- Em que está pensando?
Lázaro demorou um pouco a responder. Levantou-se da cama e vestiu-se, sem nem mesmo se lavar. Finalmente, falou:
- Agora que sabe que não fui eu que matei teu marido nem tua cunhada, estou livre pra voltar ao meu apartamento?
- Não está gostando de ficar aqui comigo?
- Não é isso. Temo novo ataque do meu inimigo. Tenho que descobrir seu paradeiro.
- Se conseguir acha-lo, o que vai fazer?
- Ainda não sei. Mas confesso que estou com ódio dele.
- Onde ele estava preso?
- No presídio Aníbal Bruno.
- Meu falecido marido trabalhou lá. Como é o nome do teu desafeto?
- Raul. Raul Florentino.
- Amanhã cedo eu ligo para o presídio. Teremos notícias dele. Volte para a cama. Ainda quero transar contigo, amor.
- Você parece ter batido forte na garçonete. Ela ainda não se acordou.
- Não mude de assunto. Agora que já sei que aguento tua jeba, acho que fiquei viciada. Volte pra cá. Amanhã, prometo te dar notícias do suposto assassino de meu marido e da minha pobre cunhada.
- Lembre-se que Aline me disse que ele matou uma mulher que ela incorporou. Talvez, onde eu apaguei, perto da casa de praia.
- Tem razão. O dia está amanhecendo. Melhor irmos procurar o corpo da tal mulher que sujou tua camisa de sangue.
- Vamos deixar a garçonete aqui? - Perguntou ele.
- Deixemo-la no terraço, do lado de fora da casa. Cadê a tua amiga defunta? Desistiu de tomar meu corpo?
- Não sei. Ela me falou que não conseguia estar muito tempo no corpo de uma pessoa inconsciente...
- Então, pra onde ela foi?
- Eu... acho que ela fica numa espécie de limbo. É um lugar vazio, sem pessoas nem carros, mas a paisagem é a mesma que vemos neste plano.
Viram a garçonete despertar, levando a mão ao queixo dolorido. Levantou-se do chão, resmungando:
- Puta que pariu... Andaram batendo em mim? Que dor do caralho...
Lázaro e Bianca se entreolharam. Ela perguntou:
- Acha que consegue?
- Não custa nada tentar. Assim, nós a devolveremos ao lugar de onde a trouxemos. - Respondeu ele.
E a garçonete caiu no chão de novo. Estremeceu-se um pouco de corpo inteiro e depois levantou-se novamente. Falou com voz quase masculina:
- Pronto. Podemos ir. Ajude-me a carregar o meu próprio corpo para o carro no qual você veio pra cá.
- Nossa. Se eu não estivesse vendo, não acreditaria.
Pouco depois, a garçonete saltava do carro dirigido por Bianca. O bar estava fechando. Uma das putas perguntou por onde ela tinha andado. A moça teve um breve estremecimento e depois ficou espantada com a pergunta. Respondeu:
- Do que está falando? Eu não saí daqui...
Dentro do carro, deitado no banco de trás, Lázaro também se estremeceu. Sentiu-se zonzo. A policial perguntou:
- Você está bem? Não pensei que iria aguentar abduzi-la durante esse tempo todo.
- Estou aprendendo a dominar o corpo alheio. Mas sinto-me mal quando abandono o hospedeiro. Vamos indo. Melhoro pelo caminho.
Cerca de uma hora depois, ele apontava:
- Foi ali que despertei, depois de ter uma espécie de desmaio. A viatura estava parada bem naquela via que vai dar naquele matagal.
- Hummm... Um bom lugar para esconder um corpo. Vamos lá.
Pouco depois, estavam diante de um cadáver feminino todo ensanguentado. A mulher devia ter cerca de quarenta anos e tinha uma aliança no dedo da mão esquerda. O corpo havia sido perfurado várias vezes. Bem próximo, tinha um pedaço de pau pontiagudo e com sangue ressecado estava jogado no chão.
- A pobre era casada. Deve ter filhos... - Lamentou a detetive.
- Chamamos a Polícia?
- Nós somos a Polícia, esqueceu?
Pouco depois, o movimento de policiais naquele local ficou intenso. O delegado tinha vindo pessoalmente dar uma olhada no corpo. Esteve conversando com a detetive, depois foi falar com Lázaro:
- Por que fugiu, se não havia matado o marido e a cunhada de Bianca?
- Era necessário estar livre para continuar as investigações, senhor - disse o escrivão, sem querer dar conhecimento ao chefe de que havia se escondido a pedido da detetive.
- A detetive é ela. Não vejo porquê em você investigar.
- Mas quem seria preso era eu, já que a detetive não acreditava em minha inocência.
- Sinceramente, pensei que havia vingado nossa amiga. Só não vi motivo pra você matar a cunhada dela, também. A história que a detetive me contou é estapafúrdia, mas confio nela. Ajude-a nesse caso. Se conseguirem soluciona-lo a contento, te promovo a detetive.
- Obrigado, senhor. Darei o melhor de mim.
O delegado gritou para alguns policiais:
- Deem toda a ajuda que estes dois precisarem. Quero esse caso resolvido o quanto antes, entenderam?
- Deixe comigo, senhor - respondeu um tenente.
Pouco depois, Bianca perguntava ao escrivão:
- O que pensa em fazer agora?
- Passo na pousada e pego minhas coisas. Durmo por lá até o meio-dia e depois vou pro meu apê. É o tempo de você descobrir o paradeiro de Raul.
- Certo. Mas deixe o celular ligado e por perto. Posso precisar de ti. Nos encontramos à noite?
- Se você quer, claro que sim. Foi uma ótima trepada. E fiquei te devendo mais um round.
- Gostei de ouvir. Vá terminar de dormir. Depois, te encontro lá no teu apartamento?
- Não vai tratar do enterro do teu marido?
- Não. Aquele traidor desgraçado não merece. Que seja enterrado pela Caridade do município.
Quando Lázaro voltou à pousada, a mocinha que se dizia dona o atendeu. Entregou-lhe a chave do quarto e disse:
- A noitada no bar foi longa, heim? Já são quase dez da manhã. Perdeu o nosso desjejum. Mas deve ter sobrado alguma coisa. Quer que levem pro teu quarto?
- Pode ser, se for possível. Ainda não comi nada desde ontem.
- Noite agitada?
- Muito. Você nem de longe imagina.
- Você é policial?
- Por que pergunta?
- Tem todo o jeitão. Um policial muito bonito, por sinal.
- Obrigado. Bem, vou pro quarto. Se puder me mandar ao menos um café quente, agradeço.
- Eu mesma vou levar. Se tiver umas frutas, o senhor quer?
- Pode ser. Mas eu preferia um pão com manteiga.
- Pode se considerar servido.
O jovem tomava banho quando ouviu a porta abrir. Estranhou que tivessem a chave. Mais ainda que entrassem sabendo que ele estava lá dentro. Gritou do banheiro:
- Quem está aí?
- Sou eu, senhor Lázaro. Não grite, por favor. Não quero que meu marido saiba que estou aqui.
Ele saiu do banheiro ainda nu, pois a toalha estava sobre a cama. Viu-a com uma bandeja contendo uma xícara de café, duas fatias de pão e um pote de manteiga. Ela admirou-se do tamanho do seu pau, apesar dele ter tapado o sexo com as mãos. Mas o membro era muito grande, deixava-se ver alguma coisa.
- Desculpe, não sabia que tinha a cópia da chave. Por isso deixei a toalha sobre a cama.
- Tudo bem. Não ignoro uma pica, apesar de achar a do senhor muito grande. Já fui puta daquele bar que te indiquei. Trouxe o teu desjejum por querer falar com o senhor.
- O que está havendo, senhora?
- Eu... não sei como dizer.
- Diga, assim mesmo.
- Bem... Eu não sou casada com o dono da pousada. Sou filha dele. Ele vive dizendo pra todo mundo que somos marido e mulher, desde que nos mudamos da Paraíba pra cá. Ele me força a ter relações com ele, moço. Eu não quero. Ele bate muito em mim, quer ver?
Antes que lázaro respondesse, ela tirou o vestido simples que usava. Mostrou as costas. Tinha vergões por todo o dorso. Depois, virou-se de frente, deixando ver uma vulva raspadinha e bem estufada. Também tinha machucões nos seios e na barriga.
- Tá vendo? Ele me fode e me maltrata.
- Denuncie-o às autoridades.
- Não posso. Ele me mataria. Além do mais, dependo dele pra viver.
- Se não quer denuncia-lo, o que quer que eu faça?
- Eu não quero ser forçada a foder, moço. Quero ser bem tratada. Quero gozar. Gozar muito. Se o senhor não pode ou não quer me levar daqui, pelo menos me dê esse prazer...
A mulher ajoelhou-se perante Lázaro e foi logo pegando seu caralho e botando na boca. Disse pra ele:
- O senhor vai comendo o pão com manteiga enquanto eu te chupo...
No início, o jovem ficou empulhado. Mas ela chupava como uma profissional. Devia ter sido mesmo uma prostituta. Ela deve ter se sentido incomodada de estar ajoelhada. levantou-se e empinou a bunda sem parar de chupá-lo. Lázaro alisou a bunda dela. Ela demonstrou ter gostado. A filha do dono da pousada esticou o braço e pegou o pote de manteiga. Sem parar a felação, meteu os dedos dentro do pote. Em seguida, lambuzou as pregas. Quando percebeu que o cacete dele estava pulsante, virou-se de costas. Rontonou:
- Quero esse pau bem dentro de mim. Meta sem pena, moço. Eu tenho larga experiência.
Ele não se fez de rogado: enrabou-a quase que com violência. A penca entrou macio, parte devido à manteiga, outra por causa da elasticidade do cu dela. Ela sorriu, levando vara. Mas não fazia nenhum barulho, como se temesse chamar a atenção do dono da pousada. Lázaro nunca houvera fodido um cu com manteiga. estava achando uma ótima sensação. Empenhou-se na foda. Apressou as estocadas. Aí, sim, ela começou a gemer. gemeu alto e ele ficou preocupado que alguém ouvisse. Tinha toda a razão.
Antes que gozasse, alguém abriu a porta de supetão. A jovem a havia deixado apenas encostada, e com a chave pro lado de fora. Um coroa botou a cara pra dentro do quarto. Era o suposto pai da garota.
FIM DA SÉTIMA PARTE