A.

Um conto erótico de Martines
Categoria: Homossexual
Contém 725 palavras
Data: 27/06/2019 16:28:45
Assuntos: Gay, Homossexual

Esse "conto" na verdade pode ser considerado um epílogo do capítulo "Apaixonado" que postei aqui à um tempo atrás... tive idéias por todo esse tempo para esse único capítulo e para a última história que comecei a postar, mas não consegui por nada no papel ou Word, ainda mais agora que trabalho quase que integralmente. Acho que perdi a mão para a escrita e não gosto muito do jeito que levo a narração de um conto, muito fraca e "cliche" ao meu ver... espero que gostem! Estou sempre a sombras, lendo alguns contos maravilhosos da casa.

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Ele andava de forma descontraída pelo campo de minha visão, seus olhos concentrados em alguma coisa de dentro da mochila, a mesma em frente ao seu corpo, sorri. Ele parou em determinado ponto, parei, subiu o olhar e avistou-me curioso, sorriu!

(SUSPIRO) (ACORDO)

Há dias venho tendo o mesmo sonho, sem nenhuma conclusão significativa, bufo, pego meu celular que está ao lado da cabeceira e vejo que ainda é de madrugada, rolo para o lado e me recordo do esverdeado profundo sob minhas íris...

Verão passado em um acampamento de férias, resolvi criar expectativas a respeito de minha vida sentimental... conheci Henrique, meu até sonho de verão, a única pessoa que posso falar de conhecido nessa história toda.

– Oi, meu nome é Henrique! - disse-me, em primeiro instante, após meu vexame de queda durante umas das cordas por ali.

– Gustavo.. – respondi, segurando sua mão, deveras quentinha!

A partir desse momento meu verão ganhou rumo, as manhãs, tardes e noites eram ocupadas pela sua presença, de primeira foi estranho, mas de certa forma algo nos unia.

– Certo! Tu segura esse remo e força para baixo, farei o mesmo com o outro ali.. - disse-me apontando para um dos remos atrás de mim – Se você for bonzinho, não cairemos até chegar ao outro lado! – Gargalhou de mim, mostrei o dedo para ele.

Atravessamos de forma calma, sempre com ele me direcionando o que fazer...

– Bom garoto! Merece até um prêmio...- piscou pra mim, corei!

Eu não era tão tímido assim, percebi que a cada encontro algo estava acontecendo e um certo jogo acabou começando, apenas queria ver onde tudo daria. E deu!

O acampamento se prolongará por mais 10 dias, motivo de felicidade entre todos os jovens.

– O que está ouvindo aí? – perguntou-me certa noite, enquanto, a lua nos cobria o céu.

Olhando a calmaria do lago, retirei um dos fones e o encarei. Aproximei-me o rosto ao dele e o vi paralisado.

– Pega! Acho que vai gostar... é uma das minhas preferidas! – ele ainda me encarando, pegou um dos fones e o pôs ao ouvido. Voltei a rodar a música.

Nos encarando e sobre o luar, nem percebi o toque de nossos dedos, avermelhado fiquei e ao olhar em sua direção o vi da mesma forma, tentei de forma sigilosa puxar minha mão, mas a dele foi mais esperta e não deixou.

– Não estrague o momento! – sorriu. Passamos a noite assim.

Após esse ocorrido as coisas mudaram entre nós. Já não escondiamos o desejo que tínhamos em estar cada vez mais juntos.

– Eu não sei por onde começar...Eu... eu não consigo mais ficar um dia sem tiver – me olhou –, acho que estou gostando disso tudo! – girou os dedos sobre o nosso redor – Não quero que isso acabe.. – pegou minhas mãos e as aproximou do peito!

– ... – suspirei – podemos tentar fazer dar certo! – cheguei mais perto – também não quero que acabe!

Nessa noite demos nosso primeiro beijo.

– Seu dorminhoco! – me balançou – vamos perder nosso lugar no ônibus!

Ele vendo que eu fazia certa manha, pulou sobre mim e me encheu de beijos e apertos. Resmunguei e o chutei de cima de mim.. com certa resistência da parte dele sai apressado ao banheiro, onde me aprontei rapidamente para a volta realidade. Minhas poucas roupas já tinham sido guardadas no dia anterior.

– Vamos então! – disse-me me assim que saí do pequeno cômodo.

Chegamos à cidade no final da tarde! Nos olhamos e nos tocamos por todo o trajeto até ali, abraça-lo em despedida foi o ápice, mas sei que ali não terminaria tudo, era apenas um começo.

Dias se passaram até que pudéssemos nos ver novamente, nos falávamos por vídeo chamadas sempre, até os meus pais o conheciam.. e isso era de certa forma importante, logo estaríamos um o perto do outro novamente.

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