VIUVINHA - Parte 04

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 2202 palavras
Data: 07/01/2019 01:06:02
Última revisão: 09/01/2019 04:04:40
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

A coroa Giselda estava se vestindo quando perguntou:

- E então, temos um acordo?

- Tenho que falar com a minha parceira, primeiro. Estamos no meio de uma investigação.

- Ainda está com a morena Marisa? É ela a tua parceira?

- Sim, por quê?

- Nada. Achei que não estavam mais juntos. Ela te falou que tem AIDS?

- Você já sabia disso?

- Sim. Sabia. Mas achei que ela já era rica o bastante para querer estar nessa vida perigosa.

- Rica? Como assim?

- Ela nunca te contou?

- Contar o quê?

- Nada não. Se ela não te contou, não sou eu que irei dizer alguma coisa. A menos que você aceite o que te propus.

- Eu posso perguntar pra ela do que você está falando. Ou perguntar à Bárbara. Ela também quer me contratar para matar o noivo.

- Viuvinha quer te contratar? Para matar o noivo? Não caia na onda daquela catraia.

- Por que não?

- Você sabe por que a chamam de Viúva?

- Tenho um palpite. Mas nunca procurei saber com certeza.

- Meu marido a usava para sexo e para ganhar a confiança de homens casados. Ela tem um corpo irresistível e um charme especial. Logo, os homens ficavam loucos por aquela puta. Ela fazia eles deixarem as esposas para se casarem com ela. Meu marido os matava e ela recebia uma enorme quantia em dinheiro do seguro que eles faziam em nome dela.

- Ouvi histórias a esse respeito.

- Ela já estava podre de rica quando se apaixonou por ti, um pobretão. Meu marido quis afasta-la de você, mas ela disse que te amava. Meu esposo pediu que ela fizesse um último trabalho: seduzir o delegado de Polícia. Ele ficou doido por ela, mas foi quando descobriu que tinha AIDS. Por sorte, ela não havia tido relações sexuais com ele. O delegado já sabia que estava doente e evitou isso. Ele sabia que iria morrer logo. Então, aceitou o seguro que meu marido lhe ofereceu. O sujeito não tinha coragem de dizer à esposa que tinha AIDS mas queria deixar uma grana preta para ela, quando morresse.

- Como a Viúva entra nessa história?

- O delegado não queria definhar até a morte. E, para a esposa ganhar o seguro, ele tinha que morrer de morte matada, entende?

- Ainda não.

- Entende, sim. A Viúva ficou encarregada de mata-lo. Mas não teve coragem. Te contratou. Pagou um terço do que ia ganhar para você fazer o serviço que cabia a ela. Ficou com a maior parte da grana oferecida por meu marido. Aí, você fez a merda de dizer que iria denunciar tudo à Polícia. Meu marido a culpou de te ter trazido para a Agência. Ela quis sair. Ele não deixou. Foi quando eu descobri que ela estava grávida do meu marido. E que você havia matado a criança com socos na barriga dela.

- Disso, eu já sei. O que aconteceu depois?

- Meu marido quis te matar usando a desculpa de você ter ameaçado alcaguetar a Agência. Mas o verdadeiro motivo era que ele queria aquele filho dela e você a fez abortar.

- Tem lógica no que você me diz. Mas por quê eu não posso confiar nela?

A coroa esteve calada por alguns segundos. Depois, continuou:

- Para afasta-la do meu marido, exigi que ela se casasse com um sobrinho meu. Senão, eu a mataria. Meu sobrinho é boiola, não gosta nem um pouco de mulher. Foi a minha forma de castiga-la. Ele, no entanto, ficou noivo de Bárbara só porque eu pedi. Ele me devia um favor. Ela não tolerava ele. Botou-lhe um monte de chifres, já que ele não fodia com ela. Aí, aquela puta engravidou. Desconfiamos que pagou a quatro caras para estuprá-la, querendo esconder a paternidade do bebê. Meu sobrinho sabe que o filho não é dele. Ela, no entanto, afirma que sim. Aí, meu sobrinho pediu que eu a matasse. Ela soube dessa ordem e quer mata-lo antes, já que não consegue chegar até mim. Você consegue entender?

- Sim, claro. Mas não acredito no que está me dizendo. Ela esteve um tempo paralítica, porra.

- Coisa nenhuma! Ela está investindo numa parceria com uma indústria de fabricação de cadeiras de rodas supermodernas. Ela fingiu estar paraplégica para testar o produto mais abertamente. Investigue e verá que eu tenho razão. - Disse ela, terminando de se vestir.

A coroa retocava o batom diante do espelho. Quando terminou, disse para o mulato:

- Vou ligar para Rogério para ele vir me buscar. Pense no que eu te disse. Continuo quererndo você ao meu lado, mesmo que não sejamos amantes. Mas teremos que fingir isso, ok?

- Qual a função de Rogério junto à Viuvinha?

- Vigia-la pra mim. Se ela chegar perto do meu sobrinho, pedi que ele a matasse. Não esperava que ela te pedisse ajuda.

- Se sabe que ela é tão nociva, por que a mantém viva?

- Eu ia usa-la para matar meu marido. Mas ela parece gostar mesmo dele. Então, vou usa-la como bode expiatório. Você mata meu esposo e eu juro de pés juntos para a Polícia que foi ela. - Disse a coroa, fazendo uma ligação. Pouco depois, Rogério aparecia na porta. Ela se despediu do mulato com um aperto de mão e pediu que o cara de paletó preto a levasse embora.

Quando ela saiu, deixou o mulato pensativo. Tudo o que ela dizia tinha lógica. Mas a história do delegado o tinha deixado encucado. Pensou em ligar para Marisa, para falar sobre isso, mas tinha certeza de que ela havia desligado o celular por estar de folga. Resolveu-se a tirar uma folga também. Por isso, saiu de casa sem colocar o disfarce de mendigo. Já estava anoitecendo e ele pensou em ir a alguma boate. Conhecia uma em Boa Viagem que costumava frequentar quando não estava em alguma investigação. Pegou um táxi para ir para lá. Como era muito cedo, a boate estava quase vazia. Uma morena muito bonita, que bebia sozinha, lhe chamou a atenção. Ela estava sentada ao balcão. Ele sentou-se ao seu lado. Perguntou:

- Posso te pagar um drink?

Ela o olhou sem nenhum interesse. Disse com frieza na voz:

- Estou esperando alguém. Gostaria que me deixasse em paz.

- Oh, desculpe. Não quis incomodar. Uma mulher tão bonita deve mesmo já estar acompanhada.

O barman que ouvia a conversa, perguntou:

- Posso te ajudar, cavalheiro? Vai beber alguma coisa?

- Vou, sim. Por favor, me dê uma dose do que ela está bebendo, só que com suco de laranja.

- Refere-se ao Campari, senhor?

- Sim. Mas vou levar para aquela mesa.

Quando recebeu a dose, ele deixou uma nota de vinte reais sobre o balcão. Disse ao cara:

- Fique com o troco.

O mulato foi se sentar à mesa, sem dar mais atenção à bela morena. Ficou bebericando sua dose como se estivesse alheio ao ambiente. Tanto que nem percebeu quando uma morena se sentou frente a ele. Ela perguntou:

- Pode me acender um cigarro?

Só então o mulato viu tratar-se de Marisa. A sua assistente estava muito bonita e elegante. Quase irreconhecível com uma peruca ruiva. Ele perguntou:

- O que está fazendo aqui?

- Curtindo minha folga, claro. Costumo vir aqui de vez em quando. Foi aqui que conheci meu ex marido.

- Você nunca me falou dele. Onde ele está?

- Morreu de AIDS.

- Porra, sinto muito.

- Não sinta. Estou muito bem sem ele. Ele me traía.

- Quer me falar sobre isso?

- Não vale a pena. Mudando de pau pra cacete, vi que ficou interessado na morena do balcão.

- Ela está esperando alguém.

- Eu a conheço. Quer que eu te apresente?

- Ela é comprometida. Não gosto de me meter com mulher que já tem dono.

- Okay, baby. Mas te garanto que iria gostar de conhece-la.

- Por que a insistência?

- Ela tem um irmão mendigo. O cara desapareceu faz uns dois meses. Venho seguindo-a, já há algum tempo, para o caso de ela o reencontrar por aí.

- Pensei que estivesse de folga.

- Estou. Encontrei-a aqui por acaso.

- Quando foi a última vez que conversou com ela?

- Ontem, depois que você me incumbiu de encontrar os caras que estupraram a galega. Por coincidência, ela é irmã de um deles.

- Uau, você é rápida e eficiente. Não me canso de te admirar.

- Obrigada, amor. Quer conversar com ela? Talvez ela desembuche contigo onde está o irmão. Não quis me dizer de jeito nenhum.

Nisso, um cara entrou na boate e se dirigiu diretamente ao balcão. Beijou a morena nos lábios. O mulato o reconheceu: tratava-se de Rogério, o cara de paletó preto que ele tinha pago um tratamento clínico pro amigo. O sujeito estava vestido com roupas esportivas mas mantinha os óculos escuros no rosto. O mulato disse para a parceira:

- Aquele é um lacaio da Agência. Está vigiando a Bárbara. Muito suspeito ele conhecer a irmã de um dos caras que estuprou a loira.

- Não está pensando que...

- Estou, sim -, admitiu o mulato - ele deve ser um dos supostos agressores da Viúva.

- Puta merda. Não pensei nisso. Pensei que ele estivesse envolvido com o desaparecimento do irmão dela.

- Também pode ser. Fique aqui. Eu vou lá falar com ele.

Marisa pegou no braço do mulato. Disse baixinho:

- Agora, não. Eles estão discutindo. Acenda meu cigarro e eu vou esperar o cara lá fora. Quero segui-lo. Talvez ele me leve aos outros supostos estupradores.

- Okay. Mas tenha cuidado. O cara parece perigoso.

- Eu também sou.

De fato, pouco depois Rogério foi embora, deixando a morena furiosa. Ela olhou em volta, até avistar o mulato na mesa. Levantou-se e caminhou até ele. Perguntou:

- Pode me pagar um drink agora?

- Achei que estivesse esperando alguém - disse o mulato, sem querer demonstrar que a viu com um cara.

- Ele já se foi. Nós brigamos. Então, fiquei com sede. Gostaria de experimentar o Campari com suco de laranja. Sempre o bebo puro, apenas com gelo.

O mulato fez um aceno para o barman. Este mandou um garçom à mesa. Ela pediu a bebida com suco e o cara trouxe em seguida. O detetive perguntou:

- Posso saber por que brigaram?

- Ele prometeu encontrar meu irmão. Fiz sexo com ele, mesmo sem querer, em troca desse favor. Ele fica me enrolando, sem me dar notícias, mas continua tendo relações comigo. Cansei. Disse-lhe que só voltaríamos a foder se ele encontrasse meu mano.

- Quando foi a última vez que o viu?

- Há uns dois meses. Ele ficou desempregado e começou a beber muito. Perdeu o controle e bateu na esposa. Ela o expulsou de casa. Foi pior para ele. Entregou-se mais à bebida. Certa vez, me procurou dizendo que estava fazendo um tratamento para deixa-lo sóbrio. Desapareceu um dia depois de me dizer isso.

- Como você conheceu o cara que saiu daqui quase ainda agora?

- Ele é amigo do meu irmão desaparecido e de um outro irmão que tenho que vive se metendo em encrencas. O Rogério está sempre conseguindo biscates para ele, mas desconfio que sejam trabalhos escusos.

O mulato demorou um pouco pensativo para dizer:

- Eu sou detetive. Posso te ajudar a encontrar teu irmão.

Ela olhou espantada para ele. Depois, baixou a cabeça. Disse:

- Eu... não posso pagar por teu trabalho. Sou uma simples assalariada.

- Não precisa me pagar. Só quero que me dê umas informações. Inclusive, sobre o teu namorado e teu irmão encrenqueiro.

- Por quê? Vai querer prendê-los?

- Não. Eles podem me levar a teu irmão desaparecido.

- E não vai me cobrar nada para achar meu irmão?

- Por que a pergunta?

- Todos me cobram sexo para fazer algo para mim. Você seria o primeiro, se não me cobrasse.

- Não te cobrarei. Não se preocupe.

Ela esteve de cabeça baixa antes de dizer:

- Fiquei frustrada. Achei que me queria.

- Você é muito bonita e muito formosa. Mas tenho interesse, realmente, em achar teu irmão. Depois que encontrar-lhe, se ainda estiver disposta, poderemos ter sexo.

Ela o beijou na boca. Seus lábios eram doces e macios. O beijo foi suave, mas o deixou de pau duro. Ele disse:

- Se continuar me beijando assim, iremos antes do previsto pra cama.

Foram. A boate tinha quartos de aluguel. Se instalaram num deles. Quando ela tirou a roupa, revelou um corpão. Ele também lhe revelou o enorme cacete. Ela gostou do que viu. Acariciou o membro dele antes de beija-lo novamente na boca. O mulato também já estava totalmente nu. Quando ela encostou o corpo no seu, a glande roçou a racha dela. A morena tinha a vulva molhada. Ele nem precisou apontar a rola. A glande encontrou sozinha a entrada da buceta dela. Em pé, ele a penetrou pela primeira vez. Ela mordeu seus lábios quando sentiu dor. Ele empurrou mais o cacete. Ela levantou uma das pernas e dobrou-a, facilitando a penetração. Quando o caralho entrou por inteiro, ela sussurrou ao seu ouvido:

- Ahhhhhhhhhhhh, estou sentindo ele no meu ventre. Eu não tenho mais útero, notou?

- Sim. Assim fica melhor de engolir minha peia toda mais profundo.

- Não goze ainda. Vou quere-la no meu cuzinho. Gosta?

- Adoro. Quer que eu o foda agora?

- Agora, não. Quero dar de comer à minha xaninha, primeiro...

- Encoste na parede de costas para mim... Eu continuo te fodendo a xana mas num faz-de-conta...

Ela virou-se imediatamente. Espalmou as mãos na parede. Quando o mulato roçou a glande na racha encharcada, o seu celular tocou.

FIM DA QUARTA PARTE

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