O bosque dos sussurros
Tem coisa mais fascinante admirar é o céu, repleto de estrelas e iluminado pela lua cheia? Creio que não! Ainda mais quando a noite está com um clima ameno.
Era sexta-feira, eu estava tomando conta do apartamento de uma tia minha que mora na Asa Sul. Ela havia viajado e retornaria em três dias. Cá para nós, eu nunca entendi o porquê dela me pedir para dormir lá, afinal, o prédio possui guarita e porteiro, ora! Mas, tudo bem.
O apartamento fica próximo à uma das entradas do Parque da Cidade, um local propício ao lazer, seja coletivo, em grupos ou família, seja individual, para aqueles que precisam refrescar o juízo, ou curtir um pouco.
No meu caso, curtição era a palavra de ordem. Eu já estava entediado por ficar ali. - Quer saber, já estou aqui do lado mesmo, vou dar um rolê no parque.
E assim o fiz. Mas antes, eu precisava de um bom banho, pois, nada melhor que estar bem limpinho e, diga-se de passagem, preparado para o “acaso”. Por volta das 20hs da noite eu cheguei a um dos estacionamentos do parque. Acho um dos mais seguros locais para se parar o carro.
Como eu iria caminhar um pouco, resolvi usar um short preto, camiseta branca, tênis e meia na altura da canela. Bom, eu estava até “pegável”, pelo menos, era o que eu esperava. E preparado, pois levava comigo camisinha e lubrificante. Coloquei um fone no ouvido e iniciei minha caminhada.
Se não me falha a memória, este parque possui uma pista de caminhada com 10km. Obviamente, eu não andei tudo isso. Resolvi pegar uma das menores rotas, a de 4km. O bom deste lugar é que se pode ver pessoas de todos os tipos, tribos e com as mais variadas idades. Àquele horário, ainda me deparei com homens correndo de sunga, mulheres caminhando vestindo tops e até alguns idosos passeando com seus mascotes e netos.
O local é um símbolo de Brasília. Além de possuir diversos pontos de encontro comunitário, quadras poliesportivas, campos de futebol e quiosques, ainda foi um dos palcos de “Eduardo e Mônica”, do Legião Urbana.
Dei uma pequena volta no lugar, mas logo voltei para próximo de onde havia deixado o carro. Lá existem, num bosque, algumas mesas e churrasqueiras. Bem atrativas para se admirar a lua. Resolvi parar por ali.
Curti aquela maravilha de céu durante aproximadamente 20 minutos. De onde eu estava, conseguia ver, lá embaixo, a pista de caminhada, iluminada pelos postes. E, lá em cima, a rua, com pouco tráfego. Ao lado do bosque tem o restaurante, local onde eu havia parado meu carro. Ainda estava aberto, mas de lá não se via bem o que acontecia entre as árvores.
Sentei-me sobre uma das mesas de concreto, de pernas abertas e braços para trás, bem relaxado. Fiquei dividindo minhas olhadas entre a rua, a pista de corrida e o restaurante. Afinal, tinha que me manter alerta, pois era noite e eu estava sozinho no escuro.
Em dado momento, surgiu um casal, vindo de sua corrida. Estavam de mãos dadas. O homem era alto, branco, bem musculoso, parecia um rato de academia. Já a mulher, era baixa, corpo bem trabalhado, barriga zerada, seios pequenos, mas uma bunda e uma cintura invejáveis.
Como eu estava de camiseta branca, tenho certeza de que me viram, afinal de contas, alguns raios de luz da lua atingiam-me em cheio. Caso contrário, a escuridão me camuflaria um pouco. O casal parou a menos de 20m de onde eu estava. O homem sentou-se da mesma maneira que eu. A mulher ficou em pé entre suas pernas, de frente para ele. Conversavam algo. Vez ou outra sorriam e se beijavam.
Minutos depois, engataram um beijo que, sinceramente, me causou inveja. Aquela pegação entre eles atraiu minha atenção. Então, fiquei observando-os. Minutos depois, ele desceu da mesa e ficou em pé, em costado na mesa. A garota virou-se de costa para o rapaz, esfregando-se nele, ficando de frente para mim.
“Caramba! Vai foder aqui mesmo, gata? Estou de olho, hein!”
O começou a passar a mão na barriga dela e foi subindo até seus seios. Não esperava ver aquilo. As mãos dele desceram até a parte de baixo da roupa dela, abaixando-a. Depois abaixou sua própria bermuda. Eu não via, claramente, seus rostos, tampouco seu membro. Mas percebi que ele estava duro. E aquilo me excitou, tanto, que desci da mesa, abaixei meu short e fiquei me masturbando, olhando-os, descaradamente.
O homem ajeitou o pau, possivelmente, colocando na boceta dela, e começou um vai-e-vem lento. Pouco depois, ele aumentou a velocidade. Eu conseguia ouvir o barulho de seus corpos. A cena estava muito interessante. Percebi um homem sozinho vindo do estacionamento do restaurante em direção às árvores.
Pigarreei para chamar a atenção deles e subi meu short. Eles entenderam o recado e se recompuseram. Esse terceiro veio em nossa direção. Logo o casal deu as mãos, passaram por mim.
- Obrigado aí pelo toque! - Agradeceu o homem.
- Que isso! Foi o mínimo que eu poderia fazer depois da delícia de cena que vocês me proporcionaram. - Sorri. - Tchauzinho! - Disse ela, sorrindo para mim.
Pude vê-los melhor. Realmente, são um casal muito bonito. E, além de tudo, educados, coisa rara hoje em dia, principalmente, com desconhecidos.
Eles foram andando de volta para a pista de corrida. Enquanto isso, o outro homem se aproximou de mim. Parou em minha frente.
- Boa noite! - Cumprimentou-me.
- Boa noite! - Respondi.
Esse homem aparentava quase 40 anos. Era mais alto que eu, branco, uma voz grossa. Vestia roupa social, mas sem terno e sem gravata, com as mangas dobradas na altura do cotovelo.
- Poxa, acho que espantei o casalzinho ali, não é? - Falou, encabulado.
- Não vou mentir, espantou mesmo. - Ri – Logo quando o negócio estava ficando interessante.
- Sério mesmo? - Perguntou.
- Com certeza! Eu já estava duro só de olhar.
Falei e levei minha mão ao meu, apertando-o. Minha rola ainda estava dura sob o short, levantando aquele tecido fino. O homem acompanhou com os olhos meu movimento.
- Porra! Foi mal, rapaz. - Desculpou-se.
- Sem problema! O parque é para todos. Cada qual com sua finalidade.
- Que bom que você pensa assim, já estava ficando sem graça.
- Não se preocupe, eu não estava fodendo.
- E eu vim para cá doido de vontade de fazer alguma coisa. Mas cabei atrapalhando.
- Relaxa! Eu estava apenas admirando aquela visão maravilhosa.
- Entendi! Você só observa, não é?
Aquela pergunta me causou risos. Apesar de ser exatamente o que eu fazia a poucos instantes, não curto somente ver uma foda. Na verdade, o que eu não curto é mulher. E deixei isso bem claro para aquele homem.
- Não, não. Eu estava admirando a rola daquele cara. Não sou chegado em mulher. Minha parada é outra.
O homem deu um passo para trás e cruzou os braços. Seus olhos me analisavam.
- É sério isso? Tu não curtes mulher?
- Não! Tesão nenhum em boceta.
- Caralho! Quem diria, hein! - Disse, surpreso.
- Bom, se você ficou espantado assim, é um bom sinal. Mostra que não sou afeminado. Esse é o receio da maioria dos gays. Querem curtir com homens, mas sem serem femininos.
- Mas dá para perceber quando um cara é viado. - Ele pausou. - Quer dizer...
- Tens razão! Dá para perceber quando o cara curte homem. Costumam ter algum trejeito. Mas, não se pode generalizar. Você, por exemplo, não sacou o que eu curto.
- Verdade! Bom, é melhor eu ir embora, não quero te atrapalhar mais.
- Que nada! Fique por aí. Pior do que ficar batendo punheta, é ficar sozinho aqui.
- Imagino! É dá um certo medo mesmo.
- Medo? Não! Eu gosto daqui. É excitante! Por mim, já estaria peladão, curtindo o vento nas bolas. - Falei, abanando uma das pernas do short.
- Nunca parei para ver esse parque dessa maneira. Nunca fiz nada por aqui. Mas hoje o tesão e a curiosidade falaram mais alto.
- Então, aproveite e fique à vontade, rapaz. Não se sinta envergonhado, estou acostumado com rola. - Ri – Garanto não cair de boca no teu pau sem você pedir. - Gargalhei.
- Você é uma figura! - Riu.
Neste momento, um carro parou no estacionamento. De lá, desceu um casal. Nada falamos, apenas observávamos. Eles entraram no bosque e ficaram mais distantes. Eram gordinhos, sem exageros.
- Bom, vou dar uma volta por ali e ver se rola algo. - Vá lá! Boa sorte.
O homem desceu rumo ao casal. Eles estavam abraçados, namorando. Por estar afoito, o homem já foi sacando a rola e expondo para o casal. Quando perceberam o que o outro fazia, subiram apressadamente. Eu ri demais.
O rapaz, subiu em minha direção, derrotado, ajeitando a rola na calça.
- Cara, você chegou com muita sede ao pote. - Ri.
- Como é que o povo faz para chegar em alguém aqui?
- Cara, difícil responder quanto aos casais. Acredito que o ideal é chegar devagar, observando se eles querem ou não companhia. Agora, no meu caso, se fosse um cara sozinho, a abordagem seria bem diferente.
- Como assim? - Ele cruzou os braços.
- Me insinuaria peladão, de 4 em cima da mesa. Afinal, quem resiste a um rabão empinado?
- Mas homem não tem bunda bonita. Bunda de mulher é diferente.
- Será? - Perguntei. Ele confirmou. - Então, dê uma olhada e me diga o que achas.
Subi sobre a mesa, fiquei de joelhos de costas para ele, abaixei meu short e me pus de 4, empinando em sua direção.
- Nossa! É, acho que... Putz, é bem legal, sim.
- Legal? - Olhei para trás - Vindo de um hétero, tomarei como um elogio. - Ri, rebolando.
- E ainda sabe rebolar?
- Claro! Faz parte! Dar o cu precisa de reboladas e quicadas, não achas?
- Sim, claro!
Subi meu short e sentei-me sobre a mesa. Ele olhou para os lados, desconfiado. Logo puxou papo comigo. Conversamos por aproximadamente 10 minutos. Não vimos mais ninguém entrar no bosque. O pouco movimento que havia era na rua e na pista de caminhada.
- Cara, acho que já vou indo. Pelo visto não vai aparecer ninguém mais por aqui. Demos azar. - Falei.
- Acha mesmo que não aparecerá mais ninguém?
- Acho sim. Até o restaurante já está fechando.
Ele olhou para a frente, conferindo o que eu havia dito. Realmente, já se via carros deixarem o estacionamento. Desci da mesa e bati as mãos no short para limpá-lo. De repente, sua voz grossa se pronuncia.
- Não me leve a mal, mas... Será que você poderia ficar naquela posição outra vez? - Pediu. Fiz-me de desentendido. - Você sabe, de quatro sobre a mesa.
- Ah, entendi. Mas, para quê?
- Assim, é que, foi a única coisa que eu consegui ver hoje. E, tua bunda é massa! Eu só queria bater uma punheta olhando para ela. Pode ser?
Não me fiz de rogado. Subi e, mais uma vez, me expus. Mas, retirei minha roupa por inteiro. Enquanto me exibia, olhava para trás, vi seu cacete para fora. Parecia uma delícia, num tamanho ideal para uma boa curtição.
Tirei do bolso do short o lubrificante, passei um pouco no dedo e fiquei brincando na portinha do meu cu. O homem se aproximou. Seu rosto estava a uns dois palmos de distância da minha bunda. Seu pau apontava para o meu buraco. Comecei subir e descer, imitando uma sentada.
Ele pousou a mão sobre minha bunda e a apertou. Peguei sua mão e a direcionei para o meu cu. Mas não o deixei enfiar o dedo. Queria apenas que ele sentisse as piscadelas.
- Eu não acredito que estou fazendo isso! Porra! Eu sou casado, só como boceta.
- Então aproveita que você já começou isso, e termina o serviço. Me fode! - Pedi. Ele concordou.
Desci da mesa, ajoelhei-me diante de sua rola, sem pegá-la, e o encarei. Queria sua permissão para chupá-lo.
- Vá, pode chupar! - Autorizou.
Era tudo que eu queria ouvir. Peguei sua rola, menor que a minha, e abocanhei. Enquanto chupava, massageava-lhe os ovos, depois lambia. Ouvir seus gemidos me excitava.
- Se continuar assim eu vou gozar, cara!
- Negativo! Você vai meter esse cacete no meu cu.
Entreguei-lhe a camisinha. Ele a colocou. Apoiei-me sobre a mesa para empinar bem o rabo em sua direção. Ele me penetrou lentamente. Quando senti seus poucos pentelhos em minha bunda, rebolei suavemente. Olhei para trás e disse:
- Não precisa ter tanto receio, meu cu não vai rasgar. Pode meter com vontade!
- Tem certeza? - Perguntou. Confirmei. - Certo!
Ele começou a estocar com mais gana. O impacto das estocadas me fez ir para a frente. Alcancei suas mãos, enlacei-as em minha cintura e apoiei minhas mãos sobre a mesa para não cair para a frete. Aproveitei e fiquei jogando meu corpo para trás, instigando-o a meter mais.
Aquelas estocadas estavam me enlouquecendo. Comecei a gemer, sentindo meu pau balançar, batendo-se contra minha barriga, vez ou outra batendo na mão daquele sujeito. Em dado momento, ele segurou minha rola e a apartou. Gemi mais alto. Aquilo o fez acelerar as metidas.
Como sua mão estava em torno do meu pau, comecei a foder sua mão enquanto aquela rola gostosa me invadia. Não me demorei muito tempo, logo esporrei, aliviando-me daquela tensão sexual insana. Assim que terminei, debrucei-me sobre a mesa e deixei meu rabo a disposição dele, que em instantes, gozou e gemeu como um verdadeiro macho, sem pudores.
- Puta merda! Que loucura foi essa?
- Isso, meu caro, chama-se sexo entre cuecas. - Ri.
- Essa experiência vai ficar gravada na memória, rapaz.
- E na sua mão também, visto que dei uma pela gozada nela.
- Verdade! Voou porra para todo lado. - Ele balançou a mão, livrando-se dos resquícios de sémen - Caramba, eu nunca fiz isso. Nem quando era moleque.
- Não se preocupe. Todo mundo experimenta coisas novas. Quanto à porra na mão, bem... - Olhei para os lados. Avistei um lavatório. - Ali tem um tanque. Pode se lavar lá.
- Certo. Vou lá me limpar e me recompor.
Enquanto ele se afastava, eu tentei me recompor. Vesti o short e fiquei aguardando por ele. De repente, alguns faróis iluminaram rapidamente onde eu estava. E um sedã escuro que entrava no estacionamento. Levei um susto com aquelas luzes. Do carro, desceu uma mulher. Pela silhueta, bem curvilínea e alta.
Ela foi até um outro carro estacionado e começou a bater no vidro e gritar.
- Abra essa merda de carro! Eu sei que você está aí. Já rodei esse parque inteiro! Eu conheço seu carro, seu safado.
“Mas que merda é essa? Que mulher louca, cara! Eu hein!”
- Então é aqui que você vem quando a gente briga? Está com alguma vagabunda, me traindo?
Aquela gritaria me distraiu tanto que não vi o homem, que estava comigo a poucos minutos, sair caminhando pela trilha em direção à mulher.
- Está ficando louca? - Disse, aproximando-se. - Pare de fazer escândalos!
- Ah, você estava fora do carro, não é? A safada também está por lá?
Ela passou por ele às pressas e entrou na trilha. Por sorte, eu já estava recomposto e longe deles. Aquela mulher andava a passos largos, procurando por vestígios de outra mulher por ali. Contudo, viu apenas a mim. Ela seguiu em minha direção. Fingi-me apenas de espectador.
“Puta merda! Sinto muito, mas não vou sair daqui. Não tenho culpa nenhuma de seu marido ser um traidor. Fui apenas o buraco sortudo da vez, gata.”
Eu pensei que ela fosse parar pelo menos para me xingar, mas não o fez. Quando ela passou por mim, pude vê-la melhor. Loira, alta, bonita e bem perfumada. Sinceramente, o que se passa na cabeça dos homens casados para traírem uma mulher tão gostosa? Mesmo não curtindo a fruta oposta, admito, aquela loira é muito linda.
Sua atitude me lembrou bastante um cão farejador à procura de algo ilícito. A loirona andou por cerca de 3 minutos no meu do bosque e nada encontrou.
- Eu queria só ver a cara dos seus filhos se soubessem onde o pai deles frequenta à noite.
- Não coloque meus filhos na história!
- Eles são meus filhos! Nossos filhos! E você aqui andando a procura de rabo de saia no mato. - Gritou ela, caminhando de volta para o carro. - Espere, vamos conversar! - Pediu ele.
Ela o ignorou. Entrou no carro e saiu cantando pneu. Sinceramente, fiquei com pena dela. Para a sorte dele, ela pensou que o marido estivesse apenas procurando outra mulher. Se tivéssemos sido pegos em flagrante, a cena teria sido pior.
Logo ele foi atrás dela, em seu carro. Não me demorei por ali e fui para o apartamento de minha tia outra vez. Confesso que estava com a consciência pesada, mas o rabo bem leve e satisfeito.
“Ah, se esse bosque dos sussurros falasse...”