Raphael Narrando
Eu detestava ficar discutindo e batendo boca, isso é algo que me desgasta, mas com o Heitor isso está sendo praticamente impossível. Depois que ele e os seus amigos tinham ido para o futebol eu até tentei dormir de novo, mas já havia perdido totalmente o sono, então eu decidi me arrumar e ir até o shopping, onde eu aproveitei para fazer umas compras e comer um lanche.
Depois de voltar do shopping eu tomei um banho e me deitei na minha cama, onde eu fiquei mexendo no meu celular, até que começaram a ser dadas batidas violentas na porta.
Eu - Tá querendo derubar a porta é!?
Então Heitor e eu começamos mais uma de uma das nossas várias discusöes, até ouvirmos a voz do nosso pai no corredor.
Pai - Posso saber o que está acontecendo aqui?
Eu - O Heitor que é um ogro!
Heitor - Eu sou ogro?! Tu que é chato pra caramba!
Eu - Chato é o teu rabo!
Na hora que eu falei isso os seus olhos ficaram vermelhos de raiva e eu senti que ele iria vir pra cima de mim, mas o meu pai entrou no nosso meio.
Pai - Tá maluco Heitor, olha o seu tamanho e olha o dele!
Pai - Já que vocês estão agindo como crianças eu vou tratar vocês assim também, Heitor vamos lá na sala conversar comigo e depois eu quero conversar com você também Raphael.
Eles foram pra sala e eu entrei de volta para o meu quarto.
Alguns minutos depois foram dadas batidas de leve na minha porta, provavelmente deveria ser o meu pai.
Eu - Pode entrar.
Ele entrou e se sentou no pé da minha cama.
Pai - Eu já conversei com o Heitor eu sei muito bem o quanto ele não é fácil.
Eu - Pois é...e pior que ele estava agindo como se ele fosse o dono da razão.
Pai - Eu sei, mas isso vai acabar agora, vamos lá na sala que ele irá te pedir desculpas agora.
Eu - Imagina pai, não precisa disso.
Pai - Precisa sim, eu faço questão, vem comigo.
Nós fomos até a sala onde o Heitor estava sentado no sofá visivelmente desconfortável com toda aquela situação.
Pai - Levanta e peça desculpas ao seu irmão.
Ele levantou visivelmente com raiva e disse.
Heitor - Desculpa.
Mas eu sabia que era tudo da boca pra fora.
Alguns Dias Depois
Finalmente era segunda-feira e eu estava prestes a ter o meu primeiro dia de aula na faculdade de moda que eu sempre sonhei em fazer, no dia em questão estava um pouco frio, o que me permitiu caprichar um pouco mais no look, coloquei uma calça jeans lavada bem justa que destacava as minhas coxas grossas e bunda grande, uma blusa branca sem estampa, uma jaqueta de couro vermelha e um tênis All Star vermelho, prendi os meus cabelos em um coque frouxo e tomei o meu café para ir pra faculdade.
As aulas começavam bem cedo, horário no qual o meu pai ainda estava dormindo, o Heitor estuda na mesma universidade que eu, porém no curso de engenharia, ele até poderia me levar, mas eu não estava afim de pedir nada pra ele e com certeza ele também não gostaria de me levar, pois se quisesse já teria me ofericido carona e como eu ainda tenho 17 anos e não posso dirigir eu ia de ônibus mesmo.
Ao chegar no campus eu fui direto para o prédio onde o meu curso de moda acontecia, aquela energia de início de aulas era maravilhosa, todo mundo cheio de sonhos e energia.
Ao entrar na minha sala eu procurei um lugar bem discreto, até que achei um perto de uma janela e lá mesmo eu fiquei, os alunos iam chegando aos poucos e se acomodando nos seus lugares, até que uma garota me pergunta.
Ela - Tem alguém sentado aqui? Perguntou apontando para a cadeira do lado da minha.
Eu - Não tem não.
Marina - O meu nome é Marina, prazer. Disse sorrindo pra mim.
Eu - Prazer, eu me chamo Raphael.
Marina era uma garota muito legal, além de ser bonita, ruiva com os cabelos lisos até os ombros, 1,70 de altura e estava usando um vestidinho de renda branco. Nós ficamos ali conversando sobre várias coisas e também passamos o intervalo juntos, até que após a última aula nós estavamos indo embora juntos.
Marina - Como você vai pra casa?
Eu - De ônibus e você?
Marina - Vou com o meu irmão, aliás ele já está ali me esperando. Disse apontando para um Honda Civic do outro lado da rua.
Marina - Vem com a gente, eu peço pra ele te deixar perto de casa.
Eu - Imagina Mari, eu não quero incomodar, fora que pode não ser o seu caminho também.
Marina - Onde você mora?
Eu falei o meu endereço pra ela e ela disse.
Marina - É só algumas ruas depois da minha casa, vamos logo. Disse me puxando pelos braços.
Nós entramos dentro do carro, ela se sentou no banco do carrona e eu no banco de trás e ela falou para o seu irmão.
Mariana - Você se importa de dar carona pro Raphael também, ele mora perto da gente.
Então o irmão dela olhou pra trás para me ver e ambos tivemos uma surpresa.
Eu - Iago?
Iago - Raphael? Que surpresa carinha.
Marina - Perai, vocês já se conhecem? Perguntou confusa.
Iago - Sim, o Rapha é irmão do Heitor.
Marina - Ai desculpa Rapha, mas o seu irmão é um ogro.
Eu - Sei bem disso.
Nós fomos o caminho todo conversando distraidamente até o Iago deixar a Marina em frente ao prédio deles.
Iago - Senta aqui no banco da frente Rapha, eu vou te deixar na porta do seu prédio.
Eu me sentei no banco da frente e eke dirigiu por mais 5 minutos até chegar em frente ao meu prédio.
Iago - Prontinho.
Eu - Quer subir? Eu faço alguma coisa pra gente comer rapidinho.
Iago - Imagina, eu não quero encomodar.
Eu- Não incomoda de modo algum, além do mais é um modo de eu agradecer pela carona vem.
Iago - Bem...sendo assim, eu aceito.
Nós descemos do carro e passamos pela portaria do prédio indo até o elevador. Nós entramos no apartamento e eu disse.
Eu - Aceita alguma coisa, uma água um suco?
Iago - Uma água por favor.
Nós fomos até a cozinha e eu dei um copo d‘água pra ele e decidi preparar um estrogonofe de frango pra gente bem rapidinho enquanto conversavamos.
Iago - Tá gostando de morar aqui em São Paulo?
Eu - Olha...é bem diferente do Rio De Janeiro, mas eu estou me adaptando sim.
Iago - Já fez amigos?
Eu - Por enquanto só você e a Marina.
Iago - Logo logo você se enturma mais, fica tranquilo.
Nós conversamos mais um pouco e teve um momento que eu fui tomar um banho pra trocar de roupa.
Eu - Fica avontade ai que eu vou tomar um banho e colocar uma roupa mais leve.
Iago - Tranquilo.
Eu fui até o meu quarto e depois de tomar um banho quentinho eu vesti um short de malha preto e curto que deixava as minhas coxas lisas de fora e uma regata também preta e deixei os meus cabelos soltos. Ao entrar na cozinha o Iago começou a encarar as minhas pernas, mas ao ver que eu tinha percebido tentou disfarçar.
Iago - Você malha?
Eu - Raramente. Porque?
Iago - Você tem as coxas grossas.
Eu - É genética, puxei isso da minha mãe.
Iago - Entendo, devem estar chovendo namoradinhos na sua horta então.
Eu - Quem dera, eu sou solteiro, nem nunca namorei.
Iago - Você nunca namorou? Então tipo você é virgem?
Eu - Sou. Disse vermelho de vergonha.
Iago - Não precisa ter vergonha não,é raros pessoas com o seu pensamento hoje em dia, você devia se orgulhar.
Eu - Eu sei...é que é difícil pra mim falar sobre isso.
Nós fomos comer na sala enquanto bebiamos refrigerante e assistiamos televisão. O Iago assim como a sua irmã era bastante alto astral e gostava bastante de falar.
Iago - Nossa, isso aqui tá delicioso, vou querer vir comer aqui mais vezes.
Eu - Obrigado rs.
Depois de comermos o Iago fez questão de lavar a louça e logo em seguida se despediu.
Iago - Eu odeia fazer igual cachorro magro comer e ir embora, mas realmente tá na minha hora.
Eu - Tudo bem, mas venha outras vezes hein.
Eu levei ele até a porta e nós nos despedimos com um abraço e eu fiquei olhando ele ir até o elevador e quando a porta do elevador se abre para o Iago entrar o Heitor sai de lá de dentro. Pela cara dele ele estava surpreso por ver o Iago ali. Eles se comprimentaram com um abraço e logo o Heitor veio até a minha direção com uma cara não muito boa.
Heitor - O que o Iago estava fazendo aqui? Perguntou entrando dentro de casa.
Eu - Ele me deu uma carona e eu chamei ele pra almoçar.
Heitor - E porque ele te deu uma carona?
Eu - Será que é porque eu ainda não tenho carro? Perguntei com irônia.
Heitor - A partir de agora eu levo e busco você na faculdade.
Eu - E pra quê isso agora?
Heitor - Não quero o pai enchendo o meu saco porque eu tô deixando você andar de ônibus.
Esse Heitor é muito esquisito, minha nossa.
Eu - Okay...tem comida pronta no fogão. Disse indo para o meu quarto.
No dia seguinte de manhã lá estava eu me arrumando para ir pra faculdade de novo, quando ouço batidas na porta.
Heitor - Será que a princesinha vai demorar muito ai?
Eu já tinha até esquecido que o Heitor havia dito que iria me levar e me buscar da faculdade a partir de agora. Depois de ter terminado de pentear os cabelos eu sai do quarto e realmente eu havia me atrasado um pouco, então nem deu tempo de tomar café.
Nós entramos no carro e o Heitor colocou um daqueles rocks pauleras dele pra tocar, enquanto acelerava o carro em toda velocidade.
Eu - Meu Deus cara, a gente não tá nos Velozes E Furiosos não.
Eu dei graças a Deus quando chegamos na faculdade vivos ainda.
Aquele dia de aula foi bem normal e logo após as aulas nós tivemos o trote que não foi lá muito assustador quanto eu achaba que seria. Depois do trote eu fui até o estacionamento da faculdade, onde o Heitor estava me esperando.
Alguns Dias Depois
Eu estava gostando cada vez mais do curso de moda e Marina e eu estavamos cada vez mais amigos. O Heitor não sei por qual razão continuava me levando e trazendo da faculdade, mas os nossos arranca rabos continuavam normalmente, apenas o Iago que eu nunca mais vi depois daquele dia que ele veio aqui em casa.
Já era fim de tarde de sexta-feira, eu estava ouvindo música no celular, deitado na minha cama, quando recebo uma mensagem no Whatsapp de um número desconhecido, mas ao olhar pra foto vi que era o Iago.
Iago - E ai cara.
Eu - Oi Iago, a Marina te passou o meu número.
Iago - Foi sim.
Então ele começou a gravar um áudio que chegou no meu celular alguns segundos depois.
Iago - Vai ter uma social na casa de um amigo meu hoje. Tá afim de ir? É bom que você conhece mais gente.
Eu - O Heitor vai? Tive que perguntar, pois não tinha a mínima intenção de estar na mesma festa que ele.
Iago - Acho que não, ele ia sair com uma guria hoje.
Eu - Eu topo então.
Iago - Tudo bem, se arruma ai que eu vou te buscar as 21 horas.
Eu fiz um lanche rapidinho, em seguida fui no mercado comprar duas garafas de vodka, já que era uma social seria bom levar algo e logo após chegar em casa eu tomei um banho e vesti uma calça skinny branca bem justa no corpo que destacava a minha bunda grande, uma blusa de manga longa azul bebê e um tênis de cano longo também azul benê e deixei os meus cabelos soltos e as 21 horas em ponto o Iago me mandou uma mensagem dizendo que já estava lá embaixo me esperando.
Ao entrar dentro do carro nós nos comprimentamos com um abraço. Ele estava com uma bermuda jeans escura e uma regata preta do Guns And Roses.
Iago - Bora lá agitar essa parada.
Depois de uns 15 minutos dirigindo nós paramos em frente a um prédio de luxo e depois de nos anunciarmos na portaria pudemos subir.
O Iago já foi comprimentando o pessoal todo e me apresentando.
Iago - E ai galera, esse é o meu amigo Raphael, ele é do Rio De Janeiro.
Eu não era muito de beber, mas acabei bebendo e estava me enturmando bastante com o pessoal, principalmente com uma morena baixinha e tatuada chamada Lorena que já estava bem loucona de tanto que tinha bebido.
Lorena e eu estavamos em um canto da sala conversando com mais três garotos que queriam ficar com nós dois, provavelmente por perceberem que eu era gay, eu já estava bem desconfortável, mas a Lorena queria catar os três mesmo e pior que o Iago tinha saído pra comprar mais bebida e estava demorando a voltar.
Mas ai tudo piorou quando eu vi o Heitor entrando pela porta e ao me ver ali ele fez a sua expressão de raiva que ele sempre costumava fazer perto de mim e começou a vir na nossa direção.
CONTINUA...
Geomateus: Será?
Lebrunn: Seguimos avante, tem muito a vir pela frente rs.
Yvih: Será? Tudo é possível nessa história rsrs.
Arrow: Fico feliz que esteja gostando, tô tentando publicar rápido.
Max Domini: Fico feliz que esteja gostando da minha narrativa.
Guilwinsk: Tô tentando alongar os capítulos aos poucos.
Suara: O Rapha não deita pra ogro nenhum kkk. O menino é fogo.
Tiopassivo: Fico feliz que esteja gostando.
Tozzi: Ainda tem muita kkk.
Valtersó: Será que vai rolar uma disputa pelo Rapha? Kkkk.
Kalvin4: Fico feliz que tenha gostado, vez ou outra o Heitor vai aparecer narrando.
Mah rsrs: É difícil pra mim aumentar o conto, pois eu escrevo até onde a minha imaginação vai e eu não gosto de cenas pra encher linguiça, mas eu tô tentando alongar sim.
Nioli: Nossa, que delícia kkk.
Luhenrique: Quem sabe mais pra frente rsrs.
JubalRj7: O Heitor ainda vai amadurecer muito.
Nayarah: Ele vai cair do cavalo kkk.
Muito obrigado pessoal, não esqueçam de comentare votar. Beijão
