Os fatos que passo a narrar são baseados no que realmente aconteceu e esta acontecendo, é claro que nomes, datas, locais e demais circunstâncias são fictícios.
Somos um casal maduro, ela tem 55 anos, eu 60, de classe média, aposentados, temos filhos e netos. Casados há mais de 30 anos. Um casal normal, igual a tantos outros da classe média paulistana.
Sempre tive fantasias com a Lene se relacionando com outras pessoas, mas, nunca havia revelado isso a ela. Nas nossas transas as vezes ela mesma deixava escapar uma menção que gostaria de ter um amante, mas isso era momentâneo e passado aquele momento, nunca tocavamos no assunto.
Ela relutou muito, mas afinal cedeu e começou a usar a internet e logo uma das filhas a ensinou a usar o facebook. Praticamente começa ai esta história.
Ela reencontrou um antigo namorado dos tempos de adolescencia, coisa comum no "face" e começaram a conversar e logo começou a ressurgir a antiga atração.
Eu nunca desconfiei de nada, até por que eles ficavam somente na troca de mensagens, nem mesmo chegavam a se falar pelo whatsapp.
O único fato que me chamou a atenção é que a Lene estava mais disposta ao sexo, numa das nossas transas ela de modo mais claro falou que gostaria de ter outro homem, um amante. Isso nos levou à loucura, pois, eu guardava dentro de mim essa fantasia. Assim mesmo, não dei "corda". A tudo continuou como antes.
A grande mudança veio quando acessei o e-mail dela, para fazer um cadastramento dela num serviço de uber, a pedido dela. Para fazer o cadastro eu tive que trocar a senha dela que depois informaria a ela. Fiz na maior ingenuidade, sem nenhuma outra intenção e me deparei com na caixa de e-mails dela com um nome desconhecido e o início do e-mail mostrado indicava que entre eles havia "algo mais".
Li quase todos os e-mails, havia uns 6 meses que eles se correspondiam trocando mensagens que mostravam o amor, a verdadeira paixão que nascia entre eles. Ao mesmo tempo eles se impunham limites, pois, tanto ele quanto ela, não queriam de modo algum me magoar.
Fiquei estarrecido com a descoberta e ao mesmo tempo uma excitação diferente tomou conta do meu ser.
Eu avisei a ela da mudança da senha, mas ela, nem se tocou que eu havia visto os e-mails. Eles continuaram conversando e eu acompanhando.
A nossa relação mudou, eu me mais excitado por ela ter uma "amante" ainda que virtual, ela por que se excitava
com as trocas de carinho entre eles.
Entrei numa fase de dúvida, o que fazer?
Eu queria dar a ela liberdade para se relacionar com ele, mas ao mesmo tempo não sabia como dizer a ela que
eu descobrira tudo.
Eu tinha ouvido falar do Casamento Aberto pregado pela psicanalista Regina Navarro, li quase tudo sobre este tema que esta disponível na internet. Fui me convencendo de que este seria um caminho. Mas como tratar deste assunto com ela?
Uma noite quando estávamos nas preliminares de uma transa eu toquei no assunto.
Perguntei se ela tinha alguém, algum namorado na internet. Estavamos abraçados e senti o coração dela bater forte, descompassado.
Ela começou chorar e disse que sim. Eu contei como tinha descoberto, ela não questionou que eu invadi a privacidade dela, estava muito frágil naquele momento.
Eu comecei falando de nossa vida juntos, do nosso amor, que nunca foi uma paixão. Falei da paixão esse sentimento que aparece sem que as pessoas até mesmo queiram. Disse que éramos maduros, que tínhamos filhos e netos e que eu estava disposto a aceitar que ela se relacionasse com alguem, do mesmo modo que ela aceitaria se eu fizesse o mesmo.
Seria um segredo nosso, seriamos cúmplices. E finalmente disse que me excitava saber que ela tinha um namorado.
Nesse momento uma excitação muito forte tomou conta de nós e transamos loucamente, como poucas vezes tinhamos feito. Gozamos juntos e chegamos naquele ponto de êxtase que alguns talvez conheçam.
Depois do gozo alucinante ficamos abraçados.
Demorou para que voltássemos a conversar e foi ela quem tomou a iniciativa.
Disse que me amava, mas que sentia pelo Otavio uma atração diferente. Eu disse que entre eles havia paixão, a mesma paixão que os atraiu na adolescência tinha ressurgido e que ela deveria viver essa experiência.
Ela pediu para pensar, queria conversar com ele. Eu a deixei a vontade.
A partir daquele momento me senti um corno 24 hs, tinha assumido esse papel que tanto eu fantasiara e que agora era real.
Nossa relação ficou mais carinhosa, passamos a ser mais amigos, confidentes e eu contei a ela que tinha tido uma relação com uma pessoa que fora também uma paixão que já tinha acabado. Ela quis saber detalhes e eu contei.
Acho que isso animou seu espírito para assumir de vez o namoro.
Dependendo da recepção dos leitores, continuarei narrando o que nos aconteceu nos meses seguintes e como estamos agora...
c