Era esquisito voltar lá depois de tanto tempo. Não sentia saudades, e por isso não ia querer prolongar a visita mais tempo que o necessário. Aquela fazenda no interior de São Paulo foi onde vivi boa parte de minha infância e juventude, mas nem mesmo todo esse tempo me fez considerar aquele o meu lar. Enquanto dirigia o carro alugado do aeroporto até à fazenda, para o enterro e leitura do testamento de minha mãe, não pude evitar que minha mente viajasse por toda a história que vivi naquele lugar.
Meus pais não tiveram um casamento duradouro. Com 11 anos, já haviam se separado e eu perdi a referência paterna. Apesar de ir visitar todo o mês no Rio de Janeiro, não tinha sua atenção, sempre preocupado com seus negócios, eu era a última de suas prioridades. Com o tempo, parei de visitá-lo, a menos que minha intenção fosse realmente ficar um pouco sozinho.
Minha mãe ainda era sócia de algumas empresas de meu pai, então viajava muito para o Rio também para tratar de seus negócios. Ela não confiava em meu pai, medida que se tornou muito sábia quando estouraram os escândalos de corrupção envolvendo seu nome. Quando estava em São Paulo, seu tempo era dividido entre a administração da fazenda e os compromissos da igreja. Enfim, minhas figuras de referência eram mais os empregados do que meus pais.
Havia um empregado em especial que eu conhecia melhor, e mais a fundo. Era Olavo, filho do zelador, que ajudava na criação dos cavalos. Ele tinha 20 anos, forte, másculo. Foi o homem que me desvirginou quando eu tinha 14 anos, no estábulo, em meio ao feno. Apesar de bruto, soube me conduzir a um enorme prazer em minha primeira vez. Mantivemos nossa relação em segredo por um tempo.
Quando completei 15 anos, minha mãe resolveu se casar novamente. Um homem 12 anos mais novo. Bonito, de barba e cabelos bem negros, corpo musculoso, ele era mais seu brinquedo de amar do que propriamente alguém para dividir a vida. RIcardo não trabalhava e só vivia para ela e para si mesmo. Mas fazia bem a minha mãe, então não me importei com sua presença.
Foi uma tarde de quinta, quando saí mais cedo do colégio, que resolvi passar no estábulo para ver Olavo. Ele estava trabalhando no reparo de uma cerca. Estava suado, sem camisa. Pele morena brilhava e realçava os músculos. Cheguei cheio de tesão. Fiz ele parar o que estava fazendo, abri sua calça e chupei aquele pau suado. Adorava seu cheiro de suor. Chupei com vontade. Até que a vontade de dar pra ele fosse impossível de conter. Levantei novamente, arriei meu short do colegio, e empinei a bunda. Ele meteu com tudo. Violento, gostoso como sempre. Eu me segurava na cerca ainda não terminada e recebia suas estocadas com prazer. Pedi mais, estava perto de gozar, quando voz de meu novo padrasto cortou meu clima.
Ele estava possesso, mandou eu me vestir e ir para o quarto. Eu obedeci, assustado.
De noite, ele veio me ver em meu quarto. Por sorte minha mãe viajava, e eu tentaria convencer ele a não contar nada a ela. E também a não demitir Olavo. Na verdade essa segunda era minha maior preocupação.
Quando Ricardo entrou de noite em meu quarto, eu não resisti e logo perguntei.
"Você não vai demitir ele, vai? Foi minha culpa"
Ele pareceu achar graça de minha preocupação e fez pouco caso.
"Não decidi ainda. Tô mais preocupado com o que vou fazer com você. Onde já se viu, servir de puta pros empregados."
Eu baixei a cabeça, envergonhado.
"Por favor, não conta pra mamãe"
Ele se chegou, pegou meu rosto e fez encarar ele.
"Aí eu não seria um bom.marido, concorda? Esconder segredos de minha mulher não é certo"
Eu fiquei calado, e ele continuou.
"Eu não vou demitir seu amiguinho
Não vou tirar o sustento da boca de um trabalhador honesto e competente que nem ele. Mas essa safadeza tem que acabar. Não da pro filho da patroa ficar por aí sendo fodido por qualquer peão "
"Obrigado…"
"Calma, não agradeça ainda... Bem, como eu te falei, eu não sou um homem de mentir para minha mulher. Fico pensando o que sua mãe vai fazer com o cara que deflorou o filhote dela"
Eu trinquei os dentes, sabia que iria ser horrível. Ele andou pelo meu quarto, tranquilamente, se deliciando com o efeito de suas próprias palavras.
Ele então se achegou e sentou na minha cama. Bateu na coxa e me chamou.
"Senta aqui no colo de seu padrasto."
Eu não entendi o convite, e ele insistiu.
"Anda logo. Vamos ter uma conversa de homem pra homem. Ou prefere uma de mãe para filho?"
Eu obedeci. Ele alisou meu rosto.
"Calma garoto. Vou tentar ajudar você e seu amigo. Prometo" e alisou minha perna "mas essa safadeza tem que parar " e passou a mão por dentro da entrada da coxa do meu short. Eu senti um arrepio " não pega bem o filho da dona ficar por aí se metendo com a ralé " ele pegou no meu pau. No impulso, empurrei sua mão e ele me deu um tapa no braço e enfiou a mão de novo.
"Uma coisa bonita que nem você merece algo melhor, não acha? Merece alguém que te ensine a ser homem. E pra isso eu to aqui, não é? Pra ser seu segundo pai. Pra cuidar de vc".
Ele arriou meu short. Eu estava excitado, apesar do medo. Ele então enfiou a mão por entre minhas pernas e dedou meu rego.
"Calma, Fabinho. Ajuda o padrasto aqui. Deixa eu te ajudar… ora pois, você tava tão soltinho com o garoto no celeiro e agora comigo que sou da família vai se fazer de santo." E tirou minha blusa e chupou meu peito. "Deixa as aparências pra sua mãe. Esse vai ser nosso segredo. Nosso trato de cavalheiros. Eu cuido de você e você cuida de mim. Me dá um agrado quando eu pedir"
E enfiou o dedo todo no meu cu. Eu gemi, parte de dor, parte outra coisa.
"Isso, geme Fabinho. Puxa, que pena eu não ter sido seu primeiro. Ia adorar abrir esse teu rabo pela primeira vez."
A frente, havia um grande espelho, acima de minha cômoda, meu padrasto me fez olhar para ele. Eu pelado de pau duro, completamente aberto. Ele alisava meu peito, beijava meu pescoço, tudo com o dedo enfiado.
Ele então abriu o zíper e botou apenas o pau pra fora. Me posicionou e me fez sentar em cima, abrindo bem as minhas pernas.
Dava para ver toda a envergadura entrando. Eu era leve, então meu corpo era facilmente conduzido para cima e para baixo. Era como queimar por dentro, meu pau babava, eu segurava o gemido, porque não queria admitir o quanto aquilo estava bom. Percebendo minha luta, pareceu se incentivar mais e mexia comigo de forma a despertar mais ainda o meu tesão.
"Delícia você garoto. Que cu gostoso." Falava sempre ao meu ouvido. " vou te comer todo o dia quando sua mãe estiver fora. Vai ter de me servir." Então, pegou meu pau e começou a punhetar forte. Um choque atravessou.meu corpo, eu perdi o controle. Gemi, gritei e gozei fartamente. "Isso, isso. Goza moleque. Goza. Goza pro papai aqui"
Meu gozo foi o estopim para o dele. Logo o leite dele escorria e pingava no chão . Ele se levantou, me deu um beijo no rosto, botou o pau de volta pra dentro, e saiu.
Eu fiquei ainda ali, não sabendo exatamente o que sentir, se culpa, revolta, satisfação. Não sabia. Eram muitos conflitos.
Nos três dias que ainda antecederam a volta de minha mãe, ele cumpriu a promessa e visitou meu quarto todos os dias. Em dois deles, ele parecia apenas querer marcar território e cumprir o que havia anunciado. Foi rápido . Ele entrou, tirou meu short. Me fudeu, ou de frango ou de bruços na cama, por uns 5 minutos ininterruptos. Gozou, botou de volta a calça e saiu. Me usar era a forma que ele tinha de se sentir poderoso. Num dos três dias ele ficou mais tempo, ficou brincando comigo, metendo em mim em pé. COmo eu era mais baixo, tinha que ficar na ponta dos pés para conseguir me equilibrar enquanto ele metia com força na minha bunda. Ele se divertia com aquilo.
Quando minha mãe voltou, a culpa foi tanta que eu não resisti. Fui ao escritório dela e, chorando contei tudo. Pedi desculpas, implorei seu perdão. Até sobre Olavo falei. Queria confessar e tentar tirar aquele peso da consciência.
Como resposta. Recebi um belo bofetão na cara. Minha mãe me xingou, me chamou de impuro. Disse que eu era como meu pai e só queria estragar o casamento dela. E ordenou que eu jamais contasse aquilo para ninguém . Ela sabia que era verdade. Eu sabia disso. Mas não quis me ouvir. Naquele dia eu voltei para o meu quarto e chorei mais. Não de tristeza ou culpa. Mas de ódio
Ódio por me sentir um idiota por antes me sentir culpado. Chorei até estar satisfeito. Naquele dia, uma coisa mudou em mim. E eu prometi a mim mesmo que jamais me importaria com a opinião de ninguém. Que viveria única e exclusivamente para meu prazer. Meu padrasto não falou comigo nos dias que se sucederam. Olavo foi mandado embora e foi morar com uma tia em Santos.
Quando minha mãe viajou novamente, meu padrasto voltou a me visitar, mas desta vez ele não veio sozinho. Dois empregados da fazenda vieram com ele. Ele disse que iria me castigar por ter traído ele. Então, se sentou em uma cadeira e assistiu os dois virem para cima de mim.
Rasgaram minha roupa e me submeteram a eles. Mas uma coisa que meu padrasto não sabia era que aquele menino bobo já não existia mais. Não me senti usado ou violado. Os homens eram fortes, másculos, me davam tesão. E eu não me importei de ser usado. Mas eu também não era bobo. Era claro que meu padrasto queria que eu sofresse, então dei isso a ele. Fingi que não queria, que lutava contra, até forçar um choro eu consegui. Foi ali que vi o poder da encenação. Meu padrasto olhava aquilo com um fogo nos olhos que eu jamais havia visto em mais ninguém. Os homens me manuseiam como se eu fosse um boneco, metiam com força tanto no rabo quanto na boca. E ele delirava. Quando acabou e os empregados foram embora, fiquei deitado pelado na cama, fingindo desolação mas me deliciando por dentro.
Ele veio, carinhoso. Beijou meu rosto e falou.
"Desculpe garoto. Sei que exagerei. Desculpa mesmo. Fiquei irritado pois traiu minha confiança. Isso não vai se repetir. Prometo. Vc é meu menino e vou cuidar de vc" e foi embora.
Naquele dia eu percebi o tipo de homem doente e perigoso que ele era. Tive de ser muito esperto nos dias que se seguiram. O tempo passou, fiz ele acreditar que era o único homem em minha vida. Deixava ele realizar suas taras comigo e tirava prazer delas também . Quando me aventurava sozinho, tomava o cuidado de ele não descobrir. Fiquei bom nisso. Em mentir, em dissimular. Contudo, uma hora simplesmente cansei. Tinha quase dezoito anos e queria ir embora. Então, confidenciei tudo a única pessoa que naquele momento eu confiava. Minha tia Vitória, que morava no Rio de Janeiro. Quando contei o que acontecia comigo. Ela na hora foi me buscar, ameaçou contar para a polícia e para a imprensa. Eu a convenci do contrário, mas antes disso, convenci a minha mãe a não fazer resistência quanto a minha partida. Ou toda a cidadezinha saberia que ela havia se tornado cafetina do próprio filho. Ela não só não ofereceu resistência, como custeou minha vida no Rio. Com o dinheiro que ela e meu pai me enviavam, vivi bem, sem ser um peso para minha tia. Fiz faculdade. Morei sozinho. Na faculdade, comecei a me prostituir. Não porque precisasse, mas por vocação. Gostava daquilo. De brincar com os prazeres, de seduzir. Me dei muito bem nesse ramo. Consegui bons clientes. Então veio o escândalo envolvendo meu pai. De sua herança, quando se matou, pouco sobrou do que não foi tomado pelos bancos. Apenas o Seguro que estava em meu nome e o imóvel que se transformou no clube Eros .
Nunca mais voltei para São Paulo, ate aquela data.
Chegando lá , 10 anos depois de minha partida, encontrei alguns parentes que há muito não via. E meu padrasto também estava la. Tinha alguns fios grisalhos aquela altura, mas ainda era um homem muito bonito.
Não me alonguei e tudo correu rápido . Pelo menos minha mãe fez um forte testamento e seu casamento tinha sido com separação de bens. Ao fim, meu padrasto não ficou com muito, mas com certeza muito mais do que merecia. A fazenda agora era minha.
Já no fim de noite, eu estava na biblioteca, bebendo um pouco de vinho, quando Ricardo entra.
"Fazem anos, Fabinho. Sua mãe ficou com saudades"
"Não ficou não. Meu celular sempre permaneceu no mesmo número. Ela poderia ter me ligado a qualquer hora" respondi, simplesmente.
"Você está amargo. Ainda ta com raiva da gente?"
"Não tenho raiva de vocês. Nunca tive"
"Você tá diferente. Nem parece o garoto que deixou a fazenda. Tá com cara de homem agora"
Não respondi nada, apenas o acompanhei enquanto se aproximava.
"Sabe quem também sentiu sua falta?" E apertou o próprio volume. Achei graça daquilo, mas tentei não expressar opinião. Curioso, esperei para ver o que sairia dali.
"Senti muito sua falta, Fabinho." E alisou meu peito, e foi desabotoando minha blusa. Eu bebi mais um gole, sem oferecer resistência. Abriu minha camisa, passou a mão sob a pele " nossa, mas que homem bonito você se tornou… conseguiu ficar ainda melhor"
Deixei minha taça vazia de lado e deixei ele tirar minha camisa e chupar meu peito, meu pescoço, minha barriga. Ele ainda conseguiu me despertar tesão, mas faltava algo.
Não o incentivei, nem tão pouco o repeli. Deixei que abrisse meu zíper, arriasse minha calça e minha cueca, me virasse de costas e apoiasse na mesa, aproveitei bem a penetração que veio logo depois. Era gostoso sim, mas diferente do que eu lembrava. Nesse momento, sem querer, soltei um riso involuntário.
"O que foi?"
"Nada" respondi segurando o riso " Só… sei lá. Esperava mais"
Aquilo pareceu acender uma chama nele. Seu rosto se contorceu com raiva. Ele começou a meter com mais força. Com maldade. A intenção era me machucar, mas não conseguiu. Só me fez achar mais cômicas suas investidas.
Quando ele gozou, tentou ainda meter mais, todavia o pau foi amolecendo e logo escapuliu de dentro. Eu me ajeitei, coloquei de novo a calça e me virei para ele. Ricardo estava visivelmente frustrado.
"Não fica assim… a culpa na verdade é minha. Na época, eu era muito novo e inexperiente. Vc era de longe a minha melhor foda… mas o tempo passou. Outros homens vieram. Alguns melhores que você. Então é comum eu sair um pouco frustrado. As lembranças eram melhores."
Ele balbuciou algo, que não entendi e nem fiz questão de tentar.
"Não me leve a mal, como disse ,não guardei mágoa de você. Pelo contrário, sou grato por me ensinar algumas coisas. Vc me foi muito útil… mas esse tempo acabou. E está na hora de você seguir em frente. Peço que não se estenda aqui muito tempo. Coisas vão mudar aqui na fazenda e não o quero mais aqui."
Apenas apoiei a mão em seu ombro e saí , sem esperar resposta.
Dormi bem naquela noite. Na manhã seguinte, fui até a casinha anexa, onde morava o sr Sílvio, pai de Olavo e capataz da fazenda.
"Oi sinhô Fábio. Meu Deus, como o senhor está crescido. Ficou um.homem bonito"
"Obrigado Silvio" e sorri.
"Então agora é o sinhô o responsável pela fazenda." Parecia muito satisfeito.
"Na verdade era sobre isso que gostaria de conversar. Eu não tenho experiência e nem tempo para isso. Ninguém conhece esse lugar melhor que o senhor. E gostaria de colocar o senhor para tomar conta daqui. Promover para administrador "
Ele não respondeu, ainda assimilando. Eu continuei.
"Eu virei aqui pelo.menos uma vez por mês, para ver a contabilidade. E só. Vc tem total liberdade de administrar o solo e os demais empregados. Pode morar na casa grande a partir de hoje. Ou continuar aqui, vc decide. Mas acredito que será melhor lá, para acomodar sua família com mais conforto. Até mesmo Olavo. "
Nesse momento ele baixou a cabeça, envergonhado.
"Sinhô, eu agradeço muito mesmo, mas acho que vc não sabe, meu filho foi expulso por sua mãe, por roubar a fazenda. Há tempos que não o vejo. E queria pedir desculpas ao senhor pelo que ele fez".
Então essa era a justificativa que minha mãe havia dado para mandar embora. Provavelmente só não mandou a família toda pois precisava de Silvio, que sempre foi um homem de integridade e competência. E pelo que parece, Olavo não contou ao pai a verdade. Preferiu levar a fama de ladrão a de viado. Mas aquilo não me dizia respeito. Eu não estava em condições de julgar ninguém. Mas também não estava satisfeito em deixar aquela injustiça assim.
" Não é verdade, senhor Silvio. Olavo na vdd aceitou aquilo para me proteger. Eu fiz uma besteira quando criança e ele ajudou a me cobrir. Me protegeu a custa do seu emprego. Eu o fiz jurar que não contaria a ninguém. Eu era medroso e egoísta. Sou eu quem devo desculpas. Por favor, chame seu filho, faça as pazes com ele. Até por que, você vai precisar ter alguém a quem passar todo o seu conhecimento. Toda a sua família é muito bem vinda em minha fazenda a partir de hoje."
Os olhos do senhor se encheram de lágrimas
"O sinhô é muito bom, sinhô Fábio."
"Não, não sou" e saí
Promover Silvio foi uma de minhas melhores decisões. A fazenda prosperou em seus cuidados. E sempre que eu ia ver a contabilidade, encontrava tudo em ordem. Aos poucos, depois de muitos anos, comecei a ver aquele lugar como meu segundo lar.