Abri os olhos assustada. Havia uma mão grande e bruta sobre a minha boca, me impedindo de falar, de pedir ajuda. Sobre minhas costas, senti um corpo forte, quente, agitado, e excitado. Tentei me debater, em vão. A outra mão dele surgiu, usando uma luva preta de pano, grossa, que se mesclava com uma camisa também preta, segurando uma faca de cozinha. Ele não precisou falar, eu entendi o recado. Tinha que me sujeitar.
A mão sumiu, e em seguida tudo que consegui ver foi meu próprio travesseiro. Empurrou minha cabeça bem forte, quase me sufocando. Pouco depois, algo passou pela minha testa e me tampou a visão. Me puxou pelo cabelo pra trás, tampou minha boca de novo. Tentei morder sua mão, e senti metal frio encostando na minha garganta. Congelei. Ele tirou a mão da minha boca, mas manteve a faca. Forçou minha boca a se abrir, e empurrou algo nela, em grande quantidade. Percebi que era algodão. Ele foi forçando aquilo, e quando eu me engasguei, puxou um pouco de volta. Agora eu não poderia pedir ajuda nem se quisesse.
O corpo dele saiu de cima do meu, mas logo depois percebi seu pé na minha cabeça, me empurrando de volta pro travesseiro. Agarrou minhas mãos, e eu ouvi o barulho de uma fita sendo aberta. Enrolou nos meus braços, atrás das costas. Tirou o pé da minha cabeça, e tampou minha boca de novo, me impedindo de empurrar o algodão. Pouco depois me amordaçou, me deixando indefesa de vez.
A pressa dele acabou, eu já era sua refém. Se levantou, e o ouvi estralar os dedos, e logo depois o som longo de um zíper. Voltou pra perto de mim. Uma tesoura cortando pano, minha camisola. A tesoura tocou minhas costas algumas vezes. Ouvi nos ombos direito e esquerdo quando cortou as alças, e puxou os retalhos do meu corpo. Senti as lágrimas escorrendo pelo meu rosto enquanto tentava inutilmente livrar os braços. Senti a faca passando de lado na minha bunda e fiquei quieta. Era melhor…
Ele me deu um tapa. E outro. E mais um. Mesmo através daquela luva de pano, ainda doíam muito, me torci de dor, tentando espernear pra longe dele. Senti a faca passeando ameaçadora na minha coxa, e parei. Não tinha jeito, ele ia mesmo meContinue lendo em https://goo.gl/bnNuis
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