Menino de Rua...1x01

Um conto erótico de Ultra
Categoria: Homossexual
Contém 1943 palavras
Data: 26/05/2019 13:41:04
Última revisão: 26/05/2019 21:01:06

- Você goza rápido? - Perguntou o cara com a janela do carro entreaberta. A véspera de natal não era dos melhores dias para descolar uma grana.

- Se chupar bem feito, só depende da sua capacidade de tirar leite de macho – Disse colocando meu pau já duro para fora, o cara olhou para os lados da rua deserta e abrindo a janela se deliciou no meu pau até que eu gozasse em sua garganta.

Uma gozada na noite. 50 reais. Teria minha ceia natalina.

Menino de Rua... 1x01 “Peru...De Natal”

2011

O Nome dele é Enrique, foi meu primeiro: amor, sexo... Ele sentava na carteira da frente quando estávamos no ensino médio. Todas as manhãs eu acordava feliz, pois sentiria o perfume dele durante a manhã. Todo dia ele deixava a mochila aberta no chão, perto dele. Um dia escrevi “acho que sou apaixonado por você” em um papel e deixei dentro da mochila dele. Ele leu, olhou ao redor e eu abaixei os olhos para continuar escrevendo no caderno. Não sei o que ele fez com aquele papel. Enrique era despojado, definido, seu cabelo era liso, mas pela sua rebeldia tinha um aspecto sujo, sua calça sempre rasgada me deixava vê um pedaço da pele de sua coxa. Era lei quando chegava da escola: segurar em meu pau no banheiro e bater uma pensando nele, pensando naquele pedaço da coxa que eu via.

- Cara, tem uma caneta ae? – Ele perguntava quase todos os dias, minhas canetas eram todas dele. Não devolvia. Só uma vez ele devolveu. Quando cheguei em casa, enfiei a caneta no meu cu para sentir seu toque másculo. Que ridículo!

- Vocês irão elaborar uma apresentação sobre a segunda geração do romantismo, um poema do ultrarromantismo. Façam a análise em dupla. – A professora de literatura pediu o trabalho em dupla que mudaria minha vida.

- Cara, posso fazer com você? Manja de literatura, né? – Enrique virou para mim e pediu com uma cara de “você vai fazer tudo sozinho”.

- Claro, Enrique. Podemos fazer hoje à tarde logo? Pode ser lá em casa, meus pais trabalham e tenho a casa livre.

- Pode ser.

*

2018

Os 50 reais que ganhei na noite anterior ainda estava na minha mão, cheguei em casa e caí na cama durante a madrugada. Meu quarto estava fedendo a roupa suja e o sol não entrava pela janela. Meu pai bateu na porta do quarto com dois murros.

- Acorda vagabundo. Já são 11:00h. Vá ajudar sua mãe a preparar as coisas para ceia hoje à noite. Sua irmã Lia vem passar a ceia conosco. – Deu mais dois murros na porta antes de sair.

Quando cheguei na cozinha, minha mãe estava preparando o famoso arroz com uvas passas. Tem gente que não gosta, mas eu adoro. O cheiro da comida sendo preparada me dava fome e ao mesmo tempo tédio. Era natal, o que traria à tona as conversas de sempre. Cadê a namorada? To tentando, caralho. Você está com 24 anos, quando vai começar a faculdade? Quando vai arranjar trabalho? Faculdade ta difícil e já trabalho seus otários, só vocês que não sabem. Me pego imaginando o primo comendo o peru de natal e eu soltando um “você coloca o peru na boca como os caras que pagam para chupar o meu”. Eu ri com meu pensamento.

- Ah, mãe. Tá aqui minha parte para ceia – Falei entregando os 50 reais e pegando uma banana para comer. Olhando bem, parecia a rola do Enrique.

*

2011

Enrique entrou no meu quarto com as mãos nos bolsos da calça, desde que entrou sua cabeça girava olhando cada canto da casa.

- Arquitetura legal, cara. – Finalmente tinha quebrado o silêncio.

- Gosta de arquitetura? – Perguntei como se nunca tivesse o visto desenhando plantas no caderno.

- Meus pais são arquitetos, deve estar no sangue. Você é bem “na sua” na escola, passa bastante despercebido na turma. Isso é legal.

- Obrigado!... eu acho. Err... vou esquentar alguma coisa para almoçar, minha mãe sempre deixa comida pronta, ai almoçamos e fazemos a atividade.

- Pode ser. – Ele disse se sentindo a vontade tirando o sapato e sentando na minha cama.

Não demorei muito para voltar para o quarto carregando dois pratos de feijão, arroz e frango frito, mas foi tempo o suficiente para que ele revirasse meu quarto olhando as minhas coisas, DVDs de Smallville, mangás do Naruto entre outras coisas e deitasse na minha cama com algum dos meus livros.

- Onde fica o banheiro? Preciso mijar – Ele perguntou assim que entrei no quarto, indiquei o caminho.

Enrique tinha deitado na minha cama, havia deixado seu cheiro ali. A fome já tinha passado, deitei onde ele estava e cheirei profundamente seu cheiro se misturando com o meu na cama. Tudo que eu queria era só sentir o beijo dele. O som da urina estava alto, ele deixou a porta aberta. Um rápido vislumbre dele sacudindo a rola me fascinou, poucos pêlos, e isso significava que ele já transava com as meninas por aí. Enquanto fazíamos a atividade ao longo da tarde, a imagem da sua rola não saia da minha cabeça.

*

2018

Não sei por que diabos o Enrique estava tão forte nas minhas lembranças desde quando acordei. Já tinha anos que eu não o via. O tempo foi suficiente para esquecê-lo? Para deixar de ser apaixonado por ele? Não, não foi. Mas estava pensando nele demais.

Minha mãe deveria está louca, achar um peru para comprar em pleno natal é uma tarefa impossível de ser realizada, tão impossível que já estava quase rodando a cidade inteira. E em um desses supermercados, um dos caras que pagavam bem só para me vê batendo uma estava fazendo compras. No seu carrinho, tinha o único peru que restava. 40 minutos depois estávamos no seu carro, minha calça arriada e meu pau na mão dele. Dei uma cuspida na cabeça e deixei ele fazer o resto. Meu pau não era grande demais, mas era grosso. A mão pequena dele fazia esforço para que se fechassem. Ele não gostava de conversa, só queria olhar meu pau e bater uma. Meu esperma escorreu pelos seus dedos, ele sorriu passando a língua sobre eles. Foi abrindo a carteira.

- Não, hoje não quero dinheiro. Quero peru – Ele estranhou o pedido e foi abrindo a calça – Peru...de natal – Eu ri, mas depois de insistir ele concordou com o pagamento. Voltei para casa com o peru na mão... O de natal!

*

2011

Terminamos a atividade quase umas 15h. No final eu tinha me enganado com ele, não fiz o trabalho sozinho. Quando foi me ajudar a guardar o material na gaveta da mesa, achou um tubinho de fazer bolha de sabão.

- Isso é seu? – Perguntou abrindo para vê se tinha detergente para fazer bolhas.

- É do meu sobrinho, deve ter deixado por aí – Respondi quando uma bolha estourou no meu rosto. Ele deu uma risada inocente. Enrique parecia uma criança naquele momento. Fez mais bolhas do que eu poderia estourar, rimos muito juntos até que seu olhar sobre mim se tornou o olhar de um homem que me desejava.

*

2018

Acordei do cochilo do final da tarde ainda com a sensação daquelas bolhas que eu acabara de sonhar. Minha mente estava pregando uma peça? Ou eu realmente não lembrava daquele momento com Enrique? Onde ele estaria hoje à noite? Passando o natal.

As gotas da chuva começaram a escorrer pela janela da sala. Quantas vezes vi minha gala escorrendo sobre a bunda dos passivos desde que comecei a comer? Seria tantas vezes quanto as gotas que deslizavam?

- Filho, atende a porta, seu pai chegou com seus tios – Minha mãe pediu da cozinha olhando a garagem abrir.

- Feliz natal, Bruno – Recebi um abraço da minha tia Geisa e das minhas primas Amanda e Catarina.

Meu pai passou direto por mim, enquanto meu tio, marido de minha tia Geisa, apertava minha mão. Meu outro primo, o Rodrigo entrou por último e me deu um abraço.

- Fala, primo. Percebeu como a bunda da Amanda tá uma delicia? – Rodrigo era o típico macho escroto. Não perdoaria nem as primas. Mas de fato, Amanda havia se tornado uma mulher e tanto.

- Cadê a Lia? – Perguntou Amanda para minha mãe.

- Está a caminho, o novo namorado dela se atrasou um pouco, mas já estão a caminho - Disse a mãe.

- Eu nem sabia que a Lia estava namorando. – Comentei. Eu e Lia éramos muito unidos quando ela ainda morava aqui.

- Tem pouco tempo, vai nos apresentar hoje – Disse o pai. Nesse meio intervalo, minha irmã mais velha e meu sobrinho haviam chegado.

- Filho, pegue os pratos e os copos lá em cima, por favor. – Pediu minha mãe.

- Eu ajudo – Disse Amanda me acompanhando. Rodrigo deu uma piscada para mim. Coitado, era mais fácil eu comer o cu dele.

- E a namorada, primo? – Eu sabia que Amanda tinha atração por mim, mas eu fazia questão de não demonstrar interesse. Embora eu reconheça que era ela bonita.

- Estão por ai – Eu disse. Enrique estava por aí

- Brunoooo, Lia chegou – Minha mãe gritou lá de baixo.

*

2011

Não sei se as bolhas foram estourando com o calor ou a vibração do meu coração com aquele olhar. Enrique foi se aproximando de mim devagar, primeiro ele passou a mão no meu rosto e depois segurando pelo meu pescoço me puxou para um beijo. Eu flutuei como as bolhas naquele momento, mas o detergente faz os olhos arderem. E eu o empurrei.

- Eu não sou bicha – Eu disse bravo, não com ele, mas com minha natureza.

- Eu também não – Ele me empurrou na cama e deitou sobre mim, os beijos ainda mais intensos, su pau erguido esfregava sobre o meu.

- Enrique, para – Eu disse, mas eu queria que ele continuasse.

- Eu... eu te pago – Ele falou.

Se eu fizesse por dinheiro? Eu não estaria sendo gay, eu poderia fazer o que ele queria fazer, o que nós queríamos sem culpa. Ele poderia me amar como ele quisesse, mas saberíamos que estávamos transando por dinheiro. Era só isso. Eu virei ele na cama e tirando sua roupa, toquei naquelas coxas que tanto via todos os dias. O gosto do seu pau na minha boca nunca havia se repetido em nenhum dos caras que eu chuparia dali em diante.

- Me fode – Eu pedi.

Deitado de bruços, Enrique deu uma cuspida passando ao redor do seu pau e enfiou em mim. Doeu, doeu muito, mas nada que eu não pudesse suportar ao matar meu desejo por ele. Seu pau era grosso e assim eu sentia cada estocada, cada baforada de ar que ele dava em meu pescoço.

- Bruno, Bruno – Ele falava no meu ouvido enquanto eu empinava para ele. Naquele quarto Enrique havia se tornado meu homem, seu esperma me alimentou muitas e muitas vezes nos meses seguintes. Uma vez por mês, por dois anos, ele me pagava e eu o amava.

- Goze dentro de mim – Eu dizia e ele gozava, e por dois minutos ficava deitado repousando sobre mim, eu sentia seu coração.

*

2018

Foi rápido quando os pratos deslizam da minha mão e espatifaram no chão, cacos de vidros espalharam por todos os lados. Meus pais levantaram assustados, Amanda deu um grito de susto. Lia estava parada no meio da sala de mãos dadas com Enrique. Ele me reconheceu, eu senti seu coração. O sangue no meu pé estava quente quando escorreu... Não aguento vê sangue, o olhar de Enrique foi a última coisa que vi antes de desmaiar sobre os cacos de vidro no chão da minha casa.

Continua...

Olá, pessoas. AÍ está a estreia de Menino de Rua, nesse primeiro capítulo apresento a trama principal do personagem. Espero que gostem, opinem e acompanhem essa história. bjs e abraços.

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Comentários

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Muito bom o conto, gostaria de saber se é uma história real?

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Caraca que top mano... Vou ali correndo lê o outro...

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Nossa maravilha de história ótimo conto , está de parabéns anciosa para o próximo

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Cara, essa história começou muito boa. Você escreve bem, o enredo tem qualidade. Na expectativa da sequência!

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Vc escreve bem. Seria bom se não alongasse mto a série, pq acaba perdendo a graça. De novo, vc escreve bem, o que é raro ver aqui.

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Gosto da maneira que contruiu a tua narrativa. Esse primriro capítulo já nos prende a atenção. Conte-nos mais...

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