Gente, peço desculpas pela demora, mas passei por muitos problemas.
Mas agora irei terminar esse conto.
Prometo.
Cap. 11
Quando olhou para a porta, Mari se deparou com Érica entrando no apartamento de Milla, isso a deixou ainda mais triste, pois enquanto ela passou a semana toda tentado descobrir o endereço de Mila, Erica não apenas sabia mas tinha entrada livre para ele, pois em nenhum momento o interfone havia tocado para anunciar a presença dela. E nesse momento Mari sentiu uma dor tremenda no seu peito, um medo enorme de perder Milla. Mas por que ela estava com tanto medo de perder Milla, se elas não tinham nada?
Ao ver Mila chorando de novo Mari pediu que Érica e Vanessa fossem embora, pois precisava ficar a sós com Mari, então Vanessa apenas acenou com a cabeça, puxou Érica pelo braço e saiu.
M – Mila, vamos conversar! Precisamos conversar, eu preciso entender o que está havendo com você...
Nesse momento Mari teve sua fala interrompida com Mila a beijando, um beijo que no seu início foi desesperado, como se estivesse gritando tudo que ela sentia de uma vez, todo o medo, todo o desespero, toda a confusão... Mas depois o beijo foi ficando mais calmo, mais carinhoso... Agora gritando todo amor que havia surgido, todo o carinho, toda a preocupação...
Mila nunca havia sentido nada assim antes, em nenhum de seus relacionamentos, nem mesmo com Rafael que sempre achou que seria o amor da vida dela. Ela só sabia que não queria parar de beijar Mari, queria está ali para sempre. Fora que sabia que quando aquele beijo acabasse teriam que conversar sobre ele... E isso estava deixando ela super envergonhada.
Mari por sua vez estava sem reação no começo do beijo, não sabia o que deveria fazer, mas resolveu se entregar, entregar todos os seus sentimentos que havia guardado até aquele momento, entregar o amor que havia florescido nela, por mais que ela tenha lutado contra ele com medo de se machucar novamente. E ao sentir que aquele sentimento estava sendo correspondido não podia conter seu coração de bater mais forte...
Então o beijo finalmente acabou... E as duas ficaram por um tempo ali... Apenas se olhando sem nada falarem... Com um mix de alegria e vergonha no ar... Até que Mari resolve quebrar o silencio...
M – Mila... Esse foi o beijo mais incrível que eu já dei em toda a minha vida, nunca me senti assim antes... E tudo que eu quero é continuar te beijando... Continuar sentindo isso... Sentido sua boca na minha...
C – Mas nós temos que conversar... Explicar e entender as coisas...
M – Sim... nós temos... Quero entender tudo, mas principalmente quero entender por que você começou a chorar do nada aqui... Quero também que você me conte essa história de Rafael.
C – Então vou começar pela história de Rafael...
Foi então que Mila contou tudo que havia acontecido, e como tinha acontecido, após ouvir toda a história subitamente Mari começou a rir... Rir sem parar.
C – Por que você está rindo? Você está rindo de mim? – Disse Mila claramente um pouco chateada pela reação de Mari
M – Não minha linda, eu jamais iria rir de você, estou rindo de mim... Que pela primeira vez, em muito tempo, simplesmente me deixei levar pelos meus sentimentos, tive tantos ciúmes de você com ele, tanto medo de estar te perdendo... Que comecei a chorar, e simplesmente quis fugir dali, pois não queria ver você se reconciliando com ele, não queria ter a certeza que tinha te perdido, pois assim poderia me iludir que sempre haveria uma esperança pra mim. Por isso fugi! Mas se eu tivesse ficado um pouco mais lá, nada disso teria acontecido.
C – Mas talvez tenha sido bom de alguma forma... Se não fosse por isso, eu talvez tivesse demorado muito mais para perceber, aliás, deixar de negar o que eu estou sentindo. Eu realmente ainda não sei explicar o que é... Mas tenho medo de te perder... Quero estar com você... Quero te beijar ainda mais – sussurrou Mila, cheia de vergonha.
Ao ver aquela cara envergonhada Mari não resistiu, sentiu seu coração bater mais forte e beijo Mila novamente. Dessa vez um beijo muito mais calmo, cheio de carinho, cheio de amor.
C – Mari, por que Érica pode entrar aqui livremente, sem nem mesmo ser anunciada?
M – Você não precisa ter ciúmes dela. – Começou falando com um tom de riso ao ver que Mila estava realmente com ciúmes, e quando viu a reação dela ao ouvir aquelas palavras não conseguiu deixar de rir. – Ela veio aqui por que eu pedi para Vanessa vir, e como elas estão juntas, acho que Vanessa não conseguiu se livrar da Érica. Pedi para ela vir para a gente falar de negócios, inclusive aqueles papeis que você trouxe eram justamente para isso. Em relação à entrada dela, acaba sendo meio inevitável, uma vez que enquanto estávamos juntas, ela basicamente morava aqui. Mas não tem mesmo o que você se preocupar, não quero nada com ela, estou olhando agora para a pessoa com quem eu quero tudo.
Ao ouvir aquelas palavras o coração de Mila começou a bater mais forte, não sabia explicar o porquê, mas sabia que Mari estava sendo sincera, que estava falando o que realmente sente, e queria retribuir tudo aquilo.
C – Mari... Eu...
Nesse momento a conversa das duas foi interrompida por Katty, que estava indo para a cozinha, mas quando viu que estava um clima mais calmo, resolveu passar na sala pra saber se as duas precisavam de alguma coisa, ela ficou realmente preocupada por Mari ter chorado daquele jeito, mas também queria saber da sua irmã, que ainda não tinha contado nada do que havia acontecido, mas de alguma forma ela sabia que tinha haver com Mila, afinal, sua irmã desde que a conheceu estava muito mais alegre.
K – Desculpa interromper, mas eu queria saber se está tudo bem. E se vocês estão precisando de alguma coisa. Mila você está bem? O que houve que você começou a chorar daquele jeito.
Naturalmente Katy sentou no colo da sua irmã para esperar as respostas. E imediatamente ao ver aquela cena, Mila ficou triste, pois não sabia qual era o relacionamento das duas, esta confusa com tudo que havia acontecido ali. Os beijos, o que havia sido dito, e por ser uma pessoa extremamente expressiva, ela não conseguiu disfarçar que aquilo incomodou ela...
Continua....
