Cap. 12
Ao ver a expressão de Mila assim que sentou no colo de sua irmã, Katy começou a rir, e a entender um pouco do que deveria está passando ali, então ela se virou para Mari como se fossem se beijar, deu um beijo na testa da sua irmã, virou mais uma vez pra Mila e finalmente disse...
K – Sabe Mila, não tem ninguém no mundo que eu ame mais do que eu amo a Mari, nem meu pai, se você a fizer chorar de novo como você fez esses dias, eu te garanto que eu te mato. Vou deixar você e minha irmã conversarem e se entenderem... Mana... Estou indo lá embaixo... Juízo! Não faça nada que eu não faria.
Nisso Katy sai do apartamento, e deixa as duas lá sozinhas. Até que...
C – O que?! Katy é sua irmã?
M – Sim. Eu não havia te dito?
C – Não, eu achei que ela fosse sua namorada, achei que vocês estavam morando junto!
Nesse momento Mari não conseguiu conter seu riso, pois viu que claramente Mila estava morrendo de ciúmes de Katy.
Então ela segurou o rosto de Mila, se aproximou, olhou nos olhos dela e disse:
M – Mila, depois de me fechar completamente para o amor, você fez meu coração disparar mais forte todas as vezes que eu te via, mesmo de longe. Você me fez questionar minha sanidade, por estar gostando de uma mulher hetero, que ainda por cima, havia acabado de passar pelo que eu passei há um tempo, e que com certeza estava fechada para o amor, assim como eu estava quando te conheci. Eu realmente não sabia o que eu deveria fazer, mesmo minha vontade sendo te agarrar, te beijar... Mas tinha medo de você se distanciar de mim, e por mais que doesse não te beijar, doía muito mais a ideia de nem te ver mais. Quando eu vi você e o Rafael juntos, achei que tinha te perdido, e honestamente não sei te dizer se o que me doeu mais foi ver outra pessoa te beijando, ou se foi pensar que agora que você estava novamente com ele eu não iria mais te ver, ver o teu sorriso.
C – Eu me senti sem chão quando te vi chorando e indo embora, eu realmente não sabia o que deveria fazer, então meu corpo começou a agir sozinho, quando me dei conta eu estava correndo atrás de você, sem saber o porquê, sem entender nada. Mas estava sentindo um desespero, um medo de te perder, de não te ver mais. Tudo o que eu queria era te ter nos meus braços, te beijar. Mas aquilo não fazia sentido pra mim, eu não conseguia entender por que eu queria aquelas coisas. Por que eu te desejava até nos meus sonhos.
M – Você sonhou comigo? - Mila ficou imediatamente vermelha ao perceber que havia falado mais do que deveria. – Você vai me contar sobre esse sonho?
C – N-não! Vo-você nem deveria nem saber sobre ele.
Após dizer isso, Mila simplesmente desmaia, o que deixa Mari desesperada, pois até então ela parecia bem. Ela tentou acordar Mila de muitos jeitos enquanto ligava para o seu médico, e implorou que ele fosse para seu apartamento com urgência, nesse meio tempo Katy voltou para o apartamento e as duas levaram Mila para o quarto de Mari.
Quando o médico chegou, foi para o quarto de Mari então examinou Mila. E disse que estava tudo bem com ela, e que ela devia estar apenas está esgotada, e seu corpo chegou ao limite. Foi recomendado que a deixassem descansar, que logo ela acordaria bem. Todos saíram do quarto e deixaram Mila lá descansando.
C – Muito obrigada Dr. Alex.
Dr. – Não fiz nada senhorita Mariana, apenas se certifique de deixá-la descansar e quando ela acordar deem bastante água para ela, ela parece estar um pouco desidratada, mas nada preocupante.
K – Tá certo Dr., pode deixar que vamos cuidar bem dela.
Nesse momento o Dr. Alex saiu do apartamento e deixou as duas irmãs sozinhas na sala.
K – E então mana, você vai me contar o que aconteceu, e qual o motivo dessa sua felicidade toda? Que apesar da preocupação clara no rosto, você não consegue esconder a alegria que está sentindo.
M – Ah minha irmã, estou feliz sim, apesar de ainda não ter resolvido nada propriamente falando, mas estou feliz de saber que meus sentimentos são correspondidos, mas também estou morrendo de medo. Medo de me machucar, medo de machucar ela. Tudo que conversamos foi sobre os mal-entendidos que haviam ocorrido. Falando em mal-entendidos dona Katharine, você percebeu que ela estava com ciúmes de você e mesmo assim resolveu me dar um beijo num foi?
K – kkkkk. Sim! Ela fez você chorar então foi uma forma de retribuir o que ela fez com você. Apesar de você não ter me contado o que houve, eu percebi na hora que ela chegou aqui que tinha algo entre vocês. No momento que ela começou a chorar do nada, aquilo me assustou, mas depois pensando no meu quarto imaginei que fosse algo muito confuso para ela, pois ela nem tinha percebido que tava chorando. Afinal o que foi que aconteceu?
Mari contou tudo para a irmã, tanto o que havia acontecido, como o que elas haviam conversado, contou sobre seus medos e suas preocupações, contou também sobre o desejo que estava sentindo por Mila, e como estava com medo de tudo, de não ser boa suficiente, de machucar ela ainda mais, de ainda ser rejeitada. Depois de toda a conversa Katy entendeu tudo que havia passado e todos os sentimentos de sua irmã.
K – Sabe mana, acho que você deveria ir pro seu quarto, afinal, a qualquer momento a Mila pode acordar e será mais confortável, apesar de constrangedor, você está lá ao lado dela.
Nesse momento Mari abriu um sorriso, se levantou, deu um beijo na testa da sua irmã e foi para o seu quarto, e ficou olhando Mari dormir, sentada em uma poltrona que ela tinha no quarto para trabalhar, puxou para o lado da cama, enquanto pensava em tudo que haviam passado desde que se conheceram.
