Quando voltaram ao bar, a outra garçonete os esperava, irada. Reclamou:
- Vocês me deixaram sozinha, com tanta gente. Recebi reclamação do chefe por não conseguir dar conta dos clientes. Tive que dizer a ele que vocês tinham dado uma saidinha, mas já voltavam. Sei que ambos já quebraram muitos galhos meus, assumindo meu lugar quando faltei, mas não dá pra enganar o homem por tanto tempo. Vão lá e deem uma desculpa qualquer pra ele.
- Vou ao sanitário, primeiro. Depois, falamos com o chefinho. - Disse o negro.
- Eu também vou - disse a garçonete ruiva, encaminhando-se para o banheiro das mulheres.
No entanto, quando entrou no banheiro masculino, Lázaro abandonou o corpo do garçom. Porém, no mesmo instante se sentiu sufocado, como se fosse desmaiar. Voltou de novo a abduzir o negro e ficou ofegante, agarrado à pia do banheiro. Um cara entrou e percebeu que ele não estava bem. Perguntou:
- O que houve, amigo? Está branco que nem um papel...
- Senti uma tontura, mas deve ser passageira. Me ajuda a chegar a uma das mesas do bar? Preciso me sentar.
O cara que entrou no banheiro o amparou, antes que o garçom caísse. Chamou por alguém que estava aguardando do lado de fora do sanitário para ajuda-lhe. Outro sujeito também fez o garçom se apoiar nele e o levaram até uma das mesas, justamente onde estava debruçado o corpo de Lázaro. Sentaram o negro na cadeira. Ele ainda respirava com dificuldade. Agradeceu aos dois e pediu que chamassem a garçonete ruiva. Quando os dois saíram de perto, ele tentou voltar para o seu corpo, que estava desacordado naquela mesa. O garçom deu um gemido prolongado e pareceu ter despertado de algum desmaio. Olhou em volta, assustado. Viu Lázaro se mover. Este ergueu a cabeça e escancarou a boca, com sono. O garçom se levantou imediatamente e saiu de perto da mesa. Percebeu a ruiva garçonete se aproximar dele meio abobalhada. Ela perguntou:
- Mandou me chamar? Por que não foi até lá dentro, onde eu estava?
- Não sei. Estou confuso. Parece que tive um desmaio...
- Eu também estou me sentindo estranha. Maria me fez uma pergunta sem pé nem cabeça. Jura que nós dois saímos juntos e fomos transar. Ela deve estar doida. Eu jamais trairia meu marido. E contigo, aí é que não trairia mesmo. Tenho horror a negros, você sabe disso.
- Racismo é crime, Zefinha. Mas não estou afim de brigar contigo. Deixa eu ver o que Maria tem a me dizer...
Maria, a garçonete que havia reclamado do casal, achou que o negro estivesse fingindo leseira, quando este perguntou sobre a acusação de que ele havia saído com a ruiva. Ficaram batendo boca. Lázaro observava o casal. Eles nem de longe desconfiavam que haviam sido abduzidos. Procurou por Aline mas ela parecia não estar no bar. Foi quando se lembrou de que havia deixado seus documentos e dinheiro nos bolsos do negrão. Não podia ficar sem eles. Foi pedir ao cara:
- Olha, peguei no sono bebendo e me disseram agora que você tinha tirado meu dinheiro e meus documentos do meu bolso...
- Eeeu? Não tirei nada de ninguém, cavalheiro. Deve estar me confundindo...
- Você tirou mesmo. Eu vi. Olhe nos teus bolsos. - Disse a garçonete.
O garçom fez o que ela pediu e encontrou tudo em seus bolsos. Estava incrédulo. Não se lembrava de nada. Pediu desculpas e saiu de perto. Maria disse:
- Conte o dinheiro, moço. Eu nunca vi Antônio fazendo uma coisa dessas. Veja se está faltando algum.
O jovem fingiu contar a grana que estava em suas mãos. Depois, disse:
- Tá tudo aqui. Me traga a conta, por favor...
O rapaz ainda deu uma rápida olhada em volta mas não viu nenhum sinal de Aline. Resolveu-se a voltar para casa. Permanecia incédulo quanto ao que tinha vivenciado. Também não estava mais zonzo nem sentia o peito arfar como minutos antes. Chegou à conclusão de que, para deixar o corpo de alguém, tinha que manter o seu corpo por perto.
No outro dia, de manhã, a detetive não compareceu à delegacia. Todo mundo estranhou, pois ela não era de faltar. Perguntaram a Lázaro mas o rapaz não soube informar seu paradeiro. No intervalo para almoço, foi à casa dela. Sabia onde morava pois costumava ir lá alguns fins de semana. O marido dela sempre o olhava atravessado, mas o rapaz não lhe dava atenção. Percebeu a porta da residência apenas encostada e entrou de arma em punho. Encontrou-a caída no chão. Estava bêbada. Na sala e no quarto havia sinais de violência, como se ela tivesse lutado com alguém. A morena tinha um lado do rosto inchado, indicando que esteve apanhando.
- O que aconteceu? - Perguntou Lázaro, levantando-a do chão e a levando nos braços para a cama.
- Tô bicada e errada, peixe. Não tá vendo?
- Sim, estou. O que aconteceu para te deixar assim?
- O puto me deixou. Brigamos, ele me bateu e foi embora, levando apenas algumas roupas. Eu quero morrer!
- Não vai morrer porra nenhuma. Vou te dar um banho frio pra tirar essa bebedeira.
- Vai me deixar nua?
- Não vale a pena molhar tua roupa. Sente-se na cama e eu te dispo.
Ela fez o que ele pediu. Até o ajudou a tirar sua roupa. Quando ficou nua, quis despi-lo. O jovem, no entanto, disse:
- Nada de safadeza, mulher. Vou só te dar um banho. Se quisesse trepar comigo, teria ido lá em casa ontem.
- Eu ia. Disse a ele que ia dar uma contigo. Ele me impediu e me bateu.
- Já estava bêbada?
- Sei lá. Mas tinha tomado umas, antes de vir pra cá. Devia ter ido direto pra tua casa...
- Onde acha que teu marido está?
- Não sei nem quero saber mais daquele puto. Ele me bateu, porra. Nunca fez isso. E eu, como uma puta, deixei ele me bater, caralho. Nem revidei.
- Vai dar queixa dele?
- Não vale a pena. Não o quero mais.
- Eu acho que devia. Ele não pode bater numa policial e continuar impune.
- Você me vinga, amor?
- Nem sei onde encontra-lo, linda.
- Linda? Quer dizer que me acha bonita?
- Com o rosto inchado desse jeito, está feia.
- Minha bocetinha não está inchada. Quer ver?
- Já estou vendo. Você está nua.
- Então, falta tu tirar a roupa. Quero ver o tamanho desse caralho.
Ele se despiu sem pressa. Mas disse:
- Estou me despindo para não molhar minhas roupas ao te dar banho. Se quiser mesmo trepar comigo, terá que ir ao meu apê. Aqui é arriscado. Teu marido pode voltar de repente.
- Pois eu queria que ele voltasse e me visse trepando contigo.
- Não vale a pena, linda. Vá por mim...
- Então, vou tomar banho lá no teu apartamento.
Pouco depois, eles chegavam ao apê de Lázaro. Ele havia ido até a casa dela usando uma das viaturas. Telefonou para o delegado:
- Bianca não está muito bem, senhor. Pedi que folgasse o resto do dia, fiz mal?
- Não. Mas fique com ela. A detetive nunca faltou sequer um dia aqui. Deve estar muito mal. Cadê o marido dela?
- Não sei, senhor. Acho que brigaram. Talvez seja o motivo dela estar assim.
- Ele bateu nela?
Lázaro demorou a responder. Ia mentir, mas terminou dizendo a verdade. Bianca continuava adormecida na sua cama. Deitara-se nela assim que chegaram no apê do escrivão. Começou a tirar a roupa, mas adormeceu antes.
- Pois encontre esse filho da puta e dê uma sova nele. Acha que consegue ou precisa de mais alguém para isso? - Ordenou o delegado.
- Não seria contra a Lei, senhor?
- Foda-se a Lei. Bianquinha é uma ótima detetive. A merda que der, eu resolvo. Entendeu?
- Entendi, sim, senhor. Mas acho que umas bordoadas bastam. Eu não teria coragem de aleijar o cara.
- Então, vá tomar no cu. Deixe que eu mesmo me entendo com ele. Fique com ela aí, onde estiverem. Se for preciso, leve-a para um hospital.
Lázaro não voltou a acordar a detetive. Deixou-a dormir, mas fez uma aplicação de pomada no rosto machucado dela. Com cuidado, para não acorda-la. Ela ficou agoniada por estar vestida. Decerto costumava dormir nua. Ele terminou tirando sua roupa.
Estando nua, o escrivão a achou mais desejável. Chegou a ficar de pau duro, mas não mexeu com ela. Foi até uma farmácia, comprou uns analgésicos e depois passou por um supermercado. Comprou dois pacotes de cervejas long neck e colocou no freezer. Logo, estariam geladas. Depois, sentou-se na sala e ficou assistindo à tevê. Pegou no sono.
Lázaro despertou com uma boca macia chupando o seu cacete. Continuou de olhos fechados, crente de que era a detetive. Estava enganado. Quem lhe chupava era a ruiva prostituta que havia sido morta por um cliente. Quando estava para gozar, o rapaz abriu os olhos. Tomou um susto quando via a mulher que o assombrava. Quase gozando, perguntou para ela:
- O que faz aqui?
- Estou te preparando para transar com a detetive.
- Não... precisava... eu... eu... estava já... disposto a fodê-la.
- Ela fechou os seus olhos com uma das mãos. Quando a retirou, era Bianca quem estava perto dele, que estava sentado no sofá da sala. Ela ajeitou-se em seu colo e apontou seu pau para a racha. Disse:
- Finalmente vou te ter dentro de mim, amor. Tua enorme pica me fascinou...
- Ainda está carente de sexo?
- Você não?
- Então, cala a boca e me fode.
A ruiva usou o corpo de Bianca para beijá-lo. Esfregou os seios no peito dele. Colocou os mamilos em seus lábios. Depois, se enfiou na enorme pica do escrivão. Devagar. sem pressa. Gemia baixinho, tão sensual que ele ficou mais excitado ainda. Botou a mão atrás de si e apalpou as bolas dele que estavam inchadas. Mediu quanto faltava de peia para se esconder dentro dela. Aí, se enfiou de vez. Gemeu arrastado. Quase gritou. Depois, pediu:
- Agora, meu gostoso, mete em mim, mete...
- Ahhhhhhhhhh, estou quase gozando...
- Ai, ai, ai, ai... goza nessa bocetinha carente, goza...
- Quem está me dizendo isso, você ou ela?
- Nós duas, amor... Só que ela acha que está sonhando contigo a fodendo. Mas sinto que está gostando... Ai...
- Você... me disse... que...
- Sim, que não conseguia juntar vocês dois. Ela resistia. Mas agora, consegui afastar-lhe o marido...
- Como... assim...?
- Assumi o corpo dela e a fiz discutir com ele. Esculhambei-o e o provoquei até ele perder a as estribeiras. Agora que ele bateu nela, acho difícil que o queira de volta.
- Porra... Você foi... a culpada... da... separação...?
- Siiiiimmmmmmmmmm... Ah, que gostoso... goza, amor... estou quase gozando, vai...
Ele não demorou muito a gozar. Foi outra gozada cavalar. Quando ela sentiu a enxurrada de esperma dentro da vulva, gozou junto com ele.
- Ai, meu Deus... Ai meu Deus... Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...
FIM DA QUARTA PARTE