Eu estou sentada em meu quarto esperando por você, mas você não vem. Eu não sei porque você não vem, mas eu não me preocupo. Eu sou desprevenida. Eu sou idiota. Eu deixo a porta aberta. Minha mente está muito contaminada pela ideia de que você vai me ler um cartão besta de Dia dos Namorados. Um poema que quase sempre começa com: "Rosas são vermelhas...."
Eu sinto uma presença, mas não é você. Eu sinto braços tocando meu corpo, não é você. EU sinto alguém grudando seus lábios contra os meus, mas não é você. Sentindo alguém lamber o meu pescoço, mas não é você.
Ela me arremessa na cama, mas não é você.Ele aperta um spray de perfume nos meus olhos, me cegando. Ele não é você. Ele ri da minha dor. Ele me acha tola, ele não é você.
Eu rastejo com um animal para longe, mas eu só bato em armários, como um cão cego, e ele ri ainda mais.
Eu penso em você chegando, salvando a minha pele. Uma história um puco violenta, mas romântica, mas não é você.
Eu sinto o calor do corpo dele me envolvendo, dos braços deles me cercando.Eu paro de resistir, eu só aceito. Você nunca vai chegar.
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Eu sonho de um quarto luxuoso, de roupas luxosas, de um amante luxuoso, não você. Eu sonho de um decote, de uma minissaia curta, de meias que vão á altura da coxa, de piercings e de batom roxo. Eu sonho até mesmo que sou loira!
Meu rico, sedutor amante, me abraça e me beija. Eu sonho de um sofá de couro onde ele me deposita. Eu sonho da humilhação de ter vinho derramado sobre o o meu rosto de prostituta. Ele abre minha blusa enquanto inclinado sobre o meu corpo. Ele massageia meus seios. Ele se despi rapidamente, e desliga as luzes. Ele beija e lambe meus mamilos, seus mamilos. Eu agarro o seu cabelo e logo nossas línguas estão lutando por dominância.
Eu lambo o pescoço e o ouvido dele.Nossos dedos se envolvem e nossas genitais se esfregam umas contra as outras, fazendo tanto meu clitoris e o pênis dele se expandir. Ele solta minhas mãos para agarrar a minha bunda. Logo ele envolve seus braços ao redor das minhas pernas e me penetra. Violento, visceral. Eu olho para ele e vejo o rosto de um monstro. Salivante, raivoso, mas sedutor.
O monstro goza dentro de mim e, de algum modo, eu caio desacordada dentro de meu próprio sonho.
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Eu acordo, e sinto a sensação de esperma saindo de dentro de mim. Eu sinto nojo e tristeza, mas o que me acordou foi o som do celular. Eu atendo e ouço você me dar um monte de desculpas.
Não é culpa sua. Não pelo meu estupro. Eu deixei a porta aberta, eu estava pedindo por isso. E o que mais se pode dizer de uma amante,