Quando Santo se foi, Cassandra perguntou para a irmã:
- O que acha que devemos fazer com ele?
- Nada. Se for verdade que a mãe descobriu a cura para o câncer e a AIDS - coisa que não duvido nada - devemos até agradecê-la, mano. Ademais, Santo disse que ela já fugiu do Brasil. Deixou de ser da nossa alçada.
- Se eu descobrir onde ela está escondida, vou atrás dela. Nem que seja para saber o que aquela puta fez conosco. Santo enterrou os outros dois?
- Não sei. Coloquei câmeras no cemitério. Vamos ver?
Pouco depois, diante de um computador, os irmãos atestavam a chegada do agente taxista ao cemitério. Ele pedia ajuda a um funcionário de lá para carregar os caixões. Ela não tinha dúvidas:
- Sim, ele fez o prometido. Achei que iria fugir com os corpos. Ainda bem que não o fez. - Disse ela.
- Soube que Santo foi promovido, como você. Ficarei de olho nele. Se tirar alguma licença para viajar, eu o sigo. Decerto, irá se encontrar com a doutora.
- Santo já nos ajudou muito. Se eu fosse você, deixava o cara em paz.
- Nunca! Eu odeio a doutora. Principalmente agora que nos fez depender de porra. Vou obriga-la a reverter o processo e depois matá-la!
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Já havia se passado três dias desde a morte de Lázaro e sua esposa. A doutora estava eufórica. Aquele, para ela, seria o grande dia: iria atestar a sua teoria de que o casal voltaria à vida. Os corpos, já fedendo, estavam disposto sobre uma mesa. O cadáver da clone assassina continuava no freezer. A médica pretendia fazer experiências com ele, depois. Santo, Percival, Bárbara e a clone de Maria Bauer estavam sentados em cadeiras e poltronas, dispostos na sala, esperando o milagre da ressurreição. Para o assombro do mulato, Lázaro foi o primeiro a se mover. Parecia que tinha os nervos todos entravados. Gritou de dor assim que abriu os olhos e tentou se levantar. Com esforço, sentou-se na mesa. Olhou em volta de si e pareceu reconhecer todos. Tentou falar, mas só saíram grunhidos da sua garganta. A médica disse:
- Procure não fazer esforço, amor. Você ainda deve estar muito fragilizado.
O assassino viu o corpo da esposa deitado em outra mesa. Com penúria, conseguiu se levantar e andou até ela. O cadáver tinha um ferimento aberto na fronte. A doutora disse:
- Retirei a bala que estava alojada na cabeça dela. Deixei o ferimento aberto porque...
Não chegou a terminar a frase. O ferimento começou a sangrar. A doutora Bauer correu para suturar e fazer um curativo ali. Pouco depois, a madre superiora se moveu muito lentamente. Gritou de dor. A médica aplicou-lhe um sedativo imediatamente. Disse:
- Ela sente dor no ferimento. Precisava ser sedada. Mas, graças a Deus, está ressuscitada.
O padre assassino caiu no chão, fraco das pernas. Santo apressou-se em ampará-lo. Percival e Bárbara ainda estavam assombrados com aquelas cenas tétricas. A filha da médica apenas sorria. Estava muito contente com o sucesso da mãe. Pegou na mão do mulato. Ele estava chateado por ela o ter agredido, batendo em sua cabeça à traição. Ainda mantinha o curativo desde que saíra do hospital. Ela disse:
- Vamos dar uma olhada nesse curativo, amor? Acho que não precisará mais dele.
De fato, o detetive não sentia mais dores ali. A própria jovem pegou uma tesoura e cortou as ataduras. Examinou-lhe a cabeça. Já não existia nenhum sinal do ferimento. Ela chamou a mãe para dar uma olhada. Santo também o fez. Bárbara falou:
- Não há vestígios de ferimento, paixão. A cura foi milagrosa. Bem que a doutora falou que o líquido esverdeado iria funcionar bem.
Percival passou a mão no local onde havia ferimento. Atestou a veracidade do que ela dizia. Agradeceu à doutora. Esta disse:
- Teu fator imunológico foi alterado. Irá sarar com mais facilidade, seja qual for o ferimento. Só não pode ser uma ferida mortal.
- Podem acreditar que não vou querer testar a veracidade disso.
Todos riram, menos Santo. O mulato perguntou-lhe:
- O que está pegando, companheiro?
- Pensando nos irmãos Cassandra. Não vou poder pedir demissão agora. Eles iriam me seguir para ver onde estou, querendo chegar à minha mãe. Eu lhes disse que a doutora já havia fugido pro Exterior. Não creio que o homenina tenha acreditado. Precisamos ter cuidado. Então, prefiro permanecer aqui, no Brasil, para ficar de olho nele. Vocês devem partir assim que o casal estiver mais recuperado.
- Sim. Primeiro iremos para Roma, onde mora minha filha. A casa lá é grande e dará para todos. Também dará para eu montar meu laboratório. Você pode ir conosco, meu filho. Lázaro ficará vigiando os gêmeos Cassandra. - Afirmou a médica.
- Não, mãe. Eu quero ficar. Não vou deixar que o tio Lázaro mate eles. São meus amigos. Apesar de achar o homenina muito radical, gosto dos dois.
- Quem sabe é você. Mas continue se aplicando o novo Sangue de Cristo que te dei. Aumentará a tua imunidade. Pode te salvar a vida.
- Sim, mãe.
No outro dia, livre das ataduras na cabeça, Percival foi até onde morava Marisa. Não encontrou ninguém em casa nem na casa da irmã dela. Foi procurar a médica onde ela trabalhava. Disseram que havia pedido demissão já havia alguns dias. Aí, ele se convenceu de que as duas estavam mesmo fora do País. Ficou triste. Ainda esperava encontrar a antiga parceira detetive. Não estava muito afim de ir para a Itália. Também não amava a doutora Bauer e sua filha. E não tinha nenhum interesse no dinheiro delas, até porque possuía a sua própria pequena fortuna. Por outro lado, não se via um cara casado. Sempre fora independente, nunca pensara em viver com alguém.
Procurou um bar. Precisava pensar na vida, e umas cervejas o ajudariam nisso.
Encontrou um barzinho discreto mas bem aconchegante. Uma coroa triste, toda vestida de preto, veio atende-lo. Parecia ser a dona do local. Ele pediu uma cerveja. Ela trouxe uma super gelada. Só tinha ele de cliente. Perfeito para o que ele queria: refletir, tomar decisões difíceis. Bebericava, quando a mulher de preto voltou à sua mesa com um copo vazio. Pediu para ele encher. O mulato o fez. Ela agradeceu, depois perguntou se incomodava se permanecesse sentada à sua mesa. Ele lhe disse que podia se sentar mas não estava sendo sincero. Preferia ficar sozinho. Porém, observou melhor a dona do bar: ela era bonita, apesar de não usar nenhuma maquiagem. Também parecia ter um corpão, apesar da roupa comportada não deixar muito à mostra. Mas sua expressão era de tristeza absoluta. Ele perguntou:
- O que a aflige, senhora? Parece triste.
Ela se remexeu na cadeira. Parecia incomodada com aquela pergunta. Finalmente, falou:
- Hoje, completa-se três anos que perdi meu marido. A Polícia nunca descobriu quem o matou. Eu prometi a mim mesma guardar luto enquanto não fosse revelado o seu assassino. Mas já começo a perder as esperanças.
- Onde ele foi assassinado?
- Aqui, na frente do bar. Estava fechando o estabelecimento, quando atiraram nele. Dois tiros, à queima-roupa.
- Ele tinha algum inimigo declarado?
- Que eu saiba, não. Mas acho que me traía. Já havia chegado algumas vezes com a camisa manchada de batom. Eu ficava triste, mas não brigava com ele. Ele queria que eu lhe desse um filho, mas eu nunca consegui.
- A senhora não pode ter filhos?
- Pareço tão velha assim para me chamar de senhora?
- Desculpe-me. Não me parece velha. Eu te daria uns quarenta anos.
- Menos. Tenho trinta e sete. Mas sempre me disseram que aparento bem mais, depois da morte de Rodolfo.
- Quem investigava a morte dele?
- Um delegado que morreu há pouco tempo. Dizem que tinha ligações com uma tal Agência, fechada pela Polícia Federal dia desses. Meu cunhado, também recém-falecido, vivia envolvido com a tal máfia.
- Como era o nome do teu cunhado? - O mulato perguntou já sabendo a resposta.
- Rogério. O meu falecido marido e ele viviam pedindo dinheiro emprestado à tal Agência. Foi com um empréstimo que ele abriu este bar para mim. Parece que já adivinhava que iria morrer.
- Quem está investigando o caso, agora?
- Acho que ninguém. Ficam me mandando de um investigador para outro, meu Deus - disse ela, desabando num choro convulsivo.
Ele esteve pensativo. Depois, disse para a bela jovem:
- Eu... sou detetive, moça. Posso tentar investigar a morte do teu marido.
- Eu agradeceria muito se tivesse dinheiro pra te pagar, moço. Veja a situação do bar: ninguém mais se arrisca a beber aqui, temendo que venham me matar também. Logo, irei à falência. E não me resta nenhuma outra fonte de renda.
- Eu entendo. Não vou te cobrar por meus serviços.
- Não? Por que faria isso?
- Eu costumo fazer uma boa ação por mês - mentiu o mulato - e ainda não fiz nenhuma nestes trinta dias.
Ela baixou a cabeça, envergonhada. Sabia que ele iria pedir alguma coisa por seu trabalho. O que todos pediam: sexo. A jovem sorriu, mesmo acanhada. Estava disposta a se dar a ele, pois fazia muito tempo que estava em jejum sexual. Inesperadamente, deu-lhe um rápido beijo na boca. O mulato foi pego de surpresa. Porém, ficou imediatamente de pau duro. Quando ela se afastou ainda acanhada, tocou com o braço no copo de cerveja do cara. O líquido entornou no colo de Percival. Ela correu ao balcão, pegou um pano e passou no caralho duro dele, por fora das calças. Pedia desculpas o tempo todo:
- Desculpe, moço. Eu sou mesmo desastrada. Deixe que eu limpo. Deixe que eu...
Pervival pegou em sua nuca e a puxou para perto de si. Deu-lhe um beijo, dessa vez demorado e de língua. Ela estremeceu com aquele contato físico. A jovem liberou um cheiro forte de perfume e sua saliva ficou com um gosto mais ativo. Ela agarrou-se mais ao mulato. Sussurrava:
- Não... moço... assim... você me mata... de desejo...
- Desejo de quê? - Insistiu ele.
- Desejo... de ter... essa rola... enorme em mim. Pronto. Falei.
- E por que não a tira daí de dentro? - Ele perguntou, ainda a beijando.
- Não... posso. Fiz... fiz... uma promessa.
- E se eu te disser que já sei quem matou teu marido?
- Eu... não acreditaria. Você... estaria... me mentindo.
- Teu cunhado era solteiro?
- Sim... Mas o que isso tem a ver? - Ela falou, finalmente descolando os lábios dos dele.
- Eu conheci o Rogério, moça. Um sujeito que andava de terno preto e óculos escuros. Ele parecia ter um gande peso na consciência. Ao ponto de matar seu melhor amigo e se suicidar.
- Sim, é esse mesmo. Eu soube disso. Mas que motivo ele teria para matar o próprio irmão?
- Uma loira belíssima.
- Como é que é?
- Uma loira belíssima foi o pivô da morte do teu marido. Ela se chama Bárbara Sampaio. A Agência a chamava de Viuvinha. É uma mulher de fazer fácil os homens se apaixonarem por ela . Teu marido ficou afim dela, mas o próprio irmão também a amava. Rogério faria de tudo para tê-la só para ele. A Viuvinha é conhecida por separar casais. Deve ter prometido ao teu marido que ficaria com ele. Rodolfo fechou o bar já pensando em te pedir a separação ou o divórcio. Se isso acontecesse, o lacaio da Agência perderia a loira para o irmão pra sempre. Então, o matou. Com a consciência pesada, matou-se, depois de assassinar o melhor amigo.
Ela estava chorando ao ponto de soluçar. Ele disse:
- Sinto muito. Mas é melhor você ficar sabendo dessa história direitinho. Eu só preciso averiguar com a tal loira. Mas tenho certeza de que já matei a charada.
- Eu... Você pode investigar isso pra mim? - Perguntou a moça, depois que se acalmou um pouco.
- Claro. Amanhã, a esta mesma hora, te darei notícias.
Ela olhou para o relógio afixado na parede do bar. Perguntou:
- Não quer ficar aqui comigo? Daqui a pouco vou fechar o bar. Não vem ninguém, mesmo...
- Melhor eu não ficar. Já te disse que não fiz a boa ação do mês ainda.
- Pois faça uma: me deixe feliz. Ao menos, por esta noite. Eu moro aqui mesmo, no bar, na parte de cima. É só o tempo de fechar as portas. Ninguém irá nos incmodar.
O mulato voltou a beijá-la. Ela se tremia toda nos braços dele. Finalmente, abriu seu fecho da calça. O pau saltou, enorme e duro. Ela sorriu. Levou-o à boca. Chupou-o com uma gula tão grande que ele temeu que ela o machucasse. Mas ela sabia chupar bem. Agachou-se sobre o colo dele sem se importar com quem passasse na rua. Nenhum cliente apareceu enquanto ela mamava seu cacete. Ela lambia seu saco, chupava a cabeçorra, punhetava o mulato à espera de engolir sua porra. Percival se prendia. Desviou a mente enquanto ela se empenhava na chupada. Mas o cara não conseguiu se segurar por muito tempo. Uma enorme quantidade de porra foi vertida na boca dela. Ela continuou a masturbação, enquanto sugava toda a sua gozada. Resfolegava:
- Já... nem me lembrava... do gosto... de esperma...
- Vamos fechar o bar? É melhor do que sermos flagrados assim.
- Eu adoro foder sob o perigo de ser flagrada. Fazia isso com meu marido. Às vezes fodíamos nus na rua, mas sempre de madrugada, quando não passava ninguém. Fomos pegos duas vezes. Uma delas por um carro de Polícia.
- Estou bem arranjado. - Disse o mulato - Eu não costumo foder em público.
- Do quê você mais gosta?
- Adoro um cusinho.
- Eu dava ao meu marido, mas ele parecia não gostar muito. Todas as vezes que fazíamos anal, ele corria para se lavar. Acho que tinha nojo. Eu adorava. Mas ele não tinha uma rola tão grande quanto a tua. Não sei se iria aguenta-la no meu buraquinho que está muito apertadinho.
- Vamos tentar?
- Você me chuparia primeiro?
- Claro. Chupo tua buceta e depois teu cuzinho, antes de meter nele.
- Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiii. Fiquei toda arrepiada. Me ajuda a fechar? Depois, subimos.
No entanto, depois de várias tentativas, ela não conseguiu aguentar o enorme pau dele no cuzinho apertado. O mulato ficou frustrado. Acabou apenas chupando sua buceta e a fazendo gozar várias vezes. Ela estava chateada quando ele tomou um banho e se vestiu para ir embora. Ela perguntou, triste:
- Não volta mais, não é? Eu fui um fracasso...
- Nem sempre conseguimos da primeira vez. Amanhã volto aqui com um pouco de vaselina e um líquido esverdeado que é melhor que Viagra.
- Líquido verde? Eu não conheço.
- É. Você não conhece.
- Vai voltar mesmo? Promete?
- Sim. Prometo.
Ao invés de voltar à casa de praia, o mulato foi para o seu próprio apê. Para a sua surpresa, encontrou Bárbara esperando na portaria. Ela abraçou-se a ele e o beijou. Depois, disse:
- Sabia que iria encontra-lo aqui. Faz tempo que estava te esperando. Você foi pra onde?
- Fui tomar umas e pensar um pouco, Bárbara. Aí, decidi que não quero ir para a Itália.
- Eu também não quero ir, amor. Lá, eu iria te dividir com as outras. Se você ficar, eu também ficarei.
- Não sei... Eu não fui feito para viver com alguém. Prefiro a minha liberdade. Por outro lado, aquelas duas me fizeram coisas sem me consultar. Não quero passar de novo por isso.
- Então, façamos o seguinte: eu vou, pois ainda preciso continuar meu tratamento, depois volto. É o tempo de você pensar melhor. Ou já tem outra mulher na jogada?
- Não - mentiu ele - não tem. Mas nós dois nunca demos certo, Bárbara. Não seria agora que iria dar...
- Você não me ama?
- Não... não amo.
- Tudo bem. Mas eu te amo. Para mim, é o bastante. Se você quiser, pode ter outras mulheres. Contanto que nunca me deixe, amor.
- O que houve entre você e Rogério? - Perguntou ele, de supetão.
Ela parou, espantada. Olhou bem para ele. Depois, perguntou:
- Por que isso agora? Isso foi anterior a nós voltarmos a foder, amor.
- Tudo bem. Estou querendo apenas matar uma charada. Rogério matou o amigo e se suicidou. Por quê?
- Você tem cervejas lá encima? Pode ser uma longa história.
Pouco depois, bebiam na sala da mansão onde ela morava. Ele não tinha bebidas no freezer e ela o chamou para a própria casa. Já haviam consumido duas cervejas quando ele disse:
- Conte a tal história para mim.
Ela se ajeitou no sofá e sorveu um grande gole de cerveja. Começou a falar:
- Meu noivo, como sabe, é boiola. Ia se casar comigo obrigado. Eu morria de vontade de fazer sexo. Rogério e o irmão foram designados pelo chefão da Agência para serem meus guardas costas, quando na verdade estavam comigo para me espionarem. Primeiro, eu dei para Rogério. Depois, pro amigo dele, pois o cara que você bateu nele me viu transando com Rogério. Ameaçou contar à tia do meu noivo, aquela catraia. Então, deixei de transar com os dois e arrisquei Rodolfo. Eu sabia que o cara era casado e não iria me chantagear como o outro. Além do mais, Rodolfo era o mais gostoso dos três. Aí, engravidei do cara. Infelizmente, você me fez perder o bebê.
- Aí você inventou aquela história do estupro...
- Não inventei. Eu fui estuprada. Um dos estupradores era Rodolfo, para me livrar do castigo do meu noivo. Rogério descobriu a farsa e matou o próprio irmão. Exigiu que eu continuasse dando para ele. Aí, eu tive a ideia de te contratar. Eu sabia que você chegaria até ele. Ele me ameaçou, dizendo que iria te matar também. Mas, quando te viu em ação, passou a te admirar. Ao ponto de matar também o amigo para te preservar a vida. Fim da história.
Percival esteve pensativo, depois aquiesceu:
- Tua história faz sentido. Acredito em você. Mas isso não muda o fato de você ter me usado mais uma vez. Então, não quero mais conversa contigo.
Ela baixou a cabeça. Começou a chorar. Ele bebeu o resto de cerveja do copo e levantou-se. Disse para ela:
- Vou-me embora. Me faça um último favor: diga a Santo que foi um prazer conhece-lo.
- E o que digo às duas? Que você não vai mais com elas?
- Não. Não precisa dizer nada. Elas saberão, quando me procurarem e não me encontrarem.
- Não pode me dizer aonde irá?
- Não quero que ninguém fique sabendo. Vou desaparecer por uns tempos.
- Então, tchau amor. Um dia ainda vou querer dar outras contigo.
Quando Percival chegou à casa da mulher toda vestida de preto, ela se atirou em seus braços. Beijou-o com paixão. Ele lhe mostrou duas ampolas do líquido esverdeado. Ela também tinha uma surpresa para ele.
- Olha o que encontrei nas minhas coisas: um consolo que usava quando meu marido passava as noites fora. Estive enfiando-o no cusinho, pensando em ti. Agora, quero testar tua rola de novo. Acho que vou aguenta-la.
- Então, deixa eu aplicar o líquido em mim.
Ela ficou assustada quando ele gemeu de dor por alguns minutos. Mas, quando viu o pau ficar duríssimo e pulsante, arrastou-o para o sofá e ficou de costas para ele. Nem era preciso dizer:
- Vai. Atola ele todinho em meu cu, atola. Sem pena. mesmo se eu gritar, não pare...
FIM DA SÉRIE.