Como forma de aprender a me soltar, trabalhar minha timidez e assim saber me expressar melhor, comecei a ter aulas de teatro. Havia um curso perto do meu trabalho, em que eu estudava a noite. Era um casarão antigo, na Glória, improvisado e utilizado para um grupo de teatro amador. Todas as terças e sextas eu ia. De cara, gostei muito das aulas. De início, foi difícil. Eu era muito preso. Mas com pouco mais de 2 meses, já demonstrei melhoras significativas. A turma era ótima e o professor muito bom.
Apesar de amador, o projeto final seria encenar uma peça que seria apresentada no Teatro Dulcina, com patrocínio do SENAI. Grande oportunidade e eu estava muito nervoso. Como Bruno, meu professor, sabia que meu maior obstáculo era minha timidez, se propôs a trabalhar isso. Às vezes, depois da aula, eu ficava por mais tempo e ele me passava alguns exercícios.
Normalmente eram cenas improvisadas, em que eu tinha de fazer os mais excêntricos papéis. As vezes ele chamava alguém da manutenção para assistir, para me obrigar a fazer isso diante de um público. Não foi fácil, mas fui me superando. Numa noite de sexta, em especial, ele fez um exercício comigo que foi o divisor de águas. Ele mesmo disse que, se eu sobrevivesse àquele, os outros seriam simples.
Consistia em uma cena bastante inusitada, baseada no filme “Ninfomaníaca”. Disse que só poderia fazer comigo, pois se fizesse com qualquer uma das meninas da turma, seria considerada assédio.
A cena consistia em um diálogo entre médico (ele) e paciente (eu), onde teria de narrar as partes perturbadoras da vida sexual da personagem. E realmente, a personagem em questão é bem louca, tentando de tordas as formas saciar uma necessidade sexual que não se extinguia. Narrar aquelas coisas como se fosse eu já era um desafio, mas tinha algo mais. Ele disse que de uma forma ou de outra, eu iria me soltar. Isso por que, eu teria de narrar todas a minhas falas sem gaguejar. A cada interrupção, eu teria de me despir, uma peça de cada vez.
“entende por que não posso fazer isso com nenhuma aluna?”
Era claro o por que. E eu sabia que iria me ferrar.
Eu me deitei no chão, simulando um divã e ele puxou uma cadeira, sentando ao meu lado
”pronto?”
Eu confirmei.
“Então, Elizabeth (nome da minha personagem). Pelo que nos falamos em nosso último encontro, você e seu marido chegaram a um acordo. Ele te deu a liberdade para sair com outros homens como forma de suprir sua necessidade a qual ele não era capaz sozinho. Hoje eu quero saber, você teve êxito? Saiu com outros homens?”
“Sim”
“E seu marido, contou a ele os detalhes?”
“Não. Ele pediu para não saber”
“compreendo. E qual foi sua primeira experiência. Conhecidos? Desconhecidos?”
“Desconhecidos, os dois. São trabalhadores de uma construção, próxima a minha casa. Já mexeram comigo, uma vez. Um, em especial. Naquela manhã, que meu marido havia saído para trabalhar e eu estava de folga, o chamei para me acompanhar. No dia, ele estava com um amigo, que veio junto.”
“E como aconteceu?”
“Foi objetivo… eles logo quiseram ver meu corpo. Tiraram minha roupa… porém, quando era a vez deles me tocarem, suas mãos se esbarraram e eles tiveram de parar para discutir… pois não queriam tocar um ao outro. Apenas me tocar…”
Nesse momento, soltei um riso involuntariamente. Bruno me repreendeu, e mandou eu tirar algo.
“o tênis conta?” normalmente sempre tiramos os tênis para a aula e aquela noite não foi diferente.
“contaria, se vc já não estivesse sem eles. Sinto muito, deveria ter pensado nisso antes. Tira outra coisa”
Eu então tirei minhas meias e deitei novamente.
“Vamos recomeçar” avisou e voltou ao personagem dele. “como vc se portou diante daquilo?”
“na verdade, não sabia bem o que fazer… não discutiram muito tempo, mas interromperam várias vezes. Eu havia sugerido um ficar de cada lado… um comia minha b… pqp”
“interrompeu de novo, Fábio” alertou.
Eu tirei o cordão. Naquele momento, me arrependi de não ter trago o relógio.
“voltando” eu mesmo anunciei “ sugerido um ficar de cada lado… um comia minha buceta outro poderia penetrar atrás “
“você já tinha feito sexo anal antes?”
Aquilo era difícil, falar assim, de forma tão aberta. Mas eu respirei fundo e fui em frente.
“sim. Muitas vezes. Meu marido adora. Ajudou muito quando a nossa rotina começou a se tornar sufocante para mim. Mas com eles não deu certo… quando o segundo se deitou por cima de mim, encostou no outro abaixo. E começaram a discutir de novo. Eu fiquei sentada na cama, me contentando em apenas olhar. Já estavam pelados, meio excitados. Fiquei olhando seus órgãos, grandes, maiores que de meu marido. Eram homens bonitos, negros, de corpos fortes… fiquei ali, olhando seus paus. Eles balançavam enquanto discutiam…” e ri “ inferno” praguejei ao ver que tinha interrompido de novo.
Bruno não resistiu e riu também.
“vc também riu” acusei após tirar a camisa.
O professor não se abalou e tirou também blusa. Tinha um peitoral bonito, com poucos pelos. Ele estava bem a vontade, diferente de mim, que só tinha a calça e a cueca.
Respirei fundo e ele sugeriu pular o texto para a página 3.
Aquela era mais pesada. Basicamente a mulher voltou na obra no início do expediente e distribuiu. Os caras fizeram fila e ela ficou ali, mais entediada do que propriamente excitada. Não importava que tipo de promiscuidade fizesse não se saciava. Era algo que a consumia por dentro. Mandei muito bem, mas acabei gaguejando e perdi minha calça. Logo depois, a cueca.
Eu, imaginando que o jogo havia acabado, fui surpreendido quando ele mandou eu tirar a cueca.
“não acabamos ainda, Fábio. Agora é a parte que vc vai ser testado de verdade. Quero que continue atuando, desse jeito. Atuar significa despir-se de quem você é e abraçar outra personalidade. Você se expondo assim, como veio ao mundo, é a melhor forma de aprender a não ter vergonha de si mesmo.”
Hoje penso que cai muito fácil naquele papo de quinta, mas no dia, achei a ideia desafiadora. Fiquei nu, deitado ainda como se estivesse em um divã. Tentei tampar as partes com a mão, maa Bruno não deixou.
A cena foi se desenrolando. Errei várias vezes, mas como nao tinha nada a perder, não mudou minha condição. Mesmo o papel de Bruno sendo incrivelmente mais fácil, ele gaguejou duas vezes. Distraindo-se olhando pra mim. Não o perdoei e ele teve de tirar aa meias e o relógio.
No fim, quando nos arrumamos para ir embora, percebi que a calça dele estava com um volume a mais. O tecido era de tactel, logo nao deu para esconder sua excitação.
No caminho para casa, não pude deixar de me sentir usado com aquilo tudo. Embora seria hipocrisia dizer que estava ofendido ou revoltado. Mas uma coisa era certa: aquela aula ficou muito tempo povoando minha cabeça.
As próxima aulas ocorreram de forma normal, sem menção ao ocorrido que quase caiu no esquecimento.
Numa noite de sexta, no mês de Março, uma forte chuva atingiu o Rio de Janeiro. E eu, trabalhando no Centro, vi que teria de esperar um bom tempo para conseguir ir para casa. No grupo de whatsap do Teatro várias pessoas já diziam não ir para aula, por conta das ruas cheias. Como não houve nenhum comunicado oficial de cancelamento e esperando que desse tempo da água escorrer, resolvi ir ao curso.
Lá, estava apenas o professor, que me recebeu.
“Estava vendo o grupo agora. Acho que ninguém vai vir com essa chuva.”
“Eu vi. Vim.mais para passar o tempo mesmo, pra ver se quando voltar pra casa, fica mais fácil de pegar uma condução. Mas se quiser cancelar, blz. Nao vai dar pra ter aula só um aluno.”
“Que isso, Fábio. Tranquilo. Eu to aqui, e tendo aluno, eu dou aula. Tira o tênis e vamos alongar”
Eu obedeci. O alongamento ali era mais para relaxar os músculos e Bruno me auxiliou em todo o percurso.
Me fez deitar e, sentando em cima de minhas costas, alongou meus braços, ombros e pernas. Num momento, ele se sentou de pernas abertas atrás de mim, de forma que seu pau tocou na minha bunda.
Dali, pegou meus braços e puxou para trás. Depois, me deitou de barriga pra cima e elevou uma perna de cada vez, até quase tocar a coxa em meu peito. Então, sentamos de frente para o outro, pernas abertas e pés tocando um no outro. Seguramos os braços e revezamos, um puxando o outro de forma a coluna ser esticada conforme descíamos de encontro do peito ao solo. Ficamos assim, em um tempo. Bruno tinha mais mobilidade, então quando eu o puxava, seu rosto encostou em mim. Duas vezes senti sua cara colar em.minha virilha.
“vamos lá, Fábio. Tenho um exercício legal que você vai gostar “
E realmente era bem legal. Consistia em um exercício de improviso. Nele, tínhamos de montar uma cena na hora, simples, apenas com diálogos, pouca ação, mas que deviam seguir uma emoção que era sorteada aleatoriamente através de uma caixinha posta a nosso lado. Bruno programou um app do celular que de tempos em tempos, sem uma padrão certo, toca uma alarme baixinho. E nos sentamos no chão, de frente um para o outro. Cada vez que o relógio tocasse, eu metia a mão na caixa e pegava uma emoção. E a cena deveria mudar para aquele tom, sem prejuízo ao contexto.
Ele ligou o aparelho e eu puxei uma ficha da caixa.
PREOCUPAÇÃO
“O que houve cara?” Bruno começou “ há dias que você anda com essa cara? Eu falo e você me ignora. Diz que não é nada”
“Mas não é nada mesmo. Só… pensando em uma coisas, avaliando… não sei se é uma boa idéia seguir em frente… o risco é grande.”
“Se vc me falar, talvez possa ajudar… não gosto de te ver assim”
“Se você soubesse, entenderia por que nao posso falar”
“tem haver comigo né? Cara, fala logo. Não pode me deixar assim”
MEDO
“Por favor, não insista… Eu não quero ter de te afastar”
“Você quer me afastar… é isso? Nao acredito que to ouvindo isso”
“por favor, não insiste… não quero falar o que não devia”
RAIVA
“você ja está falando o que não deve” e me pegou pelos braços, me forçando a encarar ele. “ Não sei qual a graça que você vê nesse joguinho, mas se acredita que ele é melhor do que se abrir comigo, então vc é doente “
“você não tem esse direito” e no meio de minha fala, tocou de novo.
RISO
“você é inacreditável “ e ri, incrédulo “ vc acha que está pronto para ouvir, acha mesmo? Então vamos lá. Lembra da noite do meu aniversário? Quando vc bebeu demais e gravamos aquele vídeo seu?”
Ele deu um risinho.
“claro que sim .vcs foram uns idiotas, mas tenho de admitir que até eu achei engraçado. Nunca ia me lembrar de ter feito aquelas coisas.
SUSPENSE
“ pois bem, tem uma coisa que vc também não lembra… e que não foi gravada”
“Do que está falando?”
CARINHO
Eu alisei o braço com o qual ele me segurava
“promete que nao vai ficar chateado” pedi
“cara, não imagino o que vc possa ter feito para me deixar chateado… sabe que confio em vc”
E se aproximou de mim, quase colando peito no peito.
“Eu roubei um beijo seu “ e o abracei “ me perdoa, por favor”
Tocou novamente e eu nao vi o card que Bruno puxou. Só senti ele me apertar
“por que fez isso?”
Quando virei o rosto, vi o card selecionado
ATRAÇÃO
“não sei… apenas não resisti”.
Nossos rostos estavam muito próximos
Ele passou a mão no meu rosto, e me beijou de leve.
“e por que não me pediu?.. “ e me deu outro beijo
“porque... “ e o beijei de volta.
Ele me deitou no chão e se posicionou acima de mim.
Nos beijamos mais. Sem técnico. A lingua dele me invadia. Minha mão descia por suas costas e apertava sua cintura
“você não sabe quanto tempo quero isso” disse, se erguendo e tirando a camisa.
E me beijou de novo. A campainha tocou novamente, maa ignoramos. Eu fui abrindo seu zíper e arriando sua calça enquanto gladiavamos . Rolei por cima dele e puxei sua cueca. Ele entrelaçou as pernas em torno de minha cintura e me puxou. Beijei seu pescoço, desci pelo peito onde chupei com vontade cada mamilo. Bruno gemeu, e depois forçou minha cabeça para descer mais, de encontro a seu órgão. Senti o cheiro de seu pênis invadir as narinas. Abri a boca e o chupei com vontade. Era uma loucura. Jamais tinha sequer pensado em ter nada com um.homem e agora estava ali, me esbaldando na genitália de meu professor. Lambendo cada centímetro da cabeça ao saco.
Quando chegou a momento, ele segurou meu rosto, enfiando fundo a pica em minha goela. Me engasguei, quase vomitei quando o gozo jorrou. Tossi, e tossi, quando tirei o pênis dele de minha boca.
Ele se agachou de cócoras a minha frente e me pegou pelo rosto.
“Nunca mais esconda nada de mim” pediu, não sabia se era Bruno ou o personagem falando.
“não vou esconder mais nada” prometi, passando a mão por baixo dele e brincando, com a ponta de meus dedos, a entrada de seu ânus .
Bruno gemeu, revirando os olhos para o alto.
O pau dele ainda estava duro. Ele estava super a vontade ali, pelado enquanto eu estava completamente vestido. Mas não por muito tempo, aos poucos, ele foi me ajudando a me despir. Peça por peça, sem vergonha ou travas. Quando fiquei nu, ele se deitou de barriga pra cima, me guiando a ficar acima dele. Passou as pernas em torno de minha cintura. Muito serio, conduziu meu pau até a entrada de seu cu.
Não hesitei e logo penetrei. Devagar, com carinho, vendo seu rosto se contorcer de prazer.
O beijei com fogo, segurando seu rosto e bagunçando seus cabelos.
Ele rolou, ficando por cima de mim e se sentando sob minha cintura. Ali, cavalgou, dobrando meu órgão de forma violenta e prazerosa.
Minhas mãos passavam pelo seu corpo, seguravam sua cintura. Bruno abaixou e me beijou, depois apoiou os pés no chão e ficou de cócoras agachado. Subiu e desceu sua bunda de forma que ela colidia estrondosamente contra meu corpo. Dava para ver nitidamente o pênis entrar e sair daquela bunda. O suor escorria, a respiração ficava forte. Quando rolei novamente para ficar por cima dele, ergui suas pernas ao alto e fui trepando por cima dele até que a ponta de seus dedos tocassem no chão acima de sua cabeça. Bruno agarrou as próprias pernas enquanto eu montava em.cima dele. Nessa hora sua flexibilidade ajudava e muito. Entrei até o talo sem grandes esforços. Meti com força, gemendo alto. Ele gozou a segunda vez, sem sequer se mastubar para isso.quando gozei, enfim, minhas pernas fraquejaram e eu me apoiei para não cair em cima dele.
Cansado e extasiado, deitei ao seu lado e ele me abraço,apoiou minha cabeça em seu peito e afagou meu cabelo.molhado.
“você foi ótimo, Fábio”
“atuei direitinho? “
“Sim. Foi bem convincente. Entrou de cabeça no personagem” e sorriu. Logo estávamos rindo os dois.
“é que eu levo essa questão de interpretação muito a sério “
Quando descansados, nos vestimos e saímos. A chuva havia estiado e a água escorrendo, pelo menos a maior parte. Nos despedimos e fui pra casa leve. Aguardando ansioso o próximo exercício de interpretação.