Meu Submisso - 1

Um conto erótico de lucasc12
Categoria: Homossexual
Contém 662 palavras
Data: 05/08/2019 14:56:04
Última revisão: 05/08/2019 15:11:14

Éramos estudantes de Direito e, como em qualquer universidade pública paulistana, o ambiente era bastante liberal. Eu, Roberto, 23 anos, já tinha tido pequenos "affairs" com praticamente todos os meus colegas assumidamente gays. Era versátil, embora preferisse assumir o papel de ativo; tinha olhos e cabelos castanhos, pele bronzeada, 1,75 de altura e pelos no corpo definido pela malhação que eu tentava encaixar na ocupada agenda de fim de faculdade. Não era propriamente musculoso, mas acho que posso dizer que tinha um corpo razoável.

Entre todos os meus colegas, contudo, havia um que me encantava, e com quem eu imaginava todas as minhas fantasias secretas. Pietro, calouro, 18 anos, 1,90 de altura, cabelos claros e olhos azuis, magro, feições femininas, mas encantadoras. Embora eu estivesse certo de que ele fosse gay, o garoto era demasiado tímido, de modo que todas as tentativas de aproximação resultaram um pouco complicadas. Me tornei um de seus amigos, embora não tenhamos adentrado em esferas mais íntimas. Era difícil extrair dele qualquer informação que tivesse alguma relação com vida amorosa e sexualidade. Eu chegava a me perguntar se ele ainda era BV, mas ao mesmo tempo essa hipótese não parecia plausível: ele era belo demais, bastante sociável também, apesar de tímido, e era natural que as ofertas fossem numerosas.

Era constante em minha mente o desejo de abrir o jogo com o Pi. Eu era apaixonado por ele, e era justo que ele soubesse de tudo. Mas a atração que eu sentia por ele, por seu corpo e sua personalidade, tornava insuportável o risco de jogar pelo ralo a superficial amizade que eu tinha conseguido construir. A mera ideia de não vê-lo mais, perdendo o pouco contato que tínhamos, ainda que de apenas uns quinze minutos semanais, não era uma possibilidade que eu estava disposto a encarar.

É certo que uma reviravolta aconteceu, senão eu não estaria escrevendo este conto. E o fator de combustão foi o mesmo de tantos outros casais: o álcool. Estávamos os dois na festa de despedida de semestre da faculdade. Não era um dia bom, eu tinha brigado em casa, fazia tempo que não transava com ninguém, os hormônios estavam à flor da pele. Também bebi um pouco mais que o normal, admito. E o Pietro, pelo contrário, mesmo bebendo era bastante tímido. Mas simplesmente não resisti a vê-lo com aquela calça justa preta que marcava tão lindamente a sua bunda, que, ainda que timidamente, rebolava ao som do funk que imperava naquela balada. Me aproximei, inventando qualquer pretexto para conversarmos um pouco. Quando vi, estava tascando um beijo na sua boca vermelha e aconchegante, ao que ele me retribuiu apertando suavemente a minha cintura. E logo eu tinha sua bunda em minhas mãos, e nos beijávamos feito loucos incontroláveis que se despediam.

E foi assim que nos conhecemos e quebrei, pelo menos parcialmente, a timidez do meu crush. Passamos a nos ver pelo menos duas vezes por semana, e, mesmo assim, ainda não tínhamos transado. Eu preferia ir devagar, correndo o menor risco possível de perdê-lo. Mas a história tem mais uma reviravolta, e é nela que se origina esta série de contos.

Certo dia, cheguei à casa do Pi sem avisar. Eu simplesmente tive que sair de casa para resolver uns assuntos bancários, passei na frente da casa do meu "lindinho", como o chamava, e não resisti a passar ali pra dar um cheirinho. Pietro, que morava sozinho (ele era do interior), me atendeu todo sem jeito envolto a uma toalha de banho, e pediu que eu o aguardasse na sala enquanto ia ao quarto para se trocar. Nesses dois minutos tomei a liberdade de usar seu computador, que estava em modo de proteção, pra colocar uma música bem gostosa pra gente ficar. Me deparei imediatamente com uma série de sites de BDSM. Fiquei surpreso, não nego, mas não pude evitar um sorriso maroto de satisfação.

Assim que o Pi reapareceu, tasquei:

- Pronto pra ser meu submisso, bebê?

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