Eu estava distraído, quando o amor me achou - CAPÍTULO 37

Um conto erótico de Lissan
Categoria: Homossexual
Contém 2125 palavras
Data: 19/06/2019 19:23:45
Assuntos: Gay, Homossexual

Olá amigos, perdoem a demora. Feriado ai na porta, uma correria danada, mas cá estou eu.

E continuo grato demais a vocês pelos comentários, nem sei o que dizer além do de sempre MUITO OBRIGADO, MUITO OBRIGADO E MUITO OBRIGADO!!!!

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UMA ÓTIMA LEITURA A TODOS

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Sim, eu estava pronto... Mas também quem não estaria hein? Depois de ter quase todo meu corpo amado, beijado... Ah sim, eu estou pronto para sair de casa já na boquinha da noite... E entrei no carro, já no de Atila, me sentei ao lado dele e escolhemos musicas enquanto esperávamos o transito caótico. Mesmo ele não me amedrontou. Mesmo quando os motoqueiros loucos passaram raspando quase a arranhar a lataria do carro. Pronto para tudo. Mas não para ver quem era o tal amigo advogado de Atila. Um metro e sessenta e oito, ou setenta... Barba bem aparada, olhos azuis e cabelo castanho claro... Todo embalado em um terno slim, acentuando o corpo torneado...

Tentei quando o vi acenando para nós, desviar os olhos dele, e observar o restaurante. Especialmente desenvolvido par receber empresários, advogados, e todos os tipos de pessoas que precisam conciliar alimentação, reunião de trabalho e lazer. Mesmo assim, o belo sorriso do rapaz me puxou de volta para a realidade.

- Seu miserável! – Atila deu um grito que chamou a atenção de todos a nossa volta. – Tá parecendo até um milionário!

Eles dois apertaram as mãos e se abraçaram, como se a muito não se vissem. Fiquei um pouco sem jeito por não conhecer aquele ambiente e muito menos as pessoas com os olhos postos em mim. Segui até os dois e pela primeira vez pude ouvir a voz do homem com mais clarezae você continua com cara de pedreiro de esquina – arregalei os olhos sem entender as ofensas. – Ah, você é Inácio? – ele arqueia as sobrancelhas parecendo só me perceber agora. Estende uma mão para mim ainda com Atila perto dele. – Prazer, Urbano Garcia...

- Arthuzinho pequeno – sorri Atila – é o apelido dele da escola... – ele me explica com um sorriso enorme no rosto.

- Posso falar o seu pra ele? – diz o tal Artur também sorrindo. – Vem Inácio, temos muita coisa para conversar... Esse idiota pelo visto não deixou de ser... – sorri para Atila que segura em meus ombros enquanto sou arrastado por Artur por um corredor.

O lugar além do espaço aberto onde um balcão com barzinho, e mesas para os clientes menos reservados, possui em seu espaço maior, várias salinhas divididas por tapumes de tipo oriental. Eu de fora, imaginei logo que teríamos de falar sussurrado para não sermos ouvidos pelos outros clientes nas outras salinhas. Mas tão logo ele puxou a porta, pronto, o silencio nos cobriu. Dentro do local um sofá em retângulo com o ângulo da porta aberto. E uma mesa pequena no centro.

Artur foi logo mostrando o quanto era intimo do lugar e já controlou o ar condicionado para uma temperatura mais ambiente.

- Então posso te chamar de Artur – pergunto meio sem jeito.

- Claro que sim, à vontade – ele diz se ajeitando e puxando a mesa para que essa se abra como um leque.

- Finjam que eu não estou aqui – diz Atila, e abre o cardápio.

Olho para ele de esgueira, e ele saca o celular com a gravação de toda a conversa com Adelmo. Através dos fones de ouvido eu e Artur ouvimos todo o discurso de Adelmo. E então quando terminamos de ouvir, conto para ele como conheci Emerson. E mesmo quando tive o primeiro contato com Adelmo. Ele escuta a tudo sem tirar os olhos do meu, a não ser para anotar algumas coisas em uma caderneta. Isso me faz ter confiança em Artur, e Atila se mantém impassível. Não interfere um momento sequer. Só ouço sua voz quando o garçom aperta uma espécie de campainha.

A gente para de falar no assunto, e fazemos alguns pedidos, para o jantar e petiscos. Artur fica em silencio depois disso, e com todo meu relato ou aquilo que consigo me lembrar ele começa:

- Ótimo, bem, pelo que você está relatando – ele faz um gesto com a mão – vocês me relatam... Esse Adelmo, policial Adelmo, veio na verdade te sondar para uma possível colaboração com a policia... É típico desse tipo de processo...

- Testemunha? – Atila interfere arqueando as sobrancelhas – mas ele teria que ficar sob proteção judicial não é?

- Sim, - Artur assente – se for o caso sim... Ele provavelmente vai entrar em contato com vocês com algum membro do ministério público, judiciário, logo, logo... Eu conheço esse tipo de operação já vi outros casos, e acho que ele está falando a verdade. Em todo caso, posso averiguar fazer umas ligações... E se você permitir Inácio eu posso representa-lo nesse caso.

Engulo em seco, e o soco de laranja que pedi, pensando nessa coisa de testemunha, advogado e tudo o mais. Quando o garçom se vai e ficamos apenas nos três, eu olho para Atila e decido contar tudo mesmo a Artur. Sobre Emerson e o que ele fez comigo, se eu fazendo esse pacto de colaboração com a justiça eu teria algum tipo de compensação. Quero dizer se o crime contra mim ia ser cobrado do bandido do Emerson, e Artur morde os lábios.

Mas é muito claro em afirmar como é prematura qualquer suposição. Ele me mostra um documento, onde eu passo para ele o direito de me representar, ou seja, o autorizo a pedir autos, informações, mas para fechar qualquer tipo de acordo só com minha presença e assinatura. Leio o documento e fico um pouco apreensivo mesmo sem saber como tudo vai acontecer e se vai acontecer como parece. Porque se eu me tornar mesmo testemunha, então, vou precisar ir para um lugar, ficar isolado de tudo e todos... Isso me atemoriza.

- Lembra? Eu estou com você – Atila diz sério segurando minha mão – se você mergulhar... – eu aperto a mão dele também – Artur sobre tudo isso que você vê, como seu amigo... O que acha que vai acontecer? Quero dizer, se já viu casos semelhantes...

- Como eu disse...

- Por favor – eu peço – preciso saber até onde vou ter que parar minha vida por causa disso tudo.

- Bem Inácio – ele arqueia as sobrancelhas – eu serei sincero com você, acompanhei de perto dois casos como esses e um eu mesmo estive a frente... Em todos eles... Os resultados foram diferentes, em um deles os denunciados do esquema acabaram mortos e por isso o caso foi encerrado e as testemunhas liberadas. No outro a justiça conseguiu prender grande parte da quadrilha e boa parte das testemunhas também voltaram suas vidas... – ele conclui bebendo do café que havia pedido.

Eu e Atila nos entreolhamos e nos voltamos para ele fazendo as contas, tá ele disse três casos e o terceiro? Artur virou todo o conteúdo da xicara na boca e semicerrou os olhos voltando a atenção para a gente.

- Esse caso aconteceu há muitos anos – ele diz – então... eu ainda era assistente do advogado responsável... Os tempos eram outros... As testemunhas, policiais, quase todos os envolvidos foram mortos...

Eu arregalo os olhos e aperto a mão de Atila com força. Mortos! Mortos! Minha cabeça começa a girar, quando eu penso que tudo vai se acalmar, me cai uma bomba dessas no colo. Meu deus, eu um simples estudante em graduação... Eu um simples ajudante em canteiros de obra... Meu coração começa a bater forte como se minha sentença já estivesse sido proclamada. Bebo o restinho de suco, e fico olhando para nada em especial pensando todas essas coisas, até chegar a conclusão do medroso sobrevivente.

- Eu posso... – digo quebrando o silencio – esquecer tudo isso, deixar para lá... Não posso? Eles não vieram atrás de mim ainda e não vão vir não é?

Artur ergue uma das sobrancelhas e morde o canto da boca. Aqueles típicos gestos de quando não queremos quebrar as esperanças de outra pessoa, a mesma cara que oferecemos quando não queremos desiludir alguém, apesar de inevitável. Atila quem puxa meu rosto para si e comenta de forma muito lúcida como sempre.

- Se a policia já veio atrás de você – ele limpa a garganta – isso quer dizer que...

Meu coração dá várias batidas uma atrás da outra, em uma vertigem só. Fico sem ar por um tempo, e aperto as têmporas, sem saber como agir. É como se eu estivesse em um peco sem saída e pessoas me atirassem pedras, tiros, para me impedir de escalar o muro. O único meio de me salvar, é como sinto, ao raciocinar que se a policia se deu ao trabalho de me procurar é porque os bandidos também vão fazer isso em algum momento. Estou visado, como se diz... Estou marcado... Abraço Atila com força escondendo meu rosto na curva do seu pescoço.

- Mas isso são conjecturas – diz Artur – talvez seu caso siga outro rumo... E tudo isso não passe de suposições mesmo... Eu aconselho você a quando for chamado, ir até eles e responder o que lhe for solicitado, uma proposta dessa caso saia mesmo... Tem que ser bem pensada...

Ouvi todas as palavras de Artur, sem esperanças. Sabia exatamente como tudo ia se dá. Beijei o pescoço de Atila e me virei para o advogado, o documento com todas as clausulas estava ali... Peguei o papel e assenti para tudo o que Artur dizia como se fosse meu terapeuta tentando me colocar para cima. Mas não é tristeza, longe disso. Nada me daria... Dará mais gosto do que desafiar o bandido do Emerson, posso suportar tudo o que ele tiver, mesmo com o medo da morte pulsando em mim.

Posso aguentar ir para uma cabana no meio da floresta Amazônica, ficar com dois policiais estranhos à minha porta. Aguento mudar de nome, cidade, país para me proteger. Aguento interrogatórios, tribunais e enxovalhos públicos. Aguento qualquer coisa, mas essa mão na minha, esse homem ao meu lado, com um ar esperançoso na face não merece ter que aguentar nada disso. Eu procurei tudo isso, são meus problemas apesar de tudo e dividir a carga com ele... Não é justo.

Em todo o momento do nosso jantar a três eu ouço Atila falando com uma esperança tão grande, meu peito enche de amor por ele. Como eu posso deixa-lo se sacrificar por mim? Não é justo repito para mim mesmo. Olho para eles dois relembrando seus velhos tempos e consigo sorri de tudo. Consigo imaginar eles moleques aprontando todas. Peço a Artur o documento para eu ler melhor em casa. Pensar melhor, mas já estou decido. Sei o que fazer...

Terminamos o jantar, e sinto extrema confiança no aperto de mão de Artur. Eu e Atila entramos de volta no carro, e ele percebe o quanto estou calado:

- Não fique assim, - ele diz – tudo vai dar certo, você vai ver... - Toco o rosto dele em mais uma caricia, pegamos pouco transito dessa vez. E ao chegarmos em casa, aperto minhas mãos nos ombros dele massageando ali. Vou empurrando-o para o quarto enquanto tiro a minha roupa. – Hum... Dessa vez eu não vou resistir hein? – ele avisa ainda de costas para mim.

- Nem eu quero – digo sussurrado em seu ouvido – a gente tem muito tempo ainda, mas temos que aproveitar todas as oportunidades... – digo infringindo contra seus lábios os meus.

Ele mesmo tira sua camisa e abre a braguilha da calça enquanto a deixa cair, eu o empurro par a cama e dessa vez sem joguinhos, a não ser nossos olhares um para o outro, monto dele. Faço um pequeno gesto com o quadril, como se ele fosse meu cavalo e eu estivesse pela primeira vez em seu dorso. Ele tenta se soerguer para alcançar meus lábios, mas eu desço e beijo-o com força. Quero grava-lo em mim da forma que puder, quero o todo... E ele parece perceber isso quando vira o jogo e faz invertermos as posições, eu embaixo e ele me cobrindo com seu corpo por cima. Sinto sua boca descer por meu queixo até meu pescoço.

Eu me deixo conduzir um pouco pelos toques dele, e arfo a cada falsa mordida dele pelo meu corpo. Seguro sua cabeça me entumecendo o mamilo e sinto meu membro enrijecer, ele desce a minha calça e passa a mão pela minha coxa, abro os olhos para ele decido. Eu quero isso, estou pronto para isso... E afinal não sei quanto tempo ainda temos para fazer.

- Posso – ele sussurra quase com vergonha descendo sua mão pela minha nádega esquerda.

- Deve – digo com um sorriso, pegando a mão dele e beijando-a – estou pronto.

AVISO: O site está com algum problema, para publicar foi difícil, mas acho que dessa vez foi. Qualquer coisa podem colocar nos comentários se deu algum erro, tá legal? Posso mandar por Email se quiserem rsrsrs abçs a todos!!!

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Comentários

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Inácio coitado, Átila seu lindu

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O Átila deve seguir o Inácio para onde este for.

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Inácio deve fugir para lonhr com seu amor junto a ele.

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Cara, porque eu fiqui com a sensação de que o Inácio vai tentar deixar o Átila de fora dessa? Meeeeu dels! Agora, pensando no caso como um todo, se Fefito levou Robson, deve ter sido a mando do Jogador. Daí, logo em seguido o crápula aparece para buscar Inácio, levá-lo para sua casa, enquanto o morro pegava fogo por causa da traição do Émerson contra Evandro. O cara volta para casa, estupra Inácio e o manda embora. Pooooorrr que? Teria o tio do Inácio colocado no acordo que o sobrinho fosse mantido vivo? Agora Adelmo vem pedir que Inácio testemunhe, beleza. Eles têm medo que os bandidos venham atrás dele. Caralho, ele estava na mão dos bandidos, por que soltaram se iriam vir atrás? O que foi que eu perdi? kkkkk, não liga não, é que essa história está muito envolvente e eu fico tentando montar quebra-cabeças. Mas, tá muito bom, mesmo!

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