Chegamos perto das 6 horas da tarde. A casa era aconchegante. Nela havia dois quartos. Apenas um possuia cama, que era justamente o que a madrinha dele ficou.
Limpamos a casa, ligamos a geladeira para guardar as bebidas e colocamos o som para tocar. Fomos os três para o quintal beber, havia uma piscina lá.
Ficamos conversando, rindo e dançando. A madrinha dele era uma ótima pessoa.
— Se vocês quiserem podem ir tomar café. - Falou ela
— A senhora comprou meu cereal? - Perguntou o Ivson
— Comprei. Tá lá na sacola encima da pia! Vai lá fazer! Faz pra tu e pra teu amigo. - Disse se referindo a mim
— A senhora quer também? - Perguntou ele para ela
— Quero não. Gosto desses "bereguedê" não. - Respondeu ela
— Tu vai querer mano? - Perguntou para mim
— Bota só um pouquinho. - Respondi
— Beleza!
Ele entrou e foi preparar a comida, deixando eu e a madrinha dele lá fora.
Ela começou a me contar algumas histórias de sua adolescência, de quando saía com suas amigas, até sermos interrompidos.
— Quer que eu coloque queijo pra tira-gosto madrinha? - Era o Ivson
— Traga! - Respondeu ela
Minutos depois ele retorna com meu cereal e o dele, mais um prato de queijo. Dei uma pausa na bebida e fui comer.
A noite estava muito agradável. Encerramos já perto das 10 horas com sua madrinha dizendo que ia dormir. Fomos organizar os quartos para dormirmimos e depois de tomarmos banho, colocamos o colchão no chão do quarto.
Sua madrinha foi até lá e nos entregou um lençol e um travesseiro para cada um.
— Boa noite! Amanhã vocês acordem cedo para tomar banho de piscina. - Falou ela antes de sair
Ela apagou a luz e fechou a porta. Nós já estávamos deitados, cada um em seu colchão. E começamos a falar sobre alguma coisa que eu não lembro.
Depois de ficarmos sem assunto veio o silêncio, então resolvi ir dormir.
Eu estava com o cara que eu gosto no mesmo quarto que eu, e a minha imaginação estava a mil. Meu desejo por era tanto que fiquei inquieto.
Virava de um lado para o outro e quando finalmente achei que havia me acalmado, sinto ele puxando o meu cobertor. Puxei de volta mas foi em vão, já que ele puxou de novo.
— Tás viçando é porra? - Falei para ele que começou a rir.
Peguei meu cobertor de volta e me encobri e mais uma vez ele começou a puxar. Já irritado, puxei o travesseiro dele e joguei longe.
— Faça isso não seu arrombado. - Falou ele
— Fica puxando meu lençol, tás com o cu dando bote é? Ora porra!
— Pegue meu travesseiro aí doido!
— Vou pegar porra nenhuma! Pega tu! - Falei
— Vá mermão! - Insistiu
Eu nada falei. Continuei deitado.
— Oxe! Comédia! - Concluiu fazendo cara de bravo.
Ele foi pegar seu travesseiro, mas não se levantou. Passou por cima de mim sobre o colchão e disse que depois eu iria ver. Comecei a rir.
— Tu não é de porra nenhuma! - Falei debochando
— Então! Mosca aí para tu ver. - Me ameaçou.
Depois de pegar seu travesseiro ele se levantou e jogou em seu colchão. Quando se aproximou de mim tentou me pegar em uma chave de braço.
Sem pensar muito agarrei o pau dele e comecei a apertar. Ele me soltou da chave de braço e tentou tirar minhas mãos dele.
— Aí caralho, tá doendo. - Falou
— É pra doer mesmo!
— É sério tá doendo! - Suplicou
Soltei. Ele se jogou no colchão dele e pôs suas mãos sobre seu membro.
— Arrombado!
— Quem manda vir brincar. - Disse eu — Passou?
— Porra véi pegasse pesado. - Falou ele
Dei uma gargalhada pela sua expressão de dor.
— O que tu tá achando? - Perguntou para mim
— Do que?
— Daqui né lerdão - Falou
— Ah... De boa! Tá sendo massa, tô desestressando. - Respondi
— Bora tomar mais uma agora? - Propôs
— Ainda tem cerveja?
— Acho que sim! Deixa eu ir lá ver.
Falou se levantando, acendendo a luz e saindo. Segundos depois aparece na porta com duas latas.
— Tem! Tu vai? - Perguntou
— Bora!
Ele sentou-se ao meu lado, abrimos a cerveja e começamos a conversar tranquilamente.
Eu estava curtindo cada minuto ao lado dele. Minha paixão já não estava cabendo emmeu peito. Estávamos encostados lado a lado e aquilo estava me deixando mal, pois estava criando expectativas com um garoto que provavelmente era hétero.
— Mano, vou dormir! - Falei para ele
— Já boy? Não é nem 11 horas ainda!
— Eu tô ligado! Mas já tô com sono já!
— Bora só terminar essa cerveja aqui?
— Beleza!
Terminamos de beber e ele se ofereceu para levar as latas até o lixeiro da cozinha. Quando ele voltou eu já estava enrolado.
— Porra boy. Tem como eu dormir aí contigo não? Aquele colchão tá muito duro. Esse teu é mais mole. - Disse ele
— Pode ser.
Ele colocou seu lençol e seu travesseiro na minha cama, e guardou o colchão dele. Em seguida apagou a luz, e se deitou ao meu lado.
— Falou boy! - Disse ele
— Falou!
Era um jeito estranho de dar boa noite. Os minutos foram se passando e nada de eu conseguir dormir. Sinto ele se remexendo.
— Posso jogar minha perna em cima de tu? - Perguntou
— Pode!
Ele se aproximou mais de mim e colocou sua perna por cima de mim. Seu membro ficou bem próximo da minha bunda.
Meu coração parecia uma bateria de escola de samba. Estava muito mais nervoso agora. E num movimento impensado comecei a acariciar a perna dele com meu polegar.
— Enzo?
— Oi? - Perguntei
— Aquele bagulho que tu disse é verdade?
— Que bagulho?
— Que tu tem vontade de me pegar - Falou e começou a rir.
Não pude deixar de ficar envergonhado e com medo de dizer besteiras. Então apenas fiquei calado, o que não adiantou.
— Responde! - Ordenou ele
Respirei fundo. Acho que a hora havia chegado. Uma hora outra eu teria que desabafar pois não estava aguentando guardar tudo aquilo para mim. Resolvi falar tudo, mesmo que aquilo custasse minha amizade com ele.
— Sim mano! - Falei me virando para ficar de frente para ele. — Pra dizer a verdade, já faz um tempo que eu gosto de tu de outra maneira!
Ele me olhou sério por alguns minutos o que fez minha ansiedade aumentar. Que merda eu fiz? Meu medo só fez piorar.
— Tu promete que se acontecer alguma coisa aqui ninguém vai saber? - Falou ele para mim
— Como assim? - Perguntei confuso
— Tipo sei lá... Eu e tu ficar? - Respondeu, ele parecia nervoso também
— Você quer ficar comigo?
Ele balançou a cabeça. Não podia acreditar no que ele estava me dizendo. Acho que era efeito da bebida, só pode ser.
— Mano é sério isso? - Perguntei para tentar confirmar realmente se aquilo era verdade.
— Sim!
Um sorriso se formou em meus lábios. Queria tanto que aquele momento acontecesse e agora não sabia como agir.
— E aí? - Perguntou ele
— É... Eu, posso te beijar? - Perguntei com o coração a mil
— Pode!
Meu coração soltava fogos de tanta alegria. Me aproximei dele e lhe dei um selinho que se transformou em um beijo apaixonado e calmo.
A boca dele era tão gostosa e várias coisas passavam pela minha cabeça. Comecei a me excitar e queria mais do que beijos, eu queria me entregar completamente para ele.
Ainda lhe beijando subi em seu colo e percebi que ele também já estava excitado. Naquele momento tinha mais do que só desejo, tinha carinho, tinha respeito e tinha paixão.
— Eu te quero Ivson! - Falei sussurrando para ele que me respondeu com um — Eu também!
O beijei mais uma vez.
— Me chupa? - Perguntou
Eu estava decidido. Aquela ia ser literalmente minha primeira vez, nunca havia feito sexo antes, nem com meninas. Ele seria meu primeiro.
Baixei sua bermuda e abocanhei o seu pau. Lembrei dos vídeos pornôs que assistia e tentei fazer igual.
Subia e descia meus lábios naquela piroca deliciosa, colocando suas bolas em minha boca. Em alguns momentos dava umas mordidinhas de leve, o que levava ele a loucura.
— Ah... que delícia mano! - Disse baixinho — Não para por favor!
Eu estava adorando aquilo, meu corpo inteiro queimava em luxúria. Depois de alguns minutos parei de chupa-lo e o beijei.
— Deixa eu te foder? - Falou no meu ouvido numa pausa entre os beijos.
Afirmei com a cabeça.
Tiramos a roupa e ele foi trancar a porta, não deixei que ele acendesse a luz, pois não me sentia confortável.
O beijei novamente e ele me agarrou por trás.
— Vai devagar mano, eu nunca fiz isso! - Falei
— Relaxa man! Vai dar tudo certo!
Ele me posicionou e começou a enfiar seus dedos em meu ânus. Os dedos dele eram grandes. Senti um pouco de dor mas queria aguentar tudo por ele.
Ele tirou seus dedos de lá e pediu que eu deitasse, segurou e levantou minhas pernas e sem aviso enfiou sua língua no meu ânus.
Era a coisa mais deliciosa que eu experimentei na vida. Ele chupava e enfiava sua língua, seguido de beijinhos.
Eu estava subindo pás paredes, transcritos em gemidos baixinhos.
Quando parou de me chupar, ele parou um pouco. A pouca luz da janela que iluminava o quarto não me permitia ver tantos detalhes, mas percebi que ele estava se masturbando.
Segurou minha bunda e começou a enfiar seu pau devagar em mim. Soltei um grito de dor. Ele me beijou em uma tentativa de me acalmar e foi forçando ao mesmo tempo e quando dei por mim, ele já tinha colocado tudo.
Ele começou o movimento de vai e vem que me proporcionava um desconforto terrível, que depois de algum tempo foi dando espaço ao prazer.
Ele foi acelerando e aos poucos eu já estava mole. Se não fosse pela sua madrinha no quarto ao lado estaria gritando alto.
— Não para cara, não para! - Falei
Ele diminuiu as estocadas e foi em um ritmo mais calmo. Me deu outro beijo e me colocou de lado. Estávamos sem camisinha, mas eu confiava nele. Sabia que ele se cuidava e não tinha nenhuma doença.
Ele me pôs de ladinho e começou novamente aquela repetição. A sensação de ter seu pau entrando e saindo de dentro de mim era maravilhosa.
— Goza em mim mano! - Falei
Queria senti-lo afundo. Ele aumentou o ritmo, o que me levando ao delírio. Senti sua porra me invadindo e aquilo foi o suficiente para me fazer gozar também.
Ele virou para o lado e deitei sobre o peito dele, ainda com seu pau duro dentro de mim.
Enquanto nos beijávamos ele passava a mão pelo meu corpo. Ali tive a certeza que estava loucamente apaixonado.
Parei com o beijo.
— E agora mano? - Perguntei para ele
— O que?
— Como que vai ser daqui para frente?
— Não sei man! Por enquanto só vamos pensar no agora. - Respondeu me dando um selinho. Olhei em seus olhos e pensei "Que cara incrível apareceu em minha vida".
O beijei mais uma vez.
— Vem tomar banho comigo? - Perguntou ele
— Vamos!
Fomos para o banheiro tomar um banho. Passamos pelo quarto da sua madrinha e a porta estava fechada, mas dava para ouvir do lado de fora o barulho do ronco dela. Eu e o Ivson nos olhamos e começamos a rir. Entramos no chuveiro.
A água gelada não foi o suficiente para abaixar nosso fogo. Comecei a beijar cada centímetros do seu corpo e quando vi já estava de novo com a boca em seu pau.
Comecei a chupa-lo novamente, dessa vez com mais vontade. Queria sentir o gosto da porra dele.
Em alguns minutos ele anunciou que iria gozar.
— Eu quero tomar tudo! - Falei
— Você quer meu leitinho? - Perguntou com uma voz rouca
— Quero!
E assim ele fez. Ele gozou em minha boca e eu engoli tudo. Terminamos o nosso banho. E fomos para o quarto. Estávamos cansados.
Eu me deitei primeiro e ele se encaixou por trás de mim.
Naquele momento eu era o garoto mais feliz do mundo. Perdi minha virgindade com uma pessoa que eu gostava. Ele não percebeu, mas enquanto dormiámos abraçados, deixei algumas lágrimas derramaram sobre os meus olhos. Lágrimas de felicidade.
No outro dia acordei feliz. Já eram mais de 10 horas da manhã e ele já tinha se levantado. Lembrei da noite passada e sorri. Lá fora o som estava ligado tocando sertanejo.
Me levantei e não tinha ninguém na casa. Olhei pela janela em direção ao quintal e avistei ele e a sua madrinha juntos, bebendo.
Antes de ir para lá, procurei algo para comer, e enquanto tomava meu café, a madrinha dele passa para pegar mais cerveja na geladeira.
— Opa. Acordou? - Perguntou ela
— Sim. Servida?
— Obrigado meu filho! Depois chega lá trás pra tomar mais umas com a gente antes de ir. Aguenta?
— Claro! - Falei abrindo um sorriso
— Aí tá certo! - Sorriu de volta
Terminei de comer e fui tomar um banho rápido. Coloquei uma roupa folgada e fui para o quintal. Ao cruzar a porta sua madrinha passa por mim indo em direção novamente da cozinha.
O dia estava com o sol perfeito. Sentei-me ao lado dele e coloquei minha mão em sua perna.
— E aí? - Perguntou ele
— E aí, também - Sorri
Ele sorriu também. Roubei o seu copo e tomei um gole de sua bebida. A madrinha dele gritou lá da cozinha.
— Fio, vem pegar um copo pra tu - Disse ela
Fui até lá, peguei o copo e ela encheu de cerveja.
— Deixa essa garrafa lá fora que eu vou fazer um petisco aqui e já vou.
— Tá certo!
Coloquei a garrafa em cima da mesa e me sentei novamente ao lado do Ivson. Uma música da Marília Mendonça começou a tocar. Era a música De Quem É A Culpa.
A todo o momento pensava nele. Comecei a cantar baixinho e reparei que ele também cantava. Só trocávamos olhares e sorriamos um para o outro.
Eu estava realizado! Não podia querer mais nada. Somente congelar aquele momento e vive-lo para sempre.
"E com sua perfeição, o universo me mostrou que nem tudo é o que parece ser. O ódio e o amor são irmãos que caminham lado a lado, ligados por um único laço"
Obrigado!
Exagerado, sim
Sou mais você que eu
Sobrevivo de olhares
E alguns abraços que me deu
E o que vai ser de mim
E o meu assunto que não muda?
Minha cabeça não ajuda
Loucura, tortura
E que se dane a minha postura
Se eu mudei, você não viu
Eu só queria ter você por perto
Mas você sumiu
É tipo um vício que não tem mais cura
E agora, de quem é a culpa?
A culpa é sua por ter esse sorriso
Ou a culpa é minha por me apaixonar por ele?
Só isso
Não finja que eu não 'to falando com você
Eu 'to parado no meio da rua
Eu 'to entrando no meio dos carros
Sem você a vida não continua
Me apaixonei pelo que eu inventei de você