Depois de uma maternidade sem aparecer, quem aparece? Eu de novo. Esse capítulo é narrado pelo Matheus que estava com a história meio parada e esquecida
IMPROVAVEL capítulo 40
Narrado por Matheus
Já faz alguns meses depois que o Gustavo terminou comigo quando me pegou na cama com André, fiquei no chão com aquilo, muito envergonhado comigo mesmo, todo mundo me criticou, minha família então nem se fala, o Caio foi o único que mesmo assim ficou do meu lado, mas foi burrice minha trair ele, e pior trair com um cara que não vale nada, um idiota que só quer me comer, também não falei com o André depois daquilo. Tentei conversar com o Guga mais foi em vão, ele me evitava, as vezes o encontrava na rua mas ele passava reto, no máximo cumprimentava o Caio quando estava comigo, nas festas de vez enquanto a gente se esbarrava ele nem me olhava, fingia que nem existia, via ele com várias garotas e com alguns garotos também, sentia ciúmes né porque ninguém é de ferro mais ele estava no direito. Esse situação ficou a mesma até que um dia eu encontrei ele na rua perto do condomínio que ele morava, era numa esquina o Guga atravessava a faixa com algumas sacolas na mão de uma padaria que ele sempre comprava, esperei ele terminar de atravessar, pensei que ele iria na minha direção mas pra não passar por mim foi pro outro lado, nisso eu vou pra frente dele e falo
- Agora é assim, vai fingir até quando que não existo?
- Mas tu não existe, pelo menos não pra mim
- Então acabou assim?
- É Matheus acabou assim, queria o que? Que eu voltasse pra ti com um buquê de rosas vermelhas
- Não mais que pelo menos tu pudesse conversar comigo
- Desculpa se tu foi muito filho da puta comigo pra mim não querer fazer terapia de casal
- Guga ...
- Tchau – ele foi andando mais eu seguro na mao dele
- Gustavo espera, só me escuta dessa vez e se depois tu não quiser falar comigo prometo não te incomodar mais – ele voltou sua atenção pra mim
- Eu fui um idiota, burro, por ter feito aquilo contigo, tu que sempre foi perfeito pra mim, perfeito até demais
- Tá falando que a culpa foi minha?
- Não, tô falando que foi minha, que o problema sou eu que não consigo larga o André, que não tenho olhos pra qualquer outro, mesmo assim me arrependo muito daquilo, sofri demais, passei noites em claro imaginado o quanto tinha te ferido
- Tu é muito filho da puta mesmo neh, vem me pedir desculpas dizendo que tu sofreu, vai pra casa do Caralho, tu se martiriza porque não me viu como eu fiquei depois, das noites de cão que passei, das semanas que eu virava afundado na vodka, pra depois tu vir aqui e dizer de como foi difícil pra você, vai tomar no teu cu viado e vê se não me amola mais – ele saiu pisado firme e dessa vez não teve como segurar.
No fim do semestre eu estava na cozinha da casa do Caio estudando pra prova, daí ele recebeu uma ligação do Bruno e ficou horas falando, nesse meio período a campainha da porta toca e ele pede pra mim abrir, vou lá, e quando abro dou de cara com o Gustavo, ele se assusta quando me vê
- Oi – digo meio sem jeito
- Eai, o Caio tá casa?
- Está lá na cozinha
- Fazendo comida ?
- Não a gente está estudando, mais vem entra
- Não, deixa vocês estão ocupados, volto depois - ele ia saindo quando eu pego ele no braço
- Fica Gustavo, não precisa sair assim, olha se tu estiver incomodado com a minha presença pode deixa eu saiu
- Mano vocês estão estudando só vou atrapalhar, deixa quieto, além do mais eu vim aqui só pra conversar com ele mesmo, outra hora eu volto
- Nada haver , a gente já estáva terminando mesmo, vem entra
- Matheus, melhor não- ele fala sério, em seguida ele tira a minha mão que ainda estava segurando o braço dele - mas valeu mesmo assim – e foi embora, fecho a porta e fico parado olhando pensativo a maçaneta, sabe quando fica aquele clima estranho quando duas pessoas não sabem mais como se comporta uma com a outra, percebi que nos dois ficamos sem jeito mais o Gustavo estava diferente da última vez que me viu no sentido que não carrega mais tanta raiva e rancor nas palavras, dei um sorriso bobo com esses pensamentos que são cortados com o Caio aparecendo na sala desligando o celular
- Quem era Matheus?
- Era o Gustavo
- É porque ele não entrou? – Não consegui falar nada mais ele entendeu - vai dizer que foi porque tu estava aqui, sério essa situação de vocês já está ficando irritante – voltamos pro trabalho mais fiquei pensando nele. A noite fui pra casa, tomei um banho bem quente, enrolo a toalha no corpo e volto pro quarto, a luz do celular que estava encima da cama ascende, de longe vi que era uma notificação, mensagem do Gustavo, rapidamente me joguei na cama pra ver, errei a senha umas 3 vezes na tentativa de desbloquear, a mensagem dizia, “É no final a camisa serviu bem em você”, fico confuso e respondo “que camisa?” E ele manda de volta “a que voce estava usando hoje, no final de contas ela serviu”, imediatamente olhei pro cesto de roupas onde estava a bendita camisa, a lembrança veio de imediato, pouco antes da gente terminar tínhamos saído pra dar uma volta na rua e ele viu essa camisa na vitrine na loja, gostou e comprou pra mim dizendo que ia ficar perfeita, na hora eu vesti e protestei dizendo que Verde escuro não combina com morenos mais ele comprou mesmo assim, hoje quando fui vestir peguei ela por acaso, no fim “obrigado” respondi, ele “Não precisa agradecer pelo elogio” ele manda de volta e eu devolvo, “Não foi pelo elogio mas sim porque ainda não tinha te agradecido por ter me dado ela, no dia eu nem queria lembra?”, ele demora um pouco pra responder mas depois manda “blz, de nada” e daí morreu o assunto, foi um diálogo curto mais já me trouxe uma paz por dentro que a tempos não sentia. Na semana seguinte o Caio descobriu a armação do Ivan, fiquei putasso com o caso da tiara o Caio me falando e meu sangue fervendo
- Eu não acredito que ele fez isso
- Mas ele fez
- Nossa se aquele garoto aparecer na minha frente acabo com a raça dele – falo
- Chegou atrasado, eu tentei e não deixaram
- Só machucar então
- Atrasado também, deixei ele muido
- Então que ele não apareça aqui hoje
- Matheus qual parte do muido tu não entendeu, ele foi pro hospital e não sai de lá tão cedo
- Tu é uma desgraça ne Caio
- Sou
- É teus pais não brigaram contigo por isso ?
- Tá brincando, quase arrancaram o meu coro, minha mãe ficou uma fera
- Ah mais tu é acostumado com isso
- É só que dessa vez foi pior porque ele poderia presta queixa por agressão, por sorte minha velha entrou em contato com a família dele que resolveu não ir pra justiça
- Ainda bem
- No entanto eu vou pagar toda a despesa hospitalar mais uma indenização de valor significante, resumindo bye bye mais sapatos novos da Dior
- Não dá pra ganhar todas
- Infelizmente, mas pelo menos eu quebrei a cara dele
Ri muito da cara do Caio, naquela tarde estava em casa sentado vendo TV no sofá e vendo um texto no face quando recebo uma ligação, era o número do Gustavo, meu coração parou na hora, arrastei o botão verde pra direita colocando o celular no ouvido as primeiras palavras foram
- Matheus tá bem ?
- Sim estou, porque não estaria? – quase respondo que não afinal meu corpo estava gelado
- É que o Caio me contou do Ivan, o que ele tinha feito e como tinha te afetado. Daí tô ligando pra saber se você está bem
- Estou sim muito obrigado por se preocupar
- Tem certeza, não precisa de nada ?
- Tenho sim, eu tô ótimo
- Então tá, liguei só pra ver se estava tudo ok contigo tchau
- Tchau Guga – escuto ele rir do outro lado quando ouviu eu falar Guga. Demorou uns 10 minutos pro meu coração voltar a bater e pra mim respirar normalmente, a partir daquela ligação passei a conversar no watts quase todo os dias com ele, conversar normais é claro mais pra mim o coração ficava querendo sair pela boca. Era final de semana, acordei cedo, fui pra banheiro meu irmão estava lá escovando os dentes me juntei a ele
- Bom dia príncipe – ele disse me dando um beijo no pescoço
- Não, fiquei melado de espuma de boca credo
- Grandes coisas hahahaha vai fazer o que hoje ?
- Acho que nada, vou ficar em casa, tô sem nada pra fazer
- Todo mundo saiu neh, eu também vou ir daqui a pouco dar um rolê, tô vendo que o caçula vai ficar em casa sozinho
- Na falta de alguma coisa melhor a Netflix ajuda
- Tá bom agora me da mais um beijo
- Sai Paulo, tá me sujando de espuma, sai – consegui tirar ele de cima de mim porém fiquei cheio de espuma. Casa vazia, tudo em silêncio a não ser o barulho da TV que estava ligada enquanto mexia no celular, não sei se é só eu mais tenho a mania de ligar a TV só pra ficar no celular, daí lá estou eu quando o Guga me liga
- Fazendo o que de bom?
- Nada e vc
- Nada também, tá afim de dar uma volta e depois almoçar? Tô com fome
- Vamos sim, comida nunca é demais neh
- Te pego daqui uma hora ?
- Pode ser
- Tá bom daqui a pouco eu passo aí – e desligou, fiquei uns 10 segunda imóvel até a ficha cair, eu ia em um encontro com o Gustavo é isso, ok era só um almoço mais não deixa de ser um encontro, corri pro quarto me arrumar, tomei aquele banho pra ficar bem cheiroso, escolhi a melhor roupa do guarda roupa mais acabei trocando pois percebi que estava vestido pra noite é não pra um almoço, acabei optando por um calça branca e uma camisa azul claro normal, nada muito chamativo, me perfumei todo, estava pronto, mau acabei de me arrumar e ouço uma buzina, era ele, conheço pelo som da buzina, tranquei a casa e sai, o carro estava parado bem em frente do portão, entrei e dei de cara com ele que estava muito gato, camiseta polo listrada, chapéu pra trás e de short, e um óculos azul
- Bom dia gatinho- ele fala, eu na minha mudez consegui responder apenas
- Bom dia – estava nervoso por estar perto dele
- Vamos dar um volta
- Estamos aqui pra isso
- Tu gostaria de ir pra onde?
- Qualquer lugar – eu falava meio estático respondendo apenas o que ele me perguntava, a gente ficou andando pela cidade sem ter direção, daí teve uma hora que o silêncio reinou dentro do carro, ele não falava nada e eu não abria a boca, aquele silêncio me sufocava, mal conseguia puxar o ar e quando o fazia vinha um respiração pesada, bem pesada, depois de uns 15 minutos calado e ele fala
- Matheus porque você está nervoso ?
- Como assim? – respondo com outra pergunta
- Porque você está nervoso? – ele repete
- Não estou
- Está sim
- Quem disse
- Você está com as pernas tremendo, com a respiração pesada e até agora não consegui me olhar na cara
- Reparou?
- Não teve como não reparar
- Pra falar a verdade sim, estou um pouco
- Mais porque?
- Porque sim, é estranho estar perto assim de você depois de um tempo, sei lá me desacostumei; o melhor seria se...
- Se voltaremos a estaca zero?
- Mas eu fui safado desgra....
- Matheus estaca zero? – houve um momento de silencio no carro, entendi o recado
- Estaca zero então – falei meio emocionado, fui dar beijo nele me jogando no impulso
- Calma guri, tô dirigindo lembra, desse jeito o carro bate
- Tá bom desculpa kkk – ficamos andando pela cidade conversando e depois fomos pro apartamento dele quando entramos eu já trato de empurra ele pra dentro empurrado pro sofá que estava perto, subi em cima dele pus as mãos no meu rosto e o beijei, como não fazia a muito tempo, a boca dele na minha, as mãos dele me apertando era tudo que precisava
- Matt que fogo é esse
- É a saudade da tua boca, do teu cheiro – dei uma fungada no pescoço dele – de você – falei mordendo o ouvido dele, ele respondeu com um arrepio do Caralho
- Estão vem – ele responde com um tom de voz sacana, agente fica se pegando enquanto ele tira a calça e põem o pau pra fora, cai de boca nele, chupei como nunca, fiz garganta profunda deixando ele todo melado, ele me pegou no colo e me jogou na cama tirou minha roupa e começou chupar meu rabinho, delirei na língua dele, encapou o pau e começou a me comer de frango assado, me beijando ao mesmo tempo, me chamando de puta dizendo que estava com saudade de me foder, que hoje eu ia levar uma surra de pica, é levei a gente transou o dia inteiro, depois acabei adormecendo, abro os olhos e o quarto estava escuro a não ser pela tela do celular que estava nas mãos do Guga
- Acordou príncipe? – ele pergunta ao notar que estava consciente
- Sim – falo balançando a cabeça bem sonolento – Tá fazendo o que ? – digo me aconchegando no seu peito
- Pedindo uma pizza, tô morto de fome
- Não tem comida na geladeira?
- Não, porque?
- Raridade, nunca tinha visto fica sem comida nessa casa, geralmente a geladeira estava cheia
- Semana corrida daí não tive tempo pra fazer compras
- Tá certo
- Não sei se já te contei mais minha mãe é chef de cozinha daí já vi neh, aprendi cozinha bem cedo
- Explicado então por que sempre que vinha aqui tinha um pudim na geladeira
- Pudim ou musse, tá com saudades das minhas sobremesas?
- Não, sempre que eu vou no Caio eu como, ele cozinha melhor que você, acho que tua mãe não te ensinou direito
- É tu acha que o Caio aprendeu a cozinha com quem, ele ia lá em casa mais por ela do que por mim
- Sério ?
- Sim
- Então retiro o que eu disse, ela foi uma boa professora
- Muito boa
- É tu estava ocupado com o que esse tempo todo?
- Com a boate, tá tendo uma reformas lá daí tenho que ficar por perto pra ver se sai tudo certo daí toma todo o meu tempo – Não sei se já tinha falado pra vocês mais o Gustavo era sócio de uma casa noturna, inclusive foi lá que o conheci, no aniversário dele que o Caio tinha me levado
- A tá - fizemos silêncio enquanto nos encaramos, eu alisava seu belo rosto quando falo – Eu estava com saudade de você, de poder te chamar novamente de Guga
- Eu também estava com saudades de ouvir você me chamar assim
- Essa frase e melodia pros meu ouvidos – ele sorriu
- Matheus posso te pedir uma coisa?
- Fala
- Não fala pra ninguém que a gente está se entendo, pode ser
- Porque não ?
- Pra não atrair inveja e tals, sei que parece besteira mas não queria atrair mau olhado e inveja das pessoas
- Tá bom, prometo não contar
- Beleza então – ele me beija
- Mais nem pro Caio?
- Nem pra ele, vamos deixar o que rola apenas entre nós meu príncipe
- É claro – e nos beijamos, daquele dia em diante passamos a nos encontrar quase que diariamente, as escondidas é claro, não entendi muito bem o motivo da omissão mas resolvi acatar o pedido do Gustavo. Semanas depois estava na faculdade andando pelo Campos quando me aparece do corredor a esquerda o Ivan
- Eai viado do Caralho – ele fala, se aproximando de mim pra me dar um abraço, automaticamente dei um empurrão
- Não encosta em mim
- Que foi? Não vai abraçar um amigo ?
- Amigo? O Caio me contou o que tu fez
- Qual é foi apenas brincadeirinha
- Colocar aquela tiara na minha bolsa pra me acusarem de roubo parece brincadeira pra você?
- Não fique ressentido, faz mal pra saude
- Tu não tem ideia do que eu passei depois de ser humilhado pela mãe do Caio
- Águas passadas
- Pra mim não, me responde uma coisa porque tu fez aquilo, o que tu ganharia com isso
- Sinceramente o prazer de te ver pisado, aquilo foi apenas zueira mesmo, sabe que tu ficou muito bem no papel de pano de chão
- Eu acabo contigo sua peste
- Nem vem, até porque não vim aqui falar sobre você é sim mandar tu entregar um recado pro Caio
- Que recado?
- Vai ter volta, se ele acha que vai ficar assim e que acabou ali naquela cama de hospital pode esquece
- Vai lá e fala isso na cara dele, aposto que ele não gosta de meninos que mandam recado
- Não se preocupe quando eu for mandar um recado ele vai saber
- Só me responde uma coisa? Porque?
- Porque o que ?
- Prejudicar o Caio tentado criar discórdia entre ele o Bruno até entendo, mas armar pra mim com aquela tiara não faz sentido – ele ficou em silêncio por alguns instantes e continuou
- Bom, como tu sabe disso agora não importa mais eu posso te contar, você obviamente sempre foi mais próximo a ele, tu tinha total confiança, confiança essa que eu queria pra mim acabar com ele, então tinha que minar a amizade de vocês, mas sinceramente tu é insuportável, essa cara de menino bonzinho e sonso beira o ridículo, insuportável
- Então tão neh, a repulsa é recíproca – fui saindo quando ele grita
- Não esquece do meu recado – parei, voltei e dei um abraço nele falando em seu ouvido
- É como se ja tivesse sido dado – É fui embora. Como foi corrido o dia nem dei muita bola pro que ele disse. Passou um tempo e eu continuava na mesma com o Gustavo sempre ficávamos as escondidas, por mim tudo bem porque ninguém tinha nada haver com a nossa vida. Essa semana quase não estava vendo o Caio fora da faculdade, ele estava muito ocupado com o Noah e o Bruno então sobrava tempo pra mim ficar com o Guga sem ninguém desconfiar. Um desses dias eu estava no apartamento dele, a gente tinha pedido pizza estava morto de fome depois de tranza a tarde inteira, o Guga estava no banho e eu fiquei perambulando de toalha pela casa, a campainha toca e eu bem no estilo automático fui inventar de abrir, dou de cara com o
-Ítalo- falo espontaneamente
- Matheus – ele fala com uma cara surpresa – tá fazendo o que aqui – ele passou os olhos no meu corpo desnudo – nem precisa responder
- Entra aí – ele entrou e sentou no sofá bem largadao
- Cadê o Guga? -perguntou
- Tomando uma ducha
- Tem comida aí?
- Não
- Pede uma pizza então
- Já pedimos, alias eu pensei que tu fosse a pizza por isso abri a porta
- Matheus até onde eu sei em apartamentos o entregador não vem bater na tua porta, tu que teria que descer pra pegar o pedido
- É eu sei
- Então porque tu abriu?
- Sei lá foi meio automático
- Quer um conselho, não ficar abrindo a porta sem ter certeza de quem bati, nunca se sabe quem pode está do outro lado – disse sorrindo em tom sarcástico
- Não me diga, é para de reclamar porque se não fosse por mim tu ainda estaria no corredor
- Eu sei, to só enchendo teu saco
- Sei... e como foi que te deixarao subir sem ligar no interfone?
- O tio que fica lá em baixo me conhece, já sou acostumado vir aqui
- A tá vou pedir pro tio para de liberar esse povo de subir aqui sem ligar antes
- Ueh porque ?
- Vai que alguém me pegue usando apenas cueca – eles apenas sorriu, instantes depois o Guga apareceu do quarto
- Ihhhh resolveu aparecer – ítalo comenta
- Mano lembrei que tu vinha aqui em casa no chuveiro – Guga fala dando um abraço do Ítalo que responde
- Sai fora, deu agora a ficar pensando em mim no chuveiro
- Não me estranha
- Perdeu Matheus, teu boy eh meu agora – ítalo diz sorrindo
- Nem me preocupo, tu não sabe fazer o sabonete escorregar que nem eu
-E nem quero aprender, quer dizer que vocês voltaram
- Digamos que a gente está se curtindo- repondo
- Tá bom, tô com fome cada a comida Guga?
- Tô sem nada em casa, inclusive estamos esperando uma pizza
- Não pode ser verdade – ele foi na geladeira mexeu mexeu e no fim disse – So tem agua, nossa, tá ruim em fi, tá aí uma coisa que eu pensei ser impossível, tu sem comida, Mateus da um jeito no teu homem
- Tá difícil, também tô sentindo falta do rango
- Os dois não vao se unir pra falar mal de mim neh – nisso toca o interfone
- Agora deve ser a pizza – falei, ele atendeu o interfone, era a pizza, pegou a carteira e desceu. O Italo foi desbloquear o celular e percebi uma foto de um guri muito lindo, muito lindo mesmo – Nossa quem eh esse boy?
- Qual boy?
- Esse da tela de bloqueio do teu celular, posso ver ? – Peguei o celular da mão dele
- Quer dizer que esse aí eh um boy gostoso?
- Demais, que homem maravilhoso
- Valeu pelos elogios, sou demais
- Que ? Não tá falando sério
- Muito sério quer ver- ele pegou o celular e me mostrou um álbum de fotos, uma mais linda que a outra, tipo ele era bronzeado, musculoso, cabelo estilo militar rosto quadrado, boca carnuda e olhos pretos, tipo um homao da porra estilo playboyzinho riquinho, nossa e tinha umas fotos dele de sunga que me fizeram parar de respirar, só acreditei que era o Ítalo porque tinha fotos junto do Caio e do Guga, e do Lyan e também tinha um vídeo das pessoas batendo palmas de aniversário falando o nome dele, Ítalo
- Ainda não acredito que esse era você, tu era outra pessoa
- Tu me acha com cara de quem anda com fotos de macho no celular, esse sou eu
- Mas tu entende que é quase impossível de acreditar que seja a mesma pessoa
- Sim, eu era muito gato, passava o rodo geral nas meninas, curtia muito passa no corredor e elas e os viados ficarem suspirando, me encaravam pra Caralho, toda noite era uma diferente, bons tempos aqueles
- A com certeza se tu passa por mim ia te querer na hora
- Não tinha quem não quisesse
- Era nessa época que tu brigava com o Caio, tipo já escutei que vocês não se davam bem
- Tá de brincadeira, a gente se odiava, desde criança nos já ia pro pau, eu curtia tirar sarro dele porque ele sempre foi viadinho e só andava com os viadinhos dos amiguinhos viadinhos
- Tá falando do Luka, do Lyan e do Daniel?
- Esses mesmo
- Me fala um pouco deles o Caio nunca falou muito sobre eles
- Bom o Lyan tu já conhece rostinho de anjo mas diabólico como ele, não preciso falar muito neh, o Luka Ângello mais conhecido como anjinho, pessoa mais burra e inocente do mundo tipo acredita que todo que tu contar pra ele, sempre achei que ele vivesse num mundo de unicórnios em que a cor do céu é arco-íris
- Sério isso?
- Sim, mas pra compensar nunca vi um viado mais pegador de homem na vida, sério, o Caio passava o rodo mais ele distribuía, toda semana era um namorado diferente, uma vez tentei até competir com ele pra ver se pegava mais meninas do que ele pegava meninos... perdi feio. O Daniel era o mais normal de todos, não tem muito oque falar dele, a não ser que tu ver que ele teve uma educação de berço, sempre culto e distinto dos demais, acho porque ele é muito rico
- Todo mundo que eu conheci de vocês são
- Não Matheus mas o Daniel é muito rico, muito rico mesmo, nível Bill Gates, pra tu ter ideia a família do Caio e rica, mais em comparação com a do Daniel o Caio não passa de um mendigo que não pedi esmola porque não tem uma caneca. E o Caio era o viadinho brabinho maconheiro que eu curtia muito zuar
- Maconheiro? – ele olhou pra mim é deu uma gargalhada
- Tu não sabia, o maior noia da escola, quem tu acha que me apresentou a erva e depois a coca?
- Tá de brinks
- Muito sério isso, noia de boca de fumo, daqueles de andar com os dedos queimados e fumar pedra no bom bril
- Como assim, tipo não tenho nada contra só não esperava que o Caio fosse usuário
- Mais isso já faz tempo, ele parou, a anos
- Tá mais porque tu tirava onda com o Caio?
- Na real porque ele se importava com que eu falava e também porque ele era um viado filho da puta que não levava desaforo pra casa, daí já viu neh todo dia era briga na escola, pelo menos no começo, depois eu deixei ele de mão quando vi que ele se tornou mais, demoníaco.
- Não consigo imaginar o Caio assim
- Uma vez eu e uma amigo meu fomos almoçar numa churrascaria perto da escola, no fundo estava ele o Lyan sentado, esse meu amigo era novato na escola mais já de andar comigo tirava onda com os viados. A gente parou na frente da mesa deles, meu amigo pegou um pedaço de carne no prato do Caio, comeu, é apoio uma das mais em cima da mesa e disse “carne tá boa, e eu pensando que as putinha só comiam salada”
- A nada de mais isso
- Também achei mais o Caio sendo o Caio pegou um daqueles garfos grandes de churrasco, é enfiou na mão dele que estava apoiada na mesa, as pontas do garfo atravessaram até o outro lado, em seguida o Caio rodou o garfo pra um lado e pro outro, numa brincadeira bem sádica
- Menino mau, teu amigo ficou bem?
- Sim, ele pra hospital e ficou tudo certo mas ele passou um tempo sem escrever
- O Caio era horrível antes
- Ele tá virando gente agora – depois que escutei essa história fiquei com a mão doendo só de pensar nos ossinhos que o garfo deve ter atingido. O Guga voltou pra comemos a pizza e o Ítalo foi embora, tinha pegado um laço de amizade com ele. Passou uns dias e teve uma festa da piscina na casa do Caio, o Guga foi me busca, chegamos e quando descemos do carro ele pegou na minha mão
- Mais a gente não estava ficando em segredo
- Estava, a partir de hoje estamos namorando blz – Eu parei por uns 60 segundos até cair a ficha
- Como assim, nem teve pedido ainda – ele se aproximou e disse no meu ouvido
- Aceita namorar comigo de novo?
- Sim – dei um beijo nele. Entramos de mãos dadas, vi algumas pessoas olhando pra gente, e entre elas estava o Caio, que já veio até nos
- Até que enfim né- ele fala
- Nem demoramos tanto assim – o Gustavo fala
- Não estava falando disse – ele falou olhando pras nossa mãos
- Ah ta, resolvi criar coragem e voltar com ele hoje – diz o Guga
- Magina, até que demorou pouco – Caio ironiza
- Desculpa não ter te contanto antes, estávamos mantendo em segredo se é que tu nos entende – falo – mais porque tu não parece surpreso Caio
- Digamos que eu já sabia que vocês dois estavam se vendo de novo, afinal vocês não são as pessoas mais discretas do mundo
- É porque tu não disse que já sabia – pergunta o Guga
- Por que se vocês não falaram antes então era pra ficar em segredo, resolvi deixar vocês se pronunciarem primeiro
- Tá bom neh – digo
- Gustavo me faz um favor vai busca uma bebida pra gente
- Blz Caio, cerveja ou whisky?
- Whisky – quando o Gustavo estava longe o Caio fala – Mateus fica esperto
- Porque o que foi que deu?
- Minha cunhada benevolente atendendo ao pedido cheio de drama resolveu trazer a Suelen de penetra na minha festa
- Putz amigo, que pena
- Calma que as coisas melhoram, e a Suelen como boa penetra que é trouxe outro penetra, o André
- O que? – falei com espanto, vendo os dois lá no fundo conversando – isso não vai presta
- Vai da merda Matheus
- Vai amigo... hoje vaiEssa festa vai dar muita onda, até próximo E não esqueçam de comentar