Aquele cara feio, desengonçado e sem atrativos, entregava água em minha casa toda semana e se engraçou comigo diversas vezes, mas só quando os meus pais não estavam, pois ele só era meio abobado e, não, um completo retardado. O problema é que quase sempre eu estava sozinha e o entregador ficava cada vez mais confiante que eu o aceitaria como namorado. Eu tinha dó, pois ele apesar de adulto, era bem infantil. Às vezes também dava um medinho, posto que o maluco era um gorila, levantava dois garrafões de 20 litros de água mineral, um em cada mão, e colocava um em cada ombro sem o menor esforço.
Um dia eu resolvi dar-lhe uma chance, não que ele tivesse me vencido pelo cansaço, ou pegou-me em um daqueles dias filosóficos em que eu não estava entendendo o significado da vida e queria dar um foda-se deixando rolar geral. Eu só estava a fim de zoar mesmo, e lógico que só criaria um clima para excitá-lo e cortaria o seu barato depois da coisa esquentar.
Precisaria de uma cúmplice um tanto imoral, pedi pra Jéssica passar em casa depois do almoço. Quando ela chegou eu resumi o meu plano doido.
— Não acredito que você terá coragem de fazer tudo isso — disse a Jéssica.
Continuei explicando com detalhes: ela ficaria na área de serviço, a porta da cozinha ficaria meio aberta, então ela poderia observar tudo pela fresta próxima à dobradiça.
— Eu estarei com ele aqui na cozinha e, depois que levar a cantada de sempre, darei mole e o convido pra transar. Após colocar a camisinha no cara, vou tirar a calcinha. Este será o toque pra você ir pra porta da sala, ok? É o tempo exato para eu fazer um charminho e me posicionar na mesa me oferecendo. Quando você abrir a porta, grita me chamando. Vê se consegue imitar a voz da minha mãe ou da sua. E capricha, miga, eu não quero ser enrabada pelo monstro, hahaha.
— Acho que isso vai dar merda. E se o doido quiser comer nós duas à força?
— Ele não é doido, é só infantil e retardado. Talvez ele fique assustado, mas nós somos duas.
A amiga não estava muito convencida, participaria a contragosto. Concluí que não fui muito feliz na escolha da cúmplice um tanto lerda, ainda assim levei a brincadeira adiante. Liguei pedindo urgência na entrega e quinze minutos depois o cara tocou a campainha. A Jéssica foi para a sua posição.
Eu havia vestido apenas o camisetão de dormir e a calcinha, atendi o entregador e o levei para a cozinha. Quando o desengonçado se certificou de que estávamos sozinhos, começou com seus papos furados. Disse que eu era linda e pediu para namorar com ele, como fazia sempre. Eu já entrei de sola agilizando o assunto, antes que a Jéssica estragasse tudo.
— Eu não quero namorar com você, mas podemos transar se quiser. Tá a fim?
Ele balançou a cabeça várias vezes dizendo que estava a fim, deu uns grunhidos estranhos e ficou alegre como uma criança que ganha o presente tão esperado no Natal. Eu peguei o preservativo que havia deixado preparado.
— Desce as calças e senta aí!
— Tirar as calças aqui?
— É, Jamanta, você não quer transar?
— Eu quero — Eu não chamo Jamanta, é Cláudio — ele falou com certa mágoa.
Eu já sabia que era Cláudio, mas não tinha como não compará-lo com o Jamanta da novela Belíssima.
— Eu sei, Cláudio, desculpe, só estava brincando. — A gente tem pouco tempo, minha mãe não vai demorar muito. Desce as calças e senta para eu colocar a camisinha.
Ele desceu o jeans até os pés e ficou olhando pra mim, parecia envergonhado, pois seu pênis já estava ereto e fazendo um volume absurdo por dentro da cueca de tamanho menor que o apropriado para aquele ser estranho.
— Desce a cueca também, Cláudio, e senta aí!
Cheio de vergonha ele desceu a cueca, depois apontou pra cadeira:
A cena que vi foi impactante, até tentei falar, mas só fiz um sinal dando a entender que sim. De olhos arregalados comecei a abrir a embalagem do preservativo e virei olhando disfarçadamente para o vão da porta onde estava a Jéssica. Dei um sorrisinho nervoso, quase de pavor. “Acho que preciso de um preservativo maior”, pensei. O cara era deformado, aquilo era o pau mais estranho do mundo, um pepino gigante, torto e curvado para cima. Também parecia um cone, a cabeça era fina e engrossava absurdamente até chegar à bola. Sim, a bola, no singular, pois ele só tinha uma, no entanto, valia por três.
Respirando fundo e cheia de coragem, cobri parcialmente aquele membro estranho com o preservativo. “Meu deus, o que é isso?” Pensei. Estava quase desistindo da brincadeira, também achei que daria merda. Contudo, meu vício pelo perigo tomou a dianteira, fiquei em pé, virei e de costas para ele, tirei a minha calcinha a deixando sobre o balcão próximo da porta, aproveitei para fazer caras e bocas e um sinal discreto com a mão para que a amiga fosse para a porta da frente.
— Vamos lá? — falei após virar e caminhei lentamente em direção à mesa.
— Pode ficar em pé. E faz devagar, tá? Você não vai me machucar, né?
Ele só balançou insistentemente a cabeça em um não, dando a entender que não me machucaria.
Deduzi que a parceira já estaria com a mão na maçaneta da porta. Subi um pouco a camiseta deixando a bunda de fora e deitei o tronco na mesa ficando em uma posição de noventa graus. Virei o rosto olhando pra ele.
— Vem, Jamanta… Desculpe, Cláudio!
Ele veio arrastando os pés e quase caiu.
— Eu vou tirar a calça.
— Não, não tira! Daí terá que tirar o tênis e se chegar alguém ficará difícil vestir tudo de novo — vem assim mesmo, devagarinho.
Ele se aproximou com cuidado, encostou em mim e guiou o pau com a mão. Quando senti a pontada da cabeça miúda na “boca do gol”, eu tentei ganhar tempo, não estava entendendo a demora da Jéssica.
— Espera um pouco, deixa eu tirar minha camiseta.
Levantei o tronco e fui caminhando em direção à porta e tirando o camisetão. Não vi a Jéssica, deduzi que ela entraria a qualquer momento na sala. Pendurei a roupa na maçaneta da porta e peladinha girei meu corpo fazendo graça.
— Melhor assim? — gracejei.
O Jamanta, sem tirar os olhos de mim, balançou a cabeça em um sim. O seu pau parecia pulsar. Receosa voltei para minha posição na mesa. Não compreendia porque a Jéssica não entrara ainda, será que estava esperando meu grito. E eu gritaria mesmo, caso ela deixasse aquele monstro me enrabar.
Ele partiu para uma nova tentativa, toda aquela demora não tirou sua ereção, seu pau parecia cada vez mais duro. A glande minúscula, somada à curva para cima, facilitava a penetração inicial.
Puta que pariu! Senti ele dentro. “Cadê você, Jéssica, sua puta?” Pensei com raiva. Tentei ganhar mais um tempo.
— Para, para, Cláudio, tá ouvindo? Tem alguém chamando.
— É VOCÊ, JÉSSICA? — eu gritei… E claro, não houve resposta.
O Jamanta permanecia quietinho. Segundos depois ele disse baixinho:
— Não estou ouvindo nada.
Nesse ínterim seu pau avançou alguns centímetros em minha boceta, e nem era ele quem forçava e, sim, eu que inconscientemente iniciei um leve rebolado. Acho que havia me conformado com a situação, a “amiga da onça” aprontou comigo, saiu fora e deixou-me sozinha nessa roubada. Contudo, o tesão do momento superou minha repulsa pelo Jamanta. Estava ensopadinha e não resistiria mais.
— Que se foda! Vai, Cláudio, enfia logo essa porra toda!
— DEEEUUUSS!!! Meu gemido ecoou pela casa quando aquela coisa disforme foi fundo até tocar o meu colo do útero. Suas bombadas começaram rápidas como cães se acasalando.
— Mais…de…vagar…porra! — falei com a voz trêmula.
A santa elasticidade não permitiu que ele me rasgasse, já que aquela coisa era mais grossa que um punho. Chorei como uma cadela enquanto recebia seus golpes, mas gozei com um orgasmo múltiplo.
Ele demorou um pouquinho a gozar, mas quando o fez, sua ejaculação e pulsações não paravam mais. Tive medo da borrachinha não suportar tanta pressão e líquido. Mesmo assim curti o momento em um gozo animal, mas também bateu um alívio quando, por fim, ele parou de me golpear.
Aquele búfalo ofegante continuou em cima de mim e eu também estava com dificuldades em respirar, principalmente tendo aquele contrapeso em minhas costas. Seu pau já havia amolecido.
— Levanta, Jamanta, desculpa, Cláudio!
Ele levantou o tronco e tirou seu nervo bizarro de dentro, mas a camisinha ficou. Puxei com dois dedos e senti uma pressão na saída, estava cheiinha de porra e do tamanho de uma bola de tênis, porém intacta, mesmo assim fiquei com medo de ter vazado dentro.
— Vai, “homi”, se veste logo e vai embora antes que minha mãe chegue. E se você contar pra alguém, eu te mato e me mato depois.
— Eu não conto pra ninguém.
— Então jura por Deus!
— Eu juro!
— E também por sua mãe!
— Eu juro!
Eu nem sabia se aquela coisa tinha mãe.
Depois que ele se foi, primeiro liguei pra Jéssica, mas a vadia covarde não atendeu. Deixei um recado ameaçando-a de morte lenta e dolorida. Depois, durante meu banho, fiquei pensando se havia cometido um crime de Abuso de incapazes.
Descartei a possibilidade, pois o “Jamanta” pareceu-me ser bem capaz, contudo, só um tanto infantil, hahaha.
Fim