Existem situações limite que nos deixam marcas. Às vezes pelo trauma, outras por conta de um aprendizado. E outras ainda, por nos revelarem um lado nosso que não conhecemos. Acho que para mim, foi a terceira, quando estava voltando de madrugada pela Serra, após sair do aniversário de minha sobrinha. Peguei o carro, ignorando o conselho de minha irmã, que insistiu para que eu dormisse por lá, e fui. Era madrugada, as estradas estariam vazias e eu chegaria logo em casa. Adorava dormir na minha cama, o sono era melhor assim.
Como estava vazia, acelerei um pouco acima do permitido, tomando obviamente cuidado com as curva.
Todavia, uma coisa que vi a frente eu não esperava. Uma viatura da PM logo no acostamento. Tentei reduzir a velocidade, e ligar a luz, mas não adiantou. O guarda com fuzil na mão me mandou encostar.
Obviamente obedeci, já sabendo que tinha me ferrado. Parei o carro ao lado deles e baixei o vidro.
“pra onde com tanta pressa, cidadão?” disse um deles, bastante musculoso e de barba espessa, enquanto o outro mantinha o fuzil bem posicionado. Imaginei que deviam estar atrás de algum alerta, pois pareciam preparados para o combate. Era melhor eu ir com calma.
“desculpe, estou indo pra casa. Corri, pois tenho medo de assalto por essa região “
Ele não pareceu se convencer. Percebi que o outro olhava a placa do meu carro, provavelmente havia recebido alguma denuncia e meu veiculo se encaixava nas descrições.
“sai do carro”
Mandou com autoridade
“mas, por q…”
“Sai do carro!”
Eu obedeci, achei melhor não irritar ele.
“fica calmo, se não tem nada a esconder, vai acabar logo. De onde tá vindo?”
“Do Grajaú. Vim de um aniversário. Estava indo pra casa.”
“bebeu quantas?”
“eu não bebo”
Ele riu, como quem não acredita.
“ok… então não vai ter problemas com.o teste” e me estendeu o bafômetro.
Sem hesitar, fiz o teste, o que confirmou minha versão.
“posso ir agora?” perguntei
“vc esta com muita pressa, cidadão” acusou “você ta escondendo algo, to sentindo isso”
Eu ri, incrédulo o que percebi não ter sido uma boa atitude.
“tem alguém aqui com cara de palhaço, cidadão? Me diz”
“Desculpe” tratei logo de pedir
“mãos no capô, vou revistar e ver o que tem escondido.”
“como assim, vc não pode…”
Naquele momento, uma onda de revolta me acometeu, que foi logo calada quando o cano do fuzil do outro policial encostou na minha cabeça. Eu gelei.
“mãos no capô. Não vou pedir uma terceira vez”
Acuado, eu me virei e apoiei as mãos como ele pediu.
Ele deu um chute para abrir as pernas e começou a me revistar
Passou a mão rapidamente entre minhas pernas, bolsos axilas. Doeu um pouco quando esbarrou no meu saco com violência.
“Nada, Aroeira” falou para o outro, mais jovem com o fuzil.” mas ainda nao me convenceu . Esse carinha aqui tá escondendo droga”
“se quiser olhar meu carro…” tentei falar.
“cala a boca” mandou o policial.
“revista ele direito” sugeriu o de fuzil.
“melhor “ concordou. Sem falar nada, passou a mão pela minha cintura e desfivelou meu cinto. Eu ia retrucar, mas o outro apontou novamente o fuzil em minha direção. Me senti paralisado.
O guarda arriou minha calça e minha cueca, me expondo ao frio, passou a mão entre minhas pernas com violência depois abriu minha bunda, abaixando para ver melhor.
“acho que não tem nada não, Aroeira?”
“olha bem, já vi viciado esconder a droga bem fundo” e fez um sorriso malvado “ esse ai tem cara de que esconder bem fundo”.
O que revistava então, enfiou o dedo no.meu cu. Doeu. Enfiou mais, tão fundo quando conseguiu.
“ih Queiroz, olha só. A bichinha tá curtindo” riu o de fuzil. Nunca me senti tão humilhado na minha vida. O Queiroz levantou e constatou que meu pau estava quase totalmente duro.
“ehh. Talvez não seja um Zé droguinha. Só viadinho mesmo.” e riram.
O Queiroz então abriu minha blusa de botão e pisou na minha calça, mandando eu tirar os pés do chão até arrancar ela completamente. Depois, a chutou para o lado. Um dos meus tênis saiu no processo.
Ele baixou de novo e abriu minha bunda.
“olha Aroeira. Até que tem um rabo bonito. Parece limpinho.”
“não duvido. Meu primo é viado, como já te falei. Não sai de casa sem uma chuca. Sempre preparado.” e riu
“ja comeu teu primo?”
Aroeira riu e confessou.
“Uma vez já. Uma delicia. Viado da cu com muita vontade.”
“nunca comi, mas confesso que deu vontade”
E deu um forte tapa na minha bunda.
O pior de tudo era não conseguir me mexer, estava paralisado.
“vai fundo, maluco. Ele ta adorando. Não vai contar nada. Não é,colega? Vai ser nosso segredo, certo?”
Aroeira me lançou um olhar cheio de malícia. Com o fuzil na mão, não precisou de ameaça para me fazer concordar.
“beleza”, Queiroz se levantou, botou o pau pra fora e cuspiu não mão. Sem ensaios, passou a saliva no meu rabo e meteu sem dó.
Meu corpo foi jogado contra o carro e ele me puxou de volta, pela cintura e meteu mais.
Doeu, eu trinquei os dentes para não gritar. Ele pouco se importou, e meteu mais e mais. Eu me segurando para não cair. Quando ele urrou de gozo, fiquei feliz em saber que pelo menos seria rápido.
“cara, tu precisa provar isso” sugeriu ao companheiro.
“curto essas viadagens não, Queiroz” desdenhou, mas seu olhar nao desgrudava da cena. Dava para ver que estava excitado.
“Azar o seu”
E sem tira de dentro, começou tudo de novo. Dessa vez mais devagar, até recuperar o fôlego e voltar a pressão de antes. Esse demorou bem mais. Queiroz estava empenhado. Há uma certa altura, a dor havia passado. Ou havia me acostumado a ela, ou estava dando lugar a outra coisa.
Quando ele gozou a segunda vez, eu senti escorrer um pouco entre minhas pernas.
Queiroz respirou fundo e saiu.
“nossa. Nunca comi um cu assim.”
“cuidado pra não viciar” avisou o do fuzil “vai acabar virando viado”
”nunca. Gosto muito de buceta ainda. Embora minha patroa ta deixando a desejar. Engordou muito depois do nosso filho. Mas e ai? Liberamos ele? To satisfeito”
Aroeira me olhou de cima abaixo, eu com os olhos marejados e pernas bambas.
“Sabe. Lembro que meu primo mama muito bem. Ja que to aqui…” E botou o pau pra fora “cai de boca”
Não respondi de imediato. Então ele me puxou por um dos ombros e me forçou a ficar de joelhos. Pegou o fuzil e apontou pra minha cabeça.
“engole, caralho. E não preciso nem avisar o que acontece se querer usar esses dentes pra me machucar “
Engoli o choro e obedeci. Chupei timidamente. O cheiro de suor estava forte.
Ele pegou minha cabeça e começou a fuder minha boca. Logo gozou.
“bebe tudo. Engole” ordenou e eu obedeci. “agora sim”
Satisfeito, pôs o pau pra dentro. “ agora pega suas roupas e vaza, moleque. Temos serviço pra fazer “
Queiroz não disse nada, estava sério voltando a patrulhar a área. Aroeira também, voltou a postura altiva. Era como se eu não estivesse ali.
Me vesti e entrei no carro. Sentar doía um pouco. Dirigi quieto até em casa. Quando cheguei, fui ao chuveiro. Lá, chorei. Chorei tudo o que estava engasgado. E depois me masturbei, até gozar tanto que os músculos relaxarem. Só assim consegui ir pra cama e, pelado mesmo, cai em sono profundo.
Demorei um pouco a superar. Me.perguntavam por que eu andava calado, e eu não respondia. Estava me sentindo humilhado, usado. Olhava para policiais na rua, com medo de serem eles. Não sei se meu medo maior era eles quererem fazer algo comigo, ou simplesmente por me reconhecerem como aquele viadinho que eles deixaram pelado no meio da estrada. Que usaram como quiseram e gozaram dentro como um depósito. Mas nunca mais os encontrei. É com vergonha que admito que voltei aquela estrada outras noites. Mas, nunca mais.