O fato que vou narrar agora aconteceu a muitos e muitos anos atrás, lá pelas bandas do sertão. Hoje sou um homem de meia idade, mas não posso esquecer o inicio de tudo, o inicio pelo qual a minha vida foi moldada. Eu me chamo Augusto e tenho hoje cinquenta e seis anos de idade.
A vida do sertanejo é difícil, ainda mais para uma mulher viúva, como minha mãe, que trabalhava muito e em troca recebia quase nada e tinha que sustentar o filho, que no caso era eu.
Aconteceu que minha mãe se amasiou com um homem que eu não gostava, era rude e me tratava com desprezo, mas se davam bem e eu tornei-me um empecilho em suas vidas, pelo menos era no que eu acreditava.
Aos onze anos de idade resolvi fugir de casa e de carona em carona eu seguia sem destino, pedindo comida e dormindo a céu aberto. Até que uma tarde cheguei numa casa grande e muito antiga, com muitas janelas e muitas portas, longe do centro urbano mais próximo, soube mais tarde que aquela casa fora sede de uma antiga fazenda, que mais tarde fora desmembrada a pequenas propriedades, sítios e chácaras. Uma senhora muito idosa me atendeu, eu perguntei se ela poderia me oferecer algo para comer. Aquela senhora me recolheu e disse-me para sentar e esperar enquanto ela ajeitaria algo para eu comer. Sentado a uma mesa comecei a reparar o ambiente, tinha muitas mesas e um balcão com muitas bebidas, uma escada levava ao andar superior.
A senhora trouxe-me um belo prato de comida, eu nunca tinha visto um assim em toda a minha vida, então ela começou a me fazer perguntas sobre minha família, se eu tinha pai, mãe, irmãos... Sem omitir nada contei a ela como era a minha vida até então. Eu notava pena em seu semblante, ela tinha um olhar amável e disse chamar-se Maria.
Pouco depois me despedi dela, agradeci o prato de comida e saí, ela veio atrás de mim e me disse que se eu quisesse fazer alguns pequenos trabalhos no seu estabelecimento ela arrumaria um lugar para eu ficar. Aceitei sem questionar.
Manter as mesas limpas seria a minha primeira função, então comecei a limpar as mesas e as cadeiras. Logo mais a noite, começou um movimento, algumas moças bonitas, bem maquiadas e perfumadas foram chegando e subindo as escadas e alguns homens também foram chegando pedindo bebidas e se acomodando às mesas. De vez em quando uma das moças descia até o bar, conversa com algum homem e ambos subiam as escadas, depois outra e assim seguia a noite. Só então percebi que ali era um prostíbulo e a dona Maria, a senhora bondosa que me acolheu era na verdade uma cafetina e ali era a casa de Maria Torres, como era conhecida na região.
Na época dona Maria Torres tinha setenta e dois anos, era uma mulher vivida, esperta, com uma grande experiência de vida.
Aos quatorze anos eu já trabalhava no bar servindo os clientes e conhecia toda a rotina da casa e os clientes mais assíduos. Eu convivia com as mulheres e sabia praticamente tudo sobre elas, muitas vezes as via nuas, ou quase nuas pelos corredores, mas elas não se importavam e eu tampouco. Nessa convivência com as meninas fui adquirindo certos hábitos que certamente caberiam apenas às mulheres, eu não tinha amigos homens e minha vida se resumia àquele bordel.
Um dia faltou uma camareira e fui designado a trocar as roupas da cama e limpar o quarto e quando comecei a tirar o lençol vi uma cueca esquecida por algum cliente. Peguei-a e a examinei, ainda estava com resíduos levemente úmidos e quase que automaticamente a levei ao nariz, senti um cheiro que me fez ficar excitado, apertei-a contra meu nariz e inalei aquele odor, o que fez meu pau ficou duro. No lençol também tinha manchas de porra, passei a ponta dos dedos e levei à minha boca sentindo um gosto diferente. O cheiro que exalava naquele quarto era inebriante e mil coisas passavam pela minha cabeça. Depois daquele dia passei ver as coisas por outro ângulo, comecei a reparar mais nos homens, alguns me chamavam a atenção mais que outros e eu me imaginava sendo fodido por um deles.
A dona Maria me tratava quase que como um filho, me dava tudo que eu precisasse e eu procurava fazer por merecer aquele carinho a que ela me dispensava, agora eu já não dormia mais no quartinho dos fundos, tinha meu próprio quarto na casa grande. Com toda sua experiência, certamente ela notou que eu não era um “homem” propriamente dito, ela sabia que eu nunca seria um alfa.
Certa vez um homem começou a frequentar o bar, sentava-se a uma mesa, pedia uísque e entre uma dose e outra permanecia ali por horas, mas não gastava com as garotas e assim, de três a quatro vezes na semana eu o servia sempre na mesma mesa. Era um homem de boa aparência, aparentava ter trinta anos, um pouco mais talvez, tinha altura mediana, olhos esverdeados, cabelos castanhos e era muito calado. A dona Maria Torres se incomodava com o rapaz e uma noite ela foi até sua mesa, sentou-se à sua frente e começaram a conversar, eu peguei um pano úmido e fui limpar uma mesa próxima a eles, a intenção era ouvir a conversa e escutei ela perguntando se ele não gostaria de subir com alguma das meninas, ao que ele disse que não, mas ela insistia que eram boas meninas que se cuidavam muito se essa era sua dúvida. Foi então que o ouvi dizer:
- O garoto, eu quero o garoto.
Ao ouvir isso senti um arrepio e percebi que a dona Maria olhou em minha direção, mas me fiz de distraído.
- Vou ver o que posso fazer – Disse ela, se levantando da cadeira.
Logo depois ela me chamou para uma conversa particular, me explicou a conversa com o rapaz e perguntou se eu aceitaria passar a noite com ele, afinal era um bom momento para eu descobrir quem realmente era, pois ela já notara muitas vezes como eu olhava para os homens e certamente mais cedo ou mais tarde eu iria sucumbir aos meus desejos.
Confesso que aquilo não me assustou, fiquei até certa forma aliviado por ela me contar que sabia da minha condição. Ela mesma me deu algumas dicas de como proceder, mas que não deveria me preocupar, “apenas faça o que ele pedir” – disse ela.
Tomei um banho e subi para o quarto indicado, quando entrei, lá estava o homem sentado na cama com ar sério, estava só de cueca e pediu-me para sentar-me a seu lado. Ele me perguntou se estava tudo bem, se eu não tinha nenhum problema em passar a noite com ele, eu disse que não. Ele deu um sorriso e me perguntou se eu já tinha beijado algum homem antes, respondi que não. Ele ficou em pé, segurou minha mão, me puxou contra ele e me beijou na boca, me abraçando apertado contra ele, senti sua língua dançando a minha boca e seu pau endurecendo de encontro ao meu. Eu me sentia bem naquele momento e sabia que não tinha volta, sabia que seria o objeto de prazer daquele homem, mas eu queria, sentia muito tesão naquele momento e me entregaria a ele sem nenhum questionamento.
Levei a mão no seu pau, senti o grande volume, quente e duro sob a cueca. Ele começou a tirar a minha roupa, me deixando só de cueca e voltou a me abraçar e me beijar na boca novamente, eu estava em êxtase entre seus braços. Ele desceu a mão pelas minhas costas, enfiando-a dentro da minha cueca e começou a alisar meu rego e logo começou a enfiar o dedo no meu cu, me fazendo rebolar e gemer.
O homem me fez deitar de bruços na cama, tirou a minha cueca, abriu minhas pernas e enfiou o rosto entre minhas nádegas e começou a chupar o meu cu, era uma sensação deliciosa que eu sentia naquele instante, sentindo sua língua úmida no meu buraquinho, eu gemia e me entregava àquele momento, usufruindo a deliciosa sensação de ser dominado completamente. Ele tirou a cueca e pude ver seu pau duro, com suas veias salientes, não era um pau muito grande, mas também não era tão pequeno. Segurei seu pau pulsando na minha mão e ele me pediu para chupa-lo e sem nenhum pudor o abocanhei e comecei a chupa-lo, o cheiro e o gosto daquela rola me deixava embriagado e meu cuzinho se contraia pedindo para ser penetrado.
O rapaz, que até aquele momento eu não sabia seu nome, abriu a gaveta do criadinho e pegou algo que não pude ver o que era e começou a passar no meu rego e foi enfiando o dedo no meu cu, fazendo movimentos circulares. Depois me fez ficar de bruços, abriu minhas pernas e montou sobre mim, senti seu pau roçando na minha bunda e logo a cabeça estava na entradinha do meu cu. Ele começou a empurrar devagar até que começou a me penetrar e lentamente foi empurrando a rola para dentro do meu cu, eu gemia de dor e prazer e tentava me relaxar. Apesar da dor que eu sentia eu estava curtindo o momento, apreciando o quanto era gostoso estar embaixo de um macho, sendo penetrado por uma rola dura.
Ele começou a meter com mais rapidez, seu pau entrava e saia com agilidade e eu gozei. Às vezes ele soltava o corpo sobre mim e eu gemia, sentindo seu peso nas minhas costas, sua respiração ofegante na minha nuca e sua rola enterrada no meu cu.
Ele era cuidadoso e a todo momento me perguntava se eu sentia algum desconforto, eu respondia que não, mesmo sentindo que sua rola estivesse me dilacerando as pregas, sentia meu cu sendo rasgado, mas ao mesmo tempo sentia muito prazer. Ele foi tirando a rola do meu cu e me virou, levantou minhas pernas e me deixou de frango assado, então pude ver a cabeça de sua rola se encaixar no meu cu e num só golpe ela já estava totalmente enterrada até o talo e começava a entrar e sair num ritmo frenético, suas estocadas eram viris, potentes e cadenciadas. Meu pau estava flácido sobre o meu umbigo e quando pensei que o homem fosse gozar, tirou pau de dentro, se debruçou, colocou a cabeça entre minhas pernas e começou a chupar meu saco, engolindo minhas bolas e logo estava chupando meu pau que começava a ficar duro de novo, depois descia a língua até meu cu, já todo lambuzado e a enfiava dentro, me fazendo gritar e gemer.
Quando meu pau já estava completamente duro ele me virou de quatro, me segurou firme pela cintura e cravou a rola no meu cu novamente, ele metia como um animal no cio, gemia e me puxava de encontro a si, enterrando totalmente a rola no meu rabo. Ele socava com muita força, me fazendo uivar, eu me sentia uma fêmea dando prazer para o seu macho. Comecei a gozar, meus gemidos eram altos, eu gritava sem me importar se meus gritos pudessem ser ouvidos por outras pessoas. Ele tirou a rola do meu cu e começou a gozar na minha bunda, jatos potentes atingiam meu cu, lambuzando-o de porra quente que escorria pelo meu rego.
Quando ele terminou, me virei e comecei a chupar sua rola toda lambuzada, sugando o resto de porra, a deixando limpa, sem resíduos. Meu cu doía muito, mas eu aguentava sem reclamar, afinal, o prazer foi maior.
Nos deitamos lado a lado, o suor escorria pelos nossos rostos. Foi então que ele me disse seu nome: Fernando.
Aquela foi a minha primeira e inesquecível experiência sexual com um macho.
Nos dias seguintes Fernando não apareceu por lá, nessas alturas todas as meninas já sabiam que eu tinha sido enrabado, algumas me abraçavam, outras faziam sinal de positivo, outras vezes me chamavam para dar uma opinião sobre suas roupas íntimas e desfilavam pelo quarto, depois se despiam tão naturalmente como se eu fosse outra mulher que estivesse ali, então soube que continuariam me tratando como sempre trataram. Alguns dias depois Fernando apareceu e sentou-se na mesma mesa de sempre, foi quando dona Maria me pediu para deixar o que estava fazendo e ir até lá fazer companhia para ele.
Fernando nunca fodeu com uma das meninas, todas as vezes que ele aparecia eu me preparava para ser enrabado, suas visitas agora eram dia sim, dia não e nos dias em que ele não aparecia eu me sentia vazio.
Nosso relacionamento durou anos. Até que um dia Fernando não apareceu mais. Apesar da falta que ele me fez eu segui em frente e encontrei homens que me deram muito prazer e me fizeram gozar muito, assim como dei muito prazer a eles.
Dona Maria Torres morreu com quase noventa anos, me deixando como legado todos os seus bens e desde sua morte eu assumi seus negócios e os fiz prosperar. Hoje sou sócio proprietário de uma boate situada numa grande capital, mas ainda mantenho nos mesmos moldes a CASA DE MARIA TORRES, a amável senhora que me amparou nos meus momentos mais difíceis e por isso eu a admiro, venero e a respeito a cada minuto de minha vida.
Por: JCastelhano