EM BUSCA DO SUCESSO - CAPÍTULO 2

Um conto erótico de Rocio
Categoria: Homossexual
Contém 1606 palavras
Data: 08/06/2019 00:15:07
Última revisão: 08/06/2019 00:19:37

EM BUSCA DO SUCESSO – SEGUNDO CAPÍTULO

Renan: Ele está morto.

Renan e os funcionários olharam a bagunça do local, abalados com que tinha acabado de acontecer.

Funcionária: Eu vou ligar para o Samu, vai que podem reanimar ainda.

Renan sentou-se na mesa e ligou para sua mãe.

Renan: A senhora não vai acreditar, seu Pedro morreu.

Marta: Meu Deus do céu! O que o homem teve?

Renan: Um assalto mãe, dois homens chegaram aqui, um deles tava armado e seu Pedro também, foram embora levando todo o dinheiro do caixa.

Marta: Minha nossa senhora, filho e você está bem? Estou indo pra aí agora.

Renan: Sim, não aconteceu nada com a gente que trabalha aqui.

A polícia chegou no local junto com a equipe médica para constatar o óbvio. Renan ficou abalado, mas teria que ir à delegacia prestar depoimento do que viu. Ele foi abraçar sua mãe quando viu ela chegando.

Marta: Como podem ter coragem de fazer uma barbaridade dessas?

Ademir: Essa cidade já não é mais mesma.

Renan: Mãe, vou precisar ir na delegacia, dar o depoimento.

Marta: Claro filho, vamos com você.

O IML estava retirando o corpo do estabelecimento.

Marta: Que Deus ponha a alma dele em bom lugar.

CURITIBA

FAMÍLIA MACOPPI

Estela estava terminando de se arrumar.

Guilherme: Onde vai assim tão arrumada mamãe?

Estela: Vou sair com uma amiga, acabou de se separar, coitada, me chamou pra ir na igreja, disse que está precisando de Deus.

César: E se separou por que?

Estela: Foi traída, o marido abandonou pra ficar com outra, agora eu que tenho que aguentar ouvindo ela reclamar que levou chifre.

Camila: Nossa mãe, mas ela não é sua amiga?

Estela: Sim, mas ninguém mandou não cuidar do marido, amor eu vou indo, cuide dos nossos bebês.

Guilherme: Bebê nenhum, eu vou sair pra dar um rolê.

Estela: Onde vai Guilherme?

Guilherme: Ah mãe, vou sair por aí com uns amigos.

Estela: O senhor tome cuidado viu, o carro é novo.

Guilherme: Relaxa mãezona.

César foi até a piscina da casa, ascendeu um cigarro e começou a lembrar do que havia acontecido horas antes.

***César: Come essa cachorra, come, quero leitinho na boca.

Homem: Rebola pro teu macho, vai

César estava se deliciando com o rapaz na cama. Após o ato, ele abriu a carteira e entregou duas notas de 100 ao garoto de programa***.

César: Gostoso

CALIFÓRNIA

Samuel passou em frente do bar, e achou estranho o fato de estar fechado.

Samuel: Ué, fechado, onde será que o Renan está?

Lucas: Vixe, acho que ele nem queria te encontrar amigo.

Samuel: Vamos dar um pulo lá nessa festa da cidade que ta tendo.

Samuel procurou por ele sem sucesso, o local estava movimentado. Renan estava na delegacia ainda esperando para prestar depoimento.

Marta: Credo, mas que demora.

Renan: Meu Deus o Samuel, ele vai embora sem eu ver ele de novo – Ele pensou.

Samuel passou mais uma vez em frente ao bar, seus amigos já estavam com pressa para voltar para Curitiba.

Samuel: Pior que eu tinha gostado dele.

Lucas: Samuel, você viu ele só uma vez.

Samuel: Nem trocamos o número do celular.

Lucas: Esquece então, chega dessa cidade, vamos embora – Ele disse entrando no carro.

E assim os caminhos de Renan e Samuel se desencontraram.

Renan: Eles estavam encapuzados, um mostrou a arma, o outro eu não vi, estavam com uma moto preta, não percebi a hora que eles chegaram, se o Pedro não tivesse reagido ao assalto, mostrado a arma e atirado, ele poderia estar vivo.

Lucas dirigia e estava percebendo a reação de Samuel, pensativo olhando a paisagem.

Lucas: Relaxa que logo você esquece esse carinha aí.

Samuel: Vou dormir um pouco, falta muito ainda né?

Lucas: Falta, dorme aí.

CASA DE RENAN

O jovem chegou em casa, acompanhado da mãe e do padrasto.

Marta: Filho, vai deitar, vai ou quer comer alguma coisa antes?

Renan: Não, mãe, eu estou sem fome.

Marta: Mamãe ta aqui com você, ta? Você vai achar outro emprego, amanhã iremos ao enterro.

Renan: Ta bom, boa noite. – Ele disse se trancando no quarto.

Renan estava triste, deitou na cama e se lembrou de Samuel.

***Renan foi puxado para uma rua paralela, escura, ele estava com medo, mas antes de pensar foi surpreendido pelos lábios de Samuel e ficou preso em seus braços. Ele nunca tinha beijado outro cara, e aquela intensidade, aquele fogo foi percorrendo todo seu corpo, o beijo era quente, molhado, não dava vontade de parar, suas mãos foram percorrendo os detalhes do corpo moreno de Samuel, não era nada bombado ou definido, mas para Renan, parecia perfeito***.

Renan: E agora meu Deus? Nunca mais vou ver esse homem, o meu primeiro beijo em homem, Samuel, eu nunca vou te esquecer.

DIA SEGUINTE

Renan acordou com o sol batendo em sua cara. Um novo dia, ele decidiu ligar para o pai logo para contar tudo o que havia acontecido.

Renan: E foi isso pai, agora daqui a pouco tenho que ir no velório.

Juvenal: Filho, que perigo, poderia ter sido você, meu Deus do céu, por isso eu não gostava de ver você trabalhando naquele lugar.

Renan: Pois é, pai, mas agora acabou, tenho que achar outra coisa pra fazer, aquele bar acabou.

Juvenal: Você ia gostar tanto daqui, queria você morando comigo.

Renan: Morar em Curitiba pai? Não sei se é uma boa ideia.

Juvenal: Pense direito filho, tanta oportunidade pra você aqui de crescer na vida.

Renan: Já disse, vou esperar o resultado do Enem.

Juvenal: Tudo bem, vou torcer para que dê tudo certo.

Renan: Pai, tenho que me arrumar pra ir ao velório, depois nos falamos ta? Tchau, fica com Deus.

Juvenal: Você também filho, vou rezar pela alma do Pedro.

Renan foi tomar um banho e estava pensando no que ia fazer da vida: Morar em Curitiba? Cidade grande, oportunidades, ahhh se eu tivesse pegado o número de Samuel, seria tão fácil encontrar ele por lá, aí, mas Renan, você tem que pensar no que é melhor pra você, no que é melhor pra você, vou ligar pra minha irmã depois pra ver o que ela acha da ideia.

IGREJA

Renan chegou ao velório acompanhado de Marta e Ademir. Ele se aproximou do caixão e ficou analisando Pedro.

Renan: Coitado.

Renan sentiu uma mão no pescoço, achou se tratar de sua mãe, mas era seu amigo, Giovani. Eles se abraçaram e depois saíram para o jardim da igreja.

Giovani: Mano, triste né, mas todo mundo um dia vai pra longe dessa Terra.

Renan: Podia ter sido eu.

Giovani: Ta louco? O bandido só matou porque ele atirou também.

Renan: Nem sabia que seu Pedro tinha uma arma, mas enfim, to pensando em ir embora Giovani, morar com meu pai em Curitiba, você iria se teu pai te chamasse?

Giovani: Mano, eu iria até sozinho, você ficou abalado por causa dessa morte né? Ficou com medo?

Renan: Mais ou menos, to cansado dessa cidade aqui, mas também achei estranho aquele assalto, nunca tinha presenciado algo assim, é foda ver uma pessoa matar a outra na sua frente.

Giovani: Foda mesmo.

Renan: Você já viu?

Giovani: Pior que não, graças a Deus não.

Os dois acompanharam o enterro e quando chegou em casa, Renan decidiu ligar para a irmã Paula, que morava em Itajaí, Santa Catarina.

Paula: O que? Papai te chamando pra morar em Curitiba Renan?

Renan: Pois é Paula, estou pensando, mas ainda nem questionei com a mãe, senão ela fica louca, sabe como é né.

Paula: Meu querido, não perca tempo nesse fim de mundo aí, se acha porque que peguei meu rumo? Califórnia não é bom pra crescer não, se fosse a dos Estados Unidos eram outros quinhentos.

Renan: Vou esperar o resultado do Enem, vou tentar alguma coisa na UFPR, mas ainda não sei o que, não me vejo em nenhum curso.

Paula: Ah eu também vou tentar, faz igual irmãozinho, Administração, já que não dei certo em pedagogia, detestava aquelas crianças encapetadas.

Renan: Aí Paula, só você mesmo, tenho medo de me arrepender depois.

Paula: Faz parte irmãozinho, aproveita que o velho do patrão bateu as botas e se pique daí, tem que correr atrás do seu futuro, do seu sucesso, senão vai ter que trabalhar nesses lugares aí, engolindo sapo de cliente.

Renan: Ta bom Paula, viu to com saudades, ta?

Paula: Eu também, morrendo de saudades, se passarmos na federal vamos beber até cair pra comemorar.

Renan: Eu nem bebo.

Paula: Aí Renan, você é muito careta, não bebe, não fuma, não transa.

Renan: Já você faz tudo isso né.

Paula: Nem ligo, adoro, viu vou desligar aqui, ver uma série e dormir que amanhã tenho que ir pra creche, aguentar aqueles pirralhos.

Renan: Imagina quando tiver um filho.

Paula: Deus me livre, tchau Renan, até, se cuida.

Renan: Tchau, beijo.

Renan tomou um banho e deitou-se na cama para dormir.

2 MESES DEPOIS

Renan acordou tarde, espreguiçou-se na cama, pegou o celular, hoje era o dia do resultado do SISU. Ele tinha se inscrito para o curso de Administração na UFPR.

Renan: É hoje que minha vida pode mudar totalmente.

Ele almoçou, e aguardava ansioso o resultado.

Renan: Eu passei, eu passei – Ele disse para Paula no telefone.

Paula: Aí que delícia, eu também passei.

Marta: Passou no que criatura? Por que está gritando?

Renan: Consegui a vaga mãe, na faculdade, vou ter que me mudar para Curitiba.

A expressão de Marta indicava que ela não tinha ficado nenhum pouco feliz.

CONTINUA...

Obrigado pelos comentários pessoal, já comecei alguns ajustes para os próximos capítulos. Continuem comentando, bom final de semana, beijos!

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Comentários

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Muito bom. Achei esse capítulo um pouco corrido.

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VAMOS VER SE AS COISAS MUDAM NA VIDA DE SAMUEL E RENAN. ESPERO QUE SE REENCONTREM RAPIDINHO.

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Bem interessante esse crescimento como as histórias irão se cruzar.

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