Tudo começou depois da terapia.
Eu aparentemente tenho certos traumas de infância, ainda virgem e com poucos amigos.
Claro, maior de idade, morando em São Paulo e perdida.
Eu estou andando pela avenida, depois da consulta com o meu terapeuta, doutor Marcos, eu me sinto gasta emocionalmente, só sigo andando. Eu vejo um morador de rua, sentado e encostado numa parede pixada, por alguma razão, a forma que a vida maltratou aquele homem, eu gostaria de ser maltratada de alguma forma também. O meu telefone começa a vibrar enquanto estou perdida nos meus pensamentos e não percebo o acontecimento.
Após um bom tempo, estou em casa. Decido me jogar na cama e escuto Roberta me chamar.
Meus planos de ir me deitar no meu quarto são renegados rapidamente; eu continuo o caminho do corredor, ao qual eu já tinha começado, mas não entrarei mais no quarto a esquerda e sim o da direita ao final do percurso.
As paredes desta casa são feitas, acinzentadas e manchadas, mas a decoração também não ajuda muito, Roberta, minha amiga do ensino médio, veio morar aqui, após a morte de seu pai, ao que eu sei, ele foi morto por policiais após ter tido uma crise destrutiva. Nada de muito importante foi feito, mas a Roberta ganhou uma casa e me chamou em seguida pra passar um tempo, eu perguntei se podia morar de vez, ela estranhou mas concordou. Eu sou impulsiva, mas senti que está fosse a oportunidade de se descobrir um pouco.
O corredor chega ao fim, mais uma porta ali, ao lado, o banheiro ao qual Roberta sempre deixa suas roupas íntimas secando, aquelas roupas sempre se destacam no box.
Olhando pra porta do quarto de Roberta, o cheiro de tinta da porta velho vinho ainda está bem evidente. Eu puxo a masaneta da porta pra frente, na intenção de a abrir, um cheiro de perfume doce, daqueles que crianças normalmente usam, está no ar.
Ali estava ela, vestido preto e coleira no pescoço, cabelo muito curto, pele acastanhada escura, altura mediana e um corpo bonito, nada muito surpriendente mas poderia fazer muitos homens felizes.
"Então, como foi?" Roberta pergunta sem exitar, por algum motivo desde que começamos a morar juntas, ela tenta saber ao máximo de mim.
"Foi normal, ele me disse que tenho que explorar esse lado sexual com calma para que não gere futuras crises" eu não ligo de dizer as coisas, se ela quer saber, então deixe a realizar suas vontades.
O papo sobre sexualidade continua vindo em fluxo que deixa evidente o interesse dela.
"Você quer ser punida?" Ela surge do nada com uma pergunta que não seguia muito o contexto já que a pergunta anterior a está havia sido orgasmo.
