Dois Irmãos Parte 19

Um conto erótico de Layla
Categoria: Homossexual
Contém 1109 palavras
Data: 21/12/2018 10:00:52
Última revisão: 21/12/2018 10:51:47

- Quando vão tirá esse trem doutor ? Incomoda demais da conta ... - perguntava Leon apontando o cateter.

Dr. Carlos sorria.

- Tenha mais um pouco de paciência , Leon ... Você já passou por tanta coisa mais difícil , e está de parabéns. Sua recuperação é extraordinária ! Em vinte anos de profissão , nunca tinha visto um transplantado com recuperação tão boa ...

Leon olhou para Luan , sentado ao lado dele no sofá. Haviam decorrido quarenta dias do transplante , e naquele ambiente eles não precisavam mais usar máscaras. Leon estava com excelente aspecto. Ganhara peso , as cores estavam voltando ao seu rosto , seus cabelos já estavam bem crescidos.

Ele segurou a mão de Luan com um carinho infinito.

- Devo tudo a ele , doutor ... Abaixo de Deus , e sem desfazê do senhor , mas meu mano me deu a vida outra veiz ...

Luan baixou os olhos , as faces ardendo.

- Fala assim não , mano ... - respondeu. - Então eu dei a vida pra quem é minha vida ?

Dois pares de olhos verdes se encontraram , esquecendo por um instante a presença do médico no quarto.

- Seu irmão está certo , Luan , disse o médico , Nesses casos o encontro de um doador ideal o mais rápido possível é de suprema importância. - olhou para Leon. - Você tem muita sorte , Leon , por ter seu doador de medula ao seu lado , e também pela dedicação e carinho dele ... Nunca vi tamanha dedicação como a de Luan.

Os dois sorriram. Silêncio embaraçoso , que foi interrompido por um coro de vozes femininas cantando Amor Escondido.

- Oxe ! Que é isso ?

- Um grupo de fãs de vocês , elas descobriram onde você está internado , Leon , e vieram manifestar seu apoio... - explicou o médico.

Os dois irmãos foram até a janela e viram um grupo de várias jovens , vestindo camisetas com a foto da dupla e segurando cartazes com mensagens e fotos deles , cantando lá embaixo. Quando elas os avistaram na janela , foi uma gritaria , choro e muita emoção. Os dois acenaram , sorrindo , e se recolheram.

Depois lhes foi entregue uma cesta com presentes que elas haviam deixado ; cartas , orações , cartões , chocolates , mel , flores , imagens de santos e terços.

- Por enquanto você não deve tocar nisso. - recomendou a enfermeira a Leon , e a cesta foi guardada.

Daí em diante , quase todos os dias fãs deixavam presentes na portaria da clínica. Repórteres também rondavam o local , tentando descobrir em primeira mão o que estava acontecendo. Leon pretendia ver um por um dos presentes mais tarde , quando seu sistema imunológico estivesse mais forte.

Dez dias mais tarde , finalmente o cateter pôde ser retirado , e ele passou a tomar a medicação por via oral. Agora não via a hora de ter alta. Dr. Carlos prometeu que seria logo.

Às vezes , de madrugada , ele chamava Luan para sua cama , e os dois dormiam abraçados. Então Luan sentia seu desejo arder , mas sabia que ainda cedo para isso.

Finalmente , após dois meses de internação , Leon teve alta. O tratamento , é claro , continuaria por muito tempo , e ele teria de voltar à clínica três vezes por semana , para avaliar seu estado geral.

A casa foi cuidadosamente limpa e desinfetada para sua volta. Quando o carro subiu a rampa da mansão , seus olhos se encheram de lágrimas ... Luan também chorava.

Mas tudo ainda era muito restrito , Leon não podia ter contato com pessoas de fora , nem animais ou plantas , nem tomar sol. A alimentação também era extremamente selecionada , tudo precisava ser desinfetando de forma especial , antes de ser consumido por ele. Para sair à rua , precisava usar máscara.

Mas ele não saía , a não ser para ir ao hospital , e quando o tempo estava bom passava longas horas no jardim , à sombra , sempre acompanhado de Luan. Voltou a compor. Sua inspiração parecia mais aguçada após aquela experiência.

Era um lindo entardecer. Os dois irmãos estavam sentados à beira da piscina. Leon passou o braço em volta de Luan , que acariciava seus cabelos.

- Vieram mais bonitos que antes , mano ...

- É o seu sangue , mano . - respondeu Leon sorrindo.

Luan sentia a respiração quente do irmão em seu rosto. Desde que ele adoecera , nunca mais tinham se beijado , e o desejo era torturante , quase incontrolável , de ambas as partes. Leon pegou a mão de Luan entre as suas e a beijou , provocando descargas elétricas no corpo do outro.

- Por enquanto não pode , mano ... - disse Luan ofegante.

- Hoje no hospital eu perguntei ao dr. Carlos se já podia transar . - disse Leon. - E ele disse que sim , se eu tiver vontade ... E não exagerar , claro. - encarou Luan demoradamente. - E eu estou doido de saudade de ocê , mano ...

- Eu também ... - confessou Luan. - Quase não me guento de vontade. Mas ... Tenho medo ...

- Medo do que , mano ?

- De passar alguma coisa pra ocê ...

- Você me passou foi vida , meu adorado. - disse Leon , segurando-o pela nuca . - Vamos fazer como quando a gente era novinho , lá na roça ... Só brincar um pouco.

Sem aguentar mais os dois se beijaram. Primeiro foi um selinho , que depois foi se aprofundando. Luan passou os braços em volta do pescoço de Leon e dali a pouco estavam um explorando a boca do outro com a língua.

- Ai , meu amor ... Meu coração ... Se eu perdesse ocê ... Eu morria ...

- Pensa que eu ia deixar ocê pra trás ? Ia levar ocê comigo ...

- Nem precisava ... Porque eu morria com ocê , meu adorado. Sou seu , de mais ninguém ... Se ocê soubesse o que eu sofri ... Quase fiquei louco ...

E os beijos continuavam. Leon levou o irmão pela mão para dentro , para o quarto. Trancou a porta.

Quando tiraram a roupa , Leon já estava de pau duro , o que muito o aliviou , porque o médico advertiu que a quimioterapia poderia trazer problemas de ereção. Luan gemeu quando sentiu o peso daquele corpo quente sobre o seu , aquela boca mamando em seu peito.

- Lembra , mano - disse Leon baixinho - A primeira vez que eu peguei no seu bicho ?

- e sua mão pegou o pênis de Luan , acariciando e punhetando com muita delicadeza. - Como havera de esquecer , meu adorado ? ele respondeu. O prazer e a carência de Luan eram tão grandes que ele gozou quase que imediatamente , enchendo a mão de Leon com porra quente.

Leon foi ao banheiro e lavou as mãos com sabonete antibacteriano. Depois voltou para a cama , e Luan , ainda temeroso , mas se entregando depois , o beijou , mamou em seu peito , e depois abocanhou sua pica , enquanto Leon gemia e suspirava de prazer. Vou gozar , mano , avisou , e quis tirar o pênis da boca do outro , mas Luan não deixou e engoliu seu gozo até a última gota , os jatos de porra descendo por sua garganta abaixo...

Era o suficiente para o momento , e os dois ficaram por muito tempo na cama , os corpos nus entrelaçados , perdidos num céu particular ...

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Comentários

Foto de perfil de Paulo Taxista MG

Ótima ideia que a autora teve ao escrever, a história desses dois irmãos, os dois se descobriram juntos, pois amor sempre existiu entre eles. Eu fiquei imaginando, como seria interessante eles acharem duas irmãs, apaixonadas uma pela outra, aí sim eles teriam um casamento feliz de fachada, pois os 4 iam se proteger.

Umas pena que a autora não escreveu mais, essa história dele e muito bacana.

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SENSACIONAL. AMOR DE CAIPIRAS (NUM BOM SENTIDO) PARECE MUITO MAIS AMOR. UM DOS MELHORES SE NÃO O MELHOR CONTO ATUAL DA CASA. PARABÉNS.

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