A Vida que Não Escolhi - 12: "VOCÊ GOSTA DE MIM?"

Um conto erótico de Escrevo Amor
Categoria: Homossexual
Contém 3103 palavras
Data: 06/02/2019 22:20:39

Após as provas, Samuel e Jonathan, começaram a se dedicar à apresentação na empresa de Gláucio. Henrique não perdeu tempo, e em um dos ensaios, começou a questionar Jonathan sobre a tia de Samuel. Parece que Antonella estava fazendo o rapaz de bobo, mas Jonathan, usou seu sarcasmo e soube deixar o amigo em seu lugar. Depois de saírem do estúdio, a dupla seguiu para o mirante do SESC, umas das melhores vistas de São Paulo.

Jonathan ficou ao lado de Samuel, o vento frio da noite paulista batia nos rostos dos rapazes, e um silêncio constrangedor ficou entre eles. O filho de Gláucio queria fazer uma pergunta para o amigo, mas não conseguia formular a frase certa. Já Samuel, não conseguia olhar para Jonathan, ele sentia algo crescendo e que não parecia certo, ainda mais naquela situação.

- Ei, você está bem? – perguntou Samuel tomando um café e quebrando o gelo.

- Sim, obrigado viu. Eu não sei o que faria sem você.

- Provavelmente jogado em uma vala. – brincou Samuel soltando um riso abafado

- Eu não consigo parar de pensar em uma coisa, Samuel. – comentou Jonathan, sem olhar para o amigo.

- O quê?

- Você gosta de mim? – questionou Jonathan.

- Eu, gostar de você? Em que sentido? – indagou Samuel ficando nervoso e quase cuspindo o café.

- Calma, não precisa fazer alarde sobre isso. Eu também não sei como agir.

- Não sabe como agir? Eu não estou te entendendo, Jonathan?

- Essa experiência toda, sabe. A convivência com você, muita coisa mudou dentro de mim. Eu não quero apressar nada, então, Samuel? Samuel? – olhando para os lados e percebendo que Samuel não estava mais lá. – Credo, eu abrindo meu coração e ele some.

Samuel não conseguiu ouvir o que Jonathan queria falar, no fundo, ele sabia o sentimento que tinha pelo amigo, mas a insegurança e todas as coisas feitas por Jonathan, passavam em sua cabeça. Enquanto isso, Henrique esperou por Antonella na frente do prédio de Samuel, não demorou muito e ela chegou acompanhada de sua irmã. O jovem abordou Antonella e a deixou completamente paralisada, Isabella, logo notou o climão e subiu para ver os filhos.

- Você não desiste mesmo, né? – perguntou Antonella acendendo um cigarro.

- Estava com saudades, queria te ver, não posso?

- Henrique, você é muito jovem, precisa viver, conhecer garotas. – afirmou a tia de Samuel.

- Para, isso é besteira, Antonella. Eu gosto de você, bastante pra falar a verdade. Penso em você o dia todo. – se aproximando, pegando o cigarro das mãos de Antonella e jogando no chão. – Vai dizer que não sente o mesmo?

- Não faz isso, garoto. – pediu Antonella se entregando e beijando o rapaz.

- Ah, claro. – comentou Jonathan ao ver a cena. – O Henrique não aprende mesmo. – entrando no prédio.

Samuel chegou em casa e encontrou Wal na sala, ele tirou o casaco e sentou ao lado da madrasta de Jonathan. Fazia tempo que o jovem não parava para assistir a um filme, só que Wal decidiu ver uma comédia romântica sobre mudança de corpos. No final, Samuel, chorava copiosamente, ele até assustou Wal, que perguntou se estava tudo bem com o enteado.

- Eu sei que você mudou muito nesses meses, Jonathan, mas guardar as coisas para si pode ser ruim. – aconselhou Wal, enquanto desligava a televisão.

- É complicado crescer, né? Tudo muda muito rápido, eu não sou alguém acostumado com mudança, sabe?

- Jonathan, não importa o problema que você enfrenta, eu e o Gláucio, vamos estar aqui. Quer saber, hoje vamos meter o pé na jaca, acho que estamos precisando. – disse Wal se levantando. – Vai se arrumar, vamos jantar fora.

- Não sei se estou no clima. – falou Samuel deitando no sofá.

- Qual é, para com isso, levanta. – ordenou Wal tirando Samuel do sofá. – Vamos nos produzir e abalar hoje.

Jonathan fez a janta para os irmãos de Samuel e os colocou para dormir. Ele ficou sentado na sala de jantar, ainda querendo compreender seus sentimentos por Samuel, algo que cresceu aos poucos. Não demorou muito para que o silêncio fosse quebrado por Isabella, ela comentou com Jonathan, sobre o caso de Antonella com Henrique.

- E você meu pimpolho, em casa em um sábado?

- Eu fiz uma coisa idiota hoje. – confessou Jonathan.

- O que filho? – perguntou Isabella sentando ao lado dele.

- Eu deixei subentendido que eu gostava do Jonathan, e ele simplesmente foi embora. – explicou Jonathan colocando a mão no rosto. – Acho que eu destruí a minha amizade com ele.

- Samuel, se o Jonathan é realmente teu amigo, ele vai entender. A gente não pode mandar no coração, por exemplo, o meu caso com o teu pai, o João, não presta, mas em nenhum momento eu me arrependi de ter você. Algumas coisas não são para ser, infelizmente. – disse Isabella.

- A senhora está dizendo que preciso tirar algo de bom dessa história? – questionou Jonathan.

- É mais ou menos isso. – afirmou Isabella abraçando Jonathan.

Depois de muita insistência pela parte de Henrique, Antonella, decidiu jantar com ele. Os dois foram para um restaurante japonês, o preferido da tia de Samuel, eles começaram tomando um saquê, e em seguida, se empanturraram de sushis. Antonella viu um lado de Henrique que a conquistou, o jovem sabia deixar uma boa impressão. Enquanto conversavam, um antigo rolo de Antonella apareceu e praticamente cortou o clima.

- Esse é o teu sobrinho? – perguntou o homem.

- É sim, esse é o... – totalmente nervosa. – Samuel, esse é o meu sobrinho.

- Oi. – disse Henrique em um tom seco.

- Puxa gatinha, você sumiu da parada. Estamos com saudade. – assegurou o homem pegando no cabelo de Antonella.

- Titia. – soltou Henrique vermelho de raiva. – Acho que está na hora da gente ir.

- É mesmo. – concordou Antonella olhando para o relógio. – Eu preciso ir, foi um prazer te reencontrar.

Henrique seguiu para o estacionamento calado, ele subiu na moto e esperou por Antonella. Envergonhada, ela apenas pegou uma carona para casa. Quando chegaram em frente ao prédio, Henrique, perguntou se Antonella poderia lhe dar uma chance de mostrar quem ele era de verdade. Eles concordaram em marcar outros encontros, mas ela não deu garantia de nada para o jovem.

Na segunda-feira, João encontrou com Jonathan acidentalmente no metrô. Eles foram conversando boa parte do caminho, apesar dos avisos, o jovem queria conhecer mais o pai do amigo, então, deu uma certa abertura, algo que o pilantra aproveitou. Jonathan falou inclusive sobre a apresentação que ele e Samuel fariam no jantar da empresa de Gláucio, naquele momento, João percebeu que poderia se infiltrar e colocar seu plano em ação. Jonathan entregou um convite para o pai de Samuel.

Na escola, Jonathan tentou evitar, mas teve um encontro muito ruim com Samuel. Eles não conseguiram se olhar nos olhos, Lana, logo percebeu que havia algo errado, e jogou o amigo contra a parede, literalmente, ela usou a força bruta para tirar os segredos de Samuel.

- Ele disse que gostava de você? – pergunta Lana quase gritando.

- Sim, silêncio. - olhando para os lados. - Nem eu entendi, uma hora ele gostava do Oliver, depois chegou chorando em casa e a gente meio que dormiu abraçado. – explicou Samuel.

- Olha só, Samuel Costa, fisgou o coração de Jonathan Godoy. – disse Lana coçando a cabeça. – Não imaginaria isso, tipo, nunca.

- Ei, qual é. Tenho meus encantos. – defendeu Samuel.

- E como aconteceu isso, digo, ele se apaixonar por você? – questiona Lana.

- Não faço a mínima ideia. Agora não sei o que falar para ele.

- Não diz nada, continua ignorando o que ele falou. – opinou Lana enquanto comia uma banana.

Wal estava quase ficando louca, nas últimas semanas, a mulher de Gláucio mergulhou na temática japonesa, ela queria causar uma boa impressão nos representantes que visitariam a empresa do esposo. Wal chegou cedo no salão onde aconteceria a festa e acompanhou cada detalhe de perto. Por coincidência, ela havia contratado o buffet da mãe de Samuel para preparar os doces e bebidas do evento.

- Eu te conheço. – disse Wal para Isabella. – É a mãe do Samuel, né? Que menino doce.

- Ah, você é a madrasta do Jonathan. Lembrei de você do hospital e da competição.

- Sim, estou ansiosa para a apresentação dos meninos hoje. – comentou Wal.

- Apresentação? – perguntou Isabella.

- Você não estava sabendo? O Samuel ajudou o Jonathan, o meu enteado vai cantar em japonês.

- Puxa, eu não sabia, mas vou acompanhar e torcer por eles. – garantiu Isabella, meio decepcionada por Samuel ter escondido isso dela.

- Fica à vontade. Deixa eu checar as coisa, até.

Depois das aulas, Samuel e Jonathan, seguiram para o salão de festa, eles se arrumariam por lá mesmo, pois, fariam a passagem de som. Lana os acompanhou, assim como a grudenta Lorena. Wal os encaminhou para uma sala, para agradar a banda, ela escreveu “Camarim”, na porta. Samuel encontrou a mãe, mas precisou desfaçar, ele correu para falar com Jonathan, que não sabia sobre esse fato.

- Você não disse para a mamãe que ia se apresentar? – perguntou Samuel.

- Não, eu esqueci. – disse Jonathan fazendo uma careta. – Desculpa.

- Ai, Jonathan. A mamãe nunca me viu cantando. – confessou Samuel antando de um lado para o outro.

- Samuel, relaxa, ela nem sabe que é você.

- Jonathan, isso é loucura, eu não posso fazer isso, eu não consigo. – falou Samuel.

- Você está no meu corpo há quase cinco meses, ainda não pegou confiança. Olha para essa carinha. – pegando no rosto de Samuel.

- Será que um dia vamos voltar aos nossos corpos? Eu gosto muito da Wal e do teu pai, mas eu tenho saudade da minha família.

- Eu sei, nunca pensei que fosse falar isso, eu também tenho saudade da Wal, mesmo com toda loucura dela. Você tem razão, eu pegava pesado com ela, se um dia voltar, vou recompensar a Wal, eu prometo.

- Oh, céus. – soltou Wal que ouvia a conversa.

- Wal? – perguntaram Jonathan e Samuel juntos.

- Eu, eu, preciso de... – desmaiando.

Com muito esforço, eles colocaram Wal em um sofá. Quando a madrasta de Jonathan acordou, a dupla precisou contar toda a verdade. Ainda atordoada, Wal, não conseguia assimilar as coisas, Samuel, explicou que durante os últimos meses, ele é quem morava na casa dos Godoy, enquanto, Jonathan, assumia seu lugar. Para Wal, aquilo era uma brincadeira sem graça do enteado, então, Jonathan, aplicou o mesmo teste que Samuel fez com Lana.

Mesmo com as respostas em mão, Wal, não entendia o que estava acontecendo. Ela pediu um tempo de Samuel e Jonathan, afinal, ainda havia uma festa para preparar. Samuel surtou e correu para o lado de fora do salão de festa, Jonathan, o seguiu e não falou nada. O frio chegava aos poucos a São Paulo, então, Jonathan, pegou seu casaco e colocou em Samuel, que ficou apoiado em uma mureta.

- Acho que a Área 51 não é tão ruim. – soltou Samuel chorando.

- Ei, calma. – pediu Jonathan segurando na mão de Samuel. – Eu já falei que não vou deixar ninguém te machucar.

- O que mudou Jonathan? – questionou Samuel deixando Jonathan segurar sua mão.

- Tudo, Samuel. Quando trocamos de corpo, eu confesso que fiquei com nojo, mas aos poucos, entendi a tua realidade. Então, reencontrei o Oliver, e não entendia o que ele via em ti. A senhora disse várias vezes que você me faria entender. – contou Jonathan com os olhos vermelhos.

- E isso aconteceu? Eu fiz você entender?

- Você me fez entender tantas coisas, eu nem sei por onde começar.

- Meninas! – gritou Lana. – Vocês precisam passar o som.

- Podemos ter essa conversa depois? – perguntou Samuel soltando a mão de Jonathan.

- Sim, podemos. – ele falou limpando as lágrimas.

Os convidados começaram a chegar, Wal, não parecia a mesma pessoa, ela já estava na terceira taça de vinho. Gláucio ficou responsável de fazer a abertura, dar as boas-vindas ao grupo de empresários japoneses, que para a surpresa de todos era formado apenas por mulheres. Enquanto isso, João, entrava no evento todo orgulhoso, afinal, ele não precisaria invadir a festa. Isabella e Antonella coordenavam a equipe responsável por servir a comida, por isso, não prestaram atenção em João.

- Irmã, vou ficar no salão, quero ver a apresentação do Samuel. Você dá conta de ficar aqui? – perguntou Isabella.

- Claro, não se preocupa. Vai lá. – disse Antonella. – Ah, e tira umas fotos do Henrique pra mim.

- Que nojo. – falou Isabella saindo.

Com a ajuda de um tradutor, Gláucio, fez um discurso inspirador falando sobre a importância da união entre o Brasil e Japão, em seguida, ele anunciou a atração musical, a banda ‘Black River’. Todos foram para os seus lugares, Samuel, agradeceu a presença de todos em japonês. Naquele momento, Wal, percebeu que a troca de corpos entre Jonathan e Samuel era real, ela pegou dos copos de vinho e tomou de uma vez só.

- Eu e a minha banda, vamos interpretar a música ‘Rainy Blue’, de Tokunaga Hideaki. – explicou Samuel em japonês.

Jonathan começou a dedilhar a música no violão, e Samuel, não entrava em sua parte no teclado. Eles repetiram a introdução da música duas vezes. Henrique e Kleiton começaram a ficar inquietos com a situação e olharam para Jonathan, que mais uma vez iniciou os acordes da música. O coração de Samuel palpitou forte, ele nunca se apresentou para tantas pessoas, ainda mais em japonês. Jonathan se aproximou do amigo, pediu com licença ao público e tentou resolver o problema.

- Ei, o que houve? – perguntou Jonathan.

- Eu não consigo. É muita gente. – soltou Samuel se tremendo.

- Samuel, eu estou contigo. – falou Jonathan pegando na mão do amigo. – Esqueceu?

- Se eu errar?

- Você continua, eu aprendi que você é mais forte do que aparenta. Temos que encarar a situação de frente, lembra? – questionou o jovem.

- Tudo bem. – concordou Samuel voltando para o centro do palco. – Desculpem, tivemos um pequeno problema, mas já resolvemos. – olhando para Jonathan e fazendo sinal de positivo.

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Não posso ver ninguém à meia-noite

Está chovendo do lado de fora da cabine telefônica

Antes que eu terminasse de discar o número familiar

Eu interrompi meu dedo

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Wal olhava para Jonathan e Samuel. Ela começou a lembrar dos momentos que passou com o enteado, que na verdade, era Samuel. Já Isabella, que estava alheia de toda a situação, chorou ao ver o filho no palco tocando violão. Da porta da cozinha, Antonella, também se sentia orgulhosa do sobrinho e do peguete.

- Meu Deus, será que estou fazendo a coisa certa? – questionou Antonella. – Esse menino tem quase a mesma idade do Samuel. O que as pessoas vão dizer na rua?

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Estando molhado na chuva fria

Me lembrei de uma triste história

Em seu caminho para casa, no cruzamento

Apenas parei de caminhar

Chuva triste, mesmo sabendo que está terminando

Chuva triste, por que eu ainda estou correndo atrás?

Como se estivesse tentando apagar seu fantasma

Hoje chove silenciosamente outra vez

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Samuel lembrou de todos os momentos que viveu com Jonathan. Dos abraços, das caricias e conselhos. O jovem lembrou da noite em que o amigo chegou chorando em sua casa. Eles deitaram na cama, e aos poucos, Jonathan, foi dormindo. Samuel acariciou o seu rosto e o beijou.

- Eu acabei de me beijar? – pensou o jovem. – Isso é loucura, Samuel. O Jonathan nunca ligaria para você. Olha só, o teu corpo. Eu sou ridículo.

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Os faróis que passam por mim fazem apenas sombras minhas

Comecei a procurar pelo seu carro branco

Mas me interrompi e logo baixei meus olhos

Chuva triste, mesmo sabendo que está terminando

Chuva triste, porque eu ainda estou correndo atrás?

Como se estivesse tentando apagar seu fantasma

Hoje chove silenciosamente outra vez

Chuva triste, mesmo sabendo que está terminando

Chuva triste, porque eu ainda estou correndo atrás?

Como se estivesse tentando apagar seu fantasma

Hoje chove silenciosamente outra vez

As recordações daquele tempo em que eu estava rodeado de afeto

Estão transbordando nessa cidade

É uma chuva triste

Meu coração, minhas lágrimas

É uma chuva triste

A solidão...

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As empresárias japonesas se levantaram e começaram a aplaudir, algumas inclusive, com lágrimas nos olhos. Samuel conseguiu causar uma boa impressão. Ele olhou para Jonathan, e também ficou emocionado, afinal, sem o apoio do amigo, ele nunca teria coragem de seguir e cantar na frente de todos. Lana e Lorena se aproximaram para parabenizar a ‘Black River’.

- Parabéns, Samuel, você mandou bem. – afirmou Lorena.

- Olha, um elogio? – perguntou Lana.

- Eles foram bons, Lana, não enche. Cadê, meu pitotoco? – ela perguntou olhando para Kleiton.

- Vamos curtir essa boca livre, gatinha. – falou Kleiton levando Lorena para a área do buffet.

- Com licença, meninos e menina. Preciso ver uma coisa na cozinha. – avisou Henrique saindo.

- Espera, o Kleiton e a Lorena... – balbuciou Lana sem entender nada.

- Aparentemente, sim. – soltou Samuel. – E aí, amiga, gostou?

- Se eu gostei? Amigo, você detonou a boca do balão, eu sabia que esses 9 anos de japonês serviriam para alguma coisa.

João esperou o momento certo para atacar, ele aproveitou um descuido de Gláucio, e roubou sua carteira. Aquilo fazia parte do plano de João para conseguir dinheiro. Após alcançar o seu objetivo, o pai de Samuel sumiu da festa. Para outros, a diversão apenas começava. Antonella levou Henrique até o deposito de bebidas, eles se beijaram calorosamente. Jonathan se aproximou da mãe de Samuel, e pediu desculpa por não ter contado que se apresentaria com Jonathan.

- Eu queria contar, mas daí aconteceu aquele lance com o Jonathan. Pensei que a senhora fosse me brigar.

- Filho, você deve confiar em mim. Fique tão orgulhosa de ver você no palco, todo lindão com seu violão. – disse Isabella abraçando o filho e se assustando ao ouvir uma garrafa quebrar. – O que está acontecendo?

- Será que foi um rato? – perguntou Jonathan com uma cara de nojo.

- Não se preocupa, irmã. – falou Antonella saindo do escuro e assustando Isabella e Jonathan. – Eu matei o rato.

- Sei.

Samuel por outro lado, precisou conversar com Wal. A madrasta de Jonathan já estava um pouco alta, mas garantiu que guardaria o segredo deles. Gláucio interrompeu ao apresentar as empresárias do Japão para o jovem. Elas adoraram a performance de Samuel, e elogiaram o seu japonês. Depois da conversa, Wal e Samuel, seguiram para uma grande varanda, o vento frio soprava lentamente, mas eles não se importaram.

- Uau, Samuel. Isso é inacreditável. – comentou Wal.

- Agora precisamos descobrir uma forma de voltar, já se passaram cinco meses e nada. – desabafou Samuel.

- Não esquenta. A gente vai dar um jeito. – disse Wal abraçando Samuel. – Eu nem acredito, me sinto dentro daquele filme que assistimos.

Wal e Samuel não repararam, mas alguém estava tirando foto deles, a pessoa no caso era João. Ele enviou as fotos para um email particular. Segundo o pai de Samuel, o plano caminhava conforme a música, e faltava pouco para uma boa grana cair em suas mãos.

- Jonathan Godoy, é o meu pote de ouro no fim do arco-iris. – comentou João rindo.

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Tensa essa história do pai do samuca.

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