ALCATEIAS - Parte final

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 1917 palavras
Data: 10/12/2018 00:13:11
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

Estavam descansando da foda quando a sargento recebeu um telefonema. Alguém lhe avisava que havia dois mortos na favela perto da praia de Olinda. Tratava-se dos dois menores que ela havia prendido e soltado, os ladrões que assaltavam de bicicleta. Ninguém havia visto quem atirou neles, apesar da rua estar movimentada àquele hora. Lucas sorriu disfarçadamente. Sabia que tinham sido assassinados por Cynnara. Em pouco tempo ela havia aprendido o manejo do drone armado de uma pistola, configurada para atirar via comando de computador. Mas não podia dizer nada à sargento. Até porque a mocinha lhe dera um bom álibi: a Polícia não poderia dizer que foi ele o executor pois o jovem estivera acompanhado da militar quase a noite toda. E o crime acabara de acontecer, pelo visto.

- Vou ter que ir à favela onde você matou o chefe da gangue. Você já deve saber do que se trata, não?

- Está me acusando de matar os menores?

- Não poderia fazer isso, Paixão. Você esteve comigo este tempo todo e foi maravilhoso. Não quer ir comigo?

- Não é seguro. Alguém da favela ainda pode guardar mágoa de mim e esta seria uma boa oportunidade para se vingar.

- Tem razão. Então, me deixe ao menos lá perto, já que dispensei a viatura para virmos pra cá.

Quando Lucas chegou ao apartamento, Cynnara estava usando o binóculo apontado para a favela. Não parou de olhar através dele quando falou:

- Vi você chegando perto da favela com aquela policial. Não é arriscado se aproximar de lá?

- Sim. Por isso não entrei com ela. Como conseguiu manejar o drone tão depressa?

- Internet, amor. Passei horas estudando as instruções. Nem foi preciso ir para a mata. Tô dominando legal o treco.

- Está de parabéns. Eu não teria feito melhor.

- Mas vou continuar precisando das aulas de defesa pessoal.

- Não acho. Já que domina a máquina, fará melhor teu trabalho à distância.

- Quer dizer que vai me querer como parceira contra o crime? - Perguntou ela, se atirando em seus braços e o beijando longamente nos lábios.

Quando terminaram o beijo, ele falou:

- Acho que não. Estou perto de desvendar o assassinato do meu pai. Prometi diante do seu túmulo que largaria essa vida assim que punisse quem o matou.

- Mas você poderia me emprestar o drone para eu continuar teu trabalho?

- Talvez. Mas ficaria por tua conta e risco, ok?

Ela lhe deu outro beijo. Mas sentiu dor no ferimento. Ele pediu que ela fosse se deitar. Aplicou-lhe uma injeção e ela dormiu logo. Examinou seu ferimento. Estava infeccionado. Passou uma pomada cicatrizante e lhe fez um novo curativo. Depois, deitou-se ao lado da moça.

Lucas continuou se encontrando com a advogada Janna, com a policial Nara, com Cynnara e com a mãe desta, Vilma. Mas precisava escolher. Não dava para continuar enganando as quatro por muito tempo. E estava gostando mesmo de Janna. Deu trabalho dispensar as outras. Mas ele conseguiu. Aí, chegou o dia do julgamento do delegado.

A sessão foi demorada. Janna advogava muito bem. Melhor que sua antiga namorada, Gorethe. A balança começou a pender pro lado de Lucas quando Janna acusou o delegado Venceslau de ter matado pessoalmente o pai do rapaz. Mostrou ao júri os resultados da balística provando que o tiro partiu da mesma arma. Os argumentos foram tão convincentes que a advogada Gorethe pediu para sair do caso. Achava que seu cliente havia mentido para ela e isso a deixou irada. Ela não perdoava quem a enganava. A sessão foi adiada pelo juiz e todos se retiraram da sala de audiências. Aí a filha do delegado se aproximou de Lucas dizendo:

- Preciso falar com você.

- Oi, Leandra. Diga o que quer...

- Quero dizer que não foi meu pai quem matou o teu. Andei conversando com ele. Ele me confessou quem foi o assassino. Mas eu só te direi se você for comigo a um motel. Já te disse que guardei meu cabacinho do cu intacto pra você.

- Eu agora tenho namorada, Leandra. Não vai rolar.

- Não me importa que tenha namorada. - Disse ela irritada - Não quero ter perdido esse tempo todo em vão.

- Tem outros rapazes a quem você pode muito bem se entregar, garota.

- Eu quero você!

Ele esteve indeciso. Depois, disse:

- Ok, ok. Mas agora tenho um compromisso. À noite a gente se encontra lá na minha casa, está bem?

- Tua namorada não vai estar lá?

- Não. Por enquanto, estamos nos vendo em motéis.

- Está bem. Às oito da noite está bom?

No horário combinado, Lucas ouviu a cigarra da casa tocar. Foi atender usando apenas de cueca que fazia perceber o tamanho do pau dele. Ela o olhou com tesão. Disse:

- Uau. Me leva logo pra cama. Não quero perder mais um segundo para te ter dentro de mim.

O rapaz a pegou pela mão e a levou pro quarto. A cama estava repleta de pétalas de rosas. Ela fez uma expressão de assombro. Disse:

- Nossa, jamais imaginaria que você é um romântico!

Ele sentou-se na borda da cama e a chamou ao seu encontro. Ela, no entanto, colocou a mão dentro de uma bolsa que trazia a tiracolo. Tirou de lá uma pequena pistola Mauser e apontou para ele. Tinha mudado de expressão facial. Agora, destilava veneno.

- Eu disse que iria te dizer quem matou teu pai, mas você vai levar esse segredo para a túmulo.

- Para que essa arma, Leandra?

- Eu te odeio. Jamais me daria pra você. Até porque já dei meu cabacinho há muito tempo.

- Continuo querendo saber pra que a pistola.

- EU MATEI TEU PAI, SEU PUTO!

Lucas não se espantou com a revelação. Na verdade, estivera raciocinando sobre isso já havia algum tempo. Perguntou calmamente pra ela:

- Por que fez isso, Leandra?

- Por que eu te amava e você me rejeitou. Nunca ouviu falar que mulher rejeitada vira bicho? Quando descobri que minha mãe fodia com teu pai, eu alertei o meu. Ele não quis sujar as mãos de sangue e mandou dois capangas do traficante dar fim à vida dele. Mas não podia haver erros. Então, eu liguei pro teu velho e pedi para me encontrar com ele. Disse-lhe que estava precisando de cem reais e, se ele não me desse, iria dizer ao meu coroa que ele estava sendo traído. Ele me pediu para encontrá-lo defronte àquele caixa eletrônico. Eu estava com um casal no carro. Aqueles dois que você matou no motel. Sem saber, você já havia concretizado a tua vingança, seu puto.

Agora, sim, Lucas ficou espantado. Jamais imaginaria ter matado os assassinos do seu pai. O destino era ardiloso: talvez ele morresse sem saber o que ela acabara de lhe dizer. Perguntou:

- Você disse que havia matado meu velho. Agora já vem com outra história.

- O casal se acorvadou quando viu tratar-se de um velho indefeso. Principalmente a mulher, que estava sendo iniciada no crime. Aquela seria sua primeira missão. O namorado dela já havia matado antes. Foi quando eu tomei a arma das mãos dela e atirei duas vezes contra o urso do meu pai.

- E agora, o que pretende fazer?

- Eu vou te matar, claro. E ninguém ficará sabendo. Vou deixar pistas de que foi uma vingança do pessoal da favela. Trouxe até um bilhete pronto, como se tivesse sido você a escreve-lo, dizendo que foi algum lacaio do traficante morto a te ferir. Depois, assumo o lugar do meu pai no crime organizado. Mas, para isso, ele tem que continuar preso. Vou dizer no tribunal que foi ele que mandou te matar.

- Um plano engenhoso, Leandra. Mas não vai dar certo porque você vai estar presa.

- Rá rá rá. E quem irá me prender, bundão?

Ouviu-se uma voz saída debaixo da cama;

- EU VOU PRENDER VOCÊ! LARGUE JÁ ESSA ARMA.

A sargento Nara saiu de lá apontando uma arma. A advogada Janna também saiu de baixo do leito com um celular na mão. Falou nele:

- Ouviu a confissão da assassina, advogada Gorethe?

Esteve escutando, depois disse:

- Não tem de quê. Obrigada por querer ter os olhos abertos. Boa sorte na tua próxima causa - e desligou.

Leandra ainda não havia largado a pistola Mauser. Tinha o rosto crispado pela ira. Foi andando, devagar, para trás. Sorrateiramente, Lucas pegou sua bengala que estava encostada na parede, perto da cama. Entretida pelas duas mulheres, a moça não percebeu seu movimento. Quando o viu com o cabo desencaixado da bengala apontado para si, atirou nele. Lucas e a sargento atiraram ao mesmo tempo. A jovem foi atingida por dois balaços, mas sobreviveu. Já o rapaz, foi atingido no flanco, apenas de raspão. Janna correu para ele. Beijou-o longamente quando viu que o ferimento foi superficial.

O delegado e sua filha foram julgados e condenados por seus crimes. Gorethe mudou-se da cidade. Não engolira ainda a dupla derrota: perdeu a causa e o namorado para Janna. Mas desejou boa sorte e felicidades ao casal, mesmo assim. Lucas continuou fodendo às escondidas com Nara e com Cynnara. Mas passava a maioria do seu tempo com a advogada. Ela estava feliz. Mas, um dia, perguntou a ele:

- Não se arrepende de não ter fodido o cuzinho da maluca?

- Se refere a quem?

- A Leandra, claro.

- Oh, nem me lembro mais dela. O único cu que me arrependo de não ter fodido é o teu.

- Vai continuar sem ser dono dele, meu caro. Não tolero o sexo anal. Já te disse isso várias vezes. Não sei como não desistiu ainda.

- Não desisti porque ainda pretendo ser feliz contigo. Mas confesso que estou muito tentado a te trair. Sair por aí atrás de um cu para foder.

- Faça isso e eu te capo. E dou tua bimba enorme para os gatos.

- Pras gatas, você quer dizer...

- Lucas Bandito! Não me teste.

Ele a beijou com leveza. Ela queria um beijo ardente. Ele tirou as roupas da advogada e a beijou de língua, na boceta. Ela se arrepiou toda. Forçou-o a se levantar e o levou para a cama. Chupou-o com volúpia até deixar seu caralho duríssimo. Então disse:

- Está bem. Vou dar meu cuzinho pra você. Mas só desta vez, ouviu, tarado?

Deu trabalho foder o cuzinho apertado dela. Por diversas vezes ela desistiu. Mas ele a convenceu a continuar. Quase meia hora depois, ela o tinha dentro do ânus. No início, sentiu apenas dor. Depois, começou a rebolar a bundinha, gostando de ser fodida por ali. Quando Lucas gozou dentro, ela gozou com ele. E nunca mais deixou de dar-lhe o cu.

Enquanto o pai foi para um reformatório militar, Leandra foi parar numa colônia penal feminina. Num instante, se entrosou com as outras presidiárias. No entanto, há dois meses havia adquirido hábitos noturnos. Preferia tomar banho de lua, ao invés de banhos de sol, como as detentas. Como era uma prisioneira exemplar e o diretor do presídio era um velho amigo do seu pai delegado, ganhou esse direito. Estava fumando, quando percebeu um rápido brilho no ceu estrelado. Apurou a vista. Visualizou um pequeno drone no ar. Foi a última visão da sua vida.

No momento, Lucas estava ao lado da advogada. Agora tinham o costume de foder na casa dele ou na dela, ao invés de num motel. O telefone celular do jovem tocou. Ele atendeu sem olhar quem telefonava. Ouviu uma voz feminina:

- Está feito. Foi o meu presente de aniversário para ti.

O rapaz desligou o celular pensativo. Janna perguntou:

- O que foi, amor?

- O fantasma do meu pai. Ligou-me para dizer que tinha se vingado da sua assassina.

FIM DA SÉRIE.

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Comentários

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Como o título não era safadinho, esta foi uma das minhas séries menos lidas, Nirka. Então, achei melhor encurtá-la.

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Vamos para outra história, pois esta foi curtinha.

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