Existem muitas maneiras de acordar.
Maneiras boas e maneiras ruins.
Já havia experimentado a maneira ruim de acordar com a Helga, que foi quando o marido dela chegou de surpresa e quase nos pegou na cama; mas tinha experimentado dezenas ou centenas de vezes acordar do jeito bom também. Porém, entre as maneiras boas de acordar, não consigo imaginar uma maneira melhor do que acordar sendo mamado, a boca quente de uma fêmea açoitando com língua e saliva no falo, que vai endurecendo até começar a babar. E foi assim que acordei naquela madrugada.
Primeiro tive aquela sensação que não sabia se era sonho ou realidade, sentindo algo suave, uma mão no caso, correndo no meu tórax, na minha barriga, alisando bem suave, quase sem me tocar e fazendo os pelinhos ficarem de pé. Depois essa mão segurando meu pênis, humilhantemente flácido, e dando um mini sacode nele para ele ficar esperto. E em seguida puxando a pele para baixo e para cima, acordando o menino, fazendo ele começar a crescer e ficar de pé, e finalmente a sensação molhada de uma boca quente agasalhando o meninão, já totalmente desperto e causando aquelas boas sensações.
Tudo isso estava acontecendo e eu estava ainda dormindo. Ou quase, pois o despertar veio quando a boca chegou e, além de toda a sensação boa acima, ouvi aquele barulho de quando uma chupada escapa. Olhei por baixo do edredom (a noite estava frigidíssima) e topei com os dois olhos azuis da minha amada sorrindo, meu cacete em seus lábios carnudos. Sorri de volta e me fiz confortável.
Eu seria dela essa madrugada e faria o que quer que ela quisesse. Estive tão certo de que a tinha perdido que estava disposto a qualquer coisa pra fazê-la feliz. Claro, ser chupado não era nenhum sacrifício, mas depois de eu ter sido evitado por ela por três noites seguidas, ser acordado daquele jeito tinha um significado muito especial.
Ela era Helga, minha deusa viking, minha amante, linda, inteligente, sexy, mas infelizmente casada, que tinha quase o dobro da minha idade na época, ela 44 ou 45 e eu meros 23 ou 24 anos. Eu era um universitário fodido, começando na vida profissional. Sou moreno, 1,75, tinha cabelos encaracolados macios, muita disposição mas nunca tinha dinheiro, pois o que eu ganhava mal dava pra pagar faculdade e os cursos que eu fazia. Estávamos em um chalé, próximos à cidade de Curitiba, onde Helga precisava resolver problemas burocráticos de uma partilha de bens e eu tinha viajado junto com ela, aproveitando que o marido dela estava no exterior e ficaria uns 30 dias lá.
Não estávamos sozinhos no chalé. Em outro quarto dormia uma amiga da Helga, Marlene, que era dona do chalé, embora não morasse nele, e estava passando uns dias conosco. Ela era uma “coroa” que tinha entre 30 e 35 anos de idade, com tudo em cima e muito gostosa.
Meu romance com Helga vez ou outra entrava em crise porque eu sentia ciúmes dela se deitar com o marido. Eu queria que ela se separasse e vivêssemos juntos, mas ela não se sentia segura em deixar para trás o parceiro de uma vida toda. Para aplacar meus ciúmes ela propôs que eu transasse com outras mulheres, e propôs a Marlene, mas quando o fiz, Helga não conseguiu encarar bem a situação e tinha passado uns dias com raiva de mim por eu ter seguido o conselho dela própria. Não é nada fácil entender a cabeça de uma mulher,. principalmente se você é um jovem de vinte e poucos anos, inexperiente das coisas da vida, e apaixonado.
Contei essas coisas em quatro contos anteriores a esse, “A casada que nunca esqueci”, “Casada, Infiel, Minha”, “Casada, Infiel, Ainda Minha” e “Outra Casada, Igualmente Infiel”. Não precisará lê-los para entender esse conto, mas, se gostar desse conto, proponho a leitura dos outros em ordem cronológica para curtir melhor.
Na noite que antecede essa madrugada maravilhosa, Helga e eu tínhamos nos reconciliado, mas como ela estava cansada da correria por cartórios e reuniões com advogados e familiares, não rolou sexo e ambos dormimos juntinhos. Agora, alta madrugada, ela parecia ter descansado e acordou fogosa. Esgueirou-se sob o edredom e chupava meu cacete meio de lado, segurando com uma mão, cujo cotovelo se apoiava no colchão, e a outra mão manipulava minhas bolas. Depois ela se ergueu, e o ar frio da madrugada invadiu a cabaninha formada pelo edredom, e posicionou suas coxas grossas uma de cada lado do meu corpo e colocou meu pau na entrada de sua xoxotinha, para iniciar uma cavalgada. A bucetinha da Helga era linda! Loirinha com pelos curtinhos muito macios. Já eu sempre gostei de manter meu pau depilado e lisinho. Quando ela começou a descer sobre mim havia um contraste bem definido da cor bem escura do meu pau em relação àquela pele branquinha e pelos dourados. Eu não sou negro, mas meu pau é. Ele é bem mais escuro comparado com a minha pele. Curti o espetáculo de vê-la se encaixando devagar até encostarmos pélvis com pélvis.
Ela esperou um pouquinho e começou se mover pra frente e pra trás em vez de ir pra cima e pra baixo e nesse processo meu pau deslizava pouco dentro dela, o que faria com que eu demorasse bastante a gozar. Fiquei olhando-a no rosto e era simplesmente lindo a expressão de prazer. E eu adorava dar prazer pra ela. Estendi o braço e segurei seus peitões, sentindo o peso deles e ela sorriu pra mim, de um jeito lânguido, de quem está curtindo sensações subindo daqui, descendo dali, raios elétricos percorrendo todo o corpo. Então ela começou gemer mais alto, se deitou sobre meu corpo e, comigo encaixado dentro dela, mexia o corpo como se fosse ela metendo em mim, de maneira frenética. Meu pau era torcido pra lá e pra cá dentro dela e fazia aquele barulho característico de quando bate corpo com corpo até que ela se levantou uivando como uma loba à luz da lua, rebolando e fazendo tudo de novo até ficar toda na vertical e dar um gemido forte e longo, ficando estática e em seguida caindo sobre meu corpo. Sem dar tempo dela esfriar, eu, que ainda não havia gozado, a abracei e comecei fodê-la de baixo pra cima. Com o corpo dela pesando sobre o meu eu estocava com movimentos vigorosos e ela começou correr os lábios pelo meu queixo, minhas orelhas, minha boca, me babando todo, gemendo e aumentando o volume do gemido até que gozei gostoso, ambos ofegantes, ambos saciados, ela sobre mim descansando, minha porra escorrendo de volta e melecando minhas bolas, minha virilha.
Sexo é bom, mas com paixão é ótimo!
Nem acreditava que quase a tinha perdido. E me lembrei do motivo. Da Marlene.
Marlene era uma diaba, uma mulher treinada nos calabouços do inferno para dar prazer aos mortais e fazê-los pecar seu pecado mais comum. As coisas que ela tinha feito comigo não eram fáceis de esquecer. Ela parecia saber exatamente onde tocar para me manter tunado; E eu que havia experimentado seu gosto agora tinha dificuldade de esquecê-la. Queria pegá-la mais uma vez, uma última vez, com tempo para desfrutar de tudo que ela podia oferecer, se é que isso fosse possível numa única vez. Temia que essa “última vez” fosse aquela “última vez” dos viciados, que sempre se torna a penúltima. Não posso dizer que estava apaixonado pela Marlene. Na época eu era incapaz de amar duas pessoas. Mas sentia muito tesão nela, vontade de fodê-la, arrombá-la, gozar dentro dela, jogar porra na cara dela, uma coisa muito animal. Penso que um mundo ideal pra mim, naquela época, teria sido morar com as duas, num relacionamento poli amor, onde reservaria amor carinhoso para Helga e caralhadas para a Marlene.
Os compromissos burocráticos da Helga, que tinham-na trazido à essa cidade haviam acabado, então, agora, eu não teria mais a facilidade de passar o dia a sós com a Marlene como vinha passando nos contos anteriores. Isso era bom por um lado, o lado do juízo, que tentava me convencer de todas as formas a não tocar na Marlene.
Fomos passear pela cidade de Curitiba, Marlene sendo nossa guia, já que ela conhecia a região melhor que qualquer um de nós. Naquela manhã íamos passear numa feira de artesanato, numa região com muitos sebos (lojas de livros usados), cafés e coisas assim, e visitaríamos alguns museus. Helga trajava uma calça de tecido fino e brilhante. Seu corpão exuberava; A blusa que ela usava, branca, por dentro da calça, parecia programada para seduzir, deixando antever que guardava uma coisa muito gostosa. Quando ela andava na minha frente o show era sua bunda envolvida naquela calça. Quando ela andava do meu lado, o show eram seus seios avantajados, tremulando, tendo o peso suportado por um sutiã meia taça, ou seu rosto lindo que quando me encaravam me faziam duvidar de estar acordado. Já a Marlene usava uma saia de couro e sandálias amarradas na canela, uma blusa preta e uma jaquetinha de couro, que ela deixou no carro quando viu que não faria frio. Estava sedutora.
O dia correu tranquilo, exceto pelo constrangimento de a Helga pagar todas as minhas despesas. Eu não tinha onde cair morto. Eu vivia aquele dilema de ter sido liberado pela Helga para transar com a amiga dela, mas temia as consequências disso. O lado ajuizado do meu cérebro se regozijava com essa dependência financeira pois aumentava minha responsabilidade em ser leal à Helga. O outro lado argumentava que Helga tinha me liberado, que eu largasse de ser trouxa e metesse a rola na Marlene, mas eu temia ficar preso a ela se fizéssemos amor mais uma vez.
Numa das livrarias que fomos, de corredores estreitos e prateleiras que se estendiam até o teto, acabamos nos separando enquanto parávamos para folhear livros de assuntos diferentes. Eu estava lendo com interesse a aba de uma coletânea de Edgar Alan Poe quando a Marlene passou por trás de mim, abraçou me por trás, segurou minha rola com força e deu uma lambida molhada na minha orelha, me largou e seguiu adiante, rebolando de forma artificial, tendo dado uma olhadinha para trás, com riso malicioso e olhar de demônia. Meu pinto subiu de forma constante até a complexão e começou latejar por dentro da calça. A diaba tinha conseguido.
Ela se divertia com isso. Helga devia ter falado pra ela que eu estava liberado para transar com ela. Mas ela devia ter aprendido a não acreditar tanto no desprendimento da Helga. Isso já tinha dado problemas uma vez.
Dentro dessa mesma loja havia um espacinho pequeno, um café, onde se servia brioches, pão de queijo, essas coisas. Nos sentamos para tomar café e a diaba se sentou do meu lado. Não demorou e começou mexer na minha virilha, disfarçadamente. A Helga, sentada em frente, ia notar se não estivesse compenetrada num livrão de capa dura, em alemão, que ela havia descoberto nas prateleiras. Eu, com medo da Helga notar, dificultava pra Marlene e isso à divertia. Era como se eu fosse um menininho tímido fugindo de uma relação incestuosa com uma tia devassa. Mas na verdade, de tímido eu não tinha nada e estava louco para pecar com ela. O que me segurava era o medo de magoar a Helga. Acho, inclusive, que seu estivesse correspondendo às investidas da Marlene ela provavelmente não aceitaria transar comigo. Tinha a impressão que ela estava curtindo era o jogo de gato e rato, minha pretensa timidez.
O café chegou, Helga fechou o livro, Marlene recolheu a mão e parecia até que uma auréola de beata se formou sobre sua cabeça enquanto Helga começou falar sobre as maravilhas que estavam escritas naquele livro. Degustamos nosso café ouvindo os relatos empolgados da Helga, que já havia se decidido a comprar o livro. Em certo momento ela parou de falar e me encarou com seus grandes olhos azuis.
-Não precisa ficar se encolhendo quando a Marlene tenta mexer em você. Falei sério quando disse que te liberava. E Marlene, não precisa disfarçar quando quiser brincar com ele!
Ela estava percebendo tudo enquanto lia! Mas ela disse isso num tom ameno, conciliador. Marlene não ficou vermelha, nem envergonhada com a revelação de que a amiga tinha visto as investidas dela. Pelo jeito, a longa conversa que tiveram (no conto anterior) tinha sido mais resoluta do que eu imaginava. Helga, que estava sentada à minha frente, se ergueu da cadeira o suficiente para alcançar meus lábios com os seus e trocamos um beijo delicioso, onde fechei os olhos e curti a sensação do amor. Mas abri os olhos quando sentí outra boca tocando meu pescoço e uma língua devassa percorrer minha pele até chegar na minha orelha e lamber o entorno dela, terminando com uma mordidinha no lóbulo.
Tão rápido como começou a cena terminou e olhei assustado para as duas e para a pequena plateia de nerds, espalhadas pela loja que tinha parado de ler seus livros e agora olhavam uns para a loiraça de olhos azul e outros para a loira de roupa de couro, ambas com caras de safadas naquele momento. Me senti orgulhoso, lisonjeado e másculo, mas meu rosto não demonstrava isso. Estava assustado, indeciso. Helga gostou da minha reação, vendo nisso o poder que ela exercia em mim.
-Hoje à noite aquele chalé vai balançar – Disse a Helga falando devagar, com uma voz sedutora, fazendo um biquinho devasso e movendo o rosto enquanto falava, como se cuspisse as palavras, cada palavra para uma direção diferente.
Eu engoli em seco. Helga costumava ser bem reservada fora das quatro paredes do quarto. Marlene deu uma risadinha safada e depositou a mão sobre o meu pau, guardado sob a calça. Hoje, quando me lembro daquele dia penso nos diversos ângulos em que a cena foi vista e como ficaram aquelas pessoas que presenciaram, vendo duas coroas gostosas agindo como se fossem estraçalhar um molecão que sei lá porque caiu nas graças delas. Não posso dizer que eu fosse lindo, nem feio, nem atlético... Com a Helga eu entendia como a coisa tinha acontecido... Convivemos muito tempo antes de nos apaixonarmos e ela certamente via além da minha aparência. Marlene eu não entendia. Talvez meu desempenho demorado na primeira transa, não sei. Ou talvez eu fosse apenas mais um brinquedo e uma chance dela brincar junto com a amiga. Não sei explicar. Nem vou tentar. Vou me limitar a narrar o que aconteceu, preenchendo as lacunas da minha memória da forma melhor intencionada possível.
Nós visitamos um museu histórico, que não me lembro o nome, e depois fomos almoçar num restaurante bacana. Nunca gostei muito desses restaurantes. Me sinto deslocado. Sempre preferí os botecos, mas Helga e Marlene gostavam e se sentiam perfeitamente à vontade nesses lugares. Helga perguntou se eu podia dirigir na volta porque ela queria beber vinho.
-Claro! Fica à vontade! - Respondi
Depois do almoço, ambas estavam muito “alegres”.
-Vamos pra casa nos divertir!! – Disse a Marlene, não muito alto que fosse escandaloso, mas alto o suficiente para que as mesas em volta ouvissem. Helga concordou em voz alta e se levantou me abraçando e quase caiu pra trás, dando uma gargalhada quando recuperou o equilíbrio. Marlene me abraçou também e saímos abraçados de lá. Elas rindo e cambaleando. Eu intimidado e tentando evitar que elas caíssem. Penso que quem presenciou a cena deve ter pensado que eu era um garoto de programa contratado pelas duas gostosas para quebrar a monotonia. Saímos de lá. No caminho, enquanto eu dirigia, Marlene, no banco de trás, se ergueu e começou chupar meu pescoço e enfiava a mão dentro da minha camisa. Helga ria e tinha uma mão depositada sobre a minha coxa. Confesso que eu não estava excitado... Estava tenso. Talvez não houvesse razão para eu temer a reação da Helga, mas eu não tinha certeza disso. Além disso eu não sabia bem o que ia fazer quando chegássemos em casa.
Quando chegamos foi uma foda sensacional!
Mentira... as duas estavam tão bêbadas que nos trinta ou quarenta minutos que levamos para chegar no chalé elas apagaram. Confesso que me senti aliviado, estava muito intimidado com a “agressividade” delas. Quando parei o carro olhei por alguns instantes a Helga dormindo e, como sempre que fazia isso, admirei a beleza dela. No banco de trás Marlene dormia largadona, pernas abertas e tive vontade de baixar a cabeça e olhar por baixo da saia dela.
Dei a volta e acordei a Helga. Ela estava com muita dor de cabeça. Sugeri que ela tomasse um banho, mas ela queria dormir. Ajudei-a subir as escadas e a conduzi à suíte, onde ela se deitou, tirei sua sandália e a cobri. Voltei no carro e acordei a Marlene. Ela também estava zoada. Ajudei a subir as escadas e quando chegamos ao topo a carreguei até o quarto. Sugeri o banho como sugeri para a Helga, mas ela também preferia dormir um pouco. Eu fui tomar um banho, depois acendi a lareira da sala de vídeo e comecei a assistir um filme trash de terror, tomando chá quente. Nada de álcool...Tinha a impressão que ainda teria “trabalho” aquela noite e estava mais senhor de mim, agora que tinha aceitado a ideia e visto a Helga bem à vontade com a Marlene me atacando. Tive até vontade de subir no quarto da Marlene e mostrar praquela safada com quantos paus se faz uma canoa.
Quando estava assistindo o segundo filme, umas três ou quatro horas depois, ouvi o barulho do aquecedor à gás funcionando e soube que alguém tinha acordado e estava tomando banho. Já era final de tarde.
Depois de algum tempo vi a Helga descendo as escadas. Usava um hobby de cetim rosa e tinha uma toalha enrolada na cabeça como um turbante. Não sei se era o amor que eu sentia por ela, mas ela era linda de qualquer jeito que se vestisse. Descer as escadas expunha as coxonas brancas e gostosas e meu pau reagiu imediatamente ficando duro. O aquecedor a gás não tinha parado, sinal de que Marlene estava no chuveiro também. Helga não desceu todos os lances de escada. Parou na cozinha e ouvi que ela tomava vários copos de água, se hidratava contra a ressaca, pensei.
-Tudo bem aí? – Perguntei
-Nunca mais me deixe beber uma garrafa de vinho inteira – Ela respondeu com a voz meio rouca.
-Foi mais de uma garrafa. Eu não bebi. E tinha duas garrafas vazias e uma pela metade quando vocês duas pararam.
-Ah! Você tinha que ter interferido – ela falou lá da copa.
-Queria embebedar vocês pra me aproveitar. – Respondi
-Devia ter se aproveitado então. Se bem que ainda pode fazer isso. – Meu pau reagiu imediatamente e eu não soube o que responder.
-O que foi? O gato comeu sua língua? – Ela provocou lá da copa.
-Vocês duas estão me saindo melhor que a encomenda.... – Falei sem saber direito o que dizer
- E o que é que você encomendou, meninão?
-Uma loiraça gostosa e assanhada. Não duas.
Ela riu e desceu as escadas com um copo com algum comprimido efervescente nele. Eu ri.
-Tá zoada ainda? Perguntei zombeteiro
-Não. Já estou bem. Só estou seguindo as regras do bom senso da reidratação e reforçando o corpo com vitamina C.
-Você sempre traz comprimidos efervescentes para um chalé no meio do nada?
Ela se sentou numa outra poltrona à minha frente.
-Levo para todo lugar que vou. O segredo de ter uma pele bonita é saturar o corpo com vitamina C e vitamina A.
-Ah... Entendi.
-Que porcaria é essa que você está vendo? Outro filme de zumbi?
Eu sempre gostei de filmes de zumbis e tinha aproveitado aqueles dias no chalé para assistir vários filmes trash que tinha lá. Marlene desceu as escadas. Também passou na cozinha e bebeu vários copos de água e desceu a escada com um copo efervescendo.
-Vocês loiras formam algum tipo de seita e isso aí é um ritual? – Perguntei zombando
-Helga, você não contou para ele que precisamos de um meninão para sacrificar essa noite e preservar nossa beleza por mais um ano?
-Não tive tempo, Marlene! Tive medo de falar sozinha e ele conseguir fugir.
Lembrei da vez que chapei o coco com cannabis e álcool no Madame e tive a alucinação de que talvez tivesse virado vampiro (contei isso no conto “A vampira que veio para o natal”).
-Se não for uma morte muito dolorida, aceito morrer para manter vocês duas bonitas pra sempre.
-Ah seu safado! – Disse a Marlene e colocou o copo já vazio sobre a lareira. Se ajoelhou na minha frente e enfiou a mão sob meu roupão, segurando minhas bolas e meu pau duro com a mão.
-Helga, esse sem vergonha nunca usa roupa por baixo não?
Me desvencilhei e fechei minhas pernas protegendo meu pau dos toques dela.
-Não Marlene, melhor não...
Ela ficou me olhando com um riso enigmático como se calculasse se tinha sido rejeitada ou não e a Helga levantou de onde estava vindo em minha direção. No caminho recolheu uma echarpe de seda que ela usava as vezes e tinha ficado largado ali num dos sofás. Helga foi pra trás da poltrona que eu estava, me abraçou por trás, me envolveu enquanto prendia a echarpe em meu pulso e deu uma laçada, levantou meu outro braço e fez a mesma coisa prendendo os dois pulsos com o lenço e sobre a minha cabeça. Ela estava amarrando de uma forma simbólica. A poltrona tinha um encosto alto e ela segurou a ponta da echarpe lá em cima, enquanto me beijava o pescoço e minha orelha, soltou o laço do meu roupão, me desnudando para sua amiga. Entrando na brincadeira, Marlene pôs as mãos nas minhas coxas e esfregou o rosto no corpo do meu pau, que estava caído meia bomba sobre minha coxa. Esfregou a bochecha pra um lado, pra outro e enquanto isso Helga me mantinha “imobilizado” e beijava meu pescoço. O recado era claro: Ela tinha me liberado, mas eu não tinha ido, agora ela me “obrigava”, me mantendo “indefeso” diante da amiga.
O carinho da Marlene tinha se transformado num beijo na minha glande, e o status da rola passava rapidamente de meia bomba para rigidez plena. Marlene me abocanhou de leve e mantendo a cabeça do pau dentro da boca, olhou pra cima, pra mim, de um jeito provocativo, como se eu agora estivesse indefeso e a mercê dela. Helga parou um pouco de me beijar e alinhou seu rosto com o meu, olhando o trabalho que a amiga fazia com o meu pau, sem soltar o lenço que me mantinha “cativo”. Marlene me judiava com sua boca e sua língua. Segurava meu pau pra cima, erguendo minhas bolas e lambia com força aquela região abaixo das bolas e era tão gostoso que quase doía. Acho que se a posição permitisse ela teria lambido até o meu rabo.
Eu me contorcia mas mantendo a simulação de estar preso e quando olhei para a Helga encontrei seus grandes olhos azuis sorrindo contemplando meu prazer. Helga me beijou na boca, sempre mantendo meus braços “presos” lá em cima e depois resolveu aumentar minha agonia. Prendeu o lenço numa dobra do sofá liberando sua mão que me mantinha indefeso e me admoestou “não se solte daí”. Desceu para meu pescoço, me chupando e lambendo e depois foi para meus mamilos, sugando-os, ora apertando com os dedinhos, ora apertando com os lábios e a situação estava insuportavelmente boa. Marlene punhetava meu pau enquanto lambia toda minha região genital e resolveu me cavalgar. Ela veio de costas e encaixou meu pau em sua bucetinha. Pensei que ela fosse descer logo nele e aplacar minha sede de rasgar a bucetinha dela com minha rola inchada e dolorida de tesão, mas com a Marlene as coisas nunca eram simples. Ela começou a descer, mas quando achou que tinha ido o suficiente, pouco mais que a cabeça, ela parou e começou fazer movimentos com os quadris, movimentos ora circulares, ora pro lado, ora pra frente, como se o pau fosse uma alavanca de câmbio e ela estivesse trocando marchas com sua vagina. Além disso ela me espremia com sua técnica pompoarista e eu comecei a urrar dando pinta que ia esguichar minha gala para o alto. Helga deu uma risadinha gostosa com a expectativa.
-Não, não! Ainda não! – Repreendeu a Marlene saindo de cima de mim e me privando da minha gozada.
Subiu de frente pra mim nos braços da poltrona e indicou que queria ser chupada. Helga segurou meu rosto na direção apropriada e ela colou sua perereca em mim. Sendo abraçada pela Helga. Pensei que talvez elas estivessem se beijando, mas acho que não porque nunca fizeram nada lésbico durante todas as nossas transas coletivas. A posição era desajeitada e eu preferia puxar o braço e soltar aquele lenço de seda que estava enrolado no meu pulso, tomando as rédeas da situação, mas preferi manter o cosplay iniciado pela Helga e tentei fazer o melhor possível com a pepequinha da Marlene. Ficamos nessa alguns minutos e baixou a pressão do gozo nas minhas bolas. Marlene sabia disso e do mesmo jeito que estava foi descendo, esfregando a buceta no meu peito e depois tateando com as coxas e a própria buceta até posicionar a cabeçona no lugar, sem usar as mãos e desceu pela minha rola, comigo finalmente me sentido totalmente apertado e agasalhado dentro de uma mulher. Gemi gostoso. De cócoras, com os pés nos braços da poltrona, Marlene começou me cavalgar e buscou minha boca num beijo voluptuoso. As coisas com a Marlene nunca eram simples... Ela praticamente tirava toda a vagina do meu pau, parando no limiar dele escapar e descia devagar até eu sentir seus grandes lábios na base do meu pau, no meu saco. Isso exigia dela um esforço razoável, mas ela era atleta e tinha o preparo para qualquer tipo de sacanagem. Helga me mantinha “imobilizado” e corria sua mão no meu tórax dando atenção aos meus mamilos. Agora, como Marlene me beijava e me cavalgava, os seios dela esfregavam-se nas costas da mão da Helga e no meu próprio peito. Comecei me contorcer e fazer caretas... Não conseguia mais segurar e precisava esguinchar com força dentro da buceta daquela filha da puta! Mas a vagabunda notou e se desencaixou de mim de novo deixando a buceta só apoiada na minha rola.
-Quer gozar meninão? A titia não deixa! – Marlene falou no meu ouvido
Precisei de muita força de vontade para não tirar minha mão daquela amarração ridícula, segurar nas ancas dela e forçá-la para baixo de uma só vez na minha pica, onde eu a seguraria e esporraria com toda força possível. Resisti porque sabia que quanto mais se adia um gozo, mais intenso ele vem. Virei meu rosto para o lado e indiquei pra a Helga que queria ser beijado. Nossos lábios se tocaram e iniciamos um longo beijo voluptuoso. Marlene desceu da poltrona e começou brincar com minha rola de novo. Lambia abaixo das bolas, colocava as bolas dentro da boca virava meu pinto pra baixo e chupava. Tudo isso era um tormento pois eu tinha necessidade de espirrar minha porra longe.
Para as leitoras, que não sabem a fisiologia do gozo masculino, o líquido seminal é ejetado da próstata, percorre em velocidade alguns canais dentro dos testículos varrendo como uma enchente os espermatozoides que estão ali prontos para fecundar. Dali seguem por outros canais até chegar na uretra, percorrem a extensão do pênis e são ejetados com velocidade maior ou menor dependendo da experiência do homem ou da pessoa que está manipulando o órgão. Nosso clímax é justamente essa passagem do liquido seminal nesses canais, pressionando as paredes deles. É uma sensação muito boa, que parece anestesiar todo o corpo e nos fazer contorcer. O conjunto inteiro começa a ficar dolorido quando ficamos muito excitados e não conseguimos ejacular.
Marlene brincava com isso e parecia saber exatamente o momento de parar e me deixar louco de expectativa. Marlene era uma estudiosa do assunto, como soube mais tarde. Era massoterapeuta, tinha conhecimentos de massagem tântrica, de pompuarismo. Resumindo : Era uma diaba treinada para dar prazer aos mortais, conforme já disse algumas vezes.
Marlene sabia que não dava pra adiar mais o meu gozo, a não ser que parássemos a brincadeira. Por isso apertou na base do meu pau abaixo das bolas, fechando minha uretra com a pressão de seus dedos, como já tinha feito antes no conto anterior a esse, e caiu de boca, gulosa, obsessiva.
Meu beijo na Helga continuava, mas o gozo crescia nas minhas bolas e explodiu, tendo sido barrado pelos dedos da diaba que bloqueava a passagem. O esperma tinha saído aos canais, mas não tinha como sair das minhas bolas, numa sensação indescritível de prazer. Tive que parar o beijo aos urros de prazer. Helga ficou me olhando, divertida, curtindo minhas expressões de prazer que pareciam de dor, me olhava de maneira terna pois nunca tinha me visto gozar tão intensamente. Colou seu rosto no meu e beijava minha face. Tudo isso aconteceu numa fração de segundos. Foi quando a diaba a chamou:
-Helga!
Helga olhou pra baixo e a diaba soltou o gatilho, liberando a passagem da porra represada, apontando meu pauzão inchado e atingindo em cheio o rosto da Helga com um jato grosso de porra quente, que a riscou nos lábios num traçado que ia até perto dos olhos, que começou a escorrer maculando o rosto da minha deusa viking. Helga tomou um susto mas riu e eu soube que ela gostou da brincadeira. A diaba tinha prendido de novo o jato e apontou pra minha cara, acertando meu queixo pelo lado de baixo enquanto eu urrava ensandecido... Os próximos jatos saíram fracos caindo na minha barriga e na cara da própria diaba que se esfregava no meu pau e ria.
Não me lembro de tê-la visto gozar. Acho que ela se dedicou só a me fazer ejacular o mais forte possível. Fiquei inerte, sem força pra fazer nada enquanto as duas riam e se limpavam, passando os dedos na porra e lambendo ou lambendo direto na minha barriga. Helga Lambeu meu pescoço inteiro, que estava todo sujo e depois me beijou carinhosamente, lambuzando também meu rosto com minha própria porra.
-Meu meninon! Te amo! – E enquanto ela falava, a diaba chupava minha rola ordenhando as últimas gotas de sêmen que pudessem ter ficado paradas na minha uretra.
A viagem de volta pra São Paulo foi tranquila.
Deixamos a Marlene na rodoviária de Curitiba, me despedi dela com um beijo na boca, e rumamos para São Paulo City.
Eu estava ansioso para chegar porque o marido da Helga ainda estava no exterior e queria ficar a sós com ela para fazermos nossa magia. Os últimos dias passados no chalé foram fantásticos. Eu transava com a Helga todas as noites e ainda transei mais uma vez com a Marlene no quarto dela, pra onde a Helga me levou puxado pela mão e ficou sentada na outra cama, assistindo e se tocando. Agora, chegando em São Paulo, Helga queria me deixar na minha casa em vez de me levar para a dela.
-Não! Quero ir pra sua casa e ficar com você. Porque isso?
-Tenho coisas pra resolver e você não poderá ir junto.
-Eu espero na sua casa, ora! Não foi isso que fizemos em Curitiba?
-Me preocupo em deixar você sozinho em casa. Tenho medo de algo acontecer, o Hugo chegar inesperadamente como da outra vez.
-Eu fico atento. Já sei onde me esconder – Falei brincando, pois, uma vez tive que me esconder dentro de um armário com uma chegada inesperada do marido dela. Ela não achou engraçado e eu prosseguí.
-Olha, Helga... Não quero ser um carrapicho, mas temos tão pouco tempo pra ficar sozinhos... Essa viagem era pra gente ter ficado mas tivemos poucas horas a sós. A Marlene é sensacional, companhia boníssima, mas eu preferia ter passado esses dias sozinho contigo.
-Meninão... não queria você lá enquanto não estou por perto...
-Então vamos pra outro lugar! Posso pagar um hotel pra nós dois desde que não seja muito caro, se você topar, e ficamos sediados nele enquanto você resolve seus problemas.
-Meninão... Não precisamos correr riscos desnecessários – Concluí que ela não me queria por perto.
Bateu uma insegurança.
Eu devia ter notado. Ela me empurrar para amiga dela daquele jeito, só podia ser um sinal. Eu não podia ser carniça, ficar insistindo ainda mais. Mas não pude evitar minha fisionomia triste. Estava chegando a hora que nossos caminhos se dividiriam.
Talvez ela tenha notado porque disse em seguida.
-Olha, vou tentar resolver todos os problemas hoje e amanhã. Daqui a dois dias te busco e estarei em casa contigo, tudo bem?
-Não quero ser inconveniente, Helga. Sério. Se prefere passar o restante da sua folga sozinha, fazendo coisas que você goste de fazer a sós, tudo bem.
-Nossa Jota! Você às vezes é difícil! Só não quero que você fique sozinho em casa enquanto passo o dia fora. O Hugo pode voltar, ou pode mandar alguém em casa pegar alguma coisa... não sei o que pode acontecer.
-Eu só não queria desperdiçar uma rara chance de ficarmos juntos. – respondi - Queria estar lá quando você voltasse e passássemos a noite juntos. Mas não quero me vitimizar. Somos adultos.
-Amanhã ou depois eu te levo pra lá. Preciso levar papeis para meus advogados, dar andamento ao que fomos fazer em Curitiba. Mas não estamos mais num chalé isolado na floresta. Não posso ir aos compromissos e deixar você tranquilamente na casa que é minha mas é do meu marido também.
-Tudo bem Helga. Eu entendi. Sério mesmo. Quando puder me avisa que vou pra lá.
Mas fiquei encucado... Era domingo, quase meio dia. Era estranho ela ter que dar andamento em alguma coisa. Na segunda eu ia trabalhar. Ela não. Ela ainda tinha mais alguns dias da folga que pegou, e a noite eu teria faculdade. Ou seja, se eu fosse com ela, passaríamos a tarde e noite de domingo juntos, segunda-feira eu sairia cedo pro trabalho e só voltaria pra lá as onze da noite quando saísse da faculdade.
Porque ela não me queria lá? Pra mim só havia uma explicação: Não queria minha companhia.
Para me inculcar ainda mais, pouco depois que chegamos em São Paulo, eu dirigindo, ela ligou o celular dela. Na época, os celulares estavam começando. Eram uns tijolões bem antiquados ainda, tela com duas ou três linhas de texto apenas para aparecer os números sendo digitados e cujas baterias duravam apenas algumas horas. A cobertura era pífia. Em outros estados, para usar roaming custava caríssimo, aliás, em qualquer situação as tarifas eram caríssimas, tão caras que quem recebia ligação também pagava. Obviamente eu não tinha condições de ter um celular. Ela ligou o aparelho e olhava de vez em quando como se aguardasse alguma ligação. Pensei que esperasse ligação do marido, afinal, ela passou uma semana num chalé no meio do mato, sem forma de ser contatada. Não dei muita importância ao fato. Entendi como genuína a ansiedade dela em falar com o marido depois de tanto tempo. Mas em certo momento o celular tocou, ela desligou e ligou de volta. Deu pra ver que era um número fixo porque começava com dois pela posição do dedo dela ao ligar. Vi também que terminava com três e nove. Sempre tive mania de tentar ver padrões nas digitações, em um outro conto abordarei o assunto.
A conversa foi meio estranha:
-Olá.... Sim... estou chegando agora. É, estou com os papeis e vou te levar hoje. No horário combinado. Não posso ficar conversando agora.
Foi mais ou menos isso aí, sendo que a parte do “estou com os papeis” me pareceu meio forçada. Na hora não prestei muita atenção. Foi só com o desenrolar dos fatos que rememorei e criei essas teorias que estou antecipando aqui. Não havia porque ser lacônica com o advogado.
E porque um advogado ligaria e ela ligaria de volta? Isso era recurso de quando se recebia ligação de algum pobretão. Eu por exemplo, quando precisava falar com ela, era desse jeito. E porque não podia conversar naquele momento se quem estava dirigindo não era ela?
Enfim não dei muita importância e só depois, alguns dias depois, em vista de um fato novo, foi que rememorei a conversa e notei essas incongruências fáticas.
Domingo descansei da viagem e tive pena da Helga, tão cansada como eu, não poder relaxar como eu estava fazendo. Toda hora que me lembrava dela, tinha uma ereção...E tinha também a Marlene. Queria ter um jeito de falar com ela. Mas veio a segunda-feira e a correria do dia a dia me ajudou esquecer dessas coisas.
Foi ruim a Helga não estar no escritório. Ela só voltaria na quarta-feira.
À noite, correria na faculdade também, muita coisa pra fazer dado que tínhamos tido uma semana de ausência (semana do saco cheio).
Meu camarada Osvaldo estava feliz feito um pinto no lixo, imitando uma guitarra com a boca e dedilhando a barriga. Ele era DJ no Madame Satã nos finais de semana e trabalhava num grande banco. Ele também era o maior Sweet Talker que eu já tinha conhecido, porque pegava todas. Falei sobre isso nos contos anteriores. Em parte, eu já sabia o motivo dele ter tanta sorte com mulheres... Conforme mencionei num outro conto, a gente fazia altas zoeiras juntos e uma vez tínhamos transado com uma mesma menina em um menage. Pretendo contar isso num outro conto. O fato é que o Osvaldo tinha uma jeba enorme. Fiquei até meio envergonhado de sacar minha rola quando compartilhamos a menina, mas enfim, parte do sucesso dele devia ser a propaganda boca a boca que a mulherada fazia, já que todas têm, no mínimo, curiosidade de transar com um pirocudo. Um carinha da nossa turma chamado Arthur chegou nele erguendo a mão para se cumprimentarem com um sonoro tapão palma-com-palma:
-E aê Osvaldão! Vi você ontem no shopping Paulista. Quem que era aquela seu filho da puta? Loirona gostosa do carai!
-Eu??? Não véio! Nem fui lá ontem!
-Que não era você o quê, carai! Não tem dois cabeludos narigudos igual você! Em loja de discos então é impossível!
-Não véio! Não era eu não! Você tá é louco!
E a conversa terminou do mesmo jeito que começou com Osvaldo dando risada e o Arthur chamando ele de mentiroso. Não dei qualquer importância a isso também e só mais tarde, a luz de outros fatos, rememorei e associei.
Naquela segunda feira peguei o ônibus com o Osvaldo como sempre fazia e contamos muitas estórias, falei da minha viagem, das loucuras que tinham acontecido e tals, afinal, ele era uma das poucas pessoas que sabiam do meu caso com a Helga e o quanto que eu a amava. Na terça, tudo tranquilo no escritório e estava tudo muito chato sem a presença da Helga. Resolvi sair mais cedo, por volta das 16:00 horas, e pegar uns livros na biblioteca da faculdade que eu precisava ler para fazer um trabalho.
Quando desci do ônibus e caminhava para o portão da faculdade tive uma agradável surpresa!
Helga tinha ido me buscar! Ela fazia isso às vezes. Ia na faculdade me buscar para algum passeio, normalmente para a casa dela ou para um motel. Esperava eu passar pelo portão e buzinava, já que eu não tinha celular. De longe vi que o carro dela estava parado quase em frente a entrada de pedestres. Ela sabia que eu tinha que passar por ali e estava me esperando. Chegou cedo para não correr o risco de me perder entrando. Com a felicidade que só quem ama de verdade e vê o objeto do seu amor conhece, eu acelerei o passo.
Mas aí, meu mundo ruiu... minha alma caiu de joelhos, arranhou um punhado de terra que deixou rolar entre os dedos trêmulos das mãos e baixou a cabeça.
A porta do carro se abriu e dele desceu meu amigo Osvaldo. Ele gesticulou um tchauzinho indo embora, ela ligou o carro e partiu.
[Continua]
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