro fazia a primeira voz. Depois de vendidos os tomates , as verduras , aipim , batata , o povo se reunia em torno da barraca para
ouvir os garotos cantar clássicos como
No Rancho Fundo , O Menino Da Porteira e outras pérolas. Após a apresentação eles recebiam muitos aplausos e moedas.
Mas , sinceramente , Amaro não a acreditava que um dia fossem ficar famosos ....
A tarde caía. José e Amaro haviam se banhado nas águas da cachoeira e agora passavam a toalha por seus corpos adolescentes.
- Cê não credita , né , mano ? - disse José . Mas eu sei. A gente vai ser famoso , cê ainda vai ver !
Amaro sorria docemente , acariciando os cabelos do irmão.
- Carece não , mano ... Se for pra ser , vai ser bom ... Mas , sse nosso destino for morrer de velho aqui , também vivo contente , porque tenho você do meu lado ...
- Ah , mano ... - suspirou José , e o tomou nos braços e se perderam num longo beijo ...
Domingo à noite , a mãe deles sempre fazia uma deliciosa galinhada ; era um momento de alegria , com toda a família reunida em volta da mesa. De sobremesa , doce de mamão verde , outro regalo de domingo.
Mais tarde , na cama , os dois irmãos se entregaram ao prazer um nos braços do outro.