Prazer proibido - I

Um conto erótico de Louis Gray
Categoria: Homossexual
Contém 1728 palavras
Data: 02/07/2019 01:52:17
Última revisão: 06/07/2019 03:06:17
Assuntos: Gay, Homossexual

Meu nome é Gustavo e pra quem me olha sou um adolescente bem comum. Não sou de fazer amigos mas tenho colegas com quem estudo, jogo bola, e gosto de passar meu tempo livre. Eu sou de uma família pequena; aqui em casa somos eu, minha mãe e meu padrasto. Também somos uma família simples mas vivemos sem dificuldade, sempre temos o dinheiro pra comida, pagar as contas, até diversão e é assim que meu padrasto diz que gosta.

Meus pais se separaram quando eu tinha por volta dos cinco anos de idade, e desde que me lembro minha mãe se tornou uma mulher amarga e complicada do tipo alcoólatra de final de semana. Os anos se passaram e pouco tempo depois que completei meus 11 anos minha mãe conheceu Luís, ele trabalhava em uma loja de autopeças e frequentava o barzinho que ela gostava de ir e beber até chegar caindo. Como por obra do destino logo depois que se conheceram eles se apaixonaram e juntaram os trapos. Luís veio morar com a gente e em pouco tempo todos na casa gostavam dele, minha mãe mesmo sendo uma mulher complicada estava feliz, não tinha mais surras sem motivos, nem discussão e a comida agora estava na mesa todos os dias e tudo parecia que ia bem.

O Luís era um cara forte e grandão mas apesar da cara parecer de marrento, sempre foi um cara muito legal comigo. Ele sempre foi muito bonito o que provocava umas ceninhas de ciúmes por parte da minha mãe. Ele tinha cabelos cheios e uma barba sempre por fazer, o corpo era peludo e ele aparava com a maquina por causa do calor mas sempre deixava os pelinhos baixo pra não espetar. Os braços fortes do tipo que conseguia levantar sozinho uma geladeira pequena e por num caminhão e apesar de gostar de beber, não tinha barriga porque corria todas as manhãs. Pra completar tudo isso, os olhos verdes pareciam estar sempre brilhando e estava sempre sorrindo e brincando com a gente.

Depois de um tempo minha mãe conseguiu um emprego de doméstica, infelizmente precisava dormir no serviço mas ela sempre falava em melhorar de vida e como o salário era bom, esse tipo de emprego pra dormir sempre se ganha mais, então ela não recusou. Passava a semana no trabalho e voltava aos sábados e domingos. Comecei a perceber que com o tempo as coisas começaram a mudar, começaram as discussões, e ela cobrava ao Luís uma vida melhor, uma casa maior, e todas essas coisas que ele não dava a mínima, o que importava pra ele era o conforto e viver tranquilo e bastava.

Com o passar do tempo as brigas foram ficando mais sérias, eu comecei a perceber que ela sempre provocava um motivo, isso não era normal, como se quisesse tirar o Luís do sério ou sei lá, as coisas estavam mudando, e parecia que aos poucos o Luís estava se tornando alguém diferente e eu sabia o motivo.

Quase três anos depois, eu estava quase com 14 anos e lembro bem que foi em um dia de segunda-feira quando ela voltava pro trabalho, que as coisas mudaram pra sempre e a minha vida se tornou um verdadeiro caos.

- Gustavo eu vou sair, tu vai ficar em casa?

- Vou, vai onde?

- Tua mãe esqueceu uma coisa aqui, vou entregar pra ela no trabalho.

- Tá bom!

Ele pegou o carro e saiu sem dar muitas explicações, nosso carro era um carro usado mas estava em muito bom estado e ele fez todos os reparos que precisava. Era com ele que nos finais de semana a gente ia a praia ou dar um passeio qualquer.

Às horas foram se passando e o Luís não chegava, tentei ligar pra ele do celular mas não atendia tentei a minha mãe ela atendeu, falou algo de uma forma irritada e soltou algum palavrão e desligou. Já era noite e lembro que a novela das 8 tinha terminado, eu terminei a lição de casa e voltei pra TV, tirei um cochilo e quando acordei já passava das 1h da manhã. Eu estava ficando preocupado, foi quando escutei o carro chegando na garagem, o portão abrindo e fechando e os paços fortes do Luís. Eu senti um frio percorrer meu corpo, ele abriu a porta e fechou, estava estranho e de olhos vermelhos e um cheio forte de bebida subiu no ar. Eu nunca tinha visto ele assim, e pela primeira vez eu tive medo dele.

- AQUELA PUTA! AQUELA... AQUELA PUTA! ESSE TEMPO TODO.

- O que foi? O que aconteceu!!!

- AQUELA PUTA DA TUA MÃE, ME TRAINDO ESSE TEMPO TODO, EU DEI TUDO, TUDO.

- O que tá acontecendo, calma luiz.

- FODENDO COM O PATRÃO, ISSO QUE TÁ ACONTECENDO, EU ESPERAVA POR ELA, E ELA DANDO PRO PATRÃO.

- Como assim? Calma.

- CALMA UMA PORRA MOLEQUE, CALMA UMA PORRA, ELA VAI ME DEIXAR, EU DEVIA.... VOCÊ VAI ME DEIXAR TAMBÉM?

- Não, não vou não, calma Luís, calma.

Eu senti meu rosto esquentar e as luzes ficaram embaçadas, acordei e estava na cama, Luís sentado do lado alisando meus cabelos. Tentei falar alguma coisa mas minha boca doía.

- Eu não queria fazer isso garoto, não queria.

- Ummm, eu esoto, esotou meo tonto. Esotou meio...

- Calma, já vai passar, me perdoa? Por favor me perdoa?

- Ummm que coteceu, Luís que coteceu? Vo no baero ta doedo...

Eu não conseguia falar direito, o lado do meu rosto doía e eu sentia como se estivesse querendo ficar dormente. Eu fui até o vaso e mijei. Quando fui lavar as mãos e olhei no espelho me assustei. Meu rosto estava inchado e vermelho, uma parte do meu olho também, demorei uns segundo pra entender o que tinha acontecido. Na raiva Luís me deu um tapa, com o tamanho e a força dele, num garoto do meu tamanho claro não deu pra suportar. Foi nocaute, voltei pro quarto e ele estava lá com um pano com algo enrolado. Ele colocou no meu rosto e eu senti o frio do gelo, ele sentou atrás de mim e enquanto encostava o gelo no meu rosto repetia me pedindo desculpa e perdão.

Eu estava meio sem entender direito, mas não sentia raiva nem ódio dele. De algum jeito aquela voz e o abraço me davam um tipo de conforto que eu nunca senti antes.

Eu lembro de adormecer e então já era de manhã. Acordei dolorido e mal podia abrir a boca, fui até a sala e senti o cheio do café que estava pronto, o Luís estava no sofá de cabeça baixa com a cabeça apoiada nas mãos, ele me olhou com um olhar perdido e com um rosto de culpa.

O resto do dia foi um inferno, ela ligou e eles discutiram de novo. Pediu pra ele desocupar a casa e até me envolveu, disse que eu devia escolher, que ninguém me queria e só ela me suportava. Eu tinha uma ideia do que podia ter acontecido, ela já tinha feito isso outras vezes, eu não queria passar por todo aquele inferno de novo.

- Luís pra onde você vai agora? - Eu perguntei ajudando a arrumar a coisas que eram dele na parte de trás do carro.

- Tenho uma casa em outro bairro, é um pouco menor que essa mas é ajeitada.

- Eu não quero ficar aqui sozinho com ela, você tem que me levar junto.

-Eu não posso Guto, infelizmente eu não posso fazer isso.

- Não pode ou não quer? Eu consigo me sustentar, eu arrumo um jeito de conseguir dinheiro, só não me deixa aqui.

- Desculpa garoto, como eu ia te levar? É complicado.

- Não é, ela mesma me mandou escolher, e você me deve, tipo... você fez isso comigo ontem, então me deve!

Ele pareceu bravo por algum motivo, eu não sabia se estava sendo escroto ou fazendo algo errado, eu ainda ia fazer 14 anos, não entendia nada da vida, não sabia nada. Só não queria ficar naquele inferno, eu sabia que ia sobrar pra mim.

- Vai pegar tuas coisas.

Eu senti um alívio enorme, juntei tudo o que eu tinha o mais rápido que podia. Enquanto colocava minhas coisas dentro do carro pude escutar os dois discutindo mais uma vez. Ela gritava algo e deu pra escutar, algo do tipo faça bom proveito, e não me devolva. Estava falando de mim. Eu fico com ele, você é maluca, sua... esquece, eu fico com ele e pronto.

Ele desligou ela ainda no meio dos berros. Entrei no carro e passamos o que sobrou do dia viajando pra um outro lugar, dormirmos no posto de gasolina e a tarde chegamos em uma cidadezinha do interior.

- É aqui onde eu nasci, aqui que a gente vai morar, espero que tu não se arrependa garoto.

- Não, claro que não, ta maluco, aquilo lá ia virar um inferno, você não sabe o que ela fazia antes.

- Então vamos esquecer e ter uma vida nova. Fica tranquilo que eu ajeito tudo.

Aconteceu muito rápido, eu tinha deixado escola e alguns colegas mas tudo sem importância. Eu ia ter uma nova vida em uma cidade pequena e tudo parecia ser melhor do que estar lá na minha antiga vida apanhando sem motivos. Eu respirei aliviado quando chegamos na nova cidade, não deixava de ser em outro bairro só que mais distante do que eu imaginava. A casa era murada e com um portão de madeira, era bem mais bonita do que ele tinha dito além de ser bem legal por dentro e também pareceu confortável. No final da tarde um caminhão baú trouxe um fogão e uma geladeira não sei de onde, também um colchão grande de casal, tudo aquilo era suficiente pra um começo eu não fazia questão de móveis nem essas coisas. Eu estava muito, realmente muito feliz mas não entendia bem porque, estava sentindo algo diferente, feliz por estar com o Luis.

A noite foi tranquila e a janta em um caixote como mesa improvisada e sem cadeiras, mas eu não ligava nada pra isso. O dia foi longo e sem notar, logo já era hora de dormir, eu estava muito cansado então tomei um banho quente, o chuveiro era muito bom, coloquei meu calção e minha camiseta e meio sem jeito me sentei no colchão ao lado do Luís que parecia estar pensando em algo. Seria uma noite diferente pra mim.

continua...

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Comentários

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Tua narrativa é boa e desperta curiosidade no leitor. A história promete. Conte-nos mais...

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Muito bom continua com o conto maravilhoso por favor please faça isso logo por favor

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Nossa, já gostei continue logo por favor. Ansioso pela continuação, tudo indica que esse conto vai render muita coisa.

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Nossa que conto gostoso de ler. Só faltou ser mais longo.

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nossa esse conto foi otimo e perfeito. continua por favor

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