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Era uma manhã de sexta-feira. Liguei bem cedo para a secretária do Edu avisando que ele não iria trabalhar.
Ela se preocupou, como sempre, mas a tranquilizei e disse que só o queria em casa comigo em um fim de semana prolongado.
Perguntei se havia algum compromisso importante, mas ela sorriu dizendo que ele estava todinho livre pra mim.
Assim que desliguei, senti uma mão acariciando minhas costas.
Me virei e o Edu ouvia minha conversa ao telefone. Me chamou de marido controlador e gargalhei me deitando sobre ele.
Meu homem estava com sessenta anos, super grisalho, com um corpo de dar inveja em muitos homens da sua idade e eu era o homem mais feliz do mundo por tê-lo ao meu lado.
Assim que ele me abraçou, girou comigo na cama e me fez ficar por baixo.
Ele me cobriu por inteiro e senti meu cacete ganhando vida em sua mão.
ㅡ já que vai me fazer ficar em casa contigo, vou aproveitar pra te trepar bem gostoso. Safado! Já está de pau duro?
ㅡ duraço! Vai, mama gostoso! Deixa eu te dar leite fresquinho!
ㅡ puto!
ㅡ sou um executivo de respeito, não fala assim comigo. Kkkkk
ㅡ aham! Seu respeito quando está comigo, fica duro e, está agora me apertanto o abdômem.
ㅡ to cheio de tesão. Vem me trepar!
Ele me colocou de bruços, chupou meu cu da forma mais deliciosa possível e entrou em mim sem pressa.
Passamos a manhã toda nos amando e aproveitando estarmos sozinhos em casa.
Depois do banho, ouvi baterem na porta do quarto. Era a Maria.
Perguntei se precisava de alguma coisa, mas foi rápida em me dizer que já estava de saída e que o almoço havia sido preparado do jeito que eu pedi.
ㅡ fiz como me pediu, seu Laurinho, está tudo em cima do fogão.
ㅡ vou servir em uma bandeja e trazer pro quarto. Ah, pegue um táxi, tem dinheiro no lugar de sempre.
ㅡ já peguei, obrigada.
Voltei pra cama e vi o Edu, nú, alisando seu cacete em riste.
Engatinhei até ele e lhe dei um beijo na boca. Senti sua boca sugando meus lábios e, de imediato, deslizei meu corpo até seu cacete e o engoli por inteiro.
Brincamos um pouco antes do almoço, depois e durante a tarde toda.
Passamos o dia fudendo como dois desesperados.
Há muito tempo não tinhamos um momento só nosso e aproveitamos cada segundo daquele fim de semana.
Final do dia de domingo, fomos buscar a Bruna na casa da minha mãe.
Assim que chegamos fomos acolhidos em seu abraço maternal.
Fiquei feliz em ver um sorriso imenso em seu rosto.
As duas fizeram a festa estando sozinhas.
Minha mãe a paparicou o quanto pode e era maravilhoso saber que se divertiram tanto.
O Edu e a Bruna conversavam sobre o dia na casa da vovó. Minha mãe me convidou pra irmos até a cozinha e
perguntei se estava tudo bem.
ㅡ está tudo ótimo. Viu o sorriso no rosto de sua filha?
ㅡ é, eu vi! Bom saber que ela se diverte quando vem pra cá. O quê fizeram?
ㅡ coisas de mulher, nada de mais.
ㅡ hum, sei!
ㅡ está com ciúmes?
ㅡ claro que não! A senhora sabe que a Bruna precisa de uma referência feminina, não sabe? Edu e eu somos pais, mas tem certas coisas que ela não divide conosco.
ㅡ eu te entendo. Fica tranquilo. Ela está preocupada porque ainda não menstruou. Se eu fosse você, a levaria ao ginecologista.
ㅡ hum! Vou conversar com ela.
ㅡ se precisar de ajuda, me liga.
ㅡ pode deixar. Ah, eu estou vendo um apartamento pra senhora ficar mais perto da gente. Topa? Não quero mais a senhora nessa casa. Tem muita escada e fico preocupado. Nem me olhe com essa cara. Sei que gosta daqui, mas lá a senhora vai ficar mais segura.
ㅡ e tem como discutir contigo?
ㅡ não tem! Assim que eu negociar com a imobiliária, a senhora se muda.
ㅡ tudo bem! Obrigada.
ㅡ mãe, eu só não te tirei ainda daqui, em respeito ao fato da senhora insisitir em ficar, mas não posso dormir tranquilo sabendo que a qualquer momento, a senhora pode sofrer um acidente nessas escadas.
ㅡ Lauro, você sabe que eu não gosto de te dar trabalho, não sabe?
ㅡ eita mulher, cuidou de mim por tanto tempo. Agora é minha vez de te cuidar.
ㅡ está certo! Você e o Edu, estão bem?
ㅡ rsrs, estamos!
ㅡ a Bruna disse que você cancelou todos os compromissos só pra vocês ficarem sozinhos. Isso que é amor!
ㅡ ele trabalha demais e precisa ficar mais tempo em casa. Ele precisa me deixar trabalhar um pouco também. Apesar de eu não ter parado nem por um minuto de uns meses pra cá, mas gosto de ser útil nos negócios e fortalece meu ego. Kkkkk
Eu estava de costas para a porta quando o Edu entrou dizendo que eu fazia muito mais do que deveria pelas empresas e quando ele admite esse tipo de coisa, é porque está certo.
Depois que meu sogro faleceu, fiquei encarregado da parte financeira e negociações nacionais e internacionais.
Meu trabalho dobrou e sempre viajando para a Capital do país, passava menos tempo em casa.
No quesito, trabalho, o Edu sabia que podia contar comigo pra tudo e, claro, fazia isso com maestria.
Depois que buscamos a Bruna na casa de minha mãe, fomos pra casa.
Assim que chegamos, minha filha perguntou se poderia descer até o apartamento da Lívia. Concordei, mas que não demorasse mais que uma hora, pois no dia seguinte teria que acordar cedo.
A Bruna desceu e fui até a cozinha fazer uma jarra de suco.
O Edu se enfiou no escritório pra disfarçar que estava só procurando umas notas da construtora, mas eu sabia que ele estava falando com a secretária pelo skype. Ele queria estar a par de uma reunião do conselho sobre a compra de um novo loteramento e, sabendo que eu ficaria putaço por ele estar envolvido no trabalho, disse que só iria revirar os arquivos. Me fiz de bobo e levei o suco pra ele. Quando me viu, abaixou a tela do laptop e sorriu culpado por estar mentindo pra mim.
ㅡ eu estava vendo uns vídeos. ㅡ ele disse.
ㅡ eu sei que estava com sua secretária no skype, Carlos Eduardo.
ㅡ me desculpa?!
ㅡ está desculpado! Quer suco?
ㅡ é suco ruim?
ㅡ rsrs, não! É de acerola, pode tomar. Precisamos conversar com a Bruna, Edu.
ㅡ sobre?
ㅡ sobre o fato dela...
Ouvimos a porta da sala bater e nossa filha passou correndo pelo corredor.
Fomos até seu quarto, mas a porta estava trancada.
Pedi que abrisse a porta, mas ela disse que estava bem. Insisti e perguntei se havia acontecido alguma coisa, mas ela não respondia.
ㅡ Bruna, abre a porta ou pego a chave reserva e eu mesmo abro. ㅡ o Edu disse e pedi a ele que se acalmasse.
ㅡ o quê aconteceu pra ela entrar correndo desse jeito? ㅡ disse e forcei a fechadura mais uma vez.
ㅡ será que brigou com a Lívia?
ㅡ acho que não! Filha, abre a porta por favor! ㅡ antes do Edu pegar a chave reserva, ouvimos a porta destrancando.
Ela abriu a porta e estava estranha. Antes de qualquer coisa a abracei e perguntei se estava bem. Senti seu corpo tremendo pelo nervosismo e perguntei o motivo de estar somente de toalha se não ouvimos o barulho do chuveiro.
ㅡ eu ia tomar banho, mas vocês insistiram pra eu abrir. Só que tem um detalhe. ㅡ ela disse e o Edu a abraçou.
ㅡ quê detalhe? É esse tal detalhe que te fez subir correndo? ㅡ perguntei e me levantei pra tentar me acalmar.
ㅡ sim senhor! Minha menstruação desceu. Eu não tenho absorvente, nem nada, pai!
Quando ela disse o motivo da pressa, uma onda de alívio tomou conta de todo meu corpo. Acho que aconteceu o mesmo com o Edu, pois o vi suspirando e a beijou na testa.
ㅡ ta! Está com dores? O fluxo é intenso ou está vindo pouco?
ㅡ sinto um pouco de cólica e está descendo razoável.
ㅡ muito bem! Eu vou descer até a farmácia e comprar tudo que você precisa. Não sei como, mas vou tentar comprar o certo.
ㅡ obrigada, pai!
ㅡ linda! Não demoro.
Fui até a farmácia e me deparei com uma prateleira lotada de absorventes de diversas marcas, modelos e tamanhos.
Impressionante como fiquei mais de vinte minutos tentando escolher algo que parece ser tão simples.
Começei a rir de mim mesmo e peguei vários absorventes de diferentes marcas.
Se não bastasse minha indesição por algo que eu nem iria usar, ainda tive que atender uma ligação do Edu.
ㅡ Lauro, está vivo? ㅡ ele disse rindo e a Bruna também se divertia do outro lado da linha.
ㅡ isso, continuem rindo! Eu estou completamente perdido, mas já chego. Como ela está, amor?
ㅡ está bem! Acabou de sair do banho. Vem logo!
Corri até o caixa, paguei e fui direto pra casa.
A Bruna e o Edu conversavam animados no quarto. Entrei e ela pegou as duas sacolas que eu havia levado.
Ela começou a retirar todos aqueles pacotes de dentro das sacolas e me olhando com um sorriso mais lindo do mundo, disse:
ㅡ vou ter absorventes por no mínimo uns dois anos, pai. Kkkk
ㅡ rsrs, escolhe o quê você achar melhor. Ah, na próxima, eu te levo e você mesma escolhe. Fiquei completamente perdido.
ㅡ ah, nem é assim tão complicado. Eu só fui pega desprevenida. Acredita que conversei com a vovó sobre isso hoje? Até achei que tinha algo de errado comigo. Todas as minhas amigas já mesntruam, menos eu.
ㅡ ela me falou. Depois que isso tudo passar, marcamos uma consulta pra você. Pode ser?
ㅡ o papai me disse a mesma coisa. ㅡ ela disse e o Edu segurou minha mão.
ㅡ está certo! Agora toma seu remédio e se arruma pra dormir. Amanhã, se quiser, conversamos mais sobre isso. Tudo bem?
ㅡ sim, senhor! Boa noite e obrigada. Vocês são os melhores pais do mundo.
Sabe aquele momento que você tenta não se emocionar? Pois é, comigo nunca deu certo. Saber que nossa filha se sentia confortável conosco era uma sensação maravilhosa.
Durante a semana o Edu e eu vijamos para São Paulo. Minha mãe se ofereceu para ficar em casa com a Bruna e a menina adorou.
Pegamos o primeiro voo na terça-feira de manhã. Teríamos um dia cheio. Nossa agenda estava uma loucura. Ficamos em reunião com o dono do loteamento por horas e encontrando a melhor forma para fecharmos o contrato de compra dos terrenos.
Depois de tudo resolvido, o Edu decidiu dar uma volta pela cidade e jantamos pelo centro.
Eu estava exausto, mas ele insistiu tanto que não teve como dizer não àqueles olhos de mar.
Encontramos um bistrô ainda em fincionamento. Boa comida, vinho e o Edu massageando meu ego ainda mais por eu ter conseguido fechar negócio.
O jantar chegou e pedi desculpas a ele pela indisposição. Não que eu estivesse insatisfeiro, mas quando estou cansado, não consigo disfarçar.
ㅡ quando chegarmos no hotel, quero deitar naquela cama e só acordar amanhã. ㅡ disse e ele me olhou sorrindo, mas com certa malícia.
ㅡ está tão cansado assim?
ㅡ rsrs, um pouco exausto. Está me olhando desse jeito por que?
ㅡ por nada. Só achei que a gente poderia namorar na sacada. Eu pediria uns drinks e você me faria uma massagem.
ㅡ é um convite pra eu te devorar em seguida? ㅡ quase gargalhei com seu olhar safado e ele segurou minha mão.
ㅡ ah, eu adoraria ser devorado por você. Aproveitar que estamos à sós e temos uma suíte maravilhosa de frente pro mar nos esperando.
ㅡ hum, me olhando desse jeito, não resisto e, faz tempo que não te pego bem gostoso. Quer mesmo?
ㅡ muito! Sabe? Sempre lembro de quando nos conhecemos. Você me fazia ficar ao seus pés. Como eu te desejava e te amei no primeiro dia que te vi. Nunca me canso de relembrar você entrando na minha sala e eu morrendo de vontade de te ter em meus braços. Você tinha vinte e cinco anos e me fez querer ser teu homem pra sempre. Te amo, Lauro! Nunca imaginei que com sessenta anos, poderia sentir algo tão maravilhoso, como sinto por você.
Eu já estava com os olhos razos d'água e percebi que o garçom não sabia se servia o jantar, ou se esperava o Edu terminar de se declarar pra mim.
Sequei meu rosto com o guardanapo e pedi ao garçom que me trouxesse outro limpo.
Foi então que tive um insight. Era nosso aniversário de casamento. Me senti um bobo.
Me levantei e fui até o Edu. Ele já me esperava de braços abertos, pois sabia que eu havia me lembrado naquele momento.
Abracei meu homem e lhe dei um beijo na testa. Ele me sequestrou em seus braços calorosos e disse que me amava.
ㅡ como pude me esquecer? ㅡ disse e ele beijou minha mão.
ㅡ a culpa é minha. Te faço trabalhar feito um doido. Você sabia o quão importante era pra eu fechar essa compra, que não mediu esforços para conseguir. Eu jamais ficaria chateado por um esquecimento seu. Logo você, que me faz lembrar todos os dias o quanto me ama. Minha alegria é te ver sorrindo do mesmo jeito de quando me conheceu. Você celebra nosso aniversário de casamento todos os dias, Lauro e, pra mim, é muito mais importante do que uma simples data.
ㅡ obrigado por celebrar comigo! Tenho muito orgulho de tudo que construímos durante todos esses anos. E não estou falando de bens materias. Falo do nosso lar, do nosso amor e de termos uma filha maravilhosa juntos. Ao seu lado sou pai, amigo, marido e um homem realizado e feliz. Por isso eu digo que tinha que ser você mesmo o meu príncipe, cara! Você é bom demais em me fazer feliz.
ㅡ mesmo sendo mandão? Kkkk
ㅡ kkkkkk, mesmo sendo mandão. Vida longa à nós dois!
ㅡ saúde!
Brindamos nosso amor pelo outro e terminamos a noite fudendo como nunca.
Perdemos a hora do voo e pela manhã fui acordado pela Bruna. Meu celular tremia na mesa de cabeceira e quando atendi, ela estava preocupada.
Pedi que se acalmasse.
ㅡ filha, seu pai e eu exageramos nos drinks, foi só isso. Se acalma.
ㅡ poxa, pai! Poderia ter ligado pra avisar.
ㅡ mas como avisar, se só acordei agora? Seu pai me levou pra jantar ontem pra comemorarmos nosso aniversário de casamento. Acredita que eu esqueci?
ㅡ hummmm, então a noite rendeu heim? Kkkk
ㅡ ei! Desde quando a senhorita fala desse jeito comigo? Cadê a educação que te ensinei? ㅡ por dentro eu estava rindo.
ㅡ me desculpa! Mas a noite foi boa, não foi? Chegaram a perder o voo...
ㅡ kkkk, foi boa sim. Agora me deixa acordar seu pai. Vou jogar ele na ducha. Chegaremos no próximo voo. Te amo!
ㅡ também te amo! Se cuidem!
ㅡ pode deixar.
Me virei na cama e o Edu me olhava sorrindo. Estava acordado e queria saber com quem eu falava. Quando eu disse que era nossa filha, ele me deu um beijo e disse que eu era o melhor pai do mundo.
Fomos pra ducha e duas horas depois, estávamos no aeroporto. Por sorte conseguimos um voo.
A semana foi agitada. Reuniões exaustivas e ainda tive que desenrolar uma trama causada pelo Vitinho e o namorado. Os dois inventaram de transar no almoxarifado da empresa.
A maldita porta não abria, pois eles a trancaram e se enfiaram em outro cômodo.
O segurança foi abrir com a chave reserva e a moça responsável pelo setor ouviu um barulho no quartinho e saiu gritando meio mundo.
Metade dos funcionários do andar de baixo foram até onde ela estava e o caos estava instaurado.
Recebi um telefonema dizendo que havia "bandidos" no prédio e desci pra ver o quê estava acontecendo.
Quando chego à porta, vi uma multidão de curiosos e, quando me viram, voltaram a seus postos.
De repente, o segurança me aparece com a cara mais sem graça do mundo e, me olhando, pediu que eu entrasse.
Os dois malfeitores estavam com os ternos amassados. Parecia que haviam participado de uma batalha.
Rezei pro Edu não descer, mas a notícia já havia se espalhado e ouvi sua voz grave pelos corredores. Pensei: fudeu!
Sem dar chance aos dois, pedi ao Vitinho e o namorado que se recompusessem.
Me pediram perdão, mas o Edu já estava na porta furioso.
ㅡ não quero ver nenhim de vocês dois aqui na empresa. E você, moleque, conversamos em casa quando eu voltar. ㅡ ele disse aos meninos e o Daniel saiu mais rápido que um foguete.
O Vitinho bem que tentou argumentar, mas pedi a ele que fosse pra casa e que mais tarde resolveríamos com calma. Ele também se foi e subi com o Edu até sua sala.
ㅡ eu mato esse moleque! Ele nunca mais vai por os pés nessa empresa. Incrível como ele tem o dom de me tirar do sério...
Enquanto o Edu esbravejava, eu o ouvia e lhe servi um drink. Desfiz o nó de sua gravata e abri seu paletó.
Ele nervoso é como uma cachoeira. Seu corpo estava suado e peguei uma toalha pra limpar seu rosto.
ㅡ se acalma! Não adianta ficar nervoso por causa de um descuido do seu sobrinho.
ㅡ descuido? Ele estava transando no almoxarifado com o namorado. Irresponsável de uma figa! Aqui, ele não pisa nunca mais!
Respirei fundo e o coloquei sentado no sofá. Pedi que tomasse um gole do drink que eu havia preparado e o olhando disse:
ㅡ você está sendo hipócrita. ㅡ ele tomou tudo em um só gole.
ㅡ você só pode estar brincando comigo. Você sempre o defende. Por isso ele faz o quê quer. Todas as vezes que ele apronta, corre pra você livrar a cara dele. É um moleque mimado e...
ㅡ apaixonado! E não adianta me olhar desse jeito. Você e eu também cometemos o mesmo erro anos atrás no banheiro e fomos até chantageados por isso.
ㅡ está usando nossa estória pra livrar a cara dele?
ㅡ não! Mas estou te dizendo que ele errou, mas nós dois também. Você e eu ja transamos várias vezes aqui na sua sala ou em qualquer outro lugar que você achava que seria bom. Detalhe: você ja estava com mais de quarenta anos, Edu.
ㅡ não tente defender aqueles dois por algo que você e eu também fizemos no passado.
ㅡ que não foi descoberto, porque você deu um jeito antes que a coisa toda viesse à tona. Ah Edu, não seja injusto com seu sobrinho.
Tirei seus sapatos, as meias e puxei um banquinho até seus pés. Me sentei e comecei a massagear seus pés e canelas.
Ele estava bufando de raiva. Tudo bem que com razão, mas não querer o Vitinho na empresa, era demais.
ㅡ não quero vê-lo hoje. Se eu pego aquele irresponsável, lhe tiro os couros.
ㅡ rsrs, tudo bem. Eu peço pra ele não aparecer lá em casa por hoje, mas amanhã vocês conversam. Ele é seu sobrinho e te ama com se fosse um pai. Claro que eles foram inconsequentes, mas quem nunca foi? Se eu deixar, você me fode em qualquer lugar aqui dentro também. Deve ser mal de família.
ㅡ até parece que sou um tarado. E não te pego em qualquer lugar. Ele estava no almoxarifado; fez uma funcionária sair correndo e chamar os seguranças porque achou que tinha bandidos na empresa. Armaram um circo todo. Agora todos sabem que os dois estavam lá dentro se pegando. Eu não me importaria se ele fizesse isso na sala dele, mas ele ultrapassou todos os limites. E nem vem querer usar nossa estória pra defender ele, porque não fomos pegos por um andar inteiro.
ㅡ está certo, mas você só não me pega em qualquer lugar, porque eu não deixo. Kkkkk
Nos olhamos e começamos a rir. Ele sabia que eu estava certo. Por ele, transaria comigo até pelos corredores.
Ficamos conversando e o clima ruim estava desaparecendo, mesmo ele insistindo em dizer que ainda estava furioso.
Deixamos o assunto de lado e me lembrei que durante a semana procurei um apartamento no nosso condomínio para minha mãe, mas os que estavam desocupados, eram da construtora e do Edu.
ㅡ Edu, lembra que comentei contigo sobre o apartamento que queria alugar pra minha mãe no condomínio?
ㅡ lembro, encontrou?
ㅡ sim, mas um é seu e o outro é da contrutora. Estão todos mobilhados e fazer minha mãe abandonar tudo que ela tem, vai ser a segunda guerra mundial. Estou pensando em alugar outro pelo bairro.
ㅡ bobagem! Entra em contato com a imobiliária e pede o meu apartamento. Não te ofereci antes porque deve ter acabado de desocupar. Trás sua mãe pra cá e deixa que a convenso em doar os móveis pra nossa ONG. E não se preocupe com o aluguel. Ela pode ficar lá o tempo que precisar.
ㅡ ah não, véi! Pago pelo menos a metade.
ㅡ Lauro, eu não vou ficar mais pobre por isso. Tenha santa paciência. Por mim, sua mãe poderia morar conosco, mas ela nunca concordou. Nossa, a Bruna vai adorar ter ela bem ao lado.
ㅡ vai mesmo! Elas se adoram. Muito obrigado pela gentileza.
ㅡ você merece. É o mínimo que faço por você. Cuidar de um velho como eu, da bastante trabalho. Kkkkk
ㅡ kkkkk, bobo! Vou fechar a porta pra te namorar um pouco.
Fazer minha mãe doar os móveis da casa era melhor do que ela ficar se martirizando em saber que algum inquelino estaria deteriorando suas coisas.
Resolvemos o lance do apartamento e final do dia fomos direto pra casa.
Assim que chegamos, vi a Bruna estirada no sofá. Ela lia um livro e quando nos viu, se sentou de maneira comportada.
Rimos de como ela se preocupa em sempre nos agradar e pedi que continuasse o quê estava fazendo.
ㅡ não precisa agir diferente quando estamos em casa. Até parece que somos dois carrascos. ㅡ o Edu disse e ela o abraçou.
ㅡ ah, muito obrigada. É muito chato esse lance de ser comportada o tempo todo. Ja basta quando vamos naqueles jantares da empresa. Me desculpa, mas é muito chato. Só tem gente velha e o pessoal da minha idade é tudo metido.
ㅡ muito obrigado por chamar a gente de velhos. Kkkk ㅡ o Edu disse e eu me joguei no sofá.
ㅡ kkkkk, ai pai! Vocês são velhos, mas são legais. Sempre saem comigo e conversamos bastante. Vocês se interessam por tudo que eu faço. Mesmo quando estão viajando, me ligam todos os dias. Vocês são demais!
ㅡ é, somos mesmo! ㅡ disse e o Edu parecia uma manteiga derretida.
Antes de irmos pro quarto, ela nos comunicou que a secretária do Edu havia marcado uma consulta na ginecologista.
Nos surpreendemos por ela querer que fóssemos juntos, os três e, claro, dissemos que a levaríamos.
Depois de todos os acontecimentos, o dia acabou bem.
Liguei pra minha mãe e ela ficou feliz em poder ficar pertinho da Bruna. Marcamos de fazer a mudança na próxima semana e eu a buscaria no dia seguinte pra ela conhecer o apartamento.
O Edu me esperava no banho. Entrei e ele estava na banheira. Confesso que quando o olhei, tentei não me lembrar da nossa diferença de idade, mas foi inevitável.
Eu sabia que não o teria para sempre. Apesar de sua boa forma física, um dia, os problemas de saúde apareceriam.
Deixei pra lá tal pensamento e entrei na banheira me deitando sobre ele e a água espirrou por todos os lados.
Rimos muito e ele me abraçrou e beijou minha boca com carinho. E mais uma vez, estávamos nos dois, sozinhos, naquele universo só nosso.
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Espero que tenham gostado. Voltaremos com nossa peogramação, se assim desejarem.
Estou iniciando uma nova estória e espero agradá-los.
Muito obrigado por todo carinho e pelos comentários carinhosos. Aprecio muito!
Até o próximo! Grande abraço a todos! 😉
Happy Pride!! 🌈