Acho que até então, essa tinha sido a semana mais conturbada da minha vida, um misto de tesão, culpa, vergonha, paixão?! Talvez, apenas sei que eu não sabia o que queria. Os dias foram longos, pensamentos demais, única coisa boa é que eu conseguia responder o Marcos sem parecer estranho, no dia do futebol não agi diferente, não estava me sentindo mal por sua esposa estar me chupando e eu amando isso, será que era muito errado? Provavelmente.
Recebo uma mensagem do Marcos: “Hoje a noite, poker lá em casa, a galera toda vai, não fura hein”.
Olha, não senti nenhuma vontade em furar, chegando de noite escolhi uma roupa bacana, um perfume bem gostoso e dei uma aparada no meninão, estava em êxtase, queria a Clara, estava certo disso.
Noite do poker é a galera toda reunida zoando, muita bebida e som alto, não eram apenas homens, tinha nossas amigas, namoradas... era uma boa brincadeira.
Quando cheguei Clara não estava ainda, estava na faculdade e chegaria mais tarde, fiquei tão entretido no jogo que até me esqueci por um momento dela, até ela abrir a porta. Até a viagem eu nunca notei a quão linda e atraente ela era, não tinha um corpo esbelto, mas tinha suas curvas que quando andava parecia rebolar, o mundo era sua passarela.
Ao chegar Clara deu um selinho em Marcos, pediu para abaixar um pouco o som e deu boa noite para todos, ao passar por mim apenas deslizou com sua mão em meu ombro e foi direto para seu quarto. Quando voltou, estava de banho tomado, cheirosinha. Pegou uma cadeira, pediu para abrirem espaço e fez questão de sentar entre eu e Marcos.
Jogo vai jogo vem, começo a sentir sua mão na lateral da minha coxa, as costas de sua mão deslizando bem devagar, retribuo o favor e roço minha perna na sua por de baixo da mesa, sua pele lisinha, foi me deixando com tesão, até que certo ponto tive que me ajeitar na cadeira para disfarçar e ajeitar meu pau que estava bem duro e criando volume, Clara ao perceber me da apenas um sorrisinho e aperta minha coxa acima do joelho, cravando suas unhas e arranhado minha pele ao retirar sua mão. Por de baixo da mesa eu continuava a esfregar minha perna na dela, mas em dado momento alguém gritou por causa de algo que aconteceu no jogo e eu assustado decidi parar. Após umas 2 rodadas decido sair do jogo, já tinha bebido bastante e já estava cansado, com isso fui para o sofá ficar sozinho, após ouvir meus amigos me xingando e zoando, e liguei a TV.
Tentei focar no filme legendado que estava tentando assistir, mas o som e a gritaria me distraiam sempre, quando uns dois colegas nossos decidiram ir embora e Clara resolveu abaixar bastante o som, já passavam das 2 da manhã. Marcos já bem bêbado levantou resmungando e aumentou mais ainda o som, Clara logo foi dar esporro:
- Tá maluco? Já esta tarde, os vizinhos vão reclamar, vamos tomar multa, abaixo isso.
- Que se foda os vizinhos e a multa, eu pago se vier – Marcos não deixando Clara chegar perto do som.
- Não é só seu dinheiro, abaixa isso.
Quando vejo que poderia se tornar mais uma enorme discussão eu me intrometo e falo com Marcos que já estava na hora de abaixar, não precisava desligar mas deixar um som ambiente.
- Nunca pode ser nada do meu jeito, cansado de todo mundo me controlar – Marcos desistindo e saindo de perto do som.
Clara com a cara fechada olha para mim e fala:
- Ele tem que parar de beber!
Abaixamos o som e sentamos no sofá, o clima estava esquisito e mais três colegas nossos foram embora, restando nós três e mais 2 colegas do Marcos que eu não conhecia. Percebi que já estava na hora de eu ir também, já estava mais sóbrio, fui me despedir de Clara e ela não me deixou ir.
- Vai embora? Pra onde garoto, fica ai, tá tarde já – Diz Clara
- Melhor eu ir, não quero confusão, to bem cansado mesmo e hoje é sexta, ta tranquilo ir embora. – Argumentei, queria realmente ir, não estava no clima daquilo tudo.
- Ste, Marcos e seus amigos estão tri bêbados, não quero ficar sozinha aqui com eles, Marcos quando bebe muito fica esquisito, se você for eu vou junto!
Se eu fosse e ela decidisse ir junto daria mais confusão, e não queria deixa-la com eles.
- Tá bem, então vamos fazer algo pra comer, tô com fome e nos evita de ficar aqui na sala com esses bêbados berradores.
Ficamos conversando na cozinha, nada de mais, papo bem neutro, brincamos, fizemos piadas e a ensinei como fazer uns lanches rápidos. Estávamos rindo bastante sobre algo quando ouvimos alguém vomitar, fomos ver e era Marcos, Clara me olhou com uma cara irritada.
- Teu marido, tu que resolva – Falei e voltei pra cozinha.
Clara foi limpar o chão e dar um banho em Marcos. Depois de um tempo fui na sala ver a situação e já estava tudo limpo e os dois amigos de Marcos já estavam dormindo no sofá. Clara aparece na cozinha, já resmungando:
- Homem da muito trabalho, vou virar lésbica.
- Oi prazer sou a Aninha – Falei brincando e rimos da idiotice, mas no fundo acho que nós dois entendemos o que eu quis dizer...
Peguei o lanche e fui pra sala.
- Tá, aonde vou comer agora com esses dois idiotas mortos ai e a mesa um inferno de bagunçada – Resmunguei
- Vamos pro quartinho, tem TV lá. – Falou Clara já indo pro quarto de hóspedes.
Sentamos na cama e ligamos a TV, conversamos bastante, nem prestamos atenção no que estava passando.
- Posso te fazer uma pergunta? – Perguntei a Clara
- Fale.
- Porque esta aguentando tudo isso com ele? É meu amigo, mas ta sendo um babaca gigantesco.
- Ele nem sempre foi assim, você sabe, e quando esta sóbrio não fica assim, sei lá, isso começou tem poucos meses,
acho que são esses amigos dele do trabalho, ele anda bebendo bem mais que o normal.
- Entendo... Mas tem que colocar um basta antes que saia demais do controle.
- Vou tentar... Obrigado por ficar aqui hoje, acabou que você esta sendo muito mais meu amigo que do Marcos – Riu Clara
- Se você começar a ficar que nem ele, vai acontecer o mesmo – Brinquei de volta.
Voltamos a comer sem entrar nesse assunto, por um momento rolou um clima até que Marcos entrou no quarto e perguntou onde estava o pano porque tinha vomitado na cama. Clara saiu irritada e foi resolver isso. Depois de um tempo fui na cozinha deixar os pratos e depois ao banheiro escovar os dentes e tomar um banho, quando saí Clara ainda estava no quarto com Marcos, me acomodei no quarto e fui dormir.
Me pego sonhando com a Clara, com seus beijos, seu toque... Mas até nos meus sonhos ela vem me perturbar?! Não, não era sonho, era Clara me acordando, deitada bem ao lado ela beijava meu rosto, meu pescoço, e quando abri bem os olhos ela colou sua boca na minha.
- Achou que ia dormir sem meu beijo, idiota? – E voltou a me beijar
Finalmente tinha acordado, e que forma de me acordar... Retribui seu beijo, a puxei para mais perto e a apertei contra meu corpo, bem em cima de mim e a beijava de uma forma como não beijava alguém há muito tempo, tinha paixão, tinha desejo, tinha perigo e tesão. Ela desceu beijando meu pescoço, acariciando meus cabelos e levantou um pouco.
- Tira essa camisa, quero beijar seu corpo inteiro – Sussurrou Clara.
Antes mesmo de conseguir tirar toda a camisa ela veio beijando meu peito, arranhando minha barriga, lambendo a lateral do meu corpo, eu gemia baixinho e ela notando apertava mais corpo, arranhava todo meu peito e me dava chupões na barriga. Desceu até minha bermuda e a foi tirando bem devagar olhando pra mim com um sorriso safado e fofo, assim que tirou segurou meu pau que já estava bem duro e lambeu a pontinha da cabeça, e foi engolindo todo o corpo, ao chegar na base fechou a boca e veio sugando tudo bem lentamente me deixando louco de tesão. Continuou aquele boquete de forma magnifica, mas não queria gozar ainda então a puxei, lhe beijei, segurando sua nuca lhe coloquei deitada, comecei beijando seus pés, subindo devagar pelas suas pernas, beijando e lambendo cada pedacinho seu, mordendo suas coxas, a cada suspirada que Clara dava eu mordia mais, apertava suas coxas, cravava minhas unhas e beijava aquela pele delicada, tirei seu shortinho e fiquei com o rosto bem de frente com sua calcinha de renda fininha, com a língua bem de leve passei por cima de sua boceta que já estava bem molhada. Continuei a subir por sua barriguinha entre os beijos suspirava com meu ar quente e fui até sua boca e a beijei, com vontade, toda vontade que queria aquela mulher pra mim, deslizei até seu pescoço e voltei a descer, chegando nos seus peitos, aquele bico durinho, lambendo e chupando, o colocando entre meus lábios, enquanto apertava o outro seio com minha mão, cabia perfeitamente em minha palma, era minha, naquele momento, ela era só minha. Voltei a beijar sua barriga e descer até sua virilha, tirei sua calcinha ferozmente e cai de boca, não me aguentava mais, queria sentir seu gosto na minha boca, e que delicia... chupava e dançava com minha língua em seu grelinho, em pouco tempo a sinto estremecer e a segurar o gemido, ela tinha gozado e puxava meus cabelos. Subo e colo meu corpo no seu, a queria naquele momento, me posiciono para penetra-la e a vou beijar quando ela fala:
- Pera... – Me empurrando com sua mão em meu peito.
- Está tudo bem? – Pergunto meio confuso
Ela se senta na lateral da cama de costas para mim.
- Steve, não sei se isso esta certo... está?! O que estamos fazendo? – Clara de cabeça meio abaixada.
Eu não sabia responder, não tinha uma resposta. Razão ou emoção? Eu queria, era certo que eu a queria, mas errado em quere-la...
- Meu marido está bem ali ao lado, dormindo e eu corri para te ver, o melhor amigo dele, meu deus.
Eu sentia que ela estava com raiva dela mesma, frustrada, sabia que ela estava tão confusa quanto eu.
- Desculpa... - Disse Clara ao levantar e sair correndo do quarto.
Por um bom tempo eu não consegui me mover, todos os sentimentos ruins que eu tinha quanto àquela relação me bombardearam de uma vez, toda angustia, vergonha, medo... Sei que não consegui pregar os olhos naquela noite, e um pouco antes das 7 horas da manhã levantei e fui embora deixando todos ainda dormindo.
No restante do dia sobrava me recompor, não estava bem, me isolei do mundo e passei o dia colocando minhas ideias no lugar, precisava clarear tudo, parar de me culpar, foi um bom dia de reflexão, até que veio o próximo dia.
Recebo uma mensagem de Clara: “Oi, sei que não quer falar comigo mas poderia vir aqui agora? Eu e Marcos brigamos veio, preciso falar com você”. Levei um baque, será que ele descobriu ou ela decidiu contar? Precisava ir lá descobrir e também saber se ela estava bem.
Chegando na casa de Clara, ela atende a porta.
- Pode entrar, Marcos ainda não voltou, acho que nem vai voltar tão cedo...
- Ta tudo bem? O que houve?
- Brigamos feio, não nos falamos ontem o dia todo, estava puta com ele e com vergonha, então evitei e ele nunca se abre, sabe como é.
- Ele te fez algum mal? Te machucou?
- Não, apenas gritou comigo e me empurrou, tudo isso porque falei para ele parar de beber porque estava se tornando um babaca, que aquelas amizades dele estavam destruindo ele... – Clara colocou então as mãos no rosto, parecia estar chorando.
- Sinto muito. Sinceramente espero que vocês não terminem, mesmo... Ele vai encontrar a sanidade e vai ficar tudo bem. – Tentei consola-la, sentei ao seu lado e a abracei.
Ficamos assim por um tempo, até que ela levantou o rosto, me deu uma boa olhada nos meus olhos e tentou me beijar. Minha única reação foi me afastar.
- O que esta fazendo? – Perguntei confuso
- Eu quero você, quero agora, vamos pra minha cama terminar o que começamos anteontem. – Disse Clara se levantou e pegando na minha mão.
- Não, claro que não. – Soltando minha mão da sua – Olha, eu entendi anteontem, eu entendi o que você quis dizer, não podemos fazer mais isso, você não pode me usar como punição para seu marido ou para você mesmo nesse casamento que esta se deteriorando.
- Não estou te usando, eu realmente estou gostando de você... – Clara tentando se justificar.
- Não, não gosta. Eu gosto de você, você não gosta de mim, você gosta da sensação que te dou, não do sentimento. Infelizmente acho que apaixonei por você e não vou ficar nessa, não vou deixa você me usar assim, desculpe, espero que vocês se acertem. Preciso ir... – Falei dando as costas e indo embora de sua casa.