Boa noite pessoal, como estão?
Eu estou rescervendo todos os contos que pontei aqui nesse site e estou colocando no blog que criei.
Relendo eles vi que tem vários erros de portugues e algumas partes meio sem sentido. Estou ajustando esses pontos e pode ser que ainda não fique legal até porque não sou escritor, mas acho que ficará melhor do que está.
Caso eu delete as histórias aqui do site vou deixa-las la para quem quiser e tiver vontade de ler novamente. Ainda não consegui postar tudo la mas aos poucos vou conseguindo.
Bom, vamos ao capítulo final dessa historia.
Comecei a escrever esse conto em 2015 e jamais imaginei que ficaria três anos escrevendo e que teria quase 100 partes com mais de 15 páginas cada.
Parei por diversas vezes devido a problemas no site, na minha conta e também por meus compromissos da faculdade, trabalho mas nunca passou pela cabeça e deixa-lo sem um final, até porque o final ja estava na minha cabeça desde o começo da história.
Esse capítulo ficou enorme então vou dividi-lo em duas partes. A parte 2 postarei amanhã sem falta, não vou deixar vocês esperando por meses, kkkk.
E que quiser interagir no blog, fique a vontade.
http://doutorromantico1.blogspot.com/
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Rodrigo – Você ia ter coragem de me deixar?
Antônio não respondeu a pergunta, apenas olhou para o chão. Rodrigo se aproximou, dando lhe um abraço que foi correspondido imediatamente.
Rodrigo – Obrigado por ter me ensinado a ser o homem que eu sou hoje. Você me fez descobrir o que é amar.
Antônio – E você me deu uma família, ao seu lado, ao lado dos garotos e da mãe eu passei os melhores momentos da minha vida.
Antônio – O que vai ser de nós agora?
Antônio olhou para o envelope em cima da mesa.
Os dois deram as mãos prestes a abrir aquele resultado.
Depois de tantas idas e vindas finalmente o destino de Antônio e Rodrigo estava preste a ser definido.
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Descobrindo o amor (95) Final 1
Muito, muitos anos depois....
O relógio ainda indicava que era madrugada mas Rodrigo já estava acordado, deitado na cama, olhando para o teto apesar da escuridão do quarto. Antes do relógio indicar 06:00 hs da manhã ele levantou-se e desligou o despertador.
Alongando o corpo foi até a sacada do quarto e abriu a porta de vidro. Imediatamente o barulho do mar e o cheiro de maresia invadiram o quarto mudando completamente o ambiente.
Debruçado na sacada, ficou olhando o mar, contemplando o pôr do sol e só então iniciou sua rotina, a mesma que seguia a anos. Arrumou sua própria cama e depois desceu para preparar o café da manhã.
Rodrigo tinha montado um novo restaurante e dividia seu tempo entre as tarefas domesticas e a vida de empresário e chef de cozinha.
Quando era necessário recebia em sua própria casa os fornecedores de seu restaurante, que ficava a apenas duas quadras de onde morava.
Estava em uma reunião com um homem e uma mulher quando um gigante de 1,90 m de altura desceu as escadas pisando forte.
Trajando apenas uma cueca branca, Rafael mostrava seu corpo enorme, musculoso, mas o que mais chamava a atenção era seu peito forrado por pelos negros que iam descendo até sumir por dentro da cueca que guardava uma mala pesadíssima.
Sem graça, Rodrigo deu um sorriso amarelo tentando agir com naturalidade.
Rodrigo – Filho estou em uma reunião, você não quer por uma roupa?
Rafael passou as mãos nos olhos limitando-se a dar bom dia.
Rafael – Bom dia!!!
Em seguida virou-se, exibindo seu bumbum carnudo que parecia querer explodir dentro daquele pedacinho de pano.
Rodrigo tratou de terminar a reunião o mais rápido possível, até porque a mulher já estava toda excitada, com o rabo de olho na cozinha, na expectativa de ver aquele garotão novamente.
Rodrigo – Foi um prazer recebe-los, chegando no restaurante eu providencio o pagamento pelos produtos.
Rodrigo – Tenham um bom dia!!!
Rodrigo fechou a porta e desfez aquele sorriso, indo direto para a cozinha.
Rodrigo – Será que não dá pra você por uma roupa quando sair do quarto?
Rafael – Bom dia pra você também.
Rafael – Como eu ia saber que tinha gente aqui pai?
Rodrigo – Eles ficaram olhando, fiquei com vergonha.
Rafael – Relaxa paizão, mas também não tenho culpa se sou bonito, gostoso...
Rodrigo – Deixa de papo furado e toma logo seu café.
Rafael – Pai cadê minha aveia? E o pão integral?
Rafael – Você está deixando muito a desejar hein Sr. Rodrigo!!!
Rodrigo – Estou cheio de coisas pra fazer e...
Rafael – Pai, relaxa. O dia mal começou e você já está todo descompensado.
Rodrigo – Estou assim por causa de vocês. E cadê seu irmão que ainda não desceu? Ele tem aula hoje de manhã na faculdade.
Rafael – Ah!!! Pai, a Patrícia sumiu de novo.
Rodrigo – Patrícia? Quem é Patrícia?
De repente começou uma gritaria no andar de cima.
Rodrigo – Mas o que é isso? Está pegando fogo na casa?
Rodrigo correu até a sala e uma linda adolescente desceu as escadas, se atirando em seu colo, pendurando-se em seu pescoço.
Rodrigo – O que foi filha?
Ana Paula – Pai, aquele bicho horroroso estava no meu quarto, que nojo.
Um outro gigante também desceu as escadas. Ao contrário do irmão, Arthur pelo menos usava uma bermuda, também exibindo um corpo forte, com o peito todo peludo.
A diferença entre ele e Rafael era que ele tinha os cabelos mais encaracolados e cultivava uma barba enorme que o deixava com cara de fofo.
Arthur – Não fica assim.
Disse enquanto alisava aquele bichinho em seu braço.
Rodrigo – Arthur já mandei você deixar esse lagarto sujo preso.
Arthur – Não é um lagarto pai, é uma iguana e ela é mais limpa que nós todos juntos.
Arthur – Vocês ficam gritando, vai assustar a bichinha.
Arthur – Vamos, o papai vai levar você pra sua casinha.
Rodrigo – Era só o que faltava, eu avô de uma lagartixa gigante.
Ana Paula – Pai essa casa está parecendo um zoológico, pra começar com esses dois animais.
Com os filhos a mesa Rodrigo finalmente pode servir o café.
Rodrigo – Rafael você leva sua irmã pra escola e deixa o Arthur na faculdade.
Rodrigo – Hoje vou estar muito ocupado no restaurante.
Arthur – Se eu tivesse meu carro né, disseram que eu ir ganhar um.
Rodrigo – Eu sei que prometi filho, mas as coisas ficaram apertadas.
Arthur – Mas tenho dois avôs ricos, posso pedir pra eles.
Rodrigo – Nem pensar!!!
Rodrigo – Se você tiver que ganhar um carro será do seu pai.
Ana Paula – E eu pai quando vou ganhar meu carro?
Rodrigo – Quando fizer 58 anos de idade.
Ana Paula – Porque????
Rodrigo – Porque você é menina, frágil, delicada e princesa.
Rodrigo – E será que dá pra vocês dois colocarem uma roupa, olha a irmã de vocês.
Ana Paula – Pai estou cansada de ver o Rafa e o Arthur pelados.
Ana Paula – Uma menina da minha sala até pediu uma foto, disse que pagava.
Rafael – Vou querer comissão.
Arthur – Até parece que você vai aceitar, você morre de ciúmes dos seus irmãozinhos.
Rodrigo – Meu Deus, mas que papo é esse? Será que não podemos ter um café da manhã como uma família normal?
Ana Paula – Nós não somos uma família normal pai.
Rodrigo – Somos sim, uma família normal, careta e tradicional.
Rodrigo – Ah!!! Já estava me esquecendo.
Rodrigo – Rafael Santarém, notei que o senhor me excluiu de todas as suas redes sociais.
Rafael – Eu??
Rafael respondeu meio gaguejando, fazendo cara de bobo.
Rodrigo – Sim, claro que deve ter sido por engano, você deve ter apertado alguma coisa errada né???
Rodrigo – Você tem até o final do dia para me adicionar novamente pois caso contrário coisas muitos serias irão acontecer com você.
Ana Paula – Pai, o Arthur também te excluiu.
Arthur – Cala a boca pirralha.
Rodrigo – Então o aviso se estende aos dois.
Rafael – Pai você só da ideia errada na internet, escreve cada coisa nada a ver.
Arthur – Pai você deveria ser proibido de usar internet, é um mico atrás do outro.
Rodrigo – Sem discussão. Andem logo antes que se atrasem.
Rodrigo ficou a sós com a filha que já aproveitou para reclamar.
Ana Paula – Pai, o Rafa e o Arthur ficam pegando no meu pé. Eles fazem eu passar vergonha quando vão me pegar na escola.
Ana Paula – Outro dia ficaram de cara feia só porque eu estava conversando com um amigo.
Rodrigo – Eles só estão te protegendo.
Ana Paula – Você puxa o saco deles só porque eu não sou sua filha de verdade né.
Rodrigo colocou a garota no colo.
Rodrigo – Nunca mais fale isso. Você é milha filha tanto quanto o Rafael e o Arthur. Eu amo vocês três igual.
Rodrigo – Minha princesinha.
Ana Paula – Mas porque eles podem tudo e eu nada?
Rodrigo – Eles só te protegem, essa casa só tem homem, você é a rainha dessa casa.
Ana Paula – Você está me enrolando né?
Rodrigo – Pode deixar, vou dar uma dura nos dois, agora vá se arrumar.
Rodrigo aproveitou e foi falar com os filhos.
Rafael – Pai, ela fica cheio de conversinha com um esquisito de boné.
Arthur – Um pangaré que tem uns fios no queixo que ele chama de cavanhaque.
Rodrigo – Temos que manter o que combinamos. Vamos atacar em várias frentes pra deter e neutralizar o inimigo.
Arthur – Que inimigo pai? Do que você está falando?
Rodrigo – Inimigo é qualquer ser do sexo masculino que pensar em ousar a chegar perto da sua irmã.
Rafael – Pode deixar pai, vou fazer marcação cerrada.
Rodrigo – Pra todos efeitos dei uma dura em vocês.
Rodrigo foi tirar a mesa do café e do nada deu uma parada, ficando pensativo, triste na verdade.
Ele só despertou quando sentiu uma mão forte tocando seu ombro.
Rafael – Está tudo bem pai?
Rodrigo – Me distrai aqui e nem vi você entrar.
Rafael o abraçou, colocando o braço sobre seu ombro.
Rafael – Quer conversar pai? Desabafar?
Rodrigo começou a falar mas logo parou.
Rodrigo – Ei, o pai aqui sou eu.
Rafael – E dai? Lembra quando eu era criança e você falava que eu era seu amigão?
Rafael – Então, estou aqui pra isso, te ouvir.
Rodrigo – Obrigado filho. Estou bem, não é nada não, só preocupações do restaurante.
Rafael – Tem certeza?
Rodrigo – Tenho sim, não precisa se preocupar comigo.
Rodrigo – Mas deixa eu te ver...Você esta lindão com essa roupa.
Rafael – Odeio usar terno. Estou assando com essa roupa.
Rodrigo – Pensasse nisso antes de escolher ser advogado.
Rodrigo ajustou a gravata de Rafael, alinhando seu paletó.
Rodrigo – Pronto, agora está todo alinhado.
Rodrigo – Como passa rápido, daqui a seis meses você se forma. Vou ter um filho doutor.
Arthur – Em breve terá dois.
Arthur e Ana Paula apareceram e Rodrigo foi com os filhos até a rua, acompanhando até o carro, se despedindo com um beijo em cada um.
Rodrigo – Cuidado na estrada, vejo vocês só a noite depois que o restaurante fechar.
Rafael estagiava e a noite cursava o último semestre de direito. Já Arthur estudava medicina e as vezes tinha aula em período integral enquanto Ana Paula era apenas uma adolescente no ensino médio.
Rafael – Eita, seu celular não para hein.
Rafael – Quem é? Conheço ela?
Arthur – Só uns esquemas ai e...
Antes de continuar Arthur virou para trás.
Arthur – Tampa o ouvido ai pirralha, é assunto de homem.
Ana Paula – Vocês são dois ridículos, nojentos.
Rafael – Não reclama não se não convenço o pai a mandar você ir pra escola de van.
Arthur – Falar no pai....
Arthur – O Pai está triste né?
Rafael – Você também notou?
Ana Paula – Eu sei como podemos ajuda-lo.
Rafael – Essa sua ideia não vai dar certo Ana Paula.
Ana Paula – Vai sim, já planejei tudo.
Arthur – Então só seguirmos o que foi combinado e não terá erro.
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Rodrigo havia se mudado com os filhos para o sul do país, para uma cidade litorânea, turística, que ficava a poucos quilômetros da capital onde os filhos estudavam.
Apesar de ser uma cidade pequena era bem movimentada devido as praias e o turismo.
No começo demorou um pouco pra se adaptar mas conforme as crianças foram crescendo as coisas foram ficando mais tranquilas.
Ele vendeu seu apartamento em São Paulo e conseguiu comprar um restaurante falido, transformando o lugar num novo point da cidade.
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Rafael deixou a irmã na escola e parou em uma praia com Arthur.
Sentado de baixo de uma sombra com a gravata frouxa e segurando seu paletó, Rafael ficou esperando o irmão sair do mar.
Arthur – A água está uma delícia cara.
Rafael – Se eu tirar essa roupa não vou para o trampo, melhor nem arriscar.
Arthur – Você também está preocupado né? Com aquele outro lance.
Rafael – Pois é, quando o pai descobrir ele vai me matar né?
Arthur – Claro que não irmão, primeiro ele vai tirar seu couro, só depois que ele vai te matar.
Rafael – Po Arthur, assim você não está me ajudando em nada.
Arthur – Fica tranquilo, se o pai te botar pra fora de casa eu vou junto contigo, ninguém separa os irmãos Santarém.
Rafael – Ai sim hein moleque.
Rafael abriu um sorriso, puxando o irmão para um abraço, beijando sua bochecha, cabeça.
Arthur – Me solta cara.
Arthur – Mas tem uma coisa, vou querer ser o chefe.
Rafael – O chefe o caralho, já está folgando.
Arthur – Você que aprontou, não está podendo impor nada não.
Rafael – Vou pensar no seu caso maninho.
Rafael voltou a abraça-lo, sacudindo sua cabeça.
Os dois caíram na risada, aproveitando o tempo que tinham até irem para seus compromissos.
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O restaurante de Rodrigo era um dos mais famosos e requisitados da cidade. O lugar era requintado mas ao mesmo tempo simples e acolhedor, para todos os tipos de público.
Naquela noite a casa estava lotada, com várias reservas, funcionando a mil por hora.
Agenor – Patrão, vamos ter que botar mesa na área externa, de frente para o mar.
Rodrigo – Já conferiram os freezers? Ontem um cliente reclamou que a cerveja não estava tão gelada.
Agenor – Está tudo sobre controle.
Rodrigo fazia questão de comandar tudo mesmo estando diante do fogão preparando dezenas de pratos. O lugar estava uma correria até que um telefonema tirou totalmente sua calma.
Rodrigo – O que Ana Paula?
Rodrigo – Como assim dormir na casa de uma amiga? Eu nem conheço.
Rodrigo mexia em uma panela enquanto um cozinheiro segurava o celular em seu ouvido.
Rodrigo – Não quero saber Ana Paula, você não vai dormir na casa de ninguém.
Rodrigo – Ana Paula se você não me obedecer você vai sentir o peso da minha mão hoje.
Rodrigo – Estou no restaurante, vou dar uma hora pra você estar dentro de casa se não vou bater em todas as casas da cidade e te levar embora pelos cabelos.
Rodrigo já estava nervoso e pegando o celular da mão do cozinheiro ligou para Rafael e Arthur.
Rodrigo – Mas que droga, porque tem celular se só da caixa postal!!!
Agenor – Calma seu Rodrigo!!
Rodrigo – Esses três tiraram a noite pra me deixar nervoso.
Rodrigo – Não é fácil criar três filhos sozinhos seu Agenor.
Agenor – Mas seus filhos são bons meninos, estudiosos, não mexem com drogas, não andam em mas companhias.
Rodrigo – Ainda bem né, pois sem isso já me deixam louco. Agora a Ana Paula inventa essa.
Agenor – Faz o seguinte patrão, vá pra casa e eu cuido de tudo aqui.
Rodrigo – Mas o salão está cheio.
Agenor – Mas nervoso do jeito que o senhor está não vai adiantar nada ficando aqui. Vai lá e resolve seu problema, nós viramos aqui.
Agenor havia trabalhado no primeiro restaurante que Rodrigo tinha montando em São Paulo e quando foi embora para o sul fez questão de chama-lo pra ser seu braço direito.
Rodrigo acatou a sugestão de seu gerente e foi direto para casa para dar uma bronca na filha.
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Como sua casa ficava poucos minutos a pé do restaurante ele preferiu ir caminhando, assim daria tempo da filha chegar em casa. Para evitar os pedestres da avenida principal, Rodrigo foi caminhando pela praia.
Ao chegar próximo a casa sentiu algo estranho, uma energia diferente, um perfume no ar.
Mas o que chamou mesmo a atenção foi um vulto mais distante, a silhueta de uma pessoa que olhava para o mar, que era iluminada apenas pela lua e pelas luzes mais distantes que vinham da rua.
Rodrigo deu alguns passos, se aproximando, até que aquela pessoa virou-se, ficando de frente a ele.
Antônio – Não vai me dar um abraço de boas-vindas?
Antônio deu um sorriso, abrindo os braços em seguida.
Rodrigo ficou meio atônito mas logo a ficha caiu. Sorrindo ele correu até o seu amor.
Rodrigo abraçou Antônio, sentindo seu corpo sendo apertado.
Rodrigo – Você aqui, mas...Só pode ser alucinação.
Antônio segurou seu rosto, beijando sua boca.
Antônio – E agora, ainda acha que é alucinação?
Rodrigo – Mas achei que...Achei que você só viria semana que vem.
Antônio – O curso acabou mais cedo, não vi a hora de voltar pra casa, pra nossa casa.
Rodrigo sorriu, beijando novamente a boca de Antônio.
Rodrigo – Deveria ter me avisado, eu iria até o aeroporto te pegar. E essa barba horrorosa??
Antônio – Na hora que falaram que tinha acabado nem deu tempo de fazer, quis pegar o primeiro voo para o Brasil.
Rodrigo voltou a sorrir, seus olhos brilharam ao estar de frente do grande amor de sua vida.
Rodrigo - Senti tanta saudade meu amor.
Antônio – Eu também, não via a hora de tocar em você novamente, sentir seu cheiro, seu toque, seu calor.
Rodrigo – Vamos entrar.
Os dois foram abraçados até a entrada da casa, enquanto conversavam.
Rodrigo – Não queria te chatear, você acabou de chegar mas a Ana Paula já aprontou uma e pra variar o Rafael e Arthur não atendem o celular, já estou ficando nervoso e...
Antônio deu um sorriso, acalmando Rodrigo com um beijo.
Antônio – Calma eles estão bem. Os três estão juntos.
Rodrigo – Han??
Rodrigo só então viu a casa, ficando surpreso.
Rodrigo – Você fez tudo isso?
A casa estava toda decorada, com pétalas de rosas espalhadas pelo chão, velas aromatizadas.
Antônio – Isso tudo é obra da sua filha.
Só então a ficha foi caindo.
Rodrigo – Perai, eles sabiam que você ia chegar hoje a noite?
Antônio – Sabiam sim, dai resolvemos fazer essa surpresa pra você, só não achei que ela fosse caprichar assim na decoração.
Antônio – Coisas de menina né.
Rodrigo – Tripas, pestes!!!! Eu vou...
Antônio o calou com outro beijo.
Antônio – Já estava com saudade desse seu jeito nervosinho.
Rodrigo voltou a espumar e novamente foi calado por outro beijo de Antônio.
Rodrigo se rendeu ao carinhos de Antônio e como tinham a casa só pra eles foram aproveitar.
Ao chegar no quarto mais uma surpresa. Mais pétalas de rosas sobre a cama, um carrinho com muita comida e um balde com uma champanhe e duas taças.
Antônio – Ah espere ai. Segundo as instruções que recebi eu teria que ligar o som no momento que entrássemos no quarto.
Antônio deu o play e deixou a música rolar.
https://www.youtube.com/watch?v=lp-EO5I60KA&list=PLaq655wqcKDnUvTOizhqwNCiiF_grL1vh
Os dois voltaram a se beijar e abraçando deixaram seus corpos serem embalados pela música.
Rodrigo – Que saudade eu estava de você.
Rodrigo – Essa casa sem você não funciona.
Antônio – Exagerado.
Rodrigo preparou um banho para Antônio, o ajudou a fazer a barba, depois beliscaram algo.
Pra finalizar a noite se amaram intensamente, com beijos, mordidas, amassos, gemidos e tudo mais que tinham direito.
Rodrigo adormeceu nos braços de Antônio, repousando sua cabeça em seu peito.
Antônio cochilou um pouco mas logo acordou. Com cuidado, saiu da cama para não acordar Rodrigo, indo para a sacada.
Ficou por alguns minutos olhando o mar até que sentiu um abraço por trás.
Rodrigo – Está sem sono?
Antônio – Me acostumando com o fuso horário. Não queria te acordar.
Rodrigo o cobriu com uma manta e deitaram juntos em um sofá na sacada enquanto olhavam o mar.
Rodrigo – Você parecia longe.
Antônio – Só estou feliz por ter voltado pra casa. E...
Antônio – Também estava pensando na mãe, as vezes bate uma saudade tão grande da Dona Maria.
Rodrigo o apertou, beijando sua cabeça.
Antônio – Se ela estivesse conosco tenho certeza que estaria feliz com tudo que construímos, com as crianças...
Rodrigo – Você insiste em chamá-los de criança né? Eles já estão crescendo, já são adultos.
Antônio – Pois é, parece que foi ontem quando resolvemos adotar a Ana Paula.
Antônio – Me lembrei de outra coisa também.
Rodrigo – Do que?
Antônio – Do dia que tomei a decisão mais importante da minha vida.
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Sidney, Telma, Carlos, Stela, Cris e Bruno ficaram na sala enquanto Antônio e Rodrigo foram para a biblioteca com o exame de DNA.
Rodrigo – Você ia ter coragem de me deixar?
Antônio não respondeu à pergunta, apenas olhou para o chão. Rodrigo se aproximou, dando lhe um abraço que foi correspondido imediatamente.
Rodrigo – Obrigado por ter me ensinado a ser o homem que eu sou hoje. Você me fez descobrir o que é amar.
Antônio – E você me deu uma família, ao seu lado, ao lado dos garotos e da mãe eu passei os melhores momentos da minha vida.
Antônio – O que vai ser de nós agora?
Antônio olhou para o envelope em cima da mesa.
Os dois deram as mãos prestes a abrir aquele resultado.
Antônio – Eu erro bastante Rodrigo, mas erro tentando acertar.
Antônio – Eu estava la no quarto agora com os meninos e eu finalmente entendi o que eu devia fazer.
Antônio tirou do bolso um pedaço de papel dobrado.
Rodrigo – O desenho!!!
Era o desenho que Rafael tinha feito para Rodrigo e que o mesmo rasgou, culminando depois no desaparecimento dos garotos.
Rodrigo – Ontem estávamos vendo esse desenho, eu colei esse papel e guardei como se fosse uma joia.
Antônio – Ontem eu botei eles pra dormir mas o Rafael pulou da cama e desenhou outro.
Antônio mostrou o outro papel. Eram duas crianças de mãos dadas com dois adultos, um em cada ponta.
Rodrigo deu um sorriso, decifrando o desenho.
Esse mais alto sou eu, esse gordo é você, esse é o Rafa e esse o Arthur.
Antônio – Eles me explicaram o desenho, tem mais ainda.
Essa bola aqui é o Chico e essas duas estrelinhas aqui no céu eles disseram que é a mamãe e a vovó Maria.
Rodrigo passou as mãos nos olhos, chorando.
Antônio – Era disso que eu precisa pra poder entender.
Antônio – Eu não vou mais fugir, eu vou enfrentar o Sidney, a sociedade inteira mas não vou abandonar minha família.
Antônio – Ninguém vai dizer o que eu posso ou não fazer.
Antônio – Nem que o mundo todo se volte contra nós, mas ninguém vai me separar da minha família novamente.
Antônio – Se for preciso nos fugimos, mas ninguém mais vai me tirar nada, muito menos você e os meninos, os nossos filhos.
Os dois se abraçaram, chorando muito.
Rodrigo – Eu te amo tanto Antônio, se você fosse embora nada mais iria fazer sentido.
Antônio – Nós vamos lutar juntos.
Antônio – Vamos lá agora...
Rodrigo – Espera, você não vai abrir o teste?
Antônio deu um sorriso, acariciando o rosto de Rodrigo.
Antônio – Rodrigo, eu já sei o resultado desse teste, aliás sempre soube, nunca duvidei.
Rodrigo – Eu também já sei o resultado dele, não preciso ver o que está escrito ai.
Antes de sair da sala Rodrigo tomou uma atitude.
Ele pegou um isqueiro em uma gaveta e colocou o envelope em uma lixeira, ateando fogo em seguida, até queimar por completo.
Antônio – Está pronto?
Rodrigo – Sim.
Ao saírem da sala já foram bombardeados por Sidney.
Sidney – O que deu o resultado?
Rodrigo – O resultado diz que não existe nenhum impedimento para que eu e o Antônio fique juntos.
Sidney – Como é que é? Vocês não são irmãos, é isso?
Sidney - Eu quero ver o resultado.
Antônio – Queimamos, ele só interessa a mim e ao Rodrigo.
Cris deu um sorriso, apoiando os dois.
Sidney – Isso é um golpe, eu vou exigir outro teste, eu vou procurar o pai de vocês e ele me contara a verdade se vocês são irmãos ou não.
Carlos – Pare com isso Sidney, seja tolerante.
Sidney – Vocês não vão me vencer na audiência pela guarda dos meninos.
Telma que até então estava em silencio surpreendeu a todos.
Telma – Chega Sidney, acabou.
Sidney – O que?
Telma – Eu estou cansada, todos estamos cansados.
Telma – Eu sempre estive ao seu lado pois acreditava que o Rodrigo só queria a guarda dos filhos por capricho.
Telma – Mas ele já deu todas as provas que é um excelente pai.
Sidney – Telma!!!
Telma – Nós perdemos a Elisa mas temos dois netos lindos.
Telma – Antônio, eu escutei sua conversa quando você esteve lá em casa.
Telma – Tirar os meninos dos dois só iria trazer sofrimento a eles. E se esse teste diz que não tem nada que impeça eles de viverem juntos então só nos resta aceitar.
Sidney – Eu não vou...
Telma – Meus netos são as pessoas mais importante da minha vida e já cansei de ter provas que o Rodrigo e o Antônio amam o Rafael e o Arthur.
Telma – Se você insistir com esse processo eu me separo de você.
Sidney saiu da mansão e Telma foi atrás.
Os garotos desceram e foram ao encontro dos pais.
Rafael – O que está acontecendo? Vocês estão brigando de novo?
Arthur – Eu estou com fome.
Antônio pegou Rafael no colo, acariciando seu rosto.
Antônio – Não tem ninguém brigando, só estamos acertando umas coisas.
Rodrigo pegou Arthur no colo, também fazendo carinho nele.
Rodrigo – O papai vai fazer comida pra você, a gente vai pra casa. Pra nossa casa.
Telma se aproximou do marido, que chorava no jardim.
Telma – Vai ficar tudo bem meu querido.
Os dois se abraçaram e Telma o consolou.
Sidney – E agora Telma???
Telma – Nós não perdemos nada, só estamos ganhando em termos uma família unida.
Antônio e Rodrigo aparecerem com Rafael e Arthur no colo.
Carlos e Stela vieram logo atrás com Cris e Bruno, observando de longe.
Antônio – Sidney...Telma....
Rodrigo – Eu acho que é hora de passarmos uma borracha em tudo o que aconteceu.
Antônio – Está na hora de começar um novo ciclo em nossas vidas.
Até amanhã...