No dia seguinte, mais uma vez, pouco depois que abrimos a oficina, Marcinho estava de volta, procurando pelo meu chefe. Desta vez, nem falou comigo, foi direto pro escritório encontrar-se com ele e pouco depois que lá chegou, Zé Carlos saiu e nos avisou que precisava analisar uma papelada enviada pelo pai do Marcinho e que para não ser incomodado, trancaria a porta por algumas horas, o que achei muitíssimo estranho e me fez começar a matutar na mesma hora:
“Que coisa mais esquisita. Sendo tão preconceituoso, como é que o Zé Carlos consegue passar horas com o Marcinho no mesmo ambiente e ainda por cima trancados? E o tal segredinho desses dois? Por que o Zé Carlos tem tanto medo do Marcinho abrir a boca e contá-lo? Aí tem. Ôhh se tem! Preciso dar um jeito de ver o que está se passando dentro daquele escritório. Quer saber de uma coisa? Vou dar a volta e ver se a uma janela dos fundos está aberta. Se tiver terei uma bela visão de todo o cômodo e poderei ver o que aqueles dois estão aprontando por lá. Quem sabe hoje não é meu dia de sorte e confirmo minhas suspeitas. Se o que estiver acontecendo lá dentro for o que eu estou achando que está acontecendo, ficarei com meu “chefinho” em minhas mãos e vou me dar muito bem”.
Concluí meus pensamentos, fui pro fundo da oficina e PIMBA! Aquele era realmente meu dia de sorte, pois não só encontrei a janela destrancada, como assim que a abri fiquei mais do que surpreso e excitado com o que vi. Marcinho estava dando “A MAMADA” na grossa rola do mecânico tesudo, que peladão, não parava de repetir:
- Chupa essa rola Marcinho! Chupa, gostoso! Chupa!
Assim que confirmei que não tinha nenhum abelhudo por perto, coloquei meu pau pra fora, comecei a me punhetar assistindo o espetáculo e novamente me pus a pensar:
“ Aproveite bem essa rola Marcinho, porque hoje ainda quem vai aproveitar bastante dela, serei eu rapazinho. Vou dar demaaaaisss pra esse gostosão desse mecânico antes de ir embora. Ôhh se vou! Deixa esse preconceituoso de araque.
Como eu não podia demorar, para que nenhum dos funcionários da oficina dessem por minha falta, resolvessem me procurar, me pegassem no flagra e descobrissem o famoso segredinho dos amantes, gozei rapidinho e voltei a cuidar das minhas tarefas como se nada tivesse acontecido e sem despertar nenhuma suspeita.
Um bom tempo depois, a porta do escritório se abriu, Marcinho foi embora sem nada dizer e Zé Carlos de lá saiu na maior cara de pau, foi almoçar e quando voltou continuou a me ensinar o serviço até o fim do expediente. Fiquei enrolando, até todos os mecânicos saírem e quando o safado do meu chefe, pegou a corrente e o cadeado para trancar a oficina para irmos embora, eu olhei bem pra cara dele e disse:
- Zé Carlos, antes de sairmos, será que posso dar uma palavrinha com você lá no escritório?
- Se for coisa rápida, pode sim! Te dou cinco minutos, porque quero assistir a pelada do meu filho lá no campinho, ok? Vamos logo, fresquinho!
Fui andando pro escritório atrás do mecânico e assim que entrei, encostei a porta, me aproximei dele e disse:
- Acho que você vai perder a pelada do seu garoto, viu Zé Carlos? Acho não, tenho certeza!
- Que palhaçada é essa moleque? Quem é o chefe por aqui? Eu ou você? Desembucha logo, antes que me arrependo de ter lhe chamado pra trabalhar na oficina e me mando sem nem ouvir as lorotas que tem pra me falar, entendeu?
- Se eu fosse você, baixaria a bola até ouvir o que eu tenho pra lhe dizer. Depois de me ouvir, ao invés de me despedir e de querer ir ver seu jogar bola, além de se dar muito bem, mais uma vez, vai querer até me dar um aumento. Quer apostar, “chefinho”?
Bem irritadinho, o safado tentou sair fora do papo e quando estava prestes a me expulsar do escritório, em alto e bom som eu lhe perguntei:
- O cu do Marcinho é gostoso, Zé Carlos?
Nesse momento o sacana, olhou bem pra mim e disse:
- O que foi que você me perguntou, seu fresco? Perdeu o juízo, moleque? Não tem amor aos seus dentes não, seu atrevido?
- Perguntei se acha o cu do Marcinho gostoso, chefinho? E não se preocupe, porque estou mais lúcido do que nunca. Agora, se não for sincero e se partir pra ignorância, posso realmente perder o juízo e uma pessoa desajuizada, acaba fazendo coisas que até Deus duvida, inclusive sair pela cidade falando o que não deve, não é mesmo Caaarlããõooo?
Claro que eu jamais me prestaria a uma coisa baixa, como aquela e só usei de chantagem no início pra conseguir o que tanto queria e deu certo até demais, pois muito assustado e preocupado com o meu tom, exatamente como reagiu à chantagem do Marcinho no dia anterior, ele reagiu à minha naquela hora. Abaixou a bola, se desculpou comigo e muito educado, ouviu tudo que eu tinha para lhe falar, ignorando a tal pelada de seu filho completamente.
- Me desculpe, viu Jorjão Só estava brincando contigo. Posso muito bem assistir meu filho jogar futebol, outro dia. Tenho todo tempo do mundo pra você, meu amigo? Vamos nos sentar, naqueles bancos que ficam no galpão dos fundos, para conversarmos com mais tranquilidade e com mais privacidade? Além do calor que está fazendo, sabia que as paredes do escritório tem ouvidos? Aceita uma aguinha, meu chapa?
- Não Obrigado! Estou sem sede! Mas se está dizendo que podemos ser ouvidos aqui no escritório, acho melhor irmos lá para o galpão dos fundos, porque não só temos muito a conversar, como certamente o que conversarmos você vai querer manter no mais absoluto sigilo. Vamos?
Assim que chegamos no tal galpão e nos sentamos, repeti a pergunta tinha feito pro sem vergonha, alguns minutos antes:
- E então? Estou esperando sua resposta, chefe. O cu do Marcinho, é ou não é gostoso? E para não perdermos muito tempo, achoo bom você responder logo e sem rodeios, ok?
- Mas do quê você está falando, Jorjão? Cuuu? Maaarciiiiinho? Não faço a menos ideia do que você está falando, rapaz.
- Se você for continuar negando e tentando me enrolar vou passar lá no bar do Chico, pra tomar umas e você sabe muito bem que com umas na cabeça a gente acaba conversando demais. Se não responder a verdade agora mesmo, me mando pro boteco pra tomar umas com seus mecânicos que com certeza estão por lá tomando umas e outras.
- Promete que tudo que conversarmos aqui, ficará por aqui, Jorjão?
- Te dou minha palavra que sim! E pra facilitar as coisas e não perdermos mais tempo, vou abrir o verbo logo duma vez. Vi o Marcinho te manado gostoso hoje mais cedo, no escritório, e pelo tempo que passaram trancados lá , com certeza você meteu a rola sem dó no rapaz.
- Fale baixo, cara! Se alguém escutar uma coisa dessas, posso dar adeus a minha reputação de machão. Mas como não tenho saída, a resposta pra sua pergunta é SIM. O cu do boiola do Marcinho é até que bem gostosinho. Quebro bem o galho com o cuzinho dele. Satisfeito, jorjão? Podemos ir embora agora, camarada?
- Ir embora? Ficou maluco, macho? Pode ir tirando o cavalo da chuva, que ainda temos muito a fazer por aqui, ok?
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Em breve, mais uma parte dessa aventura.
Até Mais!
Boa leitura!