(...) A boca dele lhe percorria a nuca, os lábios lhe roçavam os poros, balbuciando inconfessáveis obscenidades, coisas que a fúria do desejo e o descontrole lhe faziam cruzar a mente.
Ela, encostada na pia, agora imprensada por Ele, sentia seu corpo macio entre a dureza da cerâmica, e o calor igualmente rijo da vigorosa virilidade dele. Suas generosas e insinuantes ancas largas eram ladeadas por suas mãos firmes, que lhe colava corpo com corpo, numa dança muda, cega e surda.
Se Ele dizia luxuriosas palavras, Ela apenas gemia baixinho. Um ronronar discreto de gata manhosa, de predadora gentil, sabedora de seu poder de sedução e de que não precisava de muito pra lhe torcer o juízo, o pouco dele ainda restante.
Naquela posição aparentemente encurralada, era dela o domínio da situação, pois dele estava prestes a arrancar uma suplicante adoração: dos beijos na nuca, desceu aos ombros, meio das costas, arranhões suaves, até chegar em polpudas e majestosas cadeiras, e macias carnes tão brasileiramente adoradas por estas terras.
Em sua febre, ele lhe beijava pele agora arrepiada, e mergulhando naquele sinuoso e insinuante vale, lhe beijava os meios, até abocanhar-lhe tão suavemente, como se estivesse a chupar uma fruta suculenta direto do pé, como menino do campo, pés descalços, puro e tão ao mesmo tempo vivido.
E ela, a fruta em questão, madura, doce e saborosa, se deleitava com o apetite dele, com os beiços lambendo os lábios, e esvaindo em suspiros soluçantes seus mais tênues rastros de pudor.
Não demorou muito para ele, lascivo e insaciável, ousar deslizar sua boca molhada por sua fruta tropical, até mais ao Sul, para lhe apresentar silenciosamente a inconfessáveis, e impensadas até então, sensações de um prazer anestesiante, causadas por sua língua grossa lhe fazendo movimentos em formato de anel, lhe fazendo instintiva e involuntariamente mover suas volumosas das cadeiras num rebolado lento e preciso, no alvo, fazendo a vista quase escurecerBundudas, escrevam para roger-asp@hotmail.com