Eu estava mega feliz e empolgado com essa nova fase da minha vida que estava se iniciando. Finalmente eu iria para a tão sonhada faculdade. Eu iria cursar odontologia. O único problema era que a faculdade para a qual eu havia passado ficava no Rio De Janeiro e eu vivia em uma pequena cidade do interior com os meus pais e meus 6 irmãos mais velhos.
Eu por ser o caçula de uma família de descendente de italianos sempre fui muito superprotegido pelos meus pais e irmãos, ainda mais pelo fato de minha mãe, Dona Fátima, nunca ter tido uma filha menina e a mim ficaram atribuídas essas funções, ao invés de ir trabalhar na roça igual aos meus irmãos eu ficava cuidando da casa, lavando e cozinhando junto com a minha mãe.
Quando eu disse pra eles que pretendia ir morar e estudar no Rio De Janeiro eles quase surtaram e o que devia ser uma comemoração, virou uma complicada reunião de família junto com os meus pais Fátima e Laerte e meus seis irmãos Robério, Eduardo, Carlos, Adalberto, Luiz e Erivaldo.
Fátima: Mas como assim você quer morar no Rio De Janeiro?
Daniel: Eu não quero mãe, mas eu preciso. Essa pode ser uma oportunidade única na minha vida.
Laerte: Mas logo no Rio De Janeiro? Aquele lugar cheio de violência e depravassão!
Daniel: Por favor paizinho, o senhor sabe que eu sempre quis ser dentista.
Eu apelei pro sentimentalismo, pois apesar da aparência de durão o meu pai era um coração mole.
Laerte - Oche menino, pra que esse troço de faculdade.
Foi nesse momento que o neu irmão Erivaldo se meteu. Ele tinha 33 anos e era o único dos meus irmãos que tinha feito faculdade. Ele havia estudado agronomia.
Erivaldo - Se o Daniel quer fazer faculdade ele tem todo o direito.
Daniel - Obrigado irmão.
Erivaldo - De nada maninho.
Depois de uma longa e complicada conversa meus pais decidiram deixar que eu estudasse no Rio De Janeiro, porém com várias condições. Entre elas de que eu fosse visita-los em todas as férias e feriados prolongados, que eu não trabalhase até que a minha fase de estágio começasse e eles também disseram que me visitariam assim que pudessem.
Alguns Dias Depois
Enfim havia chegado o dia em que eu teria que partir em direção ao desconhecido. Eu me levantei cedo, minhas malas já estavam prontas desde o dia anterior e eu apenas fui até o banheiro me higienizar. Ao me olhar no espelho eu pude me reparar mais um pouco. Muitas pessoas diziam que eu era bonito, embora eu mesmo não achasse. Eu tenho 1,60 de altura,pele branca,cabelos loiros levemente ondulados um pouco a baixo dos ombros, olhos verde claro, nariz fininho e arrebitado e buchechas rosadas. Meu corpo sempre foi alvo de olhares masculinos desde o colégio, eu tenhi coxas grossas, quadris largos, uma bunda bastante avantajada e empinada e peitinhos salientes.
Eu vesti uma calça skinny preta, um moletom cinza e prendi o meu cabelo em um coque frouxo e desci até a mesa do café da manhã onde toda a minha família já estava me esperando.
Fátima - Nem acredito que eu não vou ter você mais nessa mesa todos os dias de manhã.
Daniel - Mãezinha relaxa, eu venho visitar vocês sempre que eu puder.
Laerte - Eu espero que sim hein mocinho.
Eles me levaram até o aeroporto onde houve muito choro e eu me despedi de todos um a um.
Carlos - Vou sentir falta dos rango que tu fazia pra gente seu chatinho. Disse me abraçando.
Fátima - Cuidado com esses homens do Rio, são todos safados.
Laerte - Se algum pilantra se meter a besta vai ter que se entender é comigo.
Depois de todo o nosso drama italiano finalmente eu estava dentro do avião rumo ao Rio De Janeiro.
CONTINUA...
Esse capítulo foi curtinho, pois é só um experimento. Caso vocês aprovem eu irei continuar a história.
BJS