Ao me ouvir falar aquelas coisas, Jorge não se conteve. Ele parecia estar indignado pelo que ele mesmo tinha suposto que eu ia oferecer como prêmio. Foi até a porta do quarto e falou pra galera:
- Pessoal, vocês escolhem o filme que a gente vai ver. Tem alguns aí na cama e outros aqui na mesa. Erikinho? Vamos comigo ali no quarto do meu irmão. Vamos ver se ele tem camisinha sobrando pra gente começar a disputa. Eu não tenho nenhuma aqui.
Já me toquei de que ele queria mesmo era cobrar satisfação pelo que eu tinha proposto aos caras. Fui com ele até o quarto de seu irmão, que ficava um pouco afastado do dele. Entramos e ele trancou a porta.
- Porra, Erikinho! Que ideia foi aquela? Tá louco? Cê mal acabou de mamar na minha pica e já quer mamar na dos caras, também? Achei que você tivesse me dito que era iniciante nisso.
- Desculpa, Jó! Eu não menti pra você, não! Mas, sei lá, cara... Pelo que eu fiz com você, você acha que eu tô normal?
Ele não teve resposta pra minha pergunta. Continuei:
- Eu tô em êxtase, ainda. Acho que se você se tocou que eu gosto de garotos, no mínimo, alguns deles já se tocaram também. E eu tô muito disposto a assumir logo pra galera toda. Afinal, eles são meus amigos também.
- Mas precisa se assumir servindo de puta pra galera toda, assim? Não dá pra ser um de cada vez?
Jorge tava me tratando como se eu devesse satisfação a ele do tipo que uma namorada deve ao namorado e vice-versa.
- Cara, sua rola me deu coragem pra isso. Eu não queria ir tão rápido assim, mas já que comecei, vou aproveitar essa coragem e vou até o final... Qual é, Jorge?! Parece que você tá com ciúme de mim. É isso?
Ele me olhou sério. Pensou um pouco...
- Não! Você tá certo! Eu não sou seu dono. A boca é sua, o cu é seu! O viado, aqui, é você. Faz o que você quiser.
- Que isso, Jó?! Não precisa falar assim.
O silêncio e a seriedade foi ímpar. Aquelas palavras não me agradaram. Eu podia estar indo rápido demais, mas em nenhum momento eu prometi ser namoradinho do Jorge e nem pedi isso a ele. Não tinha motivos para aquela cena de ciúmes. Tentei sair do quarto. Jorge me segura pelo braço e me puxa de volta.
- Desculpa! Desculpa, Erikinho! Sua puta! Desculpa teu macho, vai?! Você tá certo. Eu é que tô acostumado a ficar com as garotas e fazer elas seguirem tudo o que eu peço pra elas fazerem. Todas me obedecem... Você não é uma garota... Sorte sua que você mama muito bem. Eu não quero ter que trocar a sua amizade e nem a sua mamada por egoísmo... Além disso, os caras são nossos parceiros, também. Isso vai ser até legal. Cada um vai deixar um pouco deles em você! - Falou dando risadas. Eu até que ri junto
Por mais estranho que aquilo fosse, eu gostei do pedido de desculpas. Mas gostei mais ainda do que ele fez depois:
- Deixa eu só te dar um beijo antes daqueles putos encherem essa tua boquinha de gala.
Nem precisou implorar. Cedi ao beijo. Foi quente e molhado. Mas não demoramos muito. Nos largamos e pegamos as camisinhas. Antes de sairmos do quarto, lambi mais uma vez o peito gostoso dele. As coisas pareciam estar ajeitadas. Terminei de lamber o seu peito e lhe disse com toda sinceridade:
- Jó?! - Falei olhando no fundo de seus olhos - Mesmo que eu faça com eles a mesma coisa que fiz com você, não se preocupa! Você foi o primeiro. O estreante... O pioneiro de tudo... Isso ninguém vai mudar. Você foi o primeiro a me dar leite na boca... Meu primeiro macho... E pode continuar sendo... Tá?! - Beijei seu peito mais uma vez e sai antes dele.
Lancei o enigma. Ele ficou como se estivesse processando a informação. Tá na cara que ele entendeu... Ou será que não?
CONTINUA...