As máquinas onde a mãe de Diego estava ligada, começaram a fazer um barulho estranho, e os bipes constantes se transformaram em um único barulho, um barulho perturbador que não indicava algo bom. Em alguns segundos chegaram médicos e enfermeiras, que trabalhavam rapidamente para trazer a mãe do garoto de volta.
- Você tem que sair daqui agora – falou o médico que já estava com as pás na mão.
Diego se mantinha paralisado, ele não sabia o que estava acontecendo e não conseguia tomar atitude alguma.
Vamos, você precisa sair – falou uma enfermeira ao pegar em seu braço e o puxar para fora do quarto.
De longe Diego pode ouvir o médico gritando ao mesmo tempo que dava uma descarga elétrica com o desfibrilador na tentativa de reanima-la
- Afasta – gritou o médico.
O pulso não voltou.
- Carrega em 200 – falou o médico – Afasta – gritou.
Nenhum sinal foi obtido.
- Massagem cardíaca, vamos tentar mais uma vez – falou o médico – Carrega em 300 – a mulher não reagiu.
- Hora da morte, 03h30min – falou o médico depois que as tentativas de trazer a mulher de volta falharam.
Diego esperava apreensivo por notícias, a angustia era enorme e ele já chorava, minutos depois um médico chegou para dar a horrível notícia a Diego.
- Diego, sua mãe sofreu uma parada cardíaca, algo incomum no caso dela, porém achamos que pode ter sido um coágulo remanescente que entrou na corrente sanguínea e que por ventura veio a causar uma obstrução no coração e impedir o seu funcionamento, quero dizer que apesar dos nossos esforços, nós a perdemos, sentimos muito. – o médico falou, tentando ser o mais humano possível.
Diego desabou instantaneamente, o seu desespero era aparente e sua tristeza era incalculável, seu coração estava destruído, e tudo o que ele sentia era uma enorme dor, um enorme vazio, uma parte dele havia morrido no momento em que o coração de sua mãe parou, ele não tinha forças, mas sabia que era necessário.
Os dias seguintes foram os piores, o sumiço de Fernando e ter que lidar com todos os preparativos para o velório e enterro de sua mãe foram totalmente desgastantes, Diego estava destruído, porém mostrava-se forte, para que seus irmãos não desabassem também. Ele por muitos dias tentou entrar em contato com Fernando, porém desistiu quando percebeu que era em vão, ele se sentia abandonado e se sentia sujo por ter gostado tanto de alguém que o fez pensar em se apaixonar e sumiu depois de conseguir o que queria, seu corpo. Duas semanas se passaram, e em meio a se acostumar a viver sem a mãe e a cuidar de seus irmãos, Diego continuava seu trabalho de garoto de programa, algo que por uma noite ele achou que fosse acabar quando conheceu Fernando.
Três semanas se passaram e a dor que Diego sentia estava forte, ele sentia falta da mãe todos os dias, e toda vez que Isaac perguntava por ela, ele tinha que se segurar pra não chorar. Estava sendo difícil, porém ele estava conseguindo sobreviver.
Diego já havia voltado a trabalhar, todas as noites ele se arrumava para ir ao ponto, todos os dias com a esperança de que Fernando aparecesse para lhe buscar e explicar o motivo pelo qual sumiu, porém essa esperança foi ficando cada vez mais fraca com o passar dos dias. Diego todos os dias fumava, tanto cigarro como maconha, para tentar sufocar um pouco daquilo que sentia e que estava o destruindo aos poucosdia qualquer de trabalho, enquanto fumava seu cigarro e conversava com Samantha, um carro estacionou no meio fio, o vidro do carro se abaixou e um homem, com uma aparência boa e um pouco largado assobiou para chamar a atenção de Diego. O garoto andou em direção ao carro, e debruçou-se na janela do carro para falar com a pessoa.
- Quanto é o programa, garoto? – o homem que tinha por volta dos 35 anos perguntoucom direito a tudo, por duas horas – falou Diego.
- Entra ai – falou o homem.
Diego entrou no carro de imediato, e os dois seguiram para o motel mais próximo. Chegando no motel, os dois foram direto para o quarto onde iria ocorrer o programa. O homem tirou um saquinho com um pó branco de dentro do bolso e colocou uma pequena quantidade sobre a mesa, arrumou o pó em uma pequena fileira e com um pequeno canudo feito com uma nota de 50 reais sugou tudo.
- Haaaa – falou o homem ao coçar o nariz – Sou Sandro, afinal, aceita uma cheirada?
- Não obrigado, não uso drogas muito fortes – falou sentado na cama.
Diego observava tudo, o jeito eufórico de Sandro depois de cheirar aquele pó, e forma como ele falava. Sandro suava muito e parecia estranho de alguma forma. Diego começou a tirar as roupas, e Sandro o acompanhou tirando as dele também. O homem já estava duro, o pênis avantajado já pulsava enquanto Sandro se masturbava de forma desajeitada.
- Você está bem cara? – Diego perguntou, ao ver a forma como Sandro se comportava.
- Estou bem – falou.
Diego levantou-se da cama e foi até ele na tentativa de beija-lo, o homem rapidamente pegou de forma bruta no pescoço de Diego quando viu o que ele iria fazer.
- Eu não beijo a boca de viadinhos, principalmente como você, prostituta. – Vira ai, eu vou te comer agora.
Diego se virou e com um empurrão, Sandro o jogou na cama, sem avisar, Sandro o penetrou de força, Diego logo recuou.
-Para cara, eu não faço programa sem camisinha e você pode ser um pouco mais gentil, está doendo. – falou Diego ao se afastar dele.
- Você está sendo pago pra fazer o que eu quiser, agora deita aqui e faz o teu serviço. – falou Sandro, ele já estava visivelmente alterado.
- Olha, eu não sou obrigado, então, eu estou indo embora – falou Diego ao pegar a suas roupas.
- Você não vai a lugar nenhum – falou Sandro ao puxar Diego com força de volta para a cama.
- Me solta, eu vou gritar – falou o rapaz, já por baixo do homem.
Sandro segurou sua boca com forma e com a outra, deu um soco forte nas costelas de Diego, que na tentativa de revidar, mordeu a mão de Sandro.
- Você não devia ter feito isso seu vizinho de merma – falou Sandro ao tirar a mão da boca do rapaz.
No momento em que Diego abriu a boca para gritar por socorro, Sandro aceitou em cheio um soco no rosto de Diego, tomado pela raiva ele atingiu seu rosto outras vezes, e sem forças, Diego desmaiou. Depois que Diego apagou, Sandro o virou de bruços e começou a penetra-lo, sem nenhuma proteção e de forma violenta, ele sentia um prazer doentio em possuir o corpo do menino daquela forma, enquanto estava imóvel e quieto. Não demorou muito para que ele ejaculasse dentro de Diego, Sandro urrou de prazer nesse momento. Depois que acabou, levantou de cima de Diego e se dirigiu ao banheiro para se lavar. Depois do banho, Sandro vestiu suas roupas e antes que saísse do quarto, tirou três notas de cem de sua carteira e jogou sobre o Diego, que permaneceu desmaiado.
Diego acordou minutos depois, ele sentia uma enorme dor no seu rosto e ânus, ele se levantou com dificuldades, as penas doíam e ele estava tonto. No momento em que chegou no banheiro, começou a cair lágrimas de seu olhos, ele sangrava pelo nariz, por um corte em seus lábios e por seu ânus, brutalmente invadido. Os olhos triste e choros olhavam para a pessoa no reflexo do espelho e não o reconhecia. O rapaz se lavou com dificuldades e com muita esforço pôs suas roupas, pegou o dinheiro que estava sobre a cama e saiu andando do quarto, ele andava com dificuldade.
Com esforço, ele conseguiu chegar em casa, foi direto para o seu quarto e se trancou, tomou um longo banho, se lavou por completo e depois voltou para o quarto. No momento em que se deitou, Diego começou a chorar incontrolavelmente, tudo em seu corpo doía, mas o que mais estava destruída era sua alma, que morria a cada dia. Diego se sentia humilhado, totalmente usado e sem valor, ele não achava que valia mais nada, e com esses pensamentos ele caiu no sono.
...
Nota:
Não queiram me matar, as coisas vão ficar bem, eu prometo kkk. Eu dei uma acelerada nesse capítulo pra história andar, provavelmente vou finalizar no capítulo 10, então é isso. Beijinhos e até a próxima.